terça-feira, 2 de abril de 2024

CITAÇÃO

 Para quem não saiba, a ribeira de Cheleiros situa-se genericamente a sul da vila de Mafra e as suas águas correm no fundo das suas margens alcantiladas. Era aí que, nos meus tempos de tenente na extinta Escola Prática de Infantaria (EPI), o seu batalhão de infantaria detinha as forças do Pacto de Varsóvia que, entretanto, tinham cruzado toda a Europa ocidental e derrotado as forças da NATO por onde passavam. Seriam os valorosos infantes descendentes do Santo Condestável a pôr um ponto final no assunto. Mas estávamos todos cientes de que se tratava de uma situação fictícia para enquadrar um exercício de fogos reais. Os dirigentes europeus desses tempos, de um e do outro lado da “cortina de ferro”, apostaram na dissuasão, porque sabiam que uma guerra quente entre os dois blocos levaria ao extermínio. Falava-se então na Destruição Mútua Assegurada (MAD, Mutual Assured Destruction), um conceito que parece ter sido esquecido pelos atuais líderes do Velho Continente. Pelo menos, é isso que podemos deduzir do discurso desta nova geração de dirigentes que não viveu o flagelo da guerra. Foi graças à dissuasão e à MAD, que os dois arqui-inimigos coexistiram pacificamente durante mais de quatro décadas. As grandes potências – EUA e URSS – optaram por se confrontar noutras latitudes, noutros teatros de operações, através de guerras por procuração, afastadas dos seus territórios. Os afegãos, os vietnamitas e outros povos de África saberão certamente do que falo. Recentemente, surgiu na mente de muitos, por ingenuidade ou mesmo por ignorância, a possibilidade, ou antes, a certeza de que Ucrânia iria derrotar militarmente a Rússia, uma potência nuclear, recorrendo apenas ao patrocínio – financeiro, político, de aconselhamento e armamentista – dos seus promotores, sem que estes tivessem de colocar tropas no terreno, com unidades militares constituídas. Passados dois anos de guerra, é cada vez mais óbvio o irrealismo dessa fantasia. Não sei o que terá mais de acontecer para perceberem que continuar a armar Kiev, não só não terá consequências estratégicas significativas, como apenas servirá para prolongar a destruição da sociedade ucraniana e o sofrimento de um povo que parece não querer continuar a combater, e que o próprio poder político teme em mobilizar à força. A cegueira e o preconceito ideológico nunca foram bons conselheiros de quem tem de decidir. Quando se meteram nesta aventura, os europeus deviam estar cientes do historial americano de erros de cálculo estratégico. Avaliação estratégica desastrada Quando da guerra do Iraque, a França e a Alemanha, os pilares do projeto europeu, distanciaram-se dessa aventura. Agora não tiveram esse discernimento e optaram por engrossar o coro dos apoiantes. Não será necessário recordar o que aconteceu no Vietname, Afeganistão, Iraque e Líbia, entre muitos outros casos. A crença na derrota da Rússia à custa dos ucranianos é mais um caso de avaliação estratégica desastrada. Frustrada a esperança de derrotar a Rússia, sentimento que começou a desenhar-se com o insucesso militar de Kiev, no outono de 2023, e o consequente aumento da capacidade e dos sucessos militares do Kremlin, tem-se assistido no Ocidente e, em particular, na Europa a uma certa desorientação, à dificuldade em aceitar que apostaram no “cavalo errado”, em reconhecer que as opções tomadas foram equivocadas e que é tempo de arrepiar caminho. A hipótese de uma vitória russa na Ucrânia – seja lá o que isso for – tida há dois anos como uma tontaria nos areópagos do comentário, ganhou tração no espaço mediático. Parece, afinal, que as mal preparadas forças russas conseguiram ultrapassar os problemas da falta de granadas e mísseis e, de um momento para o outro, qual fénix renascida, passaram a ser capazes de desafiar militarmente uma comunidade política com mais de 400 milhões de habitantes, que lhe é económica e tecnologicamente superior. O facto desta abordagem ser ridícula, não impediu que esteja a ser repetida à exaustão, procurando convencer a opinião pública da verosimilhança desse absurdo. O Presidente Macron será, porventura, o expoente máximo do desalento europeu com a provável humilhação estratégica que a Europa poderá vir a sofrer. A tentativa de liderar a resposta a essa afronta coletiva impeliu-o a formar uma coligação fora do quadro da NATO (com a Polónia e os “poderosos” países bálticos) para intervir com tropas na Ucrânia, sabendo de antemão que os EUA não enviarão forças para o terreno e esquecendo-se, provavelmente, das suas debilidades militares. Em 2011, não fosse a ajuda americana (mísseis, o reabastecimento aéreo, intelligence, etc.) e o ataque à Líbia teria sido um desastre. Para além disso, Paris já entregou 40% da sua artilharia à Ucrânia e não goza de apoio popular para uma tamanha empresa. A Rússia não terá a iniciativa de invadir o Ocidente. São muitas as razões que explicam esse comportamento. A primeira, prende-se com a incapacidade de, no caso de ser força atacante, derrotar militarmente as forças europeias da NATO, mesmo que estas não tenham o apoio norte-americano. O Kremlin está ciente dessa realidade. É demasiado óbvio para haver dúvidas. Veja-se a dificuldade da Rússia em derrotar as forças ucranianas, apoiadas pelas forças ocidentais. O Kremlin sabe, por exemplo, as suas vulnerabilidades em matéria de ISR (Intelligence, Surveillance, Reconnaissance), bem patentes no início da guerra, e ainda evidentes passados dois anos. A Rússia dispõe apenas de 15 AWACS para cobrir todo o seu imenso território, tem limitações de vigilância permanente do Teatro de Operações e na deteção de longo alcance. É evidente a dificuldade em manter uma presença de 24 horas por dia, sete dias por semana, como tem a NATO, na parte ocidental do Mar Negro. A Rússia não tem recursos para manter uma guerra peer-to-peer com a NATO para lá do território ucraniano. Quem afirmar o contrário é ignorante, ou então impostor. Todas as grandes potências tiveram a tentação de se apoderar da Rússia, ou de parcelas do seu território, para acederem aos seus imensos recursos naturais. Não recuando às invasões anteriores ao séc. XVI, no séc. XVII, a Rússia foi invadida pela Polónia, no séc. XVIII pelos suecos e, no séc. XIX, por Napoleão. Ainda no séc. XIX, tanto a França como os Britânicos combateram a Rússia na guerra da Crimeia. Não há memória de a Rússia ter reciprocado estas ações instigando, por exemplo, rebeliões na Córsega. No séc. XX, a Rússia foi invadida pelos japoneses em dois momentos diferentes e, durante a guerra civil (1917-1920), por uma coligação internacional, na qual até participou um contingente norte-americano de 17 mil soldados. O projeto da Casa Branca não é novo O projeto norte-americano de remover o regime em Moscovo e substituí-lo por alguém mais próximo dos seus interesses, submisso à Casa Branca, como disse Victoria Nuland, um parceiro como queríamos, “um parceiro ocidentalizado e europeu”, não é novo nem original. Franceses e britânicos tiveram a mesma ideia no final da Primeira Guerra Mundial, por motivos muito semelhantes aos dos norte-americanos. Também eles tinham como objetivo derrubar o regime recém-instalado em Moscovo para ter “vantagem comercial e política”. Segundo o acordo celebrado nessa altura, caberia à França “exercer influência”, eufemisticamente falando, nas zonas da Bessarabia e da Crimeia. Segundo o “Le Monde”, Macron partilhou com o seu inner circle a intenção de enviar tropas francesas para Odessa, provavelmente para celebrar os 105 anos em que Odessa foi durante cem dias uma província francesa. Gorado o projeto britânico de construir uma base militar naval em Odessa, a França procura agora tomar a dianteira na concretização desse projeto. A estes sonhos e a estas ambições, terminadas todas do mesmo modo, teremos de adicionar o sonho hitleriano do império de 1000 anos, cuja brutalidade da operação militar deixou marcas ainda hoje bem visíveis na sociedade russa. Só em duas ocasiões na História, as forças russas/soviéticas avançaram para oeste dos rios Oder e Vístula, na sequência das invasões dos exércitos napoleónicos e hitlerianos, em operações de exploração do sucesso, em resposta ao ataque de que foram vítimas. O que motivaria o Kremlin a fazê-lo agora? Historicamente, a Rússia balanceou-se estrategicamente para a Ásia e não para a Europa. A ausência de um motivo plausível que explique uma alteração estratégica leva-nos a concluir ser uma falácia a inevitabilidade de um ataque russo à Europa, forjado para distrair as atenções da derrota estratégica que se avizinha no horizonte. Ao contrário dos EUA e de outras potências, que invadiram ou provocaram mudanças de regime em locais não contíguos com os seus territórios, a Rússia atuou militarmente em dois locais – Geórgia e Ucrânia – que lhe são contíguos e nos quais houve anteriormente operações de mudança de regime provocadas por Washington. Curiosamente, foram estes os dois países convidados para aderirem à Aliança na Cimeira de Bucareste, em 2008. Convinha relacionar os acontecimentos e tirar daí ilações. É tempo de recuperar fórmulas de convivência pacífica Não é controverso o rearmamento europeu e o reforço da sua preparação militar (Schengen militar, transportes militares, construção de caminhos de ferro e autoestradas, etc.) se for subordinado a uma lógica de dissuasão. É, aliás, necessário, desde que não tenha outro fim em vista. Contudo, não deixa de ser caricato que figuras como Ursula von der Leyen, que colaborou ativamente no enfraquecimento das forças armadas germânicas enquanto ministra da defesa (2009-2014), vir agora liderar o coro dos belicistas. Dá que pensar. Antes de escalarem o conflito para patamares insustentáveis, os altos dignitários europeus devem considerar no seu processo de decisão: que os EUA não enviarão tropas para a Ucrânia, tendo os europeus de contar apenas consigo próprios; que o conceito MAD continua válido e a Rússia tem vantagem em matéria de armamento nuclear estratégico; que a Rússia não vai atacar o Ocidente; e que o prolongamento da guerra não vai provocar uma alteração estratégica da situação, mas sim piorar a situação da Ucrânia. É inaceitável que os “Comunicadores Estratégicos” tenham escolhido como tema de recurso a invasão da Europa pela Rússia, uma vez resolvido o problema ucraniano. Cria ansiedade na população fazendo-a crer que a guerra é inevitável, apesar de não existirem indícios técnicos que o possam sugerir. É uma ação de doutrinamento baseada em premissas falsas, promovido pelos setores mais belicistas, para tornar as populações recetivas a aceitarem um confronto militar indesejado com a Rússia. Seria, pois, sensato que os europeus não aumentassem os decibéis da retórica, e percebessem ser tempo para reconciliar e recuperar fórmulas de convivência pacífica, já testadas com sucesso no passado. Afinal, a probabilidade de os russos voltarem a passar o Oder ou o Vístula para Ocidente afigura-se nula. Os mafrenses e os europeus poderão dormir descansados. Os russos não chegarão à Ribeira de Cheleiros.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

CITANDO LAURA MACEDO

Mr Presidente, Receba meus votos de um final de semana tranquilo e que consiga, calmamente, pensar e parar de nos atirar areia para os olhos querendo nos vetar a visão. Nestes próximos 4 dias de lazer, aproveite e que a Paz esteja consigo. Nós podemos não ter uma imprensa independente mas muitos andamos o país por estrada e todos juntos lemos Angola na palma da mão. Ouvi um trecho do discurso que proferiu a quando da sua última visita ao Huambo e fiquei estupefacta. Quem é que, ao seu redor, o ilucida sobre o estado do País? Senhor Presidente, Um homem no seu posto não deve deixar-se levar pela emoção de espezinhar quem quer que seja nem aos seus maiores inimigos. Querer galardoar o MPLA apontando como tendo feito mais feitos em 50 anos do que o colono nos 500 que cá esteve fez-me recuar e analisar os 2/3 anos do fim da era colonial e, sem medo de errar pergunto: - o Senhor Presidente vivia onde no período colonial? Angola produzia tudo o que precisava para viver e ainda exportava. Se me perguntar se prefiro, claro que não até porque hoje temos uma independência que, embora mal proclamada pelo seu MPLA, cá está e só depende de nós para mudarmos o rumo. Quando afirma: "Só o MPLA tem obra importante para mostrar; obra em benefício dos angolanos. Se for mentira que digam que não é verdade. Foi ou não foi o MPLA que nos trouxe a independência? As barragens hidroeléctricas que deixaram no nosso país em comparação com essas que nós construimos em 15 anos aquilo são brinquedos." O Senhor Presidente não deve falar de ouvir dizer. Nós temos barragens onde os orçamentos eram (são) muito grandes mas não podemos nunca dizer que são melhores que as pequenas construidas no periodo colonial porque aquelas funcionavam ininterruptamente enquanto as "nossas" passam a vida a ter de ser desligadas para manutenção. O Senhor Presidente sabe que existem ainda hoje estradas terraplanadas feitas há 60 anos que não têm buracos? Olhe , por favor para a vossa coqueluche que chamam de "via expressa". Vocês no MPLA, únicos nestes quase 50 anos a geriram os recursos do país não têm vergonha de terem pago tanto por aquela obra? "Via expressa" e uma estrada para se andar rápido, não pode dar para portas de comércio nem pessoas a atravessarem. O próprio nome diz: VIA EXPRESSA. Olhe para o projecto Nova vida. De tão bons que são vamos pagar para levantar todo o asfalto e reparar a compactação (base). Esta urbanização foi inaugurada em 2003, Senhor Presidente e está tudo rebentado! Senhor Presidente, Quem mais, que não o MPLA, o senhor queria que fizesse uso dos dinheiros públicos se só o partido onde agora preside é que governou Angola? Há quantos anos estão a gastar rios de dinheiro com as prometidas Refinarias de Cabinda e do Soyo? São para quando, afinal!? Senhor Presidente, Relaxe e não se emocione achando que alguém o vai aplaudir porque está a comparar o seu MPLA com a gestão do colonizador. Vocês estão a perder 10 a 0. Conhece algum governante apontado, indiciado, julgado e ou condenado por ladroagem no período colonial!? O seu PGR diz que tem acima de 600 processos onde investiga supostos ladrões do erário. Sabe se abriram alguma investigação a si ou a Helder Pitta Grós? Quantas pessoas mesmo é que fizeram parte dos governos do MPLA desde aquele 1975? A única área onde se vos pode tirar o chapéu é na ladroagem onde quem não embolsou fechou os olhos e manteve os restantes cidadãos na ignorância e miséria. O seu MPLA transformou-nos de um País rico em um paisinho de Larápios que o senhor mesmo apelidou de marimbondos. Os animais irracionais, os verdadeiros marimbondos, picam mas não roubam. Quem rouba deixando à fome e à miséria todo um Povo é mesmo LADRÃO e o seu partido, senhor Presidente, é quem tem a maior percentagem. Senhor Presidente, Relaxe, acalme-se e pense. Espero ouvi-lo na próxima 4a feira já com o espírito limpo de fantasmas. Laura Macedo

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O DEMÉRITO DA LIDERANÇA E OS MÉRITOS DOS SANSEGUSSAS

Existem momentos cruciais que nos demandam reflexões sobre conceitos fundamentais, especialmente no âmbito da liderança de organizações. Aqueles que assumem a posição de guiar devem fazer escolhas ponderadas, cercando-se dos mais talentosos e competentes, em detrimento de criar um círculo restrito de seguidores inquestionáveis, os famosos "yes men". Esses princípios não se aplicam apenas genericamente às instituições, mas ganham uma relevância especial na esfera política – uma nobre missão pública e uma autêntica arte de governar em determinados momentos. Reconhecemos que nem todos possuem as qualidades essenciais para se destacar na arte de governar em diferentes níveis. Acima de tudo, a política não é uma carreira; é uma jornada efêmera, moldada pelo voto democrático em regimes que assim o determinam. Uma liderança frágil muitas vezes procura ao seu redor aqueles que são dependentes, criando um ambiente de carreirismo de sobrevivência. No entanto, ironicamente, são esses mesmos indivíduos que, na primeira oportunidade, "matam o rei". A elaboração de uma lista de candidatos para um órgão democrático deve ser cuidadosa. É imperativo equilibrar a liderança e a capacidade discursiva com a inclusão de indivíduos capazes, exigentes e independentes de pensamento. Preocupa-nos quando uma liderança fraca compõe uma lista com indivíduos menos competentes ou desconectados da realidade, meramente para cumprir um calendário. Candidatos que não representam verdadeiramente as comunidades de voto, baseando sua aptidão apenas em discursos eloquentes e conhecimento superficial, são, por si só, alarmantes. Dizer que os cidadãos estão afastados da política é um clichê. Na verdade, muitos eleitores estão distantes da política partidária, pois alguns sugam tudo para seus próprios interesses. Uma força política que aspira ser uma alternativa real deve ter a capacidade de recrutar e abrigar opiniões competentes e suficientemente divergentes para fomentar o crescimento do interesse coletivo. É assustador perceber que algumas forças políticas carregam consigo interesses de negócios e objetivos pessoais em primeiro plano. Devemos lembrar o exemplo do fundador do partido, que sempre colocou os interesses nacionais acima dos individuais. Diante de escolhas inadequadas na elaboração das listas de candidatos à Assembleia da República, o caminho a seguir requer o melhor de nossas capacidades. É incompreensível que ainda surjam candidatos que, há duas décadas, têm sido redutores e sempre em perda de eleitores externos ao partido. Se os resultados ficarem aquém dos objetivos, em 11 de março, serei um dos primeiros a exigir que aqueles que se comportam como sanguessugas do PSD, mesmo eleitos deputados, se retirem da arena política. Será necessário reconstruir as bases do partido, começando pelos alicerces antes de chegar ao telhado. O verdadeiro poder reside na responsabilidade comum e na capacidade de olharmos para além dos interesses individuais. Esta reflexão é do todo nacional mas subjetivamente ao círculo eleitoral de Setúbal.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

CITANDO ANTÓNIO BARRETO

A Festa Acabou Por António Barreto O Público Portugal foi até ultrapassado pela Roménia! Está hoje nos últimos lugares classificativos da UE! Depois de biliões de euros com que a mesma nos financiou e que em grande parte foram " desbaratados". Com a descolonização foram assassinadas milhões de pessoas( muitas delas antigos militares portugueses de diversas etnias que foram traídos e massacrados após a independência). Os países que antigamente faziam parte de Portugal com uma sã admnistração que os desrnvolvia são hoje notoriamente corruptos como diariamente é publicitado. Com as nacionalizações quem as apoiou conseguiu dar cabo da industria nacional. Com a ocupação de terras tornámo-nos enormemente dependentes da importação de bens essenciais para a alimentação. A Justiça tornou-se uma lástima e diariamente são publicitados casos de corrupção de políticos que nunca mais serão julgados pois ocorrerá a prescrição dos seus crimes. O caso de pedofilia na Casa Pia que também envolveu políticos foi e é uma vergonha nacional e internacional. 40% da população portuguesa é pobre e vive de subsídios estatais. O ensino sofreu uma degradação nunca vista e o SNS e a Segurança Social estão falidos. A dívida externa é uma enormidade violando todos os parâmetros estabelecidos pela UE. As futuras gerações (para quem tenha filhos) terão de pagar os enormes encargos deixados pela geração de " intelectuais" post 25/A. Quem efectivamente governa são sociedades " discretas" que até têm constituições próprias. Razão pela qual nem sequer existem círculos uninominais com deputados concelhios que sejam reconhecíveis pelos seus eleitores locais. O atual 1 ministro demitiu-se por estar envolvido num processo crime. O seu chefe de gabinete foi apanhado pela PSP com 75 mil euros escondidos em livros na estante da residência oficial! A crise demográfica é gravíssima. Pelas fronteiras abertas entram sem controle milhares de ilegais imigrantes muçulmanos. A juventude cujas habilitações foram por cá financiada emigra aos milhares por falta de rendimentos suficientes e inexistentes expectativas. Tudo isto é uma tragédia.Tal e qual como ocorreu no século XIX por incompetência, corrupção e estúpidas guerras internas. O País que se ponha a trabalhar como sempre foi capaz quando for governado como um Estado de Direito. Por estadistas em vez de "políticos de pacotilha" que por cá medram. Que já no século XIX tinham dado origem a que a Política fosse então apelidada de " a grande porca". Este texto, que revela o desastre do legado de António Costa e do PS e seus amigos da extrema esquerda, não é de autoria de um qualquer diabo, diabinho ou diabrete de direita. É de autoria de um histórico do PS .

CADASTRO DE PEDRO NUNO SANTOS

O Cadastro económico de Pedro Nuno Santos por Ricardo Reis Participou num governo que promoveu estes milagres económicos e decidiu alguns deles: 1- A EFACEC em 2020 antes de ser nacionalizada era uma empresa de ponta, tecnológica e exportadora (acrescento eu, graças ao capital e à gestão da equipa de Isabel dos Santos). Tres anos depois teve prejuízos recorde na sua história. Perdeu bons clientes e 500 trabalhadores. Isto depois do governo ter injectado 200 milhões de € na empresa. Em Junho de 2023 o governo anuncia a venda da EFACEC a um fundo de investimento que aceita depois do governo meter mais 160 milhões de € na empresa. Diz o governo que é como um investimento a recuperar nuns anos...... 🤔 2- Nacionalizou a TAP, pagando ao accionista que expulsou um elevado valor pelas suas acções, feito extraordinário à nível planetário em tempos de pandemia Covid. Nomeou uma CEO que acabaram por despedir mais tarde, dando-lhe directamente ordens. O resultado foi que em três anos injectamos, nós contribuintes, 3200 milhões de €. Agora querem privatizar de novo e o valor estimado para a sua venda ronda os 1000 milhões de €. 2200 milhões de € nossos vão à vida. Como comparação a Lufthansa e a AIR France recuperaram tanto como a TAP e já devolveram o 100% das ajudas recebidas dos Estados. Fracasso total de Pedro Nuno Santos. 3- PNS prometeu uma revolução na ferrovia. Os novos comboios que ia comprar nunca chegaram. A dívida pública da CP caiu porque o Estado (nós contribuintes) assumiu essa dívida. Pela primeira vez em muitos anos ela deu lucro em 2023........ porque o Estado coloca na empresa entre 80 e 100 milhões de € anuais pelo serviço público. 4- Há poucos dias descobrimos que mandou comprar acções dos CTT as escondidas com a intenção de ir nacionalizado a empresa. 5- Foi um dos promotores da Start Campus em Sines origem da demissão de Costa e do processo Influencer actualmente em instrução com vários arguidos próximos de Costa e Pedro Nuno Santos. E acrescento eu. Somos o único País do mundo mais civilizado que tem um primeiro ministro em gestão investigado e desejando ser candidato ao Conselho Europeo e um ex ministro demitido por mentir sobre uma indemnização a um membro despedido da administração da TAP. Não há dúvida nenhuma ao ver estes escândalos que os funcionários públicos e os reformados estão comprados à base do dinheiro nosso, dos contribuintes. Ao contrário do título do filme com Javier Bardem "Isto não é um país para velhos", Portugal é "um país para velhos e acomodados".