Arguido ex-autarca que denunciou irregularidades
por Lusa21 Setembro 2009
O ex-autarca de Alcochete Zeferino Boal, alegado autor da carta anónima que desencadeou o caso Freeport, foi constituído assistente no processo, disse hoje o próprio à Lusa.
O pedido para ser constituído assistente no processo Freeport deu entrada em Março no Tribunal de Setúbal, recordou o ex-autarca, adiantando que hoje a sua advogada lhe comunicou a decisão do Tribunal.
Zeferino Boal, ex-militante do CDS/PP, é alegadamente o autor da denúncia anónima de alegadas irregularidades que originou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) em volta do "caso Freeport", em 2004.
O ex-autarca questionou o processo de licenciamento para a construção do centro comercial Freeport enquanto membro eleito da Assembleia Municipal de Alcochete, para a qual foi eleito pelo CDS-PP nas eleições de Dezembro de 2001. Concorreu depois à presidência da Câmara em 2005, perdendo as eleições para o actual presidente, da CDU.
Boal chegou a ser constituído arguido em 2005, num processo de violação de segredo de Justiça, também relacionado com o Freeport, que foi "arquivado sem qualquer acusação de violação", explicou o próprio à Lusa.
O pedido do ex-autarca para se constituir assistente no processo Freeport junta-se a idênticos pedidos do jornalista José António Cerejo e do advogado José Maria Martins, em representação do empresário Fernando Lopes, emigrante em França.
O processo relativo ao Freeport envolve alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele centro comercial, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.
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