domingo, 23 de agosto de 2009

Outro artigo de Janeiro de 2008

Novo Aeroporto de Portugal – Novas oportunidades


Esteve bem a sociedade civil que obrigou o Governo a repensar e inflectir a decisão tomada e mediaticamente apresentada em final de 2006. As gerações futuras não herdarão convictamente um novo CCB.

Não me incluo na lista dos oportunistas políticos que agora se vangloriam na defesa desta opção. Muito antes o fiz e sempre valorizei a operacionalidade e segurança.

Até determinado período não o fiz de um ponto de vista vincadamente público, pelo simples facto de possuir um vínculo militar que me impedia de fazê-lo. Quando se aproximou o fim desse vínculo, pude exteriorizar mais livremente o pensamento.

Anteriormente, propus ao Presidente do CDS-PP que defendesse esta opção. Não o quis. Optou por ter uma visão redutora ao defender o Montijo. No entanto, mais tarde foi sucessivamente recuando. Não surpreendeu a decisão porque foi a mesma pessoa que me pediu para afrouxar no combate à corrupção, porque o partido tinha “telhados de vidro”. Estas foram as principais razões que me levaram a abandonar aquele partido.

Análise e comentários já foram feitos, projectando o Aeroporto nesta região. Globalmente, o país ganhou e a região em particular, por uma decisão certa do Governo.

Um outro factor é relevante assumir. Os condicionalismos e regulação que em breve surgirão e emanados ou pela União Europeia ou pelo Governo, serão uma garantia para preservar a identidade cultural e paisagística de Alcochete.

Aos decisores políticos que prospectavam um modelo urbano completamente distinto e de uma expansão rápida, que lhes permitisse manter a clientela partidária, talvez surjam algumas surpresas que travem aqueles ímpetos.

A exigência estudada pela sociedade civil e o que fez o Governo ouvir deveria servir como motivação para os Alcochetanos exercerem a função de “controleiros”, para que os nossos filhos continuem a ter alguma qualidade de vida.


Nota: A Câmara Municipal tem assim tanto dinheiro para gastar? Não se compreende porque vai desperdiçar verbas nas obras mal concebidas na “Urbanização dos Flamingos”.

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