PENSAMENTOS ABERTO E LIVRES - 33 (DEFESA PUTATIVA DE NOTA DE CULPA)

C. AS DOZES REGRAS DA MAÇONARIA REGULAR Atendendo à circunstância que no conjunto das putativas queixas são invocadas infrações aos Landmarks, convém transcrever na íntegra, para recordatória de quem for apreciar este documento. 1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática, que tem por fundamento tradicional a Fé em Deus, Grande Arquiteto do Universo. 2. A Maçonaria refere-se aos “Antigos Deveres” e aos “Landmarks” da Fraternidade, na ótica do respeito absoluto pelas tradições específicas da Ordem Maçónica, essenciais à regularidade da jurisdição. 3. A Maçonaria é uma Ordem, à qual só podem pertencer homens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz. 4. A Maçonaria visa, também, a elevação moral da Humanidade inteira, através do aperfeiçoamento moral dos seus membros. 5. A Maçonaria impõe, aos seus membros, a prática exata e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias. 6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito pelas opiniões e crenças de cada um. Proíbe-lhes, no seu seio, toda e qualquer discussão ou controvérsia política e religiosa. É um centro permanente de união fraterna, onde reina a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros. 7. Os Maçons prestam os seus juramentos sobre o Volume da Lei Sagrada, a fim de lhes dar um carácter solene e sagrado, indispensável à sua perenidade. 8. Os reúnem-se fora do mundo profano, em Lojas onde estão sempre expostas as três luzes da Ordem: o Volume da Lei Sagrada, um Esquadro e um Compasso, para aí trabalharem segundo o ritual do rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e pelos regulamentos gerais da Obediência. 9. Os Maçons só devem admitir nas suas Lojas homens de honra, maiores de idade, de boa reputação, leais e discreto, dignos de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem, e o infinito poder do Eterno. 10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às Leis e o respeito pela Autoridade constituída. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas. 11. Os Maçons contribuem, pelo exemplo ativo do seu comportamento viril, digno e são, para o irradiar da Ordem, no respeito sob todas as formas. 12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar, em todas as circunstâncias, a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controle de si próprio. Certamente pensam ser fastidioso a transcrição das dozes regras, mas será bom enquadrar a responsável argumentação de defesa do putativo processo disciplinar, do qual acredito poderão advir consequências de outra natureza para quem se assume como ofendido no conjunto de perceções sem objetividade. D. REGRAS DOS VENERÁVEIS 1. Comprometo-me a conduzir honesta e honrosamente segundo as Leis da Moral. 2. Procurarei ter a conduta de um bom cidadão, amigo da paz e respeitador das leis no meu país, ou daquele em que habito. 3. Prometo não me envolver em nenhuma conspiração de ordem política. 4. Comprometo-me a respeitar adequadamente a magistratura civil. 5. Prometo venerar a memória dos fundadores da Ordem Maçónica e a respeitar os seus sucessores regulares, chefes supremos ou oficiais subalternos e juro aceitar todas as decisões dos meus II:. reunidos em Loja regular sempre que essas decisões estejam conformes com a constituição e regulamentos da Ordem. 6. Prometo evitar querelas e manifestações de agressividade e a precaver-me contra intemperança e excessos. 7. Prometo ser prudente nas minhas ações e cortês para os meus irmãos. 8. Prometo respeitar todos os II:. Regulares e repudiar todos os que embora proclamando-se como tal se afastarem dos princípios fundamentais da Maçonaria. 9. Comprometo-me a contribuir para o aperfeiçoamento geral da sociedade e a propagar o conhecimento da Arte tanto quanto as minhas capacidades o permitam. 10. Prometo respeitar o Grão-Mestre e os Grandes Oficiais por ele instalados e obedecer totalmente às determinações, leis e regulamento por ele expressos em nome da Grande Loja Regular de Portugal. 11. Concordo que nenhum homem ou grupo de homens tem poderes para introduzir inovações na Ordem que contrariem a tradição e espirito maçónicos. 12. Comprometo-me a frequentar regularmente as sessões normais ou plenárias da Grande Loja bem como a comparecer a todas as reuniões dos órgãos superiores para que tenha sido convocado. 13. Concordo que nenhuma nova Loja pode ser constituída sem autorização do Grão-Mestre e ainda que não devo reconhecer nem apoiar Lojas Irregulares nem os Maçons que eventualmente as tenham constituído. Reconheço ainda, que nenhum Maçon deve aparecer em público revestido das insígnias oficiais da Ordem salvo dispensa especial do Grão-Mestre. 14. Concordo que ninguém pode ser regularmente admitido na Maçonaria sem que estejam cumpridas as condições constantes do Regulamento Geral e concordo igualmente que 15. Confirmo que nenhum visitante será recebido nesta Loja senão depois de reconhecido como membro de uma Loja Regular. Não tendo a R:. L:. Sebastião da Gama, Regulamento Interno, pelo menos do conhecimento, dos Obreiros, os quais quase nunca tiveram conhecimento de outros acontecimentos e convites, e por vezes obtiveram conhecimento após a data ou por via indireta. Mas, como afirmo que não existindo Regulamento Interno, da minuta de procedimentos gerais pode-se extrair que: “O Ex-Venerável, não sendo oficial da Loja, ocupa na ordem de precedências o lugar a seguir ao V.M.”. Tal respeito muito pontualmente foi cumprido até ao nível de instrução, em parte por minha responsabilidade durante dois anos habituei todos a fazer qualquer ofício de modo a que Loja sobrevive-se, tendo tido razões mais à frente indicadas para atenuar aquela disponibilidade no percurso para o terceiro ano da Loja e no segundo ano do V.M. Daniel Luís.