terça-feira, 31 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 8

CASA DE ANGOLA – 3 No passado a gestão das associações tinha uma grande componente do altruísmo e do voluntariado, hoje também existe, há de fato; no entanto os apoios de natureza financeira provenientes por via estatal ou privada abundava, eram os tempos dos “Estados elásticos”. A Casa de Angola não escapou à tipologia de práticas, naquela época a disponibilidade dos associados para cumprirem os seus deveres, nomeadamente o pagamento de quotas contribuía para as atividades serem planeadas cumprindo uma estratégia minimalista quanto bastasse. Foram períodos associativos e como em tudo na vida do ser humano há alterações que ocorrem na sociedade de igual modo, inclusive a forma de agir e viver da comunidade angolana, as dificuldades de hoje podem não ser muito diferentes do passado recente, mas a forma de encarar e solucionar são de grau de exigência e responsabilidade bem maior. Não temos dúvidas que na atualidade os projetos pessoais e egoístas na gestão de uma associação e nomeadamente da Casa de Angola não têm sucesso. Foi necessário arregaçar as mangas e contribuir para uma imagem da Casa de Angola, bem diferente e aberta a todos, nada ocorre de forma secreta nas instalações, apesar da resiliência e contenção das palavras para encontrar soluções que permitam perpetuar o património e de igual modo preservar a História deste ícone da comunidade angolana em Portugal. Estamos conscientes que a comunidade angolana tem características diferentes para além da idade, há os que vieram de Angola em anos anteriores a 1974 e muitos milhares nos anos subsequentes até aos dias hoje. Para além disso, Angola e Portugal estão ligados por um cordão umbilical que felizmente possuem na Chefia dos Estados protagonistas que têm este conhecimento bem enraizado e tentam levar esta mensagem o mais longe possível e em qualquer recanto de cidadania. Em próxima oportunidade expressaremos o que consideramos de primordial importância para que todos possamos integrar e cooperar com a Casa de Angola, e esta possuir a missão de melhor defender a cultura e os valores de Angola na sociedade que estamos inseridos, mas sempre em partilha com outros agentes, nunca como no passado recente que alguns pensaram transformar a Casa de Angola como pilar de unicidade, a Casa de Angola deve ser um polo de respeito na diversidade e abertura alargada, seguindo os exemplos do Presidente João Lourenço. Se no passado os equilíbrios entre cumprir as Leis do Estado Português, onde a associação está inserida também era obrigatório respeitar uma missão do Governo de Angola, no passado recente estes pilares foram desvalorizados de forma irresponsável, por isso há questões fiscais e financeiras que têm sido discretamente resolvidas sem grandes perturbações e com coragem. Sabemos que os sentimentos e emoções não pagam custos, mas as boas vontades e os atos de boa-fé contribuem para a melhor resolução das situações. Todos seremos poucos a salvar a Casa de Angola histórica, seria bom que assim houvesse compreensão, porque a administração fiscal em Portugal não olha a compadrios e intrigas, atua! A complexidade presente do funcionamento da Casa de Angola pode ser facilmente ultrapassada tal como o Presidente João Lourenço tem enfrentado os problemas em Angola e com o espirito humanista do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, sem deixar de olhar para a comunidade com raízes em Angola que gosta das nossas vivências. Em próximo capítulo não falaremos mais do presente e muito menos do passado, apresentaremos ideias que possam contribuir para o futuro de sucesso e aglutinador da Casa de Angola, sempre valorizando os desígnios e os desafios para ultrapassar barreiras. CASA DE ANGOLA – 4 A Casa de Angola enquanto instituição histórica, em 2019 está inserida no seio de uma sociedade bem diferente do que há uma década atrás. Os seus associados como na maioria dos clubes e associações possuem um menor espirito associativo. A liderança tem que ser criativa e agregadora, porque o equilíbrio entre o cumprir normas do direito português também tem que atender a princípios e valores da comunidade angolana. Por outro lado, vivemos num mundo onde muitas pessoas comunicam mais facilmente em especial na propagação de inverdades ou de cenários irrealistas no cumprimento das responsabilidades associativas. A Casa de Angola é uma instituição histórica de referência e representativa dos angolanos, mas também foi, é e continuará a ser um espaço onde nascidos em Angola e seus descendentes matam saudades a diversos títulos. Hoje, mais do que nunca o respeito pela diversidade e o humanismo deve ser mantido nas atividades da Casa de Angola. Não podem existir diferenciações nem rótulos, seja a quem for para melhor acolhermos na Casa de Angola. A Casa de Angola pode e deve ser uma referência de partilha com outras associações da comunidade angolana, não com o anseio em liderar seja o for, mas respeitando a autonomia de todas as restantes associações e tão só prestar o apoio da “marca” no que for útil. Entendemos que a marca “Casa de Angola”, pode ser um referencial de prestação de serviço em algumas áreas, e assim libertar-se de sufoco de gestão rotineiras das associações que se encostam às facilidades dos subsídios, por isso a gestão tem que ser altamente criativa para conservar o legado histórico e fazer crescer para as próximas gerações. Se no passado recente a juventude pouco ou nada procurou a Casa de Angola, atualmente sente-se uma mudança na aglutinação dos jovens porque serão eles a dar a continuidade pretendida. A Casa de Angola não é a comunidade angolana, mas é vista como tal por muitas entidades e por muitas pessoas, no entanto a Casa de Angola pode e deve contribuir onde os angolanos se vejam plenamente reconhecidos, sejam associados ou não. A disponibilidade para servir na Casa de Angola deve ser total, mas os limites e tolerância para a maledicência tem limites, urge corrigir mentalidades e hábitos divisionistas do passado e termos a consciência que toda e qualquer instituição é constituída por homens e mulheres e todos são úteis, que devem dar um pouco de si. Mas, todos sabemos que no passado instituições e associações mui dignas extinguiram-se devido à falta de entendimento das pessoas. Podemos ainda voltar ao tema Casa de Angola nas crónicas que aqui escrevemos, mas entendemos que nestas quatro semanas foi a melhor forma de agradecermos aos fundadores da nossa “Casa” e prestar um agradecimento a muitos que no passado fizeram o melhor pela associação e deixar uma exortação de futuro, para que pelo menos daqui a dois anos possamos orgulhar ter valido apena, assumir compromissos e formalismos para salvar património material e imaterial que a todos pertence, aos amigos e naturais de Angola. Saibamos cumprir o nosso desígnio!” Finalmente, para que os mais distraídos percebam a nossa coerência de princípios orientadores e estratégicos procurando projetar a Casa de Angola noutros patamares, transcrevemos a entrevista concedida à ANGOP também reproduzida no Jornal de Angola: Casa de Angola em Lisboa assume papel aglutinador 19 Julho de 2019 | 16h45 - Política Lisboa - A Casa de Angola em Lisboa pode desempenhar papel aglutinador, devendo cooperar com as demais associações da comunidade angolana, sempre em parceria com as entidades que representam o Estado no exterior. Esta tese é do presidente desta agremiação, Zeferino Boal, em entrevista à Angop, a propósito do 48.º aniversário da sua instituição, assinalado em Junho. "Reina uma ansiedade pelo sucesso das políticas nacionais" - sublinhou • Presidente da Casa Lisboa, Zeferino Boal (Por Elizabeth Cadete, correspondente em Portugal) Angop - Como avalia o desempenho da Casa de Angola nesses 48 anos de existência? Zeferino Boal (ZB) - Convém explicar o que poucos sabem. A Casa de Angola teve épocas distintas, se descontarmos um período de uma década e meia de inactividade quase completa. Quando foi constituída, tinha princípios que iam para além dos consignados nos estatutos. Vivia-se o período antes da independência. Nos anos 90, a Casa de Angola quase se confundiu, no seu papel, com os representantes do Estado angolano em Portugal. Seguiu-se um período conturbado, felizmente, em grande parte, ultrapassado. Hoje, respeitamos a autonomia das associações e pretendemos, apenas, a estabilidade geracional, para fazer crescer os valores ligados à marca “Casa de Angola”. Angop - Que contributo tem dado no que diz respeito ao apoio à comunidade angolana na diáspora? ZB - A pergunta que deve ser feita é: o que é a comunidade angolana hoje na diáspora? Temos a certeza de que a comunidade angolana na área de Lisboa, em particular, é muito heterogénea: há cidadãos com vida estabelecida, cujas necessidades são de natureza diferente da de outros que lutam pela sobrevivência diária. Como tal, a Casa de Angola pode e deve desempenhar papel aglutinador, mas tem a obrigação de cooperar com outras associações da comunidade angolana e sempre em parceria com as entidades que representam o nosso país em Portugal. Angop - Como conseguem manter a funcionalidade da Casa de Angola? ZB - É uma excelente pergunta. Tinha vontade de, abertamente, dizer o que me vem à alma e ao coração, mas tenho a certeza de que iria criar conflitos desnecessários. Assim, digo apenas que a funcionalidade é graças a muitos que acreditam no trabalho que tem sido desenvolvido e se tornam associados, com quotas em dia. Tomara que muitos outros cumprissem com as suas obrigações! A Casa de Angola pode ser dinâmica com autonomia de gestão, através das quotas dos associados e das parcerias. Angop - Qual é a relação da Casa de Angola com as congéneres dos Palop? ZB - As relações dividem-se em duas partes: as que estão protocoladas em parcerias de cooperação e as que resultam das relações pessoais. No entanto, este âmbito de cooperação nunca está esgotado. Estamos sempre disponíveis para alargar os horizontes de intervenção associativa. Angop - Que dificuldades a Casa de Angola tem enfrentado? ZB - Vamos resumir! A Casa de Angola é uma associação que não tem apoios estatais, porém, consegue gerar receitas, devido à gestão rigorosa e controlada que actualmente se exerce. A maior dificuldade é a falta de compreensão das pessoas que pouco ou nada a visitam, mas produzem, na cabeça, filmes de acontecimentos que não correspondem à realidade, e alguns passaram há mais de uma década. Angop – Qual é a avaliação que faz do estado da cultura angolana em Portugal? ZB - A cultura tem de ser analisada em patamares diferenciados. Há os agentes de cultura consagrados e que fizeram carreira autónoma e a pulso; outros que, com ajudas anteriores, hoje têm o seu estatuto, e existem muitos artistas e escritores que estão a começar a sua carreira. São estes os que mais temos procurado apoiar e ajudar no que é possível e, sempre que viável, convidando os consagrados a estar presentes. Mas, convictamente, a cultura angolana em Portugal vai crescer exponencialmente e melhorar a qualidade. Muitos terão é que procurar outros mercados, atendendo ao facto de o mercado em Portugal ser pequeno. Angop - O que o Estado deveria fazer para mitigar as dificuldades enfrentadas pelos artistas angolanos na diáspora? ZB - Percebo a questão, mas, enquanto líder associativo, não me compete opinar publicamente sobre a política cultural do Governo de Angola. Todavia, como cidadão angolano, estou consciente de que devo fazer a minha parte, para contribuir para uma Angola cada vez melhor. Angop - Qual é a mensagem que deixa para a comunidade angolana residente em Portugal? ZB - Vivemos tempos exigentes e de rápida comunicação, então, saibamos adequar as vantagens que o mundo hoje nos oferece, para procurar, no espaço da diversidade, ideias convergentes, porque temos muito mais denominadores comuns na comunidade do que vivermos em desconfiança. Todos somos responsáveis para a melhoria do bem-estar dos nossos concidadãos no tempo presente e, especialmente, no futuro. A comunidade angolana tem de saber usufruir das oportunidades de que dispõe, que não existem noutros países, e reivindicar para si certos valores expressos nos protocolos existentes entre os Estados. Angop - Como os angolanos em Portugal estão a acompanhar os acontecimentos em Angola, desde que entrou em funções o novo Governo, liderado pelo Presidente João Lourenço? ZB - Não temos a veleidade de falar em nome da comunidade, mas consideramos que a generalidade dos angolanos residentes em Portugal está esperançosa no desenvolvimento económico e sustentado do país. Reina uma ansiedade para o sucesso das políticas. De qualquer modo, há projecções e pontos de vista diferenciados que englobam análises mais pessimistas e outras optimistas. No entanto, há uma geração mais jovem, com uma cultura de conhecimento do mundo e um grau de exigência que está, de certo modo, atenta às novas políticas, que, convictamente, não permitirá que haja retrocesso na acção governativa. Acreditamos que mesmo os angolanos no exterior poderão dar um contributo válido para as mudanças que ocorram em Angola. Por isso, também, é necessário olhar para a questão do voto eleitoral e para a escolha dos representantes da diáspora. Angop - De uma forma geral, como avalia a relação entre os angolanos residentes e a sociedade portuguesa? ZB - Esta relação, na generalidade, é excelente. Mas, isto não invalida que haja questões por se resolver permanentemente. Numa família ideal, existem sempre situações tensas, que só o diálogo é capaz de resolver. Acreditamos que a igualdade de direitos e deveres entre os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) será um longo percurso, mas necessário, para atenuar os seus conflitos. Se um cidadão angolano trabalha em Portugal e contribui para a economia portuguesa, deve ter direitos idênticos aos residentes de outros países, tal como o inverso é válido. Angop – Que ideia tem das aspirações dos jovens angolanos residentes em Portugal? ZB - Devemos olhar para os jovens de hoje como pessoas com um grau de conhecimento diferente e enquadrados num mundo muito circulante. Sendo assim, os jovens com vida estável têm uma visão diferente dos restantes. Temos de trabalhar para que o jovem e a criança angolanos não sejam estigmatizados pelo insucesso escolar e, por isso, circunscritos às áreas de exclusão social. Há necessidade de adequar meios, para criar melhores saídas profissionais e atender às ansiedades e motivações da juventude mais rebelde, já que ela será o garante do futuro do país onde vivem. Há um denominador comum que não deve ser ignorado: a transmissão dos valores da cultura e raízes angolanas. Só assim estes se perpetuarão de geração em geração. Deve ser feito um esforço para se introduzir no ensino, em Portugal, nomeadamente em áreas onde há preponderância da comunidade angolana, os princípios da angolanidade. Quem é o Zeferino Boal? Nasceu em Angola e fixou-se em Portugal com os pais no período crítico da descolonização. Os seus progenitores também nasceram em Angola. Todos possuem a nacionalidade angolana. Zeferino Boal afirma, orgulhosamente, que é o cidadão n.º 224 de Angola. Fez a sua carreira profissional (militar) em Portugal, tendo mantido sempre ligação com Angola, de forma efectiva e afectiva. Foi instrutor do primeiro curso de oficiais da Força Aérea Angolana, decorrido em Portugal em 1994. Esteve em Angola envolvido no processo de paz, integrado nas missões das Nações Unidas (UNAVEM e MONUA em 1996 e 1998, respectivamente). Nesse período, foi-lhe permitido exercer uma actividade de que sempre gostou: a de árbitro de futebol, tendo actuado no Girabola. Diz que foi e será sempre um defensor dos movimentos associativos, daí ter sido dirigente em inúmeros clubes e associações de diferente natureza, o que nunca o inibiu, enquanto cidadão, de exercer actividade política em causas e ideais em que acredita. Possuidor de várias formações específicas, é licenciado em Gestão na área desportiva. Há cinco anos, lidera a Casa de Angola, porque, segundo ele, foi necessário salvar esta associação histórica em Portugal. Inúmeras outras, declarações poderiam ser reproduzidas, não só do signatário deste documento mas também da diretora cultural Márcia Dias e do próprio Paulo Soares enquanto gestor do espaço gastronómico. Não nos recordamos de declarações fossem de quem fosse ao longo destes anos a contestar qualquer entrevista, pelo contrário tivemos sugestões para acrescentarmos pormenores históricos. Não podendo transcrever para estes documentos muitos dados, artigos e publicações de diferente natureza que através dos vários canais de comunicação social e redes sociais temos dignificado a imagem da Casa de Angola, mas honestamente temos que afirmar e enaltecer em primeiro lugar a sempre pronta disponibilidade da artista-plástica Márcia Dias que no âmbito de exposições de natureza pessoal sempre fez referência à Casa de Angola. Em segundo lugar, as intervenções pontuais, quer em entrevistas, quer em serviços prestados pelo Paulo Soares e por fim os inúmeros artistas escritores que levaram a imagem da Casa de Angola mais longe de igual modo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

OUVI DIZER - 55

Conta-se que um dos vértices da estratégia de Álvaro Cunhal foi a de impulsionar a ida de juristas comunistas, para a Magistratura e para outras áreas da justiça. Quantos autarcas comunistas ao longo da história foram investigados, só aqueles que cairam em desgraça no partido? Porque razão agora surgem tantos casos depois de acabar a gerigonça? São meras coincidências!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 7

5. RELATO PÚBLICO Seguidamente e na maior transparência transcreve-se na integra “post” colocados nas redes sociais, com intuito de prestar esclarecimentos claros e transparentes e também na tentativa de aglutinar contributos em torno da Casa de Angola. 1. Uma qualquer associação só tem capacidade de prosseguir a sua História com alma humana, nos eventos e no apoio consolidado de âmbito material através de desenvolvimento de dinâmicas e também angariação de associados e das parcerias que vão sendo desenvolvidas. Se há quem procure denegrir o que se tem feito na Casa de Angola e não pretende continuar como associado tem dois caminhos ou vem ao local adequado pedir informações ou comunica que não pretende continuar como associado. Não estraguem nem queiram destruir um trabalho de unidade que foi encetado há quatro anos até porque esta associação não é um Departamento do Estado Angolano nem do Estado Português é por direito dos associados e em especial daqueles que honraram a sua História apesar de alguns a terem descoberto recentemente. 2. Nos dias de hoje as associações / instituições precisam cada vez mais de lideranças fortes e competentes com honestidade e lealdade; tenho tido a sorte por também ter sido acompanhado por pessoas de igual qualidade em alguns projetos de sucesso. 3. Os Fundadores da Casa de Angola: Fernando Veiga, Emilio de Abreu, António Burity da Silva Alberto Lemos Junior, Raimundo Traça, Alexandrino Coelho e Fernando Laires, devem sentir orgulho com a História da associação, se no passado de 1996 até Junho de 2014, ocorria uma atividade pública por trimestre entre Junho de 2014 e Junho 2016 ocorreram dois eventos por mês, no entanto de Julho de 2016 até à presente data a dignificação da Casa de Angola fez-se pelo envolvimento direto ou indireto numa média de um evento por semana. Assim se faz, obra em prol da imagem da comunidade angolana. 4. Nos últimos anos o trabalho árduo desenvolvido na Casa de Angola foi executado com paixão e dedicação à causa pública e amor a Angola. Como em tudo na vida muitos prometem e poucos cumprem nos compromissos. Para além, do esforço desenvolvido por equipa reduzida, ao invés do ocorrido em anos anteriores, convém saudar a admissão de uma média de 2,5 sócios por mês. 5. No mês da mulher e num período que se procura promover a paz e harmonia e estando todos a trabalhar para criar as bases para uma Casa de Angola de futuro, com uma marca bem presente em Lisboa, mas que se possa atravessar mais fronteiras. Algumas mulheres desempenharam um papel importante na História da Casa de Angola, no entanto, no tempo presente há uma que soube trazer beleza, glamour e arte com luz às magníficas instalações e acolhedoras. Márcia Dias, não conhecia a Casa de Angola, adorou sempre o que quis fazer em prol dos artistas, soube ensinar o caminho e decorar as escadarias do sucesso para a Casa de Angola. É uma mulher, é artista-plástica, moderna que parte da base para transmitir a imagem magnifica de um espaço que é de todos e para todos. A Casa de Angola deve muito ao seu altruísmo e disponibilidade e acreditamos convictamente que o seu espaço continuará a ser na nossa associação com o devido reconhecimento e empreendimento, agregando outros (as) porque todos seremos úteis no futuro. Márcia Dias tem sido a alma da Casa de Angola e outros, os seus alicerces 6. Há associados antigos, de antes de 2014, apesar da sua liberdade de pensamento e ação, nunca deixaram de estar preocupados e prestar o seu contributo para com a liderança em funções da Casa de Angola. Sempre tiveram uma acutilância pela dignificação da nossa associação. Salientamos em especial os associados: Eugénia Araújo Santos e Eugénio Almeida. 7. Quando em 2014 foi necessário inverter o ciclo na Casa de Angola, houve pessoas que acreditaram na estratégia traçada e na honestidade dos esforços, uma das pessoas que se empenhou foi a Lara Loureiro, tendo contribuído para o embelezamento das instalações. Infelizmente a vida pessoal e profissional não permitiu que continuasse a caminhada desta maratona. Mas, é bom recordar o excelente contributo em Maio de 2015 quando ocorreu a exposição do artista-plástico Guilherme Mampuya, integrada numa semana “Lusófona” em coordenação com a Câmara Municipal de Lisboa e a UCCLA. 8. Em 2014, as instalações da Casa de Angola estavam degradadas: havia infiltrações pelo telhado, devido às telhas partidas, teto de uma sala a cair, vários entupimentos, paredes interiores com enorme humidade, a não existência de uma placa identificadora da Casa de Angola. Tudo foi possível alterar substancialmente e adequarmos as instalações preparadas para o que viria acontecer, tal, também foi devido ao protocolo de cooperação com a Associação Kilombo, liderada pelo seu presidente Américo Fonseca, que ainda hoje se mantém e é um dos alicerces do projeto. 9. Nos últimos anos foi política da Casa de Angola abrir a disponibilidade a parcerias institucionais, nem sempre o equilíbrio e a reciprocidade tem funcionado em pleno, mas sabemos que é próprio do caminho que deve ser trilhado, iremos referenciar os vários protocolos formais e informais estabelecidos, como por exemplo: Associação Cabo Verde em Lisboa, que permitiu desenvolver atividades junto de ambas as comunidades, há que renovar dinâmicas num futuro muito próximo. 10. A coerência de princípios orientadores e abertura de horizontes permitiu estreitar relações de cooperação com associações antes impensável por não existir disponibilidade para os riscos das atividades, estamos a referenciar a Casa de Angola em Coimbra, advindo daí a participação de outros angolanos e a Angola Events no Luxemburgo que permitiu a internacionalização das atividades da Casa de Angola. 11. Nos últimos anos foram estreitadas relações institucionais com a UCCLA, liderada por Vitor Ramalho, prestigiado associado da Casa de Angola. Foi possível fazer uma apresentação de uma coleção de livros editados pela UCCLA em homenagem à Casa de Estudantes do Império. E com todo o gosto a Casa de Angola representou o nosso país num evento alusivo à gastronomia dos países com representação diplomática e que estão integrados no âmbito de intervenção da UCCLA e da Casa da América Latina. 12. Sob os auspícios do então Chefe da Representação Comercial da Embaixada de Angola, hoje Secretário de Estado do Comércio Externo, Dr. Amadeu Nunes; a Casa de Angola procurou impulsionar encontros com empresários e potenciais investidores em Angola, proporcionando-lhes informação e esclarecimentos. Estas iniciativas tiveram o envolvimento de mais duas associações: AANR e a AECODE. Ficaram por concretizar outras dinâmicas que no futuro poderão ser implementadas. 13. A base do trabalho dos últimos anos teve um começo, em 2014, no dia que a Casa de Angola abriu as portas para a exposição de Anna Rocheta; no entanto até 2016, seguiram-se os seguintes artistas-plásticos: Bob Zaza, Zingawa (Cuba), Casamajor (Argentina), uma exposição coletiva de amigos de artes, Carlos Nascimento (organização da Associação. Kilombo), Mó, Ana Santos e Marco Ayres. 14. No período de 2014 a 2016, a Galeria da associação abriu as portas para atividades na área da literatura, tendo sido feitas apresentações e lançamentos de livros dos seguintes escritores: Maria João Martins, Luísa Fernanda, Dulce Tavares Braga, Eduardo Águaboa e Luis Fernandes, José Carlos Moutinho, Luis Ançã, Ana Casanova Pinto, edições da UCCLA, Ana Paula Lavado, Helena Madeira, Carlos Bondoso, Ondina Bordalo e José Jaime. 15. A Casa de Angola é uma associação que se rege pelo direito português e tem uma missão de serviço público, consequentemente em qualquer período de gestão há que prestar esclarecimentos públicos das atividades ocorridos. Assim, no primeiro ciclo desta liderança importa ainda referir que ocorreram os seguintes eventos: apresentação de bijuteria e artesanato, o curso de formação de Língua Portuguesa, as várias conferências ocorridas, a participação em diferentes Congressos nomeadamente da Lusofonia, num deles sob nossa proposta foi entregue a Ruy Mingas o prémio de Personalidade Lusófona, realizaram-se também Tertúlias de Poesia e ainda a foram efetivados diferentes worshops temáticos, sem descurar as parcerias que foram encetadas com outras comunidades. 16. Em 2016, ocorreu uma alteração substancial na gestão e liderança das atividades na Casa de Angola, integrando na equipa dirigente como Diretora Cultural a artista – plástica Márcia Dias. Simbolicamente, o inicio deste âmbito cultural ocorreu com a exposição da própria artista-plástica, embelezando toda a Galeria Jinga e deste modo, tornar o espaço acolhedor a todos os artistas e para as restantes atividades culturais. Em boa hora, esta compatriota e associada contribuiu para o renascer da Casa de Angola. 17. O segundo ciclo do atual modelo de gestão da Casa de Angola permitiu incrementar o crescimento de atividades e acentuar o grau de exigência na qualidade dos eventos ocorridos, assim pela Galeria Jinga passaram os seguintes artistas-plásticos (exposições individuais): Armanda Alves, Filomena Morin, Teresa da Silva, Bantomen, Sidney Cerqueira, Xesko, Xico Fran, Blackson Silva, Filipa Martins, Miriam Biencard, Luiz Morganho, Carlos Nascimento, Carlos Ferreira, Ricardo Salanga e Larissa Kalinichenko. 18. A Casa de Angola teve também oportunidade de realizar algumas exposições de fotografia para dar a conhecer a arte pela lente dos fotógrafos: Eduarda Andrino, Ana Mascarenhas, Zito Delgado e Luiz Lopes da Silva. A arte de fotografar é parar o momento em um simples clique, congelar cores e paisagens que a mente um dia esquece. A Galeria Jinga da Casa de Angola teve o privilégio de ver esses momentos, cores e paisagens maravilhosas. 19. A dinâmica desenvolvida na Casa de Angola, também foi acentuada, com brilhantismo na área literária, isso permitiu que ocorressem inúmeras apresentações / lançamentos de livros no período entre 2016 e 2019 dos seguintes escritores / autores: Ana Miranda, Salvina Ribeiro, Rodrigo Barros, Anabela Frazão, Teresa Silva, Luisa Ramos, Jerónimo Pamplona, Alda Cabrita, Adérito Barbosa, António Pinto, Rosário da Silva, Jorge Humberto, Ana Casanova, Severino Moreira, João Carranca, Ana Quelhas, Rufino Espírito Santo, Rui Morgado, Carla Gossuin, Jaime de Sousa Araújo, Jonas Nazareth, Ana Mascarenhas, António Baptista, Ana Paula Guerreiro, Armindo Laureano, Aníbal Carlos, Lopito Feijó, Edgardo Xavier, Luís Padinha, Kissama, Sebastião Ló, Rubio Prada, Revista MIL e Maria Graça Melo. 20. A Casa de Angola pela sua própria natureza e objetivos nos tempos recentes desenvolveu um conjunto de atividades muito versáteis que permitiram o crescimento da associação, referimos especialmente: conferências de natureza diversa em especial a que teve como orador principal o Embaixador Itinerante de Angola, Debate sobre a Migração Angolana contando com a presença do Alto-comissário Pedro Calado e dos jornalistas Luzia Moniz e Armindo Laureano, conferências sobre História de Angola como orador Oliveira Pinto, reuniões empresariais e formação sindical. 21. Nos últimos anos desta gestão tivemos um parceiro que muito dignificou a maioria dos eventos ocorridos na Casa de Angola, contribuindo para que os convívios sociais fossem momentos de alegria e permitindo que os nossos convidados saboreassem vinhos muito apelativos. Estamos obviamente referir à Adega Mor, sempre muito bem representada pela “capitã de equipa” Patricia Moleiro e pela Marta Ramalho. 22. Dos muitos acontecimentos que ocorreram na Casa de Angola nos últimos anos não podemos omitir, as inúmeras atividades de índole diversa, como por exemplo: tertúlias de poesia da responsabilidade: de Graça de Melo e do Mário Máximo; as apresentações de moda e vestuário da autoria: de Joan Auguri, Sónia Soares, de Esperança Mateus, de Mon’s Amade, de Maria José Borralho e de Maria do Rosário; as apresentações de artesãs: Graciete Ferro e Natércia de Almeida; a apresentação de projetos empresariais como do SIF por parte de António de Sá e Sónia; os workshop’s: de dança da responsabilidade de Jorge Cipriano e de degustação chocolates da “Chocolatier” de Maria do Céu; as tertúlias temáticas nomeadamente da autoria de José Alberto Carvalho; a apresentação de alguns trabalhos musicais com especial referência para Dino George; apresentação de novos projetos como por exemplo a Revista Mulher Africana. 23. Os dirigentes da Casa de Angola, para além das atividades internas, procuraram que a Casa de Angola estivesse representada em inúmeros eventos que muito contribuíram para a imagem da nossa associação como por exemplo Galas Solidárias, Concursos de Mister Black, Prémios das Mulheres Empreendedoras, Homenagem ao Embaixador Ruy Mingas, como Personalidade Lusófona em 2017, marcaram presença em inúmeras exposições e bienais de cultura, comemorações de efemérides como o Dia da Independência de Angola, o Dia Internacional da Mulher, e muitos outros poderiam ser aqui referenciados. E habituaram nos últimos anos os associados e amigos da Casa de Angola a festejarem o Natal e o Aniversário da Casa de Angola. 24. Nesta resenha histórica das atividades que foram ocorrendo na Casa de Angola, é justo agradecer a muitos fotógrafos que por diversas formas e pela arte das suas lentes contribuíram para projetar imagens da vivência entre paredes, referimos em especial aos seguintes amigos: Mário Borralho, Abel Dias, Jorge Verdasca, José António, Zito Delgado, Onesimo Costa e Rui Loio. 25. Há muitos anos que um dos alicerces para a divulgação do bom nome de Casa de Angola, assentou numa área que funciona autonomamente da associativa, estamos a referir ao “Espaço Gastronómico”, da gestão do associado Eduardo Paulo Soares. Estamos convictos, que tem contribuído para a visibilidade da Casa de Angola. 26. Temos consciência que no resumo de atividades ocorridas na Casa de Angola desde de 2016 (sem termos omitido o período anterior) podem ficar algumas situações esquecidas e nomeadamente as inúmeras editoras que se envolveram na apresentação de livros nas nossas instalações, apesar disso realçamos a primazia da Perfil Criativo e da Editora Omega, com quem já temos um protocolo de cooperação. 27. Nos dias de hoje qualquer instituição que tenha uma equipa dedicada e pessoas que a apoiem, e por muito trabalho a que se dediquem para a dignificar, neste caso a Casa de Angola, deve recorrer às redes sociais e a outros meios de comunicação para que a mensagem chegue o mais longe possível. No entanto, também conta com os meios de comunicação social que acolhem o serviço de informação em pleno. Por isso, um agradecimento aos jornalistas e órgãos de comunicação social que nos têm acarinhado com especial relevância: à Sandra Salgueiro, ao Vitor Hugo Monteiro, ao Armindo Laureano, à RTP África, à Kuriakos TV, ao programa Bem-vindos, à Rádio Voz da Alemanha, à Rádio do Luxemburgo, à Agência ANGOP, à Agência Lusa e à Televisão Pública de Angola entre muitos outros. E complementados pelos seguintes artigos de opinião: “CASA DE ANGOLA - 1 A História da Casa de Angola com sede em Lisboa foi símbolo dos jovens angolanos que vieram estudar para Portugal e assumiram o legado do histórico da geração que vivenciou o ambiente da Casa dos Estudantes do Império. Naquela época sentiram a necessidade em possuírem um espaço agregador para transmitir e expressarem o seu sentimento por Angola. Durante o mês de Junho comemora-se o aniversário da fundação da Casa de Angola, sendo assim iremos nos próximos espaços que agui dissertamos dar alguns contributos sobre o valor enorme que hoje em dia a marca “Casa de Angola” atingiu a partir da fundação da associação no dia 25 de Junho de 1971 e sendo ficam aqui referenciados os associados fundadores: Alberto Andrade e Silva, Alberto Ferreira Lemos, Alberto Lemos Júnior, Alberto Mano Mesquita, Alexandrino Amândio Coelho, Alfredo Pereira Melão, Álvaro Barreto Lara, Álvaro da Silva Tavares, Álvaro Soares Morais, Antero Ramos Taborda, António Augusto de Almeida, António Burity da Silva, António Peixoto Correia, Armando Leston Martins, Baltasar Rebelo de Sousa, Belmiro Sampaio Nunes, Eleutério Rodrigues Sanches, Emilio Simões de Abreu, Fernando Cruz Ferreira, Fernando da Silva Laires, Fernando Gouveia da Veiga, Gervásio Vilela Ferreira Viana, Horácio Sá Viana Rebelo, João Mimoso Moreira, Jofre van Dúnem, Jorge Carlos Valente, Jorge Pinto Furtado, José Bettencourt Rodrigues, José Norberto Januário, José Pita-Grós Dias, José Trigo Mensurado, Júlio Correia Mendes, Luis de Oliveira Fontoura, Manuel José Júnior, Maria Helena Mensurado, Maria Helena Viana, Paulo Saldanha Palhares, Raimundo Palhares Traça, Renato de Sousa Pinto, Rui Burity da Silva, Rui de Araújo Ribeiro, Rui Romano, Silvino Silvério Marques, Tomás Carvalho Ribas, Venâncio Augusto Deslandes e Vasco Lopes Alves. Com o advento da Revolução de Abril de 1974, a Casa de Angola viu cessar, de forma abrupta, a sua actividade associativa, por influência de forças políticas de extrema-esquerda portuguesa sendo posteriormente as suas instalações ocupadas por emigrantes cabo-verdianos, nossos irmãos na diáspora, houve a necessidade de a reestruturar, anos mais tarde. Assim, e trinta anos após a sua fundação, outro grupo de insignes angolanos ousou, com o alto patrocínio de Suas Excelências os Presidentes da República de Angola e de Portugal, prospectivamente, Eng.º José Eduardo dos Santos e Dr. Mário Soares, a que se associaram os esforços do então Embaixador da República de Angola em Portugal, Dr. Ruy Mingas e também do então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, procedeu-se à reinauguração desta Associação, em 24 de Junho de 2001, com a presença do então Embaixador de Angola em Portugal, Dr. Osvaldo de Jesus Serra van-Dúnem, que presidiu ao acto. Pelo contributo que deram nesta nova fase da vida da Casa de Angola, foram dignificados à categoria de sócios refundadores os seguintes associados: António Burity da Silva, Aristides Mendes, Aurora Verdades, Carlos Belli-Bello, Eleutério Rodrigues Sanches, Fernando Pombeiro, Fernando da Silva Laires, Gentil Ferreira Viana, Gervásio Vilela Ferreira Viana, João Sucena, José João da Costa Oliveira, José Maria Loio, José Troufa Real, Júlio Correia Mendes, Maria Eduarda Ferronha, Mário Luís Serra Coelho, Mário van-Dúnem, Óscar Jaime Fernandes, Rui Romano e Vítor Sampaio Ramalho. CASA DE ANGOLA - 2 Nas quase cinco décadas de existência da Casa de Angola, descontando o período subsequente à Revolução de Abril, que foram anos de conflitos; como afirmávamos durante estes anos a Casa de Angola teve períodos com objetivos e atividades diversas. Tentaremos nesta crónica de uma forma resumida e sucinta e prestando alguns contributos clarificadores que ajudem a conhecer a História da Casa de Angola, mais especificamente no período pós-independência de Angola. O ressurgimento da associação no final da década de oitenta, deu-se recorrendo a instalações provisórias de um apartamento nos Anjos. Com o apoio do Governo de Angola, da Sonangol e da Câmara Municipal de Lisboa foi possível realojar famílias que entretanto viviam nas nossas instalações de origem e atuais e foram executadas as obras que hoje todos podem desfrutar. A atividade associativa foi-se acentuando, com o apoio financeiro proveniente de Angola, e logicamente a Casa de Angola apesar de autónoma mantinha uma dependência funcional e amiga junto da Embaixada de Angola. Cordão umbilical que se deve pugnar por manter! Foram anos que a mentalidade e as atitudes compaginavam-se com esbanjar de recursos porque vivia-se a euforia dos Estados elásticos e a moeda dava para tudo. Seguiu-se um período de “gestão” de rompimento com o cordão diplomático bem como com alguns fundadores da Casa de Angola e todo o apoio associativo sem músculo de consistência foi-se degradando; preferimos não tecer outras considerações de índole perniciosa. Acima de tudo gerou-se um período deveras conturbado no modelo de afirmação associativa e bem mais na busca de interesses de natureza pessoal, destruindo sem reconstruir e muito menos salvaguardar. Os conflitos internos acentuaram-se e poucas ou quase nenhumas pontes de abertura ao mundo exterior foram feitas. Houve um período em que a Casa de Angola desenvolvia apoio jurídico e de saúde, para além de possuir uma agradável biblioteca, no entanto a visibilidade exterior era quase nula, funciona-se muito em circuito fechado. Eram os tempos antes da globalização, e próprios da mentalidade e hábitos enraizados. Não estamos em condições de criticar certos acontecimentos lícitos, porque os tempos eram outros, os atos ilícitos esses são criticáveis e de falta de competência na evolução dos tempos, até ao período recente, com uma projeção de futuro. A Casa de Angola durante muitos anos quase se pode afirmar representou a comunidade angolana, nos canais oficiais sem no entanto chegar de forma consolidada aos que vivem nos arredores da cidade de Lisboa, no entanto, chegou a existir o projeto da Delegação na Freguesia de Apelação, a qual se esfumou na conflitualidade politica. Entendemos que neste período comemorativo do aniversário da Casa de Angola, é de todo conveniente relatar dados históricos, porque esse é o caminho da aprendizagem num companheirismo que se pretende e mais tarde se tomarem decisões com sabedoria reconhecida.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

OUVI DIZER - 54

Que anda metade do PS que se afastou de António Seguro, com os tins-tins aflitos e outra metade do PSD que se afastou de Pedro Passos Coelho, também. Afinal eles desde jovens tinham razão!

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 6

3. TRIBUNAL – impugnação do ato eleitoral Tivemos conhecimento da queixa apresentada por parte de elementos apoiantes da lista que entretanto tinha desistido do ato eleitoral. A queixa foi apresentada pelos associados Edmundo Rocha e Eduarda Ferronha. Fomos assistir a algumas audiências, consideramos uma perda de tempo porque as falsidades dos testemunhos eram de tal modo, que consideramos que o Tribunal não daria provimento à queixa. Recordo de duas pessoas que mentiram descaradamente Georgina Belo e Vitor Ramalho. Para nosso espanto, em 2012, foi proferida sentença de anular o ato eleitoral, situação de que tivemos conhecimento em 2013. Mais tarde, apuramos que a decisão foi a produzida porque tinha sido solicitada informação complementar à Casa de Angola e a enão presidente Susete Antão, como era (é) prática corrente não abriu a correspondência em especial as provenientes de determinadas entidades: tribunais e finanças, como tal, nunca forneceu os dados solicitados pelo Tribunal. Mesmo, assim consideramos que o Tribunal notificou de forma errada as partes e tendo sido proferida uma decisão de anulação do ato eleitoral também de forma negligente, os queixosos nunca se apresentaram na Casa de Angola para resolver a questão nem informaram o Tribunal do não cumprimento da sentença. Estamos a reportar-nos ao ano 2012, a sentença teria de produzir efeitos no espaço temporal de noventa dias. Sendo as eleições consideradas nulas e tendo apresentado a demissão, em data posterior ao ato eleitoral, o então Presidente da Mesa da Assembleia-geral, Júlio Correia Mendes deveria ter reassumido a plenitude do cargo o que não fez e nem o Presidente da Direção, Gervásio Viana também pouco ou nada fez, para além do documento em anexo de um eventual calendário eleitoral datado de 28 de Dezembro de 2012, acrescido da troca de correspondência que se anexa até 2014. Ou seja, o estado de impunidade e de irresponsabilidade permaneceu. Devido a estes fatores é que prevaleceu a equipa que em Dezembro 2010 tomou posse, apesar da não conformidade funcional da direção, situação que assumimos a nossa responsabilidade em silenciar ou estarmos acomodados, porque quase nem frequentávamos as instalações. Chegados a Junho de 2014. Fomos alertados pelo associado Paulo Soares da ordem dada de Luanda por parte da então presidente Susete Antão, para fechar as portas do espaço gastronómico e sequencialmente da associação. Nem sequer foi compreensível para o lado humanitário das pessoas que trabalhavam e trabalham no espaço, e daí obtêm a sua subsistência. Ora nessa altura, já eramos incomodados por parte do tesoureiro, Nuno Pacheco, com as notificações da Autoridade Tributária das dívidas acumuladas, ao qual a senhora respondia com justificações evasivas chegando a responsabilizar outros elementos dos órgãos sociais, pela não angariação de verbas, algo que não era possível. Toda esta diversa comunicação pode ser consultada em documentação anexa. Durante o período subsequente fomos apercebendo de movimentações estranhas na Casa de Angola e que algumas situações já atrás referidas e outras foram clarificados pelo Presidente do Conselho Fiscal, Meneses João, o qual foi ludibriado em vários momentos e sempre se recusou a dar pareceres a contas porque nem via os documentos, tal como a restante equipa diretiva, mesmo a reduzida. Utilizando o bom nome da Casa de Angola alguns empresários, especialmente do norte, que foram ludibriados, pelo associado Pedro Coelho da Silva. 4. DÍVIDAS A UM LAR DE IDOSOS No âmbito de assuntos relacionados com Tribunais, em 2015 fomos surpreendidos com a notificação de uma eventual penhora de bens da Casa de Angola, devido a um processo de divida para com um Lar de Idosos. De imediato, socorremos de apoio jurídico, gratuito, para indagarmos o que se passava. Rapidamente, chegamos à conclusão tratar-se de uma divida pessoal da anterior presidente Susete Antão, que nunca respondeu aos credores, nem às instituições do Estado Português quer a título pessoal ou institucional e as consequências recaíram na Casa de Angola. Tal deveu-se ao procedimento jurídico de que um devedor não cumprindo, seguidamente é notificada a entidade patronal para penhora de remunerações, portanto, as entidades do Estado entenderam que a senhora tinha remuneração na Casa de Angola, por ser presidente, o que não correspondia à verdade, e não tendo a Casa de Angola enquanto suposta entidade patronal liquidado a divida nem tendo respondido ao Tribunal, correu o risco de possuir bens penhorados, numa situação em que era completamente alheia. Valor contestado ascendia os 60 000 euros. Mais tarde, o signatário compareceu em Tribunal devidamente acompanhado por advogado, por desconhecer em absoluto todo o processo, e para nosso espanto fomos surpreendidos com a audiência a decorrer e aparecem como testemunhas os associados Gervásio Viana e António Oliveira que mentindo em Tribunal, numa estratégia de defesa, afirmaram que não sabiam do paradeiro da então presidente e já nem eram associados da Casa de Angola há anos, nem contatavam com ninguém. Obviamente, que foi uma situação que nos incomodou, porque sentimos isolados a defender a Casa de Angola quando pouco tempo antes tínhamos falado com os ditos associados em causa, a solicitar que enviassem uma carta ao Banco Montepio a requerer extratos bancários, algo que ainda hoje estamos à espera que aconteça. Felizmente, o advogado que defendeu a associada Susete Antão, utilizou os argumentos e provas adequadas para libertar a Casa de Angola de uma divida, que lhe era estranha. Temos mantido diálogo com o advogado em causa que prefere não tecer comentários sobre nenhum dos intervenientes oriundos da Casa de Angola, enaltecendo o nosso esforço, quando o foi necessário apresentar determinada documentação nomeadamente os Estatutos da associação desde a origem e publicados em Diário da República. Consideramos que este tema fica devidamente esclarecido e termos contribuído para libertar a Casa de Angola de uma penhora, porque cooperamos e não nos remetemos ao silêncio. De tal modo que para além de se juntar documentação anexa, recebemos um email do associado Gervásio Viana na data da emissão da sentença e na altura transitando em julgado, como dizíamos o associado Gervásio Viana deu os parabéns pela estratégia seguida. Sentença Execução Casa de Angola Caixa de entrada x Barata dos Santos 03/06/2017, 10:47 para mim, zef007, Viana Bom dia Dr. Zeferino Boal, Em anexo, remeto Sentença que julgou a oposição à execução parcialmente procedente e determinou a extinção da execução em relação à Casa de Angola. Ainda que não concorde com alguns dos fundamentos vertidos na decisão, o objectivo foi alcançado, vamos aguardar pelo transito em julgado. Pois, acredito que a minha Ilustre Colega vá recorrer. Bom fim de semana. Com os melhores cumprimentos, Ao dispor, Barata dos Santos Advogado Av. Marquês de Pombal, lote 22, 2.º Esq., 2410-152 Leiria - Tel. +351 244 88 13 14 - Fax +351 244 88 23 89 www.rb-advogados.pt – barata.dos.santos@rb-advogados.pt - barata.dos.santos-48949c@adv.oa.pt Aviso: Esta mensagem e-mail, assim como os ficheiros eventualmente anexos, é reservada aos seus destinatários, e pode conter informação confidencial ou estar sujeita a restrições legais. Se não é seu destinatário ou se recebeu esta mensagem por motivo de erro, solicitamos que não faça qualquer uso ou divulgação do seu conteúdo e proceda à eliminação permanente desta mensagem e respectivos anexos. This e-mail message, including any attachments, is for the sole use of the entities to whom it has been sent, and may contain information that is confidential or legally protected. If you are not the intended recipient or have received this message in error, you are kindly requested not to make any use or disclosure of its contents and to permanently delete this e-mail message and any attachments. ... [Mensagem reduzida] Ver toda a mensagem Área de anexos CASA DE Angola 05/06/2017, 09:17 para Barata, Zeferino, Viana Dr. Barata dos Santos Vimos por este meio manifestar o nosso agrado, acredite que é um excelente noticia para que esta associação possa prosseguir com um futuro diferente, depois de muitas maldades. Aguardaremos o trânsito em julgado ou não Os melhores cumprimentos Pel' A Comissão ad-hoc da Casa de Angola Eugénia Araújo Zeferino Boal G. Viana 05/06/2017, 16:00 para mim Caro Companheiro, Esta decisão é justa e perfeita, pois a CA é e era completamente alheia a tal execução. Aguardemos pelo trânsito, na convicção de que será difícil um retorno. Todavia temos que estar atentos pois numa primeira fase foi vencedora a tua estratégia a qual desde logo aquiesci. Grande abraço, Gervásio. Gervásio Viana Advogado gvviana@gmail.com R. Braamcamp 9, 5º Dto. 1250-048 Lisboa, Portugal Tlm. +351 936 781 676 Fax +351 213 011 863 ResponderEncaminhar Acresce a tudo e com documentação em anexo há uma notificação da Autoridade Tributária para executar a penhora de um terreno nos Açores, conforme documentação em anexa. Esta execução surge na tentativa do Lar ser ressarcido da verba em divida. Contatamos o advogado que nos disse para não estarmos preocupados e nada fazermos porque esse assunto era de natureza pessoal da associada Susete Antão, a Casa de Angola não seria lesada. Feitas estas explicações é falso o que aquela senhora propala por várias partes dizendo que ficou sem um terreno nos Açores por nossa incúria e derivado à divida da Casa de Angola. NOTA FINAL: Em anexo junta-se toda a oposição apresentada em tribunal para livrar a Casa de Angola deste terror que se viu envolvida, numa situação de natureza privada da associada Susete Antão.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 5

1. ANTECEDENTES Com as facilidades e os inúmeros apoios financeiros e políticos, a Casa de Angola passava a ter uma nova missão concreta junto da comunidade angolana e não só. Eram tempos de conflitos internos em Angola e procurava-se demonstrar que a paz e a harmonia tinham que ser denominadores comuns entre os amigos e naturais de Angola sem distinção nenhuma no aspeto associativo. Infelizmente, vivenciamos períodos conturbados que apesar da nossa idade jovem respeitávamos os mais velhos e não percebíamos os eternos conflitos entre eles, que chegaram a expulsar de associado um ex-presidente, Edmundo Rocha e depois mais tarde readmitido, foram votados em Assembleia-geral processos disciplinares defeituosamente instruídos e enfim uma série de desmandos. Tudo consta de documentos anexos a este relatório em atas de reuniões da Assembleia-geral e também das sucessivas Direções. Hoje não temos dúvidas que a negligência e a responsabilidade de alguns elementos dos corpos diretivos foi de elevado significado. Neste grupo e quase sempre causadores desses problemas Gervásio Viana, Eduarda Ferronha, Gabriel Baguet e mais as tentativas de “vigarizar “ a Casa de Angola por parte de Pedro Coelho da Silva e Susete Antão. Por exemplo, verbas que foram entregues à Casa de Angola, nomeadamente os provenientes do então Embaixador Assunção dos Anjos, para liquidarem dividas contraídas de sucessivos anos, estranhamento os pagamentos não foram feitos. Ocorreram gastos elevados de funcionamento com prejuízos sucessivos em eventos, tal só era colmatado porque as verbas proveniente da Sonangol tudo cobria, até ao dia em que esta faltasse. Tivemos oportunidade em integrar Conselhos Fiscais que não aprovaram contas, aqui um enaltecer a associada Eugénia Araújo Santos que sempre pugnou pela transparência e honestidade e emitimos pareceres negativos das contas. Ao invés por exemplo no anterior mandato o Presidente do Conselho Fiscal, Vitor Ramalho, quis aprovar contas de forma leviana e apesar do voto contra da maioria dos membros do Conselho Fiscal, o qual integrávamos. Foi um mandato em que o Presidente da Direção Gervásio Viana confiou totalmente a gestão a um dos Vice-presidente, Jaime Araújo e daí todos os desmandos. De tal modo, que ainda hoje a conta bancária e única no Montepio Geral só pode ser gerida pelo então Presidente e o então Secretário-geral e está penhorada. Importa referir que Gervásio Viana assumiu que era uma vergonha estar a presidir a uma Direção e durante quatro infringindo Estatutos, sem também apresentar contas, Tudo consta em documentação anexa. Em determinado momento da história os então jovens Olinda França, Mário Façony e o próprio signatário entre outros quisemos mudar o rumo dos acontecimentos e acabar com promiscuidades e situações menos claras, fomos impedidos através do voto eleitoral; porque os estatutos da Casa de Angola permitem que um associado seja portador de três votos de procuração, ao invés de uma cabeça um voto, recordamos que naquelas eleições perdemos na razão de um voto para 2,5 da lista contrária. Recordamos este fato porque é um marco importante na decadência da Casa de Angola. Os apoios financeiros escassearam e a Casa de Angola e os dirigentes passaram a atuar em função das dependências financeiras do então presidente da Direção José João Oliveira. Não temos dúvidas em afirmar que abusaram da situação e das irregularidades. De tal modo, que a certa altura do mandato a associado Eduarda Ferronha demitiu-se, a Direção foi recomposta e após um período de reflexão aquela decidiu regressar e a Direção passou a funcionar com três Vice-Presidentes quando os Estatutos só preveem dois. Estes fatos devem ser recordados porque o tempo presente ajuda a refletir sobre determinados comportamentos. Também foi nessa época que devido às influências junto de entidades governamentais portuguesas foram buscar um subsídio ao Alto-comissário para as Imigrações, para promover um evento sobre a migração e também se candidataram a cursos de formação profissional, de forma ilegal, comprando-se uma meia dúzia de computadores, entretanto desaparecidos. Não se tendo promovido nenhuma atividade a Casa de Angola foi notificada para repor o valor naquela época a rondar os 4000 euros, o que nunca aconteceu e hoje a divida ascende a 5500 euros, e consta da penhora de bens. Trata-se de mais um exemplo de negligência e irresponsabilidade que atravessou mais que um mandato diretivo e mesmo a presidência de Gervásio Viana, o qual tem afirmado que tudo foi pago, tal verba não consta em parte alguma liquidada, junto do Estado Português. Voltaremos a este assunto afirmando que Gervásio Viana mente quando diz que o valor foi pago, apesar de então como presidente ter feito uma relação de dividas onde consta aquela. Em abono de verdade nunca houve paz e estabilidade na Casa de Angola, derivado quase sempre aos mesmos arautos da desgraça, não pondo em questão alguns brilhantes serviços prestados à Casa de Angola, mas só quando houve disponibilidades financeiras. Porque no momento em que os cofres ficam a zero, certas pessoas desaparecem das associações. De tal modo, fomos encontrar nos registos até o pedido de financiamento de uma verba ao associado Gabriel Baguet para editar uma coleção de livros de Óscar Ribas, no final, percebemos que foi o então presidente José João Oliveira quem financiou com o seu próprio dinheiro. Por estes atos, do então presidente e outros que presenciamos é que temos pugnado pela manutenção de um quadro por ele pintado nas escadas das nossas instalações. 2. OCORRÊNCIAS Relatada a situação inerte e de quase total marasmo que se vivia na Casa de Angola apesar dos esforços nomeadamente do associado Eugénio de Almeida que durante o mandato anterior, conseguiu promover algumas atividades culturais, fomos desafiados pela associada Susete Antão para elaborarmos uma lista; ela encabeçaria e o signatário seria um dos Vice-presidente. Este compromisso foi assumido em 2009! A associada em causa garantiu que tinha o apoio generalizado inclusivamente por parte da Embaixada de Angola e serviços consulares. Viemos a descobrir muito mais tarde de que tal não era verdade e ponderamos recuar na aceitação do convite, no entanto, por conversas tidas com outros associados entendemos cumprir o nosso compromisso, acreditando no projeto apresentado e elaborado também com a nossa sugestão. Por uma questão de transparência trabalhamos com o então Presidente da Mesa da Assembleia-geral o associado Júlio Correia Mendes na elaboração das normas eleitorais em conformidade com os estatutos e bem como o caderno eleitoral. Foi da responsabilidade de alguém nomeadamente da associada Susete Antão e do então presidente da direção Gervásio Viana e provavelmente de do(s) elemento (s) da direção anterior a inserção de inúmeras fichas de associados que se encontravam avulsas; infelizmente, nesta data constatamos que algumas não deviam ter sido inseridas, porque foram falsificados dados, inclusive fichas preenchidas a lápis e pessoas que nos têm respondido que nunca foram associados nem sabem da existência da Casa de Angola. Para que as eleições ocorressem em Dezembro 2010, e derivado à nossa experiência de cidadão, foi elaborado um calendário para o ato eleitoral bem como a emissão de cadernos eleitorais com devida antecedência, algo que nunca ocorreu em anos anteriores. Acresce que todas as ações resultaram de consensos criados com o então presidente da Mesa da Assembleia-geral, Júlio Correia Mendes, e só mais tarde o então presidente da Direção Gervásio Viana foi obrigado a ceder à intransigência eleitoral apesar da inépcia da equipa que dirigia. Acabou por assinar o compromisso que se junta a seguir. Na época pensamos que não haveria razão para controvérsia, porque pequenos erros em especial no que respeitava a falecimentos de associados, não fazia sentido. Hoje, não temos dúvidas em afirmar que houve falsificação de fichas para a sua inserção na base de dados. Apresentaram-se duas listas inicialmente, apesar de todas as controvérsias, ocorreram reuniões no Consulado para entendimentos entre as partes e uma última reunião antes da abertura do ato eleitoral. Permanecendo o conflito, o Presidente da Mesa da Assembleia-geral com atraso deu inicio ao ato eleitoral no dia 10 de Dezembro de 2010, nesse preciso momento a lista contrária entregou um requerimento desistindo do ato eleitoral. Como prévia informação toda a documentação está nos arquivos da Casa de Angola. Como tal, só uma lista concorreu a que era encabeçada pela associada Susete Antão, daí consequentemente todos os votos que foram expressos na outra lista foram considerados nulos. Por facilitismo de todos os presentes no final do ato eleitoral alguns elementos ajudaram ao escrutínio, porque na sala só estávamos elementos da afetos à única lista concorrente. De imediato foi marcado ato de posse para a terça-feira seguinte, pelo próprio Presidente da Mesa da Assembleia –geral, Júlio Correia Mendes. No dia da tomada de posse e na véspera, fomos pressionados, pelo então presidente da Mesa da Assembleia-geral, para não aceitarmos tomar posse, porque teria havido uma irregularidade no escrutínio, com ênfase no fato, de dois elementos da lista candidata, terem escrutinado os votos. Consideramos um argumento fraco e sem suscetibilidade para anular um ato daquela natureza. Atendendo, que ninguém cedeu à pressão, consequentemente, o Presidente da Mesa da Assembleia-geral que tinha presidido a todo o ato eleitoral, demitiu-se e não compareceu à tomada de posse e em conformidade com os Estatutos, a posse foi concedida pelo associado mais antigo presente, Óscar Fernandes. Assumindo funções, começamos, a perceber atitudes prepotentes da nova presidente, por vezes com razão, outras pelo contrário causaram mal-estar constante. De tal modo, que ao fim de seis meses quase não frequentávamos as instalações e nem participávamos em reuniões. Não impediu que durante o período que mediou Dezembro 2010 a 2014, não houvesse troca de correspondência, conforme documentação em anexo. Fomos descobrindo que integravam a lista pessoas que não tinham os requisitos para serem eleitos. Especialmente seduzidos por valores que iriam receber em remunerações conforme se comprova num um estudo feito pelo tesoureiro eleito que terá servido para tentar pedir mais de 400 00,00 euros ao Governo Angolano. Apercebemos que a associada Susete Antão prometeu salários a quase todos e obviamente enquanto foi possuindo alguma verba oriunda de parte incerta suportou as enormes despesas, mas tendo-se esgotado o plafond, a eletricidade foi cortada e inúmeras situações foram surgindo, muitas delas só mais tarde descobrimos ao abrir cartas e envelopes. Por exemplo, dividas a fornecedores com alteração de imagem da Casa de Angola. Solicitou verbas avultadas a empresas para se tornarem associados coletivos da Casa de Angola. Contratação de um funcionário com registo na Segurança sociai e não cumprido com os pagamentos despediu o jovem, sem dar baixa na Segurança Social; em consequência só em 2018 é que essa situação ficou totalmente regularizada e a divida saldada. No entanto, também teve atitudes corretas e intransigentes, que permitiram fazer uma limpeza geral na Casa de Angola e descobrimos sacos com fichas de associado que não deram entrada e dinheiro (ainda em escudos) que não foi depositado. Não admira porque a anterior funcionária era a dona de tudo, com a conta penhorada pagava-se a si própria e emitia recibos verdes em nome da instituição quando a mesma estava de baixa médica há quatro anos, ou seja as fraudes de funcionamento eram constantes há anos e atravessando as direções anteriores. Em muitos momentos demos razão às posturas que tínhamos tido nos Conselhos Fiscais. A partir de 2012 e o afastamento dos elementos diretivos foi generalizado e fomos descobrindo que os compromissos assumidos pela então presidente não foram de encontro às expetativas dos integrantes da equipa, convém salientar que talvez o signatário fosse o único que conhecesse o passado da Casa de Angola, mas não a personalidade e o carater da associada Susete Antão. A partir de 2012, acompanhamos no mínimo a atividade da Casa de Angola, quase nula, porque o nosso nome constava na Autoridade Tributária e sabíamos que havia muitos problemas por resolver e outros a avolumarem-se. Fomos tendo indícios de eventuais atividades menos lícitas, mas ficamos em silêncio, infelizmente nunca nos termos demitido. Tivemos conhecimento de uma atividade liderada pela Casa de Angola e com o apoio da União dos Escritores de Angola e ocorrida na FIL em Lisboa, em que constou ter sido financiada, no entanto, não temos prova de qualquer valor contabilístico. Sabemos que a Casa de Angola assumiu a promoção de venda de cartões da então operadora de telemóveis Optimus desconhecemos as verbas em causa. Constatamos mais tarde que foram abertas empresas com a morada da Casa de Angola em claro abuso de confiança e que ocorreram atos que a partir de 2014 nos deram preocupações para resguardar a dignidade da Casa de Angola, junto de entidades como o SEF, a ASAE e a PJ. Em algumas das situações, tivemos a cooperação e bom nome por parte do associado Paulo Soares porque foi recebendo as pessoas no espaço gastronómico. Ao que consta o associado Pedro Coelho da Silva em relacionamento pessoal com a associada Susete Antão, terá recebido verbas de cidadãos provenientes do Leste da Europa para tratar de vistos de entrada em Angola e isso não ocorreu, por estas situações nebulosas tivemos visitas, ainda em 2014 de investigadores do SEF e Policia Judiciária, sem deixar de referir cidadãos oriundos daqueles países. A nós competia repor a dignidade e afastar essas investigações, a partir do momento que lideramos por abandono da então presidente.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 4

PREÂMBULO A vida tem-nos ensinado que há momentos de aprendizagem, abraçando projetos que nos envolvam num companheirismo com outros seres humanos, mas por vezes é chegado o momento de com sabedoria e devida mestria assinalarmos com força e vigor o que vai mal, quando percebemos que a beleza que empreendemos à causa não é correspondida com elevada justiça. Como tal, assumimos as nossas responsabilidades na elaboração deste relatório exaustivo e histórico que exige leitura atenta, para respostas rápidas devido à emergência que adensa para salvar a História da Casa de Angola, com o seu património material e imaterial. Alguns questionarão porquê só agora com clareza, relatar toda a verdade vivenciada e que numa primeira instância será de partilha limitada, mas toda a informação será divulgada para os associados e não só, às autoridades, portugueses e angolanas. Porque entendemos chegado o momento de não suportar mais desaforos e insultos, procurando respeitar compromissos e responsabilidades, no entanto como poderão constatar o trabalho foi em demasia e os boicotes imensos, alguns de natureza racial! Como por exemplo nas palavras já usadas pela associada Rosa de Almeida, a qual não paga quotas há décadas, sendo associada nº 113 e do associado Gabriel Baguet, que não paga quotas e durante anos procurou que sucessivas direções lhe entregassem subsídios, que estão em atas anexas para a feitura de determinada obra. Podemos já adiantar que sobre este associado chegamos a ser importunados por Unidade de Saúde privada, se tínhamos conhecimento do seu paradeiro, assunto este que nunca nos imiscuímos. No passado dia 25 de Fevereiro de 2019 realizou-se uma reunião com alguns elementos associados da Casa de Angola, outros elementos com o estatuto de observadores e nomeadamente em ligação ao Consulado de Angola em Lisboa. Tivemos oportunidade nessa reunião de relatar o que aqui vai exposto e outros fatos apenas referenciamos sumariamente, na ocasião, mas comunicamos que se fossemos obrigados os tornaríamos público, na certeza que o perigo da derrocada era total. Importa referir que aquela foi mais uma das inúmeras reuniões ocorridas para criar soluções e criar entendimentos de cooperação, mas como podem constatar nos documentos em anexo, há elementos que são sempre os mesmos incoerentes dos processos, mentirosos e caluniadores sobre os outros, nunca assumindo as suas responsabilidades. Fiquem cientes que estamos devidamente documentados para suportar as afirmações produzidas e pugnamos pela verdade dos fatos vivenciados, apesar de ser do nosso conhecimento as inúmeras reuniões ocorridas em casas particulares e outros locais, sem nunca terem tido a coragem de nos questionarem ou pelo menos contribuírem para soluções. Ao fim de sete meses (da última reunião) e depois de aprovados uns estatutos a submeter à Assembleia-geral, não houve um contributo para elaboração do regulamento eleitoral, não nos quisemos sujeitar de novo às críticas, pouco construtivas, sem que as habituais vozes, do contra, fornecessem o seu contributo para a elaboração do documento. Podemos afirmar que o associado Gervásio Viana, de quando, em vez aparece e desaparece faltou à última reunião de aprovação daquela proposta de estatutos (tática utilizada no passado), no entanto ficou de elaborar o Regulamento Eleitoral, algo que nunca aconteceu até Fevereiro de 2020. Comemorou-se o 48º aniversário da Casa de Angola e não vislumbramos uma mensagem, uma presença de uma qualquer alma entre aqueles que afirmam estarem preocupados com a Casa de Angola e que no passado deram provas mais que suficientes da negligência e dos desmandos que irão ser comprovados nos relatos. As responsabilidades que tivemos nesta associação perante as entidades do Estado Português impelem-nos a não ser mais tolerantes e deste modo exortar com vigarices e desonestidades, uma certeza temos, aconteça o que acontecer. NUNCA TOMAREMOS UMA INCIATIVA E NÃO DAREMOS UM CONTRIBUTO PARA A CASA DE ANGOLA NO FUTURO. Fiquem cientes de que nos registos da Autoridade Tributária só existiram duas direções da Casa de Angola, em 1998 liderada por Edmundo Rocha e o tesoureiro Óscar Fernandes e outra em 2010, liderada por Susete Antão e na qual nos integramos. Mas, importa referir que ocorreram sucessivos mandatos liderados por José João Oliveira e por Gervásio Viana e ninguém se foi registar nas finanças. Porque razão? Por medo de assumir responsabilidade ou por negligência ou por incompetência associativa? Há documentação em anexo ! O signatário deste relatório tem a nacionalidade angolana e portuguesa e é associado nº 165 da Casa de Angola desde 1999, ou seja, na segunda vida da nossa associação, tendo sido eleito em mandatos anteriores para a Mesa de Assembleia-geral, Conselho Fiscal e em Dezembro de 2010 como Vice-Presidente da Direção. Asumiu a liderança da Casa de Angola como missão para salvar a associação, porque a presidente eleita em Dezembro de 2010, ausentou-se para Angola em 2013 e em 2014 enviou um e-mail a demitir-se de todas as responsabilidades tendo até ordenado mandar fechar as portas. Este relatório será sempre que se justifique atualizado, em nova versão. E estamos devidamente documentados para comprovar fatos, convém referir que não está depositada na Casa de Angola documentação contabilística e financeira referente ao período de Dezembro de 2010 e Junho 2014, ou seja o período após a eleição em Dezembro e até JUN 2014. Quem tem que prestar contas é a associada Susete Antão. INTRODUÇÃO Este relatório visa elencar fatos e atos ocorridos ao longo da história da Casa de Angola, nesta segunda vida da associação, sem deixar de referir o papel histórico que em torno da mesma se foi vivendo. Esta necessidade de expor toda a verdade vivenciada, deve servir para investigações sérias e honestas, acabando com falsidades e uso e abuso de uma instituição para tráfego de influências em proveitos individuais. Provavelmente, faltarão dados ou porque não foram vivenciados pelo signatário ou porque há documentação desaparecida da Casa de Angola. Se antes da independência, em 1971, assumindo o legado histórico da Casa dos Estudantes do Império a Casa de Angola foi de importância relevante para aglutinar jovens angolanos que vieram para a Metrópole estudar e em alguns momentos permitiram partilhar vontades e desejos de uma Angola independente. Após a Revolução as instalações foram ocupadas e atingidas por atos de puro vandalismo, por forças politicas na época identificados na extrema-esquerda, e que estavam contra o desenrolar do processo descolonização em Angola. Daquele período, os relatos são escassos, apesar de alguns associados ainda vivos terem vivenciado as situações; aqueles deveriam fazer esse relato histórico, para que certas mentiras não perdurem no tempo Face às vicissitudes da época a Casa de Angola ficou inerte e sem atividade só retomando a alguma dinâmica em finais dos anos oitenta do século XX, com alguns rostos ainda ligados à fundação nomeadamente Júlio Correia Mendes e Gervásio Viana. A Casa de Angola, ergueu “colunas” de novo num apartamento na freguesia do Anjos em Lisboa, e de imediato se procurou atingir uma dinâmica com um objetivo último retomar as instalações de origem. Tal desiderato foi obtido com o empenho de muitos associados e junto das autoridades máximas dos dois países através das respetivas Presidências da República, Mário Soares e José Eduardo dos Santos. No entanto, não podemos deixar de relevar que foi já com Jorge Sampaio na Presidência da República em Portugal que a inauguração foi feita; importa também deixar a gratidão ao então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Soares, à Fundação Gulbenkian, à Sonangol, à Endiama, à Embaixada de Angola, porque estamos convictos se não houvessem os apoios enumerados e alguns outros a reconstrução tornar-se-ia difícil. Apesar se então se viver uma época em que os apoios financeiros fluíram facilmente.

sábado, 14 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 3

Em Dezembro de 2001, fui eleito Deputado Municipal da Assembleia de Alcochete, pela primeira vez alguém da direita e pela mão do CDS-PP foi eleito, ocorreu uma representação. Coincidiu com a vitória do PS, após décadas de governação comunista. Em Janeiro de 2002, abdiquei de modormias salariais ad-eterno por parte da FAP, porque fiz uma opção em desligar-me da carreira militar e assumir uma atividade politica e de outra de natureza civil. A FAP, pela mão do então CEMFA, tudo fez para me obrigar a voltar atrás, o mensageiro, muitas vezes durante meses foi o senhor que durante décadas pensava que era dono da Defesa Nacional, hoje está em luta contra a justiça, finalmente! Os ideais da vida política em servir o bem comum rapidamente se começaram a desvanecer porque, se na dédada 70 tinha ideais e enveredei pela carreira militar, tão nobre como a política na época, rapidamente no princípio do século descobri o quão a política está carregada do pior que há na sociedade e comecei o meu combate contra a corrupção e outros vícios. Na vida militar pode pagar-se com a vida, na politica arrisquei a vida!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 2

Há meses a esta parte o pesadelo governativo não pára, agora ressurjem problemas nas autarquias. Não é novidade para mim, desde 2004, quando a investigção à Freeport começou. Naquela época a pressão dentro o meu partido então, CDS-PP, sofri em primeira instância presões para deixar o assunto Freeport. Estavamos numa época eleitoral confusa e que trouxe dificuldades acrescidas ao centro-direita. Muitos andaram assobiar para o lado e não querem investigar como deveria.Hoje, o povo paga o desgoverno, mas no entanto no meio do povo, aparecem alguns dito notáveis.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 1

Entendo que depois de um largo período a dar espaço aos outros e aprendendo sempre com todos os seres humanos na diversidade é chegado o momento deixar testemunhos que não tenho disponibilidade para escrever em livro, mas sim deixar por esta via. Contarei vivências, experiências tendo participado nas mesmas e não pelo que ouvi dizer, algumas dessas histórias contemporâneas com outros protagonistas em vida, podem sempre contestadas e incómodas. Abordarei temas corrupção, desportivos, politicos, culturais e com outras componentes. Não me esconderei nas opiniões e nas acusações que tiver fazer.