domingo, 23 de agosto de 2009

Artigo escrito no Jornal em Janeiro de 2008

CONTRIBUTOS PARA O FUTURO DE ALCOCHETE

Estamos no início de um ano, o qual será de aparente calma no que respeita a eleições. O ano de 2008 será o momento oportuno para os que se encontram no poder nacional e autárquico (vou cingir-me a este) lançarem as suas campanhas pré-eleitorais.

Compete à sociedade civil organizar-se em projectos alternativos. Com projectos e toda uma informação que esteja disponível, intervir e impor um novo ritmo à governação desta terra.

Quadros e residentes de valor não faltam para que se consiga fazer um trabalho sério e honesto. Há gente desprendida, suficientemente, da política partidária, para se dedicar de corpo e alma ao serviço público autárquico.

Alcochete não se compadece com mais inexperientes da política e da vida. E, pior ainda, com os que se tornam arrogantes pelo pequeno poder de que transitoriamente usufruem.

Porquê a ênfase nos independentes e na sociedade civil?

A análise é simples de fazer. Este Concelho já provou as experiências nefastas do passado. E, no actual quadro partidário, não se vislumbram motivações criadoras das sinergias úteis para encontrar o rumo necessário.

Senão vejamos. Onde pára a força aguerrida do CDS-PP? O presidente da Concelhia, com receio de algo, nunca apareceu nem deu sinais de vida ao longo dos dois anos de mandato. Arrependeu-se de algumas atitudes, ou não?

Ao PSD tem cabido o papel de donzela bondosa nas Assembleias Municipais, e, ao que parece, também pouca imaginação abunda por aquelas bandas para alinhavar um plano estratégico para Alcochete. Alguns ficarão à espera da queda de Sócrates para entrarem, de novo, na carreira dos jobs for the boys.

Existe BE em Alcochete? Talvez a anterior candidata já saiba um pouco mais do concelho, ao fim destes anos.

O PS parece estar bem e recomendar-se. Os eleitos na Câmara vão faltando às sessões quando lhes apetece, em claro desrespeito por quem neles votou. Aliás, a arrogância já ocorria no mandato anterior. Ao longo deste mandato contam-se por uma mão as ideias expressas pelo maior partido de oposição local. Talvez alguns ainda aguardem o desfecho de certas investigações judiciais.

A CDU não é mais do que aquilo que já sabíamos ser. Marxistas e defensores do povo por fora; por dentro capitalistas sem engenho nem arte para governar. Além da inexperiência, nuns casos, noutros sabichões que desejam construir em altura prédios de muitos andares, por ser mais fácil aburguesarem-se.

Em jeito de pincelada, esta é a situação actual. A pintura tem de ser refeita para que o futuro de Alcochete seja mais alegre, vivo e participado do que agora.

Outros contributos se irão seguir.

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