terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SOCIALISMO

"O Socialismo é a filosofia do fracasso, a crença da ignorância e a prédica da inveja, e a virtude inerente é a distribuição igualitária da miséria"

Sir Winston Churchill

domingo, 15 de janeiro de 2012

AO GOVERNADOR DO BANCO DE PORTUGAL

Neste país há investigadores universitários que estudam todos os dias até altas horas da noite, que trabalham continuamente sem limites de horários,sem fins-de-semana e sem feriados. Há professores universitários que dão o seu melhor, que prepararam cuidadosamente as suas aulas pensando no futuro dos seus alunos, que dão o melhor e sem limites pelas suas universidades. Há policias que ganham miseravelmente, que pagam as fardas do seu bolso e para sobreviverem têm de prestar serviços remunerados.
Toda esta gente e muita mais que poderia ser referida foi eleita como a culpada da crise, denunciada como gorduras do Estado, tratada como inutilidade social, acusada de ganhar mais do que a média, desprezada por supostamente não ser necessária para a Direita se manter no poder.
Mas há uns senhores neste país que ganham muito mais do que a média dos funcionários públicos, que têm subsídios extras para tudo e mais alguma coisa, que cumprem com incompetência as suas funções, que recebem pensões chorudas, que vivem do dinheiro dos contribuintes como todo o Estado, mas que não foram alvo de nenhuma das medidas de austeridade que até hoje foram aplicadas aos funcionários públicos.
São os meninos e meninas do B. de P.
Ainda as pessoas mal estavam refeitas do anúncio da pilhagem aos seus rendimentos e já um tal Costa, governador do Banco de Portugal, vinha defender que as medidas deste OE deveriam prolongar-se para além de 2014.
Isto é, o Costa defende que os cortes se tornem definitivos. No mesmo dia a
comunicação social informava que as medidas de austeridade aplicadas aos funcionários públicos não seriam aplicadas aos funcionários do Banco de Portugal, o argumento para tal situação era o da independência do Banco.
Mas se o Governo não pode nem deve interferir na gestão do BdP e o senhor Costa se comporta como um cruzamento entre a ave agoirenta e o Medina Carreira o mínimo que se espera é que ele dê o exemplo pois nada o impede de aplicar aos seus (incluindo os pensionistas do BdP) a austeridade que exige aos outros. No caso do BdP o senhor Costa não só estaria a adaptar as mordomias dos funcionários públicos e pensionistas do BdP à realidade do país como estaria a dar um duplo exemplo, um exemplo porque aplica aos seus a austeridade que exige aos outros, e um exemplo, porque chama os seus a responder pela incompetência demonstrada enquanto entidade reguladora de bancos como o BPN ou o BPP.
Porque razão um professor catedrático de finanças ganha menos do que um quadro do BdP, não recebe subsídio para livros como este, e na hora da austeridade perde parte do vencimento e os subsídios enquanto o funcionário público do BdP não corta nada e muito provavelmente ainda recebe um aumento?
E já que falamos no BdP que tanto se bate pela transparência das contas públicas e do Estado enquanto o seu governador anda por aí armado em santinho das finanças, porque razão os vencimentos e mordomias do BdP não aparecem no seu site de forma a que sejam conhecidas pelos contribuintes que as pagam? Todas as colocações, subidas de categoria e remunerações dos funcionários públicos são divulgadas no Diário da República mas o que se passa no BDP é segredo, muito provavelmente para que o povo não saiba e assim manterem o esquema.
Ainda a propósito de transparência seria interessante saber porque razão o fundo de pensões da Banca vai ser transferido pelo governo para o Estado, e o do Banco de Portugal fica de fora. O argumento da independência não pega, o que nos faz recear que o fundo de pensões seja abastecido de formas pouco aceitáveis para os portugueses. Seria interessante, por exemplo, saber a que preço e em que condições uma boa parte do imobiliário que o banco detinha por todo o país foi transferido para o fundo de pensões dos seus dirigentes e funcionários.
É por estas e por outras que o senhor Costa não tem autoridade moral para propor o mais pequeno sacrifício seja a quem for e deveria abster-se de aparecer em público; este senhor só merece a resposta que lhe daria o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo:«vá bardamerda senhor governador!»

domingo, 8 de janeiro de 2012

HOMENAGEM AOS MEUS PAIS

Querido pais

Se hoje estivéssemos em Luanda, estaríamos na Igreja da Nossa Senhora da Nazaré a viver esta cerimónia. Não estando por lá fisicamente, fazemo-lo, em espirito porque simultaneamente está a ser celebrada uma missa dando graças aos pais que temos.
Se estivéssemos em África ninguém ficaria condicionado às palavras que vos venho dirigir, porque seria natural ser o primogénito a usar dessa prerrogativa.
Quis Deus, que 50 anos depois de terem iniciado o vosso caminho em comunhão e nos terem dado a felicidade de sermos vossos filhos, comemorássemos a data em terras que são origens da familia.
Pais,
Estou certo que não foi por acaso que casaram no dia 6 de Janeiro, Dia dos Reis Magos. Dia amplamente comemorado na comunidade cristã. E que termina o período do Advento, tendo este dia sido precedido pelo dia de Natal - Nascimento de Cristo e pelo dia Mundial da Paz.
Mas, foram aqueles Reis que caminharam pelo deserto seguindo a Luz de uma Estrela de cinco pontas. Também vós tivestes o vosso deserto.
Não foi por acaso que tivestes cinco filhos.
A Estrela é o símbolo da vida, cada ponta representa a cabeça, os membros superiores e inferiores de um ser um humano.
E para dar equilíbrio à Estrela da nossa familia a irmã do meio teve o condão de fazer o ajustamento na distribuição dos netos; permitindo colocar três em cada ponta da Estrela.
Deste modo temos mantido o nosso equilíbrio familiar. Estando vós no seu interior com toda a força, sabedoria, beleza e persistência vindas de Deus.
Foi, é e será esta Luz que a todos nos tem orientado.
Nós, os filhos, somos homens e mulheres que procuramos a perfeição, nos valores éticos e morais.
Ao longo destes cinquenta anos soubestes orientar-nos na vida. Que melhor prova podemos ter que a travessia das tormentas ao sairmos da nossa terra e que apesar de muitos vos terem virado a cara, nunca deixastes de lutar para nos dar melhor qualidade de vida.
Vós soubestes ter a sabedoria e o conhecimento de nos indicarem os valores da vida, pugnando pela paz e a concórdia no nosso seio, mesmo nos momentos difíceis.
Nos nossos êxitos sempre connosco estivestes e nos nossos infortúnios fostes os primeiros a dar a mão.
A vida a todos obriga a ultrapassar barreiras.
Há vinte e cinco anos estávamos no Porto, hoje estamos em Vila Real. Em ambos os momentos a nossa unidade é forte.
Em nome dos meus irmãos afirmo que damos graças aos pais que temos.
Uma enciclopédia não chega para escrever e ler sobre vós.
Só uma frase transmite tudo que sentimos por vós.

NÓS, AMAMO-VOS