HISTÓRIA 417

Na verdade a confusão das siglas entre Força Aérea Portuguesa e Paquistanesa era, e possivelmente ainda será, uma constante. Quando estava colocado no COFA recebia constantemente pedidos do CLAFA para confirmar facturas a pagamento por serviços a aeronaves supostas da FA Portuguesa em aeroportos estrangeiros, que vinham a confirmar-se não serem nossas, mas da FA Paquistanesa. Sobretudo facturas passadas pela Força Aérea Américana eram habituais e vinham através da Embaixada, com meses e, às vezes, mesmo anos depois dos serviço terem sido prestados. E como os justificativos eram pouco ou nada esclarecedores, sobretudo quanto a tipo, número de cauda da aeronave, local, etc., desconfio que devemos ter pago muitas facturas aos paquistaneses até que se adoptou o procedimento de pedir a confirmação dos serviços ao COFA. Aparentemente os Paquistaneses esqueciam-se de pagar as facturas que lhes eram entregues no acto e a segunda via vinha direitinha a Portugal. Quanto ao facto do levantamento peça, esse era um procedimento normal no meu tempo nos TAM's. Mas nessa altura a segurança nos aeroportos não era tão apertada como hoje. E normalmente nós recebíamos a encomenda directamente do chefe de escala da TAP ou da companhia que a transportasse.

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