domingo, 8 de janeiro de 2012

HOMENAGEM AOS MEUS PAIS

Querido pais

Se hoje estivéssemos em Luanda, estaríamos na Igreja da Nossa Senhora da Nazaré a viver esta cerimónia. Não estando por lá fisicamente, fazemo-lo, em espirito porque simultaneamente está a ser celebrada uma missa dando graças aos pais que temos.
Se estivéssemos em África ninguém ficaria condicionado às palavras que vos venho dirigir, porque seria natural ser o primogénito a usar dessa prerrogativa.
Quis Deus, que 50 anos depois de terem iniciado o vosso caminho em comunhão e nos terem dado a felicidade de sermos vossos filhos, comemorássemos a data em terras que são origens da familia.
Pais,
Estou certo que não foi por acaso que casaram no dia 6 de Janeiro, Dia dos Reis Magos. Dia amplamente comemorado na comunidade cristã. E que termina o período do Advento, tendo este dia sido precedido pelo dia de Natal - Nascimento de Cristo e pelo dia Mundial da Paz.
Mas, foram aqueles Reis que caminharam pelo deserto seguindo a Luz de uma Estrela de cinco pontas. Também vós tivestes o vosso deserto.
Não foi por acaso que tivestes cinco filhos.
A Estrela é o símbolo da vida, cada ponta representa a cabeça, os membros superiores e inferiores de um ser um humano.
E para dar equilíbrio à Estrela da nossa familia a irmã do meio teve o condão de fazer o ajustamento na distribuição dos netos; permitindo colocar três em cada ponta da Estrela.
Deste modo temos mantido o nosso equilíbrio familiar. Estando vós no seu interior com toda a força, sabedoria, beleza e persistência vindas de Deus.
Foi, é e será esta Luz que a todos nos tem orientado.
Nós, os filhos, somos homens e mulheres que procuramos a perfeição, nos valores éticos e morais.
Ao longo destes cinquenta anos soubestes orientar-nos na vida. Que melhor prova podemos ter que a travessia das tormentas ao sairmos da nossa terra e que apesar de muitos vos terem virado a cara, nunca deixastes de lutar para nos dar melhor qualidade de vida.
Vós soubestes ter a sabedoria e o conhecimento de nos indicarem os valores da vida, pugnando pela paz e a concórdia no nosso seio, mesmo nos momentos difíceis.
Nos nossos êxitos sempre connosco estivestes e nos nossos infortúnios fostes os primeiros a dar a mão.
A vida a todos obriga a ultrapassar barreiras.
Há vinte e cinco anos estávamos no Porto, hoje estamos em Vila Real. Em ambos os momentos a nossa unidade é forte.
Em nome dos meus irmãos afirmo que damos graças aos pais que temos.
Uma enciclopédia não chega para escrever e ler sobre vós.
Só uma frase transmite tudo que sentimos por vós.

NÓS, AMAMO-VOS

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