sexta-feira, 17 de julho de 2009

HISTÓRIA DO TÉNIS

INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina da História do Desporto, escolhemos elaborar um trabalho sintético da História do Ténis por entendermos que se trata de uma modalidade mediática e em franco progresso em Portugal, adequada ao desenvolvimento de tarefas de gestão desportiva.

Não será possível elaborar um trabalho muito exaustivo apesar da imensa bibliografia e informação consultada, para além disto tivemos oportunidade de trocarmos algumas opiniões com responsáveis da Federação Portuguesa de Ténis.

Dividimos o trabalho em quatro partes:
- Breve resumo histórico;
- Ténis em Portugal;
- Abordagem à evolução dos equipamentos;
- Resenha das Leis do Jogo e técnicas.

Na pesquisa que fizemos, que apesar de não ter sido fácil, porque não abunda bibliografia relacionada com esta modalidade ou se há está reservada em espaços mais restritos e do conhecimento dos praticantes da modalidade. Por este facto, que tínhamos inicialmente planeado um encontro com o Secretário-geral da Federação Portuguesa de Ténis, que não se veio a realizar devido a diversas vicissitudes.

RESUMO HISTÓRICO

Julga-se que os antigos jogos de bola, praticados pelos egípcios, gregos e romanos, foram os percursores do ténis. No entanto, há quem afirme que o ténis deriva de um jogo romano o «harpastum» que foi adaptado pelo país vasco sob o nome de «paume», em virtude de a bola ser batida com a palma da mão contra um muro ou frontão, erguido num extremo de um campo rectangular, delimitado lateralmente. Este jogo difundiu-se por outras regiões da França, no século XII.

Naquela expansão introduziram-lhe algumas alterações, retiraram o frontão e colocaram uma corda a meio de um rectângulo com 80 metros de comprimentos por 14 de largura, sendo jogado com formações variáveis, não podendo, contudo, exceder os 6 jogadores de cada lado. Era jogado normalmente nas grandes avenidas das cidades, para mais tarde ser jogado em recinto fechado circundado de paredes com 7 mts de altura mínimo e tendo a meio uma rede de 0.92 mts de altura e 1.20mts nos extremos.

A bola naqueles jogos era constituída por cortiça forrada de flanela com o peso de 18 gr e que era batida com a palma da mão por forma a transpor uma corda ou rede e que, ao cair no campo adverso, um dos jogadores da equipa interveniente procurava devolvê-la pelo mesmo processo até que uma das equipas cometesse falta.

Como no ténis, a equipa que primeiro cometia 4 faltas perdia o jogo, contando-se: por 15 o primeiro ponto; 30 o segundo; 40 o terceiro e jogo o quarto. Se as equipas chegassem a 40 igual, então o jogo decidia-se por aquela que fizesse duas vantagens seguidas.

A pontuação era feita daquele modo pelo seguinte: o servidor que marcava um ponto avançava 15 pés de cada vez, pelo que 3 dos pontos feitos o levavam junto da corda que separava os campos. Para contrariar esta vantagem do servidor passou-se mais tarde de 45 para 40 pés.

No séc. XVI, havia em Paris cerca de 2 000 salas de jogo, a maioria das quais pertenciam a modestos taberneiros que assim aumentavam as suas receitas. No séc. XIV apareceu a raqueta, inventada pelos italianos, o jogo tornou-se menos violento e mais interessante, do que resultou uma grande expansão no resto do território francês.

O jogo de paume acabou por atravessar a Mancha e difundiu-se rapidamente pela Inglaterra, tendo Henrique VIII sido considerado um dos melhores jogadores da sua época.

No séc. XIX apareceu a bola de borracha e então surgiu o ténis ao ar livre ou Real Tennis, na Grã-Bretanha. Em 1873, o major inglês Wingfield, em serviço na Índia, debruçou-se sobre os jogos percursores do ténis e introduziu profundas alterações às suas regras, bem como às dimensões e forma geométrica das pistas.

Portanto, só em 1874 é que formalmente se começou a chamar «ténis» que se julga derivar do francês «tenez», palavra que os jogadores proferiam no momento de bolar.

Para as mulheres vitorianas, o ténis foi uma diversão caída do céu, pois permitia-lhes a competição, caída do céu, pois permitia-lhes a competição, ao mesmo tempo que conseguiam atrair as atenções dos jovens que as cortejavam.
A par disso, o ténis oferecia às lindas raparigas a oportunidade de mostrarem a graciosidade dos movimento e a sua forma atlética, embora esta última circunstância fosse extremamente obstaculizada pela grande quantidade de roupas que vestiam. Elas vestiam como se participassem numa grande festa usando, para o efeito, vestidos comprido com folhos de lã ou seda, chapéus complicados, espartilhos, anáguas e calções compridos. Os sapatos eram de sola de borracha indiana de cor preta.

O ténis é um jogo difícil porque, quer a sua técnica, quer a sua táctica, não se aprende de um dia para o outro, antes exige de início, e sempre, uma grande assiduidade e dedicação. A iniciação é de facto uma etapa muito dura, mas que, com paciência e tenacidade, se consegue vencer.

TÉNIS EM PORTUGAL

Em Portugal a evolução tem sido lenta. Na realidade, mercê do elitismo registado nos primeiros 50 anos do século passado e da falta de consciencialização dos portugueses. Em 1966, devido à criação duma escola de iniciação de ténis no Estádio Nacional e à Televisão se registou um notável acréscimo de praticantes em especial Lisboa, Porto e Algarve.

Nos tempos mais recentes passamos ter como grande referência do Ténis o Open de Portugal.

“O Sporting Club de Cascais foi o berço onde o «pai» do ténis português, Guilherme Pinto Basto, ensinou este desporto a dar os primeiros passos.
Popularmente conhecido pela denominação de «Club da Parada», o Sporting cascalense atraiu o interesse de muita gente para o Lawn-Tennis, surgindo como pioneiro na organização de campeonatos, juntamente com o Real Velo Clube do Porto “.

Guilherme Pinto Basto nasceu em 1 de Fevereiro de 1864, fez os seus primeiros estudos em Portugal, e em 1878 iniciou um périplo por países europeus, passando pelo Colégio de Downside, em Inglaterra, por Paris e por diversas cidades alemãs.

No ténis empenhou-se, sem nunca esquecer as suas obrigações profissionais - primeiro enquanto trabalhador na firma E. Pinto Basto & Cª Lda., dirigida pelo seu pai Eduardo Ferreira Pinto Basto e pelo seu tio Teodoro Ferreira Pinto Basto; depois como encarregado de negócios da Islândia e do Sião e cônsul-geral da Dinamarca.

“Como praticante conseguiu sagrar-se por nove vezes vencedor nos Campeonatos Internacionais de Portugal. Mas foi enquanto dirigente que a sua actividade deu maiores frutos, nomeadamente com a fundação de dois clubes - o Club Internacional de Football e o Sporting Club de Cascais. A sua capacidade organizativa levou-o depois a presidir à primeira direcção da Federação Portuguesa de Lawn-Tennis, fundada em 16 de Março de 1925. Desempenhou o cargo até 1934, quando foi substituído pelo seu amigo e director do Sporting Club de Cascais, Rodrigo Castro Pereira. Em 1946 foi eleito Presidente Honorário da Federação, posição de que muito se orgulhou até à data do seu falecimento, em 26 de Julho de 1957.”

“Em 1901 conseguiu organizar um torneio de exibição com a presença de vários jogadores ingleses de nomeada. A este propósito, registe-se esta passagem da edição de Outubro de 1904 da revista «Tiro e Sport», retirada de um perfil do grande desportista: «Ainda em 1901 conseguiu atrair a Cascais o que há de mais selecto entre os jogadores de ténis de Inglaterra. Todos nós tivemos o prazer de admirar o elegante jogo de Madame Blanche Hillyard e de Miss Robb, detentoras do Campeonato do Mundo (nota: referência aos Campeonatos Britânicos, então disputados no complexo de Worple Road, antes de passarem em 1922 para Church Road, Wimbledon; Blanche Hillyard ganhou a prova por cinco vezes 1889, 1894, 1897, 1899 e 1900 - enquanto a Sra. Robb venceu em 1902); Monsieur e Madame Neville Durlarcher, H.S. Mahony, C.H. Caselet e Monsieur George Hillyard deram-nos tardes encantadoras no Sporting Club».”

No início do século XX foi possível tornar realidade a primeira edição dos Campeonatos Internacionais de Portugal, ainda e sempre no recinto do Sporting Club de Cascais. Dois anos depois, a prestigiada «Tiro e Sport» abria as suas páginas para noticiar a terceira edição da prova: «Era com grande ansiedade que se aguardavam os resultados destes Campeonatos, pois que, para além dos jogadores antigos, cujos créditos já estão firmados, havia alguns jogadores relativamente modernos e cujo valor não era de todos conhecido.


Em 1909 é lançada uma nova competição - o Campeonato de Portugal Inter-Clubes. A primeira edição da prova integrava as variantes de pares-homens e pares-mistos.

Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, novo golpe se abate sobre o jovem desporto. Obrigados a alistar-se, portugueses e ingleses residentes em Portugal vão combater para as terras estrangeiras. Registe-se até o caso de Rodrigo Castro Pereira - que em 1934 sucederia a Guilherme Pinto Basto à frente dos destinos da Federação Portuguesa de Lawn-Tennis , que no exílio se procurou alistar no exército português. Como o seu pedido foi recusado, acabou por entrar para o exército dos Estados Unidos da América, chegando ao posto de tenente.

“A Meio da década deu-se outro passo de gigante no desenvolvimento do ténis em Portugal. Com a criação, a 16 de Março de 1925, da Federação Portuguesa de Lawn-Tennis, estava criada a estrutura aglutinadora que permitiria uma mais correcta expansão da modalidade, bem assim como a concretização de um sonho, - a participação de Portugal na maior competição por equipas do calendário masculino: a Taça Davis”.

“Até 1928 Portugal participou todos os anos na Taça Davis e em todas as ocasiões se quedou pela eliminatória inicial - em 1926, fomos a Londres perder com a equipa da África do Sul, por 4-1; no ano seguinte perdemos em Lisboa com a equipa alemã, por 5-0; e em 1928, novamente em Lisboa, fomos batidos pela Nova Zelândia, por 4-1.

Os maus resultados sucessivos desmotivaram dirigentes e jogadores, de tal forma que Portugal apenas voltou a participar na Taça Davis em 1948.

Mais duradouros foram os Campeonatos Nacionais, que se começaram a realizar igualmente em 1925 e que desde então têm vindo a disputar-se ininterruptamente”.

No início dos anos trinta a modalidade manteve-se mais ou menos estagnada, havendo mesmo um período de declínio, a partir de 1934.

Com a inauguração do complexo do Estádio Nacional. Estreado com pompa e circunstância no dia l0 de Junho, este conjunto de infra-estruturas desportivas respondia ao desejo da Federação Portuguesa de Futebol de possuir um campo para acolher as selecções estrangeiras. Mas tornava igualmente possível uma maior divulgação da prática do ténis, pois do complexo faziam também parte nove «courts» de ténis.

“O interesse nos Campeonatos Nacionais voltou a crescer no início dos anos sessenta, quando o nível qualitativo dos praticantes subiu e o ténis português ficou marcado pela rivalidade que permitiu a Alfredo Vaz Pinto e João Lagos repartirem os títulos disputados entre 1963 e 1972. Vaz Pinto venceu em 1963-64 e depois entre 1968 e 1972. Lagos ganhou três Campeonatos consecutivos, entre 1965 e 1967.

No sector feminino, chegava ao fim o domínio de Peggy Brixhe, oito vezes campeã nacional - a primeira em 1945, a derradeira em 1966 -, para se iniciar o de Leonor Santos (depois Peralta). De 1967 a 1982, venceu a prova por 13 vezes, deixando escapar somente os títulos de 1977, 1978 e 1981, sempre para Deborah Fiuza.

Inicia-se então uma fase de expansão do desporto das raquetas, que se acentuaria a partir de 1976, com a actuação de Cordeiro dos Santos à frente da Direcção da F.P.T.. Competitivamente, o início da década de setenta é marcado pela monotonia, tal a superioridade dos melhores executantes o portuense José Vilela ganha cinco campeonatos consecutivos em singulares, de 1973 a 1977, enquanto a dupla José Vilela/João Lagos arrecada sete títulos de 1970 a 1978.

A revolução de Abril vem encontrar o ténis português ainda numa fase muito precária. Todavia, os adeptos portugueses tiveram conhecimento nesse ano de uma das melhores notícias para a modalidade.

Henrique Mantero Belard, estrangeiro radicado em Portugal, faleceu e deixou parte da sua fortuna, obtida nos Estados Unidos da América, a diversas instituições nacionais. Setenta por cento da sua herança excluídos os montantes devidos aos herdeiros - revertia para a Santa Casa da Misericórdia; vinte por cento para a Cruz Vermelha Portuguesa; e os restantes dez por cento para a Federação Portuguesa de Ténis

“Em 1982 a ideia longamente amadurecida de trazer a Portugal uma grande figura do ténis mundial tornou-se finalmente possível. O mítico Bjorn Borg, retirado do circuito profissional no Outono de 1981, dedicava-se então apenas a encontros de exibição. As suas prestações em Cascais e Póvoa de Varzim, onde actuou ao lado de Vitas Gerulaitis, relançaram o interesse na modalidade das raquetas. Com os pavilhões a abarrotar e a televisão a permitir a milhões verem em actuação aquele que muitos consideravam o melhor jogador da história do ténis, deu-se início a um inesperado «boom» no número de praticantes, que fez com que no final da década de oitenta o ténis fosse a segunda modalidade desportiva mais praticada em Portugal.

A chama de entusiasmo à volta do ténis manteve-se acesa no ano seguinte. Um promotor alemão propôs a Armando Rocha, então presidente da Direcção da F.P.T., a realização em Portugal, durante 1983, de um grande torneio, integrado no «Grand Prix». O projecto foi aceite.

Com um total de 250.000 dólares em prémios, o Open de Portugal trouxe ao Estádio Nacional alguns dos melhores jogadores daquele tempo. Jose Higueras, Jimmy Arias e Victor Pecci, entre outros, foram actores secundários num torneio protagonizado pelo francês Yannick Noah e pelo sueco Mats Wilander. O escandinavo venceu no Jamor, mas um mês depois Noah teve a sua desforra... na final de Roland Garros.

Mas se a iniciativa foi um sucesso momentâneo, acabou por ter um custo elevado. Incapazes de competir com o peso dos nomes presentes no Open de Portugal, os organizadores nacionais deixaram de contar com o apoio de patrocinadores para iniciativas mais modestas. E como o «Grand Prix» não teve descendência, foi necessário esperar três anos para voltar a ver competições de bom nível em Portugal”.

João Cunha e Silva foi a primeira aposta séria no profissionalismo, conseguindo-se criar as bases para que outros tenistas nacionais pudessem pensar em competir internacionalmente com o mínimo de ambições.

A partir do inicio da década de noventa o Estoril Open teve já seis edições, com cinco vencedores - os espanhóis Emilio Sanchez (1990), Sergi Bruguera (1991) e Carlos Costa (1992 e 1994); o ucraniano Andrei Medvedev (1993); e o austríaco Thomas Muster (1995). Na Ultima edição estiveram em jogo 575.000 dólares.

Em 1995 o Estoril Open passou a ter a companhia de outra prova portuguesa na categoria de World Series do ATP Tour. O Maia Open/Oporto Cup, depois de um longo percurso como «challenger», chegou à divisão maior do ténis mundial. Com um «prize-money» de 328.ooo dólares, jogou-se na semana seguinte a Roland Garros e foi ganho pelo espanhol Alberto Berasategui. Para 1996 ambas as provas continuam de pedra e cal no calendário do ATP Tour, aumentando mesmo os seus prémios monetários.

ABORDAGEM À EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS;

Nestes 100 anos de ténis, observou-se uma ligeira evolução nas raquetas, bem como no fabrico de bolas. Assim, a modificação mais importante da raqueta teve lugar em 1950, surgindo posteriormente no mercado raquetas metálicas, de fibra de vidro, de grafite e compósitas (madeira e fibra ou madeira e grafite), mantendo-se, contudo, invariável na ligação do aro à pega, consoante as marcas.

O fabrico de bolas manteve-se quase inalterável, com a tendência ao emprego de fibras sintéticas, associadas a borracha, sendo a inovação mais saliente o aparecimento de bolas coloridas, com predomínio da amarela que.

A indumentária dos tenistas sofreu, como é natural, profundas alterações. Assim, nas primeiras décadas os homens jogavam de calças e camisolas brancas. Somente em 1933 aparece o calção através do jogador britânico Henri Wilfred.

Por sua vez, as mulheres, nos primeiros anos, jogavam de chapéu de palha, blusa cintada e comprida e usavam gravata listrada, espartilhos e saias roçando o chão. Só na década de 20 aparece a primeira jogadora a libertar-se desta estranha e incómoda indumentária, foi a célebre tenista francesa Suzanne Lenglen, a qual entrou nos campos de Wimbledon, sem espartilhos, nem anáguas, mas tão somente com um folgado vestido pregueado, meias presas com liga por cima do joelho e uma fita no cabelo, conjunto que foi moda na época. Mais tarde as saias encurtaram e as ligas desapareceram.

Em 1949, a tenista americana Georgeou Gussie surge, em Wimbledon, de mini-saia, a qual se levanta no momento em que a jogadora dá um pulo para apanhar a bola, deixando ver uma calcinhas debruadas de renda, o que causou forte sensação na assistência, que solta um «oh!» de admiração, perturbando a jogadora que julga estar a ser vaiada. Rapidamente esta moda pegou e, hoje, as jogadoras usam vestidos curtíssimos, extremamente graciosos e requintados, intervindo na sua confecção costureiros de renome.

A cor branca do equipamento masculino e feminino foi sendo substituída ao longo dos tempos mais recentes.

A pista idealizada pelo inventor do ténis tinha a forma de dois trapézios isósceles unidos pela base menor, onde se colocava a rede e somente de um dos lados havia divisões para a recepção do serviço, que era sempre executado do mesmo lado e do centro da linha de fundo, sendo obrigatório bolar por debaixo do ombro.

Somente em 1875 surgiu um novo regulamento. A pista passou a ter a configuração rectangular com 23.76 mts de comprimento por 7.31 mts de largura, dividida ao meio por uma rede sustentada por dois postes de 2.13 mts de altura e distantes de 7.31 mts. A altura da rede era de 1.52 mts nos postes e 1.21 mts no centro, situando-se a linha de serviço a 7.92 mts da rede.

A contagem dos pontos manteve-se como até aos dias de hoje.

Foram surgindo algumas tácticas novas que nos primeiros por serem inovadoras obrigaram a alterações das leis do jogo. Com ênfase à táctica dos irmãos Renshaw que abrandaram passaram a jogar muito junto à rede.

Actualmente o piso das pistas de ténis pode ser de relva, de cimento, de terra batida e muito raramente de madeira, sendo o mais frequente agora o piso sintético.

No que respeita à bola para que esteja é necessário que nos ensaios se verifique:

- Que o seu diâmetro não seja inferior a 63.5 mm, nem superior a 66.7 mm;

- que o seu peso não seja inferior a 56,7 gr e nem superior a 63.5 gr;

- Que largando uma bola da altura de 2.54 mts sobre uma superfície de betão não deve saltar menos de 1.346 m nem mais de 1.473 mts.

Organizar um torneio deve ter em conta preferencialmente um número de inscritos igual a 2 elevado a n. Se for diferente, que é em geral, então há um número de isentos na primeira eliminatória e nestas condições, a determinação deste número obtém-se subtraindo da potência de 2 elevado a n.

Existem alguns golpes de ténis, por exemplo:

Drive – golpe da direita ( ou esquerda) executado depois de a bola ter batido no solo.

Service – também conhecido por serviço ou saque. Primeira bola a pôr em jogo.

Smash – é um contra-golpe em que a bola é atacada com muita força de cima para baixo. Golpe fuzilado.

Lob – vulgarmente conhecido por balão. É um golpe por alto.

Depois existem algumas expressões usuais, como por exemplo:

Ace – Bola de serviço não tocada pelo recebedor.

Deuce – anúncio feito em inglês quando um jogador anula a vantagem do antagonista.

Grip – pega da raqueta.

Open – torneio aberto a todas as categorias.

Set – o mesmo que partida.
Os golpes básicos do ténis na fase de aprendizagem são: drive, revers ou golpe da esquerda, serviço ou «saque», golpe de voleio. Depois existem outros golpes complementares ou auxiliares: smash, lob, amorthie, meio voleio.

As regras do ténis constam em 38 artigos de uma forma sintética podem ser sintetizados deste modo:

1. A escolha do bolar e/ou campo é normalmente feita através da rotação da raqueta que, ao cair no solo, determina a sorte na escolha.
2. O jogo ou encontro consta de 3 ou 5 partidas.
3. O jogador que fizer primeiro 4 pontos ganha o jogo, contando que atinja o 4º ponto com uma diferença de 2 pontos.
4. A contagem dos pontos segue a seguinte ordem 1º ponto – 15, 2º ponto – 30, 3º ponto – 40 e 4º ponto – jogo.
5. A mudança de campo só se faz quando a soma dos jogos for impar.

RESENHA DAS LEIS DO JOGO E TÉCNICAS

Nestes 100 anos do ténis, apareceram tenistas de grande valor, a começar pelos irmãos Renshaw, que conceberam uma nova táctica de jogo. Também é de referir a extraordinária equipa francesa, constituída por Borotra, Cochet Lacoste e Bougnon, eram designados por «três mosqueteiros», tiveram um papel relevante, não só por ter imposto o ténis dinâmico como ainda terem contribuído grandemente para expansão do ténis em todo o Mundo.

Muitos outros nomes se têm destacado no ténis. Não iremos ser exaustivos na lista, mas temos que referir no feminino a francesa Suzanne Lenglen, considerada a melhor tenista de todos os tempos e nos tempos mais checa Navratilova.

Instituíram-se várias provas e campeonatos, dos quais salientamos a Taça Davis, em que participam mais de 60 países e os famosos torneios de Wimbledom, Roland Garros, Flushing Meadow e da Austrália.

Afirmam os entendidos na técnica que um iniciado nos primeiros tempos deve bater a bola naturalmente, isto é, com o plano das cordas perpendicular ao solo e somente, depois de controlar razoavelmente a pancada da direita e da esquerda, deverá iniciar-se nos golpes cortados.

O primeiro golpe cortado a aprender é o lift, não só por ser mais fácil de executar, como também, por ser o mais eficiente. Depois o iniciado aprenderá o chope e depois o slice. Seguir-se-ão outros golpes básicos. De todos os golpes os mais difícil é sem dúvida o serviço.

As raquetas tiveram uma evolução natural, mas o modo como são utilizadas caracterizam-se em três tipos de empenhaduras: pega «eastern» ou semifechada, pega continental ou mertelo, pega «western» ou fechada.
A escolha da raqueta deve estar em proporção da força fisica do jogador, a raqueta deve ser equilibrada e por fim o punho da raqueta deve estar de harmonia com as dimensões da mão do tenista.

Sem comentários:

Enviar um comentário