quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ACORDAI PORTUGUES: BEM AVISEI - DEPOIS DO FREEPORT, PORTUCALE VINHAM AI OS SUBMARINOS- chega de enganar o povo vamos limpar o esterco!

Autoridades requereram à Sérvulo & Associados documentos sobre aquisição de material militar

O escritório de advogados Sérvulo & Associados confirmou que "as autoridades competentes" requereram hoje "a entrega de documentos relativos à investigação" sobre aquisição de material militar pelo Ministério da Defesa Nacional.
"No cumprimento do mandato judicial que lhe foi apresentado e dentro dos limites previstos no Estatuto da Ordem dos Advogados, a Sérvulo & Associados procedeu à entrega dos elementos requeridos e, de harmonia com o disposto no art. 72 do referido Estatuto, requereu a selagem dos documentos, sem leitura nem exame prévio, para serem apreciados pelo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa", adianta o escritório em comunicado.
Explica também que "as diligências hoje realizadas nas instalações da Sérvulo & Associados incidiram exclusivamente sobre o dossier acima referido, estando esta sociedade perfeitamente tranquila no que respeita ao escrupuloso cumprimento da lei por parte dos seus sócios e colaboradores, neste como em todos os outros assuntos em que prestou e continua a prestar assessoria jurídica".
A Sérvulo & Associados informa que "desde 1998 até à presente data vem prestando continuamente serviços jurídicos ao Ministério da Defesa Nacional, nomeadamente no que respeita à aquisição de material militar".
O comunicado indica que "os serviços jurídicos prestados pela Sérvulo & Associados ao Ministério da Defesa Nacional são semelhantes aos prestados a outras entidades públicas ou privadas no âmbito de procedimentos de contratação pública".
Uma equipa de investigadores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) desenvolveu hoje diligências em escritórios de advogados de Lisboa.
No escritório de advogados Vieira de Almeida & Associados estiveram hoje cerca de 10 investigadores, acompanhados por um magistrado e por um representante da Ordem dos Advogados, adiantou à Lusa uma fonte ligada ao processo.
A notícia foi avançada pela Sábado on-line, segundo a qual a operação a operação das autoridades está relacionada com "suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos no processo de aquisição dos dois submarinos U-214 adquiridos pelo Estado português ao Germain Submarine Consortium (GSC)".


DCIAP na Vieira de Almeida para "recolha de elementos relativos a clientes" - escritório

O escritório de advogados Vieira de Almeida & Associados confirmou que "uma equipa do DCIAP" se deslocou às suas instalações em Lisboa "para proceder à recolha de elementos relativos a clientes" da sociedade.
"Esta diligência respeita a um assunto específico desses clientes e, por conseguinte, não visa esta sociedade de advogados, os seus sócios ou demais colaboradores, não tendo sido constituídos quaisquer arguidos", adianta em comunicado da Vieira de Almeida & Associados.
Esta sociedade de advogados garante que, "na defesa do interesse dos seus clientes e de acordo com o princípio da transparência que a norteia, prestou e prestará toda a colaboração necessária para cabal apuramento da verdade material dos factos, sempre em estrito cumprimento da lei e dos seus deveres deontológicos".
No escritório de advogados Vieira de Almeida & Associados estiveram hoje cerca de 10 investigadores, acompanhados por um magistrado e por um representante da Ordem dos Advogados, adiantou à Lusa uma fonte ligada ao processo.
A notícia foi avançada pela Sábado on-line, segundo a qual a operação do Ministério Público decorreu também no escritório de advogados Sérvulo & Associados.
Segundo a revista, a operação das autoridades está relacionada com "suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos no processo de aquisição dos dois submarinos U-214 adquiridos pelo Estado português ao Germain Submarine Consortium (GSC)".
A equipa que desenvolveu estas diligências nos escritórios de advogados é do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

TRISTE SINA PORTUGUESA COM CERTOS PSEUDOS TREINADORES

VERDADE 62

Arguido ex-autarca que denunciou irregularidades
por Lusa21 Setembro 2009


O ex-autarca de Alcochete Zeferino Boal, alegado autor da carta anónima que desencadeou o caso Freeport, foi constituído assistente no processo, disse hoje o próprio à Lusa.


O pedido para ser constituído assistente no processo Freeport deu entrada em Março no Tribunal de Setúbal, recordou o ex-autarca, adiantando que hoje a sua advogada lhe comunicou a decisão do Tribunal.

Zeferino Boal, ex-militante do CDS/PP, é alegadamente o autor da denúncia anónima de alegadas irregularidades que originou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) em volta do "caso Freeport", em 2004.

O ex-autarca questionou o processo de licenciamento para a construção do centro comercial Freeport enquanto membro eleito da Assembleia Municipal de Alcochete, para a qual foi eleito pelo CDS-PP nas eleições de Dezembro de 2001. Concorreu depois à presidência da Câmara em 2005, perdendo as eleições para o actual presidente, da CDU.

Boal chegou a ser constituído arguido em 2005, num processo de violação de segredo de Justiça, também relacionado com o Freeport, que foi "arquivado sem qualquer acusação de violação", explicou o próprio à Lusa.

O pedido do ex-autarca para se constituir assistente no processo Freeport junta-se a idênticos pedidos do jornalista José António Cerejo e do advogado José Maria Martins, em representação do empresário Fernando Lopes, emigrante em França.

O processo relativo ao Freeport envolve alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele centro comercial, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.

VERDADE 61



SEM MEDO VAMOS A ELES E ENSINAR COMO SE PODEM EXERCER OS DIREITOS E DEVERES CIVICOS

VERDADE 60

Para ouvir a entrevista cliquem em entrevista que está no fim do texto. Vale a pena!

Ouçam com atenção

Do Blogue do cachimbo

Esqueçam a "entrevista" com os Gato Fedorento - de resto, o tipo de programa que se molda a e favorece bem mais uma personagem histriónica como José Sócrates, do que figuras mais genuínas como Manuela Ferreira Leite ou Jerónimo de Sousa (ou mesmo Louçã, até certo ponto). Se querem conhecer melhor o secretário-geral do Partido Sócrates2009, ouçam (sentados) esta entrevista exemplar que ele deu ontem a Maria Flor Pedroso, na Antena 1 (Sócrates não quis que as imagens filmadas ficassem on line - já perceberão porquê):



Na entrevista à Antena1, Sócrates é, por assim dizer, captado in vivo. Não há guião que lhe valha, porque é confrontado com alguém que, efectivamente, lhe faz as perguntas que se espera sejam feitas a um político. E é precisamente por isso que ele reage tão mal. Pessimamente. Ouça-se, ao longo de quase toda a entrevista, o tom impaciente, duma insolência insuportável, contrariado, que atinge a má-criação para com a jornalista. (Logo nos primeiros minutos, quando ela, como é natural, lhe vai cortando as suas intermináveis melopeias entoadas de cor.)

Para o primeiro-ministro, reconhecer erros políticos é "ridículo" [sic] e um "exercício académico" [sic] (isto quando Flor Pedroso citava anteriores entrevistas - as da fase da "delicadeza", post-eleições europeias...). Praticamente, chama estúpida à interlocutora (ela nem compreende o que lhe parece óbvio, diz, jocoso), a propósito das recusas continuadas em dar entrevistas (suas e dos seus ministros) à TVI. Ridiculariza-a, imitando-lhe a voz - tudo num registo de bobo, dir-se-ia de estrebaria, não de corte. Sempre que a entrevistadora toca em pontos politicamente relevantes (demissão de Correia de Campos, consequências das políticas na Educação, etc), impedindo-o de se estender nas suas divagações (aquilo que Sócrates, na sua semântica peculiar, entende por 'respostas'), acusa-a de "só querer falar desses pequenos nadas [sic] e não dos problemas do país [sic]". Nem sei o que poderia ter acontecido naquele estúdio, caso Flor Pedroso se desse ao atrevimento de fazer alguma perguntinha sobre o assunto Fripor, esse "pequeno nada".
A pura agressividade do entrevistado chega a tal ponto, que a jornalista tem de dizer, como desculpando-se: 'Estou só a perguntar...' Tudo se passa como se, diante dela (e de nós), não estivesse um responsável político, mas antes uma criatura intratável. É o velho Sócrates, que desconsiderava insultuosamente os deputados das oposições com troças, momices e impropérios.

Sem responder às perguntas, lá se entreteve com as suas habituais falácias e analogias coxas a respeito da "avaliação dos professores" e disse, sem se rir, que "foi humilde" e "estendeu a mão". Depois, sobre tudo e sobre nada, como é seu costume, falou muito acima dos problemas, com as suas generalidades rarefeitas: o "combater os privilégios", o ser "corajoso", a "facilidade", o "interesse geral", o "escolher o melhor para o meu país", os "interesses corporativos", etc. Enfim, toda aquela litania mitológica que o homem imagina justificar alguma coisa.

Chega a ser divertido ouvir-se alguém que não produz um discurso (só reproduz) vir, sentencioso, discorrer sobre a "substância da política". Um dos momentos mais interessantes, porque esclarecedores, a respeito do "pensamento" objectivo do primeiro-ministro, ocorre quando apresenta, como pólos mutuamente exclusivos, o "pretender ganhar uns votos [sic]" e o "defender os interesses do país" - isto vindo do homem que, esbracejando nas suas arengas em sessão contínua, não faz mais nada do que insinuar a "reacção" nos outros e "citar" a famosa "suspensão da democracia".

O tom azedo e malcriado do primeiro-ministro na entrevista é compreensível. Como não, se ele nunca está preparado para manter uma conversa, responder efectivamente a perguntas, mas só para descarregar frases decoradas, chavões, inanidades – tudo imersas num imenso e enjoativo discurso auto-elogioso e de auto-comiseração? O primeiro-ministro detesta que lhe façam perguntas. Ele apenas deseja que lhe ponham à frente pretextos para se espraiar nas suas vacuidades.

Esta é uma entrevista recomendada para o conhecimento político da personagem que nos tem governado estes quatro anos e meio. E pretende reincidir.

domingo, 27 de setembro de 2009

VERDADE 59

AÍ, VALENTE!!!...

(do advogado José Maria Martins)


Acção de Nulidade da Licenciatura de José Sócrates

Como todos sabem fui eu que entreguei uma queixa-crime para se
averiguar da veracidade ou falsidade da licenciatura de José Sócrates,
depois da investigação do Prof. António Caldeira, do blogue do "Portugal Profundo"


Apesar de o Ministério Público ter arquivado o processo (como vem sendo hábito quando se trata de Sócrates), com
argumentos que não nos convencem, decidi intentar acção judicial de
nulidade da licenciatura de José Sócrates.

Entendo que não é verdadeira,nem válida, face a todos os elementos disponíveis.

Desde logo a Universidade Independente não possuía o órgão legalmente
estabelecido para aprovar as equivalências, pelo que o processo está
viciado. Para além de vários outros dados que não posso aqui revelar.

Depois, não se pode dar equivalência a cadeiras que ainda não estavam feitas.

Por fim, a UNI não reunia os requisitos legais necessários.

Assim, logo que o Tribunal de Instrução Criminal me entregue a
certidão que já pedi - na semana passada - será intentada a competente
acção de nulidade da licenciatura em engenharia civil do actual
Primeiro Ministro.

Os portugueses necessitam de saber a verdade!

VERDADE 58

MAIS UMA DESTA CORJA.....

VEJAM ESTE ESCÂNDALO !!!!!


Ora, então os professores e os outros trabalhadores que têm que se deslocar das suas residências, para trabalhar a quilómetros de distância, deixando filhos, cônjuge, pais com idade avançada... que paguem dos seus gordos, chorudos e imerecidos salários!!!!

Mas será possível que andemos todos numa de "zombies"????

Mas será possível que "essas coisas" voltem a ganhar eleições?

Chego a sentir náuseas só de pensar...
Pessoal, vamos lá a acordar!
Breve chegará a altura de escolher o que queremos para nós, para os nossos filhos e netos. Eu não quero isto, nem para mim nem para eles, nem para vós.
Assunto: Despacho n.º 9810/2009: subsídio mensal de residência de € 941,25!
Despacho n.º 9810/2009

Considerando que, nos termos do disposto no Decreto -Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, pode ser atribuído um subsídio de residência aos titulares do cargo de director -geral e de outros expressamente equiparados, à data da nomeação no local onde se encontre sedeado o respectivo
organismo;


Considerando que o Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, lugar expressamente equiparado a director -geral, tem a sua residência permanente em Aveiro:


Assim, nos termos do disposto no artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, determina -se o seguinte:


1 -- É atribuído ao presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, um
subsídio mensal de residência no montante de € 941,25, a suportar pelo orçamento da Secretaria -Geral do Ministério da Educação
e actualizável nos termos da portaria de revisão anual das tabelas de ajudas de custo.


2 -- O presente despacho produz efeitos desde 1 de Novembro de 2008.

12 de Fevereiro de 2009. -- O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. -- Pela Ministra da Educação, Jorge Miguel de Melo Viana Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da
Educação.

E os professores desterrados com família?

CITANDO CLARA FERREIRA ALVES

“Este é o maior fracasso da democracia portuguesa”

Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.

A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira politica. A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.

A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma “brilhante” que se viu o processo de descolonização.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.

A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.

A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.

A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os “dossiers”.

A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.

A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.

A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com “testas de ferro” no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.

A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.

A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.

A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, “Contos Proibidos”, que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.


A lucidez que lhe permitiu passar incólume as “ligações perigosas” com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).

A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países (”record” absoluto para a Espanha – 24 vezes – e França – 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).

A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.

A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.

A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.

A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.

A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.

A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.

A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.

A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na… Fundação Mário Soares.

A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.

A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era… João Soares.

A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do “Público”, José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.

A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.

A lucidez que lhe permitiu considerar Jose Sócrates “o pior do guterrismo” e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.

A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.

A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.

A lucidez que lhe permitiu ler os artigos “O Polvo” de Joaquim Vieira na “Grande Reportagem”, baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.

No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai.

Vai… e não volta mais.

Contos Proibidos de Rui Mateus -PODE-SE FAZER O DOWNLOAD DO LIVRO NESTE LINK ABAIXO:

http://ferrao.org/documentos/Livro_Contos_Proibidos.pdf

SUPER FM - OIÇAM RÁDIO

Passou uma semana e o êxito é grande, os elogios são muitos as criticas também existem. No inicio do ano aceitei o desafio de presidir a uma cooperativa que estava moribunda e acreditei numa pessoa que neste momento está tornar-se um grande amigo, Rui Santos.
Conseguiu-se erguer um projecto, que é da sua inteira autoria para salvar a frequência de Rádio atribuída a Alcochete. Fizeram-se eleições, aprovaram-se alterações aos Estatutos da cooperativa e a rádio está a emitir.
Uma parte do projecto está em execução, outras vertentes seguir-se-ão.
Um longo caminho temos a percorrer.
Vamos continuar a crescer, a polir a pedra bruta e unir amigos neste grande espaço da rádio. Mas, em breve teremos outros Ecos na comunicação.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

VERDADE 57 - FREEPORT

FINALMENTE SAIU O DESPACHO QUE ME RECONHECE OS DIREITOS E DEVERES DE CIDADÃO: FUI CONSTITUÍDO ASSISTENTE DO PROCESSO DENOMINADO "FREEPORT" NO QUAL SE SUSPEITA TER HAVIDO ACTOS DE CORRUPÇÃO

VERDADE 56








ESTE FOI UM COMUNICADO QUE NA ÉPOCA FOI POUCO DIFUNDIDO DEVIDO À ASFIXIA DEMOCRÁTICA

domingo, 20 de setembro de 2009

DESABAFOS LEONINOS -3

Compraram 65% do passe desta “estrela” por 2,5 milhões, it means que avaliaram o passe em 3,85 milhões, o resto - 1,4 millones - foram comisiones y otros costos

Pagaram comissões para comprar? Que eu saiba quem pagava comissões era quem vendia.

Pagaram comisiones aos “intermediários” para comprar um jogador que jogava no Clube? Estas “cabeças”, reputados gestores de activos, pagam comisiones para comprar?.

E recebem prémios de gestão com prejuízos de 13 millones?

O jogador mais caro de sempre – Rodrigo Tello – saiu à borliú para a Turquia. Custou 7 millones mas quantos dólares chegaram ao Clube vendedor do Chile? Quanto foi? Is a mistery…

E a história dos argentinos - Quiroga, Kmet e Duscher- quanto custaram ao meu Clube? Quantos dólares chegaram aos clubes vendedores? Is a mistery…

O escândalo Grimi á mais um a somar a tantos outros, e que justificam o escandaloso passivo da SAD.

Agora parece que querem que o Clube, em vez dos acionistas da SAD, pague o passivo desta com transferência de activos do Clube!!! Glup, glup, glup…

A “inquestionável” competência e profissionalismo dos que por lá passaram desde 1995 e ainda por lá navegam… só dá para isto? Para criar passivo?

Que de 30 que receberam passou para os actuais 400 millones. Ou será que é maior…

Lembra-se que venderam o Quaresma por 6 milhões (que o fêcêpê reenfiou por 18,.. e o Sim(ul)ão por 2,8. Venderam o Ronaldo por 15 millones, a SAD recebeu 9 e

Esqueceram-se de exigir uma cláusula de benefício duma % em caso de posterior venda.

Disseram que com a vendo da Ronaldo pagavam a Academia, mas a mesma se encontra por pagar!!!

É esta a propalada “gestão de activos” que teve diretor profissional e tudo?

O BES e os “seus representantes” andam a ver passar os navios?



Daniel Coração de Leão

O NEGÓCIO GRIMI AO PORMENOR

Grimi foi adquirido ao Milan de Berlusconi por 2,5 milhões de €€, mas os "custos totais associados à contratação" do lateral argentino ascenderam a 3,95 milhões de €€, como consta do relatório e contas de 2008/9. Em nota disponível no “site” do clube, datada de 4.ª feira, dia 16, o Sporting esclarece que a discrepância de valores fica a dever-se ao prémio de assinatura pago ao defesa de 24 anos e à existência de uma comissão para intermediários.

"Esclarece a Sporting SAD que, ao valor de aquisição dos direitos desportivos do jogador ao AC Milan referido no comunicado de informação privilegiada de 15 de Julho de 2008, acresce o montante pago ao jogador a título de prémio de assinatura, o valor pago pela sociedade para aquisição e exploração dos seus direitos de imagem e, por fim, a comissão de intermediação que teve lugar", explica a SAD, verificando que o "valor atual contabilístico refletido no balanço é necessariamente superior àquele que foi comunicado e suportado pela sociedade com a aquisição dos direitos desportivos".

Os 2,5 milhões de euros desembolsados para o Milan garantiram ao Sporting 65% do passe de Grimi. O acordo prevê que a SAD comprará adicionalmente 5% da percentagem detida pelos italianos (por 200 mil euros) sempre que a equipa de Alvalade se qualificar para a Liga dos Campeões. Grimi tem contrato até 2013 e cláusula de 25 milhões.

VERDADE 55




E DEPOIS DIGAM QUE TAMBÉM NÃO HOUVE HOLOCASTO!

SEGURANÇA E COMBATE AO TERRORISMO

TOIRO

COIMBRA


sábado, 19 de setembro de 2009

CINISMO LEONINO


DESTA FIGURA HÁ MUITOS QUE NÃO TEÇO CONSIDERAÇÕES

UM DIA VAI-SE CALAR

EM
TÃO POUCO TEMPO E TANTA ASNEIRA

A NOTICIA QUE INCOMODA


ESTA NOTICIA DEIXOU-ME SURPREENDIDO

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PATRIMÓNIO MILITAR



Estas vendas são feitas a baixo preço à empresa gestora de capitais públicos. Por sua vez, esta venda ao preço de mercado, com isto tem mais-valias que permitem atenuar os péssimos resultados de muitas empresas públicas.
É preciso que as empresas tenham lucro, concordo. De igual modo é preciso desafectar património do Estado, mas também é urgente melhor as condições e qualidade de vida dos militares. Tal, não está a acontecer desde o tempo de Fernando Nogueira, Ministro da Defesa. Se isto continua é torna-se imperioso fazer algo menos agradável para um Portugal livre e desenvolvido.

GRANDE TESTEMUNHO DE DIRIGENTES DA FPF




É este o exemplo que deve ser dado de boa gestão. Agora que os resultados vão minguar com os objectivos desportivos, será que os dirigentes baixam as regalias?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CITANDO MÁRIO CRESPO

Para Portugal não serve


Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates. 35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força. No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport. Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.. Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos". Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes. É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.

A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar. O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários. Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.

Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão. O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista. É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates. É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.

DESABAFOS LEONINOS - 2

Sporting SAD agrava falência técnica (citando DN)

A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting registava capitais próprios negativos estimados em 15,98 milhões de euros em 30 de Junho do ano transacto (2008). Um valor que corresponde a uma situação de falência técnica.

Com um prejuízo avaliado em 13,35 milhões de euros, respeitante ao exercício da temporada passada (2008/9), o clube de Alvalade depara-se com o facto de os seus capitais próprios negativos terem sido alvo de uma queda. Mais concretamente, agravaram-se de menos 2,595 milhões de euros, no dia 30 de Junho de 2008, para 15,981 milhões, em idêntica data de 2009. Dados que constam do relatório e contas relativo ao exercício da época 2008/2009, publicado no site oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Segundo o artigo 35 do Códi- go das Sociedades Comerciais, uma sociedade com capitais próprios iguais ou inferiores a me- tade do seu capital (42 milhões no caso da Sporting SAD) deve convocar uma assembleia ge- ral para adoptar medidas para ultrapassar a situação. O rela- tório e contas da SAD recorda que a administração está autoriza- da a emitir valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis no valor de 60 milhões de euros.

E AGORA CONTINUAM A DIZER QUE TÊM GERIDO BEM?
E O QUE HÁ MAIS PARA VENDER?
ALGUÉM COMPRA UM GRUPO DE GESTORES FALHADOS?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CITANDO MÁRIO CRESPO

Não é a crise que nos destrói. É o dinheiro


Nada no mundo me faria revelar o nome de quem relatou este episódio. É oportuno divulgá-lo agora porque o parlamento abriu as comportas do dinheiro vivo para o financiamento dos partidos. O que vou descrever foi-me contado na primeira pessoa. Passou-se na década de oitenta. Estando a haver grande dificuldade na aprovação de um projecto, foi sugerido a uma empresária que um donativo partidário resolveria a situação. O que a surpreendeu foi a frontalidade da proposta e o montante pedido. Ela tinha tentado mover influências entre os seus conhecimentos para desbloquear uma tramitação emperrada num labirinto burocrático e foi-lhe dito sem rodeios que se desse um donativo de cem mil Contos "ao partido" o projecto seria aprovado. O proponente desta troca de favores tinha enorme influência na vida nacional. Seguiu-se uma fase de regateio que durou alguns dias. Sem avançar nenhuma contraproposta, a empresária disse que por esse dinheiro o projecto deixaria de ser rentável e ela seria forçada a desistir. Aí o montante exigido começou a baixar muito rapidamente. Chegou aos quinze mil Contos, com uma irritada referência de que era "pegar ou largar". Para apressar as coisas e numa manifestação de poder, nas últimas fases da negociação o político facilitador surpreendeu novamente a empresária trazendo consigo aos encontros um colega de partido, pessoa muito conhecida e bem colocada no aparelho do Estado. Este segundo elemento mostrou estar a par de tudo. Acertado o preço foram dadas à empresária instruções muito específicas. O donativo para o partido seria feito em dinheiro vivo com os quinze mil Contos em notas de mil Escudos divididos em três lotes de cinco mil. Tudo numa pasta. A entrega foi feita dentro do carro da empresária. Um dos políticos estava sentado no banco do passageiro, o outro no banco de trás. O da frente recebeu a pasta, abriu-a, tirou um dos maços de cinco mil Contos e passou-a para trás dizendo que cinco mil seriam para cada um deles e cinco mil seriam entregues ao partido. O projecto foi aprovado nessa semana. Cumpria-se a velha tradição de extorsão que se tornou norma em Portugal e que nesses idos de oitenta abrangia todo o aparelho de Estado.
Rui Mateus no seu livro, Memórias de um PS desconhecido (D. Quixote 1996), descreve extensivamente os mecanismos de financiamento partidário, incluindo o uso de contas em off shore (por exemplo na Compagnie Financière Espírito Santo da Suíça - pags. 276, 277) para onde eram remetidas avultadas entregas em dinheiro vivo. Estamos portanto face a uma cultura de impunidade que se entranhou na nossa vida pública e que o aparelho político não está interessado em extirpar. Pelo contrario. Sub-repticiamente, no meio do Freeport e do BPN, sem debate parlamentar, através de um mero entendimento à porta fechada entre representantes de todos os partidos, o país político deu cobertura legal a estes dinheiros vivos elevados a quantitativos sem precedentes. Face ao clamor público e à coragem do voto contra de António José Seguro do PS, o bloco central de interesses afirma-se agora disposto a rever a legislação que aprovou. É tarde. Com esta lei do financiamento partidário, o parlamento, todo, leiloou o que restava de ética num convite aberto à troca de favores por dinheiro. Em fase pré eleitoral e com falta de dinheiro, o parlamento decidiu pura e simplesmente privatizar a democracia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

VERDADE 54 - DO ABRUPTO

A certa altura, Sócrates citou uma frase de Abel Salazar, que está no pórtico da Faculdade de Medicina do Porto: «Um médico que só saiba de medicina não é bom médico». Há só uns detalhezinhos a apontar:

1) a frase não está no pórtico, mas sim no átrio;

2) não está na Faculdade de Medicina, mas sim no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar;

3) a frase correcta é «Um médico que só saiba de medicina nem de medicina sabe».

Mas, vá lá, acertou no nome.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CARTA ABERTA AOS PORTUGUESES

PROBLEMAS AGRAVADOS


DESAFIOS PARA UMA NOVA LEGISLATURA


1. Na oportunidade do “Juízo final” da legislatura, importa assinalar que se acentua o risco de ruptura e quebra de coesão entre os militares das Forças Armadas devido às medidas que o Governo vem aprovando, sem obter o consenso dos que delas são alvo, urgindo, por isso, alertar a opinião pública para a necessidade imperiosa de uma mudança.

2. Contrariando compromissos eleitorais e políticos, assumidos claramente pelo “bloco central” que nos tem governado, a reorganização das Forças Armadas, acordada por seus representantes no silêncio dos gabinetes, fracassou, desde logo, por não conseguir a economia de meios indispensáveis ao investimento àquelas necessário e à dignificação da condição militar.

3. O falso consenso, os silêncios, as omissões e as cumplicidades/conivências da má governação das últimas décadas na área da Defesa Nacional, agravados pelo injustificado secretismo do Governo e da respectiva Comissão na Assembleia da República, só têm servido para agravar o desconhecimento público de matérias que nada têm de reservado, o que, contribuindo decisivamente para a separação dos portugueses das suas Forças Armadas, tem como consequência, para além disso, ocultar do debate público a degradação da condição militar.

4. Usando a degradação das condições de Aposentação e Assistência na Doença dos Militares para servir de vanguarda na redução geral de direitos que impôs de seguida, continuadamente, de forma unilateral e sem diálogo, aos demais Servidores do Estado, o Governo desconsiderou e desautorizou os corpos profissionais que constituem os pilares da Autoridade, da Soberania e da Educação, e, com eles, o próprio Estado.

5. Mas se o tratamento dos militares no que respeita à degradação das condições assistenciais foi precursor, ao contrário, no que se refere a compensações, o Governo, entre muitas outras questões, afastou ainda mais o seu estatuto remuneratório do das profissões de referência, não assegurando neste capítulo a prometida e exigida equidade, promovendo antes maior injustiça e rebaixando a dignidade da sua função e o seu reconhecimento na sociedade que se honram de servir.

6. Com efeito, depois de anos de estudos e de diversos Grupos de Trabalho, com promessas, sucessivamente adiadas, de uma reorganização condigna das carreiras e de um novo Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), sendo que este devia aliás preceder a redução de efectivos, já decidida, e a revisão do Sistema Retributivo, o Governo aprovou um novo Regime Remuneratório para os militares, tecnicamente mal concebido, incompleto e, como se tornou público, a reboque do processo reivindicativo da Administração Interna.

7. Tal como foi sua prática social ao longo da legislatura, veio agora o Governo junto dos militares, com esta proposta de regime remuneratório, ferir a coesão e agravar, internamente, desigualdades e injustiças, não assegurando, por outro lado, a equidade com as correspondentes categorias dos demais servidores do Estado, subalternizando ainda mais o seu estatuto retributivo e degradando a condição militar a níveis inauditos.

8. Para além de retirar direitos adquiridos e não conceder contrapartidas compensatórias, o Governo fez ainda aprovar um Regulamento de Disciplina Militar (RDM), que agrava a sujeição dos militares e se centrou em medidas claramente destinadas a perseguir o “delito de opinião”, acentuando o dever de obediência a todo o custo, suprimindo paralelamente deveres éticos dos Chefes Militares, e fazendo regredir o quadro de penas a um nível por vezes superior ao tempo da ditadura.

9. Os militares rejeitam consensualmente o RDM e o Regime Retributivo recentemente aprovados no meio do silêncio de quase toda a oposição, nomeadamente aquela que podia fazer frente a estas medidas, opondo-se a elas, e, por isso, requerem a revogação destes diplomas e a sua revisão imediata.

10. No entanto, tudo isto era previsível, atendendo ao facto do MDN, perdendo a iniciativa, se ter deixado ficar refém do diálogo Institucional com as Chefias Militares, numa relação ambígua de condicionantes, em nome de um pretenso interesse do Estado, nem sempre bem entendida por quem a analisa, recusando a participação e audição efectiva a que os representantes associativos, livremente escolhidos pelos militares, têm direito por Lei e perdendo, com essa recusa, importantíssimos elementos para a formação da decisão.

11. As Associações Profissionais de Militares rejeitam, igualmente, a forma como tem sido exercida a autoridade política sobre os militares, inviabilizando a sua participação efectiva nos processos de decisão sobre as matérias de natureza socioprofissional e desprezando as suas legítimas e consensuais posições.

12. Porque a Democracia não se pode resumir ao acto eleitoral e tem de ser promovida e praticada no dia a dia dos cidadãos, as APM apelam, por isso, aos militares, e aos cidadãos em geral para que se empenhem civicamente e não permitam que o poder continue a ser exercido da forma como tem acontecido, unilateralmente, sem diálogo e desprezando os seus legítimos direitos ou os dos seus representantes, profissionais ou outros, porque a legitimidade que possuem, embora diversa, resulta da mesma fonte, onde reside efectivamente o poder e a obrigação pelo seu respeito: nos cidadãos e nos seus direitos.

13. E desafiam, por isso, aqueles que se propõem conquistar o poder político e, com ele, assumir a autoridade coerciva suprema do Estado, a que debatam, com os cidadãos, todos os dias, ao longo da legislatura e democraticamente, todas as matérias que estejam em causa, particularmente as da Defesa Nacional, o que não deve constituir qualquer “tabu”, mas antes ser entendido como uma partilha de conhecimentos.

14. Conscientes, certamente, da fidelidade dos militares à Constituição e às Alianças, Políticas ou Militares, que o nosso País integra, se o fizerem, como é devido, honrando os ex-Combatentes, os Reformados Militares e os Deficientes das Forças Armadas, encontrarão inevitavelmente, melhores e mais adequadas soluções para a organização e o emprego das Forças Armadas, o reequipamento dos soldados de Portugal, e a valorização da Condição Militar.

15. Só assim poderão adquirir alguma legitimidade moral para as políticas que defendem e se propõem executar para o sector.

16. Pelas Forças Armadas e por Portugal.



ANS AOFA APA

Tenham cuidado

Vale a pena estar atento...

No último sábado procurava um telefone público e encontrei um apenas em frente ao estacionamento de Soriana (Praça de Espanha). Estacionei alguns metros mais atrás e desci do carro. Quando estava a falar, chegou um homem sem uma perna e com muletas. Perguntou-me se podia ajudá-lo a marcar um número, e deu-me o cartão de crédito para a chamada e um papel onde estava anotado o telefone. Com muito gosto em ajudá-lo, peguei no papel e comecei a marcar o número. Então, em poucos segundo, comecei a sentir-me mal, sentia que desmaiava. Acontecia algo de anormal. Corri para o carro e fechei-o. Enjoado, tonto, tentei ligar o carro e afastei-me um pouco, mas estacionei logo à frente... Depois, não me lembro de mais nada. Mais tarde despertei enjoado, a minha cabeça estourava... Consegui chegar até à minha casa, seguindo de imediato para o hospital. Após os exames ao sangue, confirmou-se o que suspeitava. Era a droga que está de moda: a "Burundanga" ou escopolamina. "Tiveste sorte - disse-me o médico. Não foi uma intoxicação, mas apenas a reacção à droga...Não quero imaginar o teria acontecido se os teus dedos tivessem absorvido toda a droga, ou ficasses lá mais 30 segundos..."

Com uma dose mais forte, uma pessoa pode ficar até oito dias "desligada" deste mundo. Nunca tinha pensado que aquilo se podia passar comigo! E foi tudo tão rápido... Escrevo, não para os assustar, mas para os alertar. Não se deixem surpreender!



Oxalá não aconteça nada consigo!



O Médico do hospital (Dr. Raul Quesada) comentou que eram já vários os casos como este, e falou dos mortos encontrados sem órgãos. Encontraram-se restos dessa droga nos dedos deles. Estão a traficar os órgãos!!!!!!!!

Tenham cuidado e enviem a todos os familiares, amigos, vizinhos... Podem salvar uma vida!

A escolopamina ou burundanga, usada também em medicina, provém da América do Sul e é a droga mais usada pelos criminosos (geralmente em número de 3) que escolhem a sua vítima. Actua em 2 minutos, faz parar a actividade do cérebro e com ela os criminosos roubam a vontade às vítimas, fazendo-lhes o mal que pretendem: roubos, abusos, etc. A VÍTIMA NÃO SE LEMBRARÁ DE NADA!! Em doses maiores, pode levar ao estado de coma e até à morte.

Pode ser apresentada em rebuçados, doces, papel, nas folhas de um livro... um pano, que uma vez aberto, deixa escapar a droga em forma de gás... Cuidado com pessoas que vêm falar connosco, como se nos conhecessem...especialmente nas estações... Não deixe entrar em casa estranhos!!

DESABAFOS LEONINOS 1

"Foi uma vitória sofrida, é verdade, mas foi justa; e fizemos por isso. Estivemos muito bem nos primeiros 25 minutos", diz Paulo Bento a seguir ao Sporting - Paços de Ferreira.
Quantas vezes esta época se irão ouvir estes comentários?
Num campeonato em que se começa a adivinhar o desequilibrio entre os clubes chamados grandes e os restantes, o Sporting ao que parece fica longe do grupo a que sempre pertenceu.

domingo, 13 de setembro de 2009

VISITA ESPECTACULAR





DEPOIS DO FREEPORT VENHAM OS SUBMARINOS

Ministério Público realizou buscas a estaleiros de Viana do Castelo, base naval do Alfeite e empresa militar

Suspeitas na Defesa
Procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e elementos da Brigada Fiscal realizaram buscas aos estaleiros de Viana do Castelo, à Base Naval do Alfeite e à Empordef, empresa gestora das participações do Estado em negócios militares.


As buscas, realizadas anteontem, visaram obter informação sobre negócios militares celebrados durante a gestão de Paulo Portas enquanto ministro da Defesa. Em causa está a execução das contrapartidas contratualizadas na compra de equipamento militar na área da Marinha, como os submarinos. As contrapartidas para a economia nacional prometidas pelas empresas compradoras estão longe de estar executadas e a justiça suspeita de crimes de evasão fiscal.

VERDADE 53

Judite de Sousa: "Sócrates é agressivo comigo por causa do meu marido"
A jornalista da RTP diz-se atacada por todos os lados e não poupa críticas ao primeiro-ministro. "Sou levada a crer que Sócrates emprenha pelos ouvidos", diz.

Debate entre MFL e JS

Este foi o comentário que enviei para a Opinião Pública da SIC o qual como muitos outros não foi lido, por razões compreensivas: "Cidadão José Sócrates partia para este debate com o nível de qualidade conhecido e portanto todos os portugueses já saberiam o que poderiam ouvir. Em relação à Dra. Manuela Ferreira Leite todos estavam ansiosos por ouvir as verdades. E portanto quem ganhou foi a Dra. Manuela Ferreira Leite, até seu passado e a sua história de vida profissional e livre de escandâlos".

O CDS-PP não existe no distrito de Setúbal

O CDS-PP não existe no distrito de Setúbal, as suas candidaturas à Assembleia da república e às autarquias locais são, na generalidade, um logro aos eleitores.

Acreditei, como muitos outros, ser possível dar ao eleitorado do distrito de Setúbal a opção de votarem num partido de Direita, com militantes, quadros e estruturas locais e distritais unidas, coesas e credíveis.

Porque assim acreditávamos, traçamos um rumo: nós por nós próprios. Isto é, seriam os militantes do CDS-PP no distrito de Setúbal que definiriam as grandes opções estratégicas e as assumiriam, na sua plenitude, enfrentando com os seus militantes e quadros todos os desafios eleitorais.

A isto se opôs o Dr. Paulo Portas, que ao longo dos seus mandatos foi colocando obstáculos e resistências a este projecto e a este vasto grupo de militantes do distrito. Quanto à vontade livre dos militantes do distrito, ela revelou-se no Congresso de Lisboa de 2005 e, posteriormente, nas eleições para os órgãos distritais, nas quais a lista apoiada pelo Dr. Paulo Portas e pelo Deputado Dr. Nuno Magalhães foi expressivamente esmagada.

A manutenção por parte do Dr. Paulo Portas da sua política de promover os seus “yes man” levou à saída em massa dos militantes descontentes, os quais eram, sem dúvida, os melhores que o distrito tinha.

Na altura, vaticinámos que o CDS-PP no distrito de Setúbal estava morto.

Alguns, aqueles que agora estão à frente das estruturas locais e distritais (e que nós conhecemos tão bem…), vieram argumentar que não. O resultado está à vista. O tempo deu-nos razão…

Com efeito, após a eleição de estruturas locais e distritais “de papel”, constatamos agora a apresentação de candidaturas autárquicas e à Assembleia da República que não representam quer os militantes do CDS-PP quer o seu eleitorado.

E faço esta afirmação alicerçado, por agora, nos seguintes factos:

1 – A lista apresentada à Assembleia da República é composta, na sua maioria, pelos actuais membros da Comissão Política Distrital, a qual foi eleita por…66 militantes do distrito, quando, em passado recente, votavam cerca de 240 militantes. Uma estrutura distrital que não motiva nem representa os seus militantes como pode aspirar a representar os eleitores da Direita?!

2 – As listas autárquicas são preenchidas com recurso a elementos estranhos a esses concelhos, num grau nunca antes registado. A título de exemplo, vejam-se os casos de Alcochete e do Barreiro: em Alcochete, dos 28 candidatos, 27 têm residência fora do concelho; no caso do Barreiro, a lista apresentada à Câmara Municipal, em 12 candidatos apenas 1 tem residência naquele concelho.

3 – Os exemplos acima mencionados replicam-se por todo o distrito, mas a situação de Alcochete é, para o CDS-PP particularmente embaraçosa: o seu candidato à Assembleia Municipal, o Eng.º Miguel Roquete, que também é o número dois na lista concorrente à Assembleia da República, é, há mais de dez anos membro da Comissão Política Nacional e também, desde essa data, praticamente ininterruptamente, vice-presidente de sucessivas Comissões Políticas Distritais de Setúbal…É caso para perguntar: Que tem feito ele pelo CDS-PP? Como não consegue envolver os militantes do CDS-PP de Alcochete nas listas autárquicas de Alcochete ao contrário de outros antes dele? Será que não tem vergonha na cara e não apresenta a sua demissão dos cargos políticos que ineptamente vem ocupando?

Por estas e por outras razões, que a seu tempo e se for necessário abordaremos, votar no distrito de Setúbal no CDS-PP é deitar fora um voto precioso.

Paulo Soares
Ex-Presidente da Concelhia do Barreiro
Ex – Vogal do Conselho Nacional de Jurisdição
Ex-Conselheiro Nacional
Ex-Militante do CDS/PP

sábado, 12 de setembro de 2009

TVI

ESTAVA LÁ E VI

ASSIM SE GANHA(RA)M CAMPEONATOS 35 depois ... A CONFISSÃO!!!


Meti a bola lá dentro e pirei-me para trás do bandeirinha"

Muitos ainda escrevem que o golo foi «limpo», alguns acreditam nisso. Quase 35 anos depois, o verdadeiro autor do golo do nevoeiro, num célebre FC Porto-Sporting, José Maria Ferreira de Matos, explicou ao jornal Sporting como tudo aconteceu naquela tarde de nevoeiro. Actualmente a trabalhar em Lisboa, o ex-apanha-bolas da formação «azul e branca» e árbitro amador, mostrou-se arrependido pelo seu acto irreflectido.

JORNAL SPORTING – De que se lembra desse dia?
JOSÉ MARIA FERREIRA DE MATOS – Lembro-me do intenso nevoeiro que estava. Antes do jogo, o «chefe» dos apanha-bolas, o Valter Leitão, distribuiu-nos pelo campo e mandou-me para trás da baliza. Recordo-me que o Sporting começou a ganhar. Na segunda parte, a vantagem continuava do Sporting, mas nunca pensei em fazer o que acabaria por fazer. Eu era conhecido pelas asneiras que fazia, mas também nunca ninguém pensou que fizesse o que fiz.

– Como foi o lance?
– Não sei bem como a bola chegou a mim, mas sei que ela veio ter comigo e vi o Gomes a pôr as mãos na cabeça. Sem pensar, dei uns passos e fui até ao canto da baliza, meti a bola lá dentro e fugi para o mais longe possível. Então, vejo o Damas a ralhar comigo, mas eu pirei-me para trás do ‘bandeirinha’; ele já tinha a bandeirola no ar a assinalar o golo. Foi quando os jogadores do Sporting correram para o árbitro, a reclamar. Aí o juiz, que julgo não ter visto bem o lance, começou a mostrar cartões.

– Porque razão meteu a bola na baliza?
– Foi tudo muito rápido. O FC Porto estava a perder, a bola estava na minha mão e então pensei: vou metê-la lá para dentro e vou-me pirar. Foi um daqueles momentos em que se faz, ou não se faz; optei por fazer e já não dava para voltar atrás. Aconteceu numa fracção de segundo.

– Depois de meter o golo, o que pensou?
– Eu só queria que não me «topassem». Felizmente, ou infelizmente, o árbitro marcou e eu saí impune. Tenho pena do Damas, que não teve culpa nenhuma e sofreu um golo ilegal.

– E se visse o árbitro desse encontro?
– Não sei… Gostava de estar com ele para lhe confessar que fui mesmo eu a marcar o golo e não o Gomes. Eu tenho quase a certeza de que ele não conseguiu ver o lance como realmente aconteceu, pois estava um nevoeiro muito intenso. Também gostava de falar com o fiscal de linha; foi ele quem assinalou o golo e foi para trás dele que eu «fugi» depois de fazer o que fiz.

– Acha mesmo que o árbitro não viu nada?
– Julgo que não . Tenho ideia de ver o fiscal de linha levantar a bandeirola e validar o golo do FC Porto. Depois, lembro-me de ver o Damas e outros jogadores a correrem para o árbitro e sei que houve cartões mostrados. Nessa altura, já eu estava «escondido» atrás do fiscal. Só aí é que percebi o que tinha feito, mas pensei,"já está, já está!" Não havia nada que eu pudesse fazer.

"O Gomes disse-me que tinha marcado o golo"

– Alguma vez falou com o Fernando Gomes sobre a autoria do golo?
– Sim, uns anos depois encontrei-o num Centro Comercial do Porto. Perguntei-lhe, sem ele saber quem eu era, se tinha sido ele a marcar o golo; ele disse que sim e cada um seguiu o seu caminho. Mas acontece a mesma coisa quando o jogador mete a bola com a mão; se lhe perguntarem, ele dirá, quase sempre, que foi com a cabeça. Neste caso, eu sei que não foi o Gomes que a meteu. Digo-lhe isso nos olhos dele, ou nos olhos de quem quer que seja.

"Muito aliviado"

– Como se sente, agora que «confessou» o seu «feito» ao nosso jornal?
– Muito aliviado. Muito mesmo. Era uma coisa que eu tinha de contar mais cedo ou mais tarde. Queria ter falado com o Damas, mas não consegui. Agora, fica a faltar falar com o sr. Alder Dante e com o presidente do Sporting. Quero agradecer ainda a oportunidade que o jornal ‘Sporting’ me deu, ao poder de ter entrado no Estádio José Alvalade. Quando pisei o relvado, senti um calafrio; as minhas mãos e as minhas pernas tremeram como há muito não tremiam.
– Não tem receio de ter contado a história desse golo?
– Não. Eu sou um homem correcto. Quando as pessoas quiserem, que me procurem. A falar é que as pessoas se entendem.

"Gostava de ter pedido desculpa ao Damas"

– Nunca pensou falar com Victor Damas?
– Sempre tive o desejo de ir ter com ele. Tentei, várias vezes, mas nunca o consegui apanhar. Na altura, cheguei a vir do Porto a Alvalade, mas nunca tive a oportunidade de o encontrar. Não era fácil falar com ele, pois um humilde apanha-bolas não chega facilmente à fala com um jogador, para mais sem conhecer ninguém do Sporting. É das coisas que me dá mais pena. Era um sonho falar com ele. Nunca me esquecerei do Damas; pelo guarda-redes que foi e por nunca ter conseguido falar com ele. Sempre que via jogos do Sporting, em que o Damas participava, pensava sempre na malfeita bola do nevoeiro.

– O que lhe diria se o tivesse chegado a encontrar?
– Dizia o que lhe disse hoje e, com toda a certeza, pedir-lhe-ia muitas desculpas.

TROVOADAS AFRICANAS EM LISBOA /ALCOCHETE




VERDADE 52







MEMORANDO

Com a abertura e a transparência que nos vêm caracterizando, certos de que eles terão indiscutível interesse, porque alicerçados no conhecimento que nos advém do universo que integra a AOFA, consolidado num trabalho associativo intenso em que o debate e envolvimento democrático constituem uma preocupação permanente, indicamos os seguintes objectivos programáticos que, entre outros, gostaríamos de ver reflectidos nos Programas Políticos (Partidos e Governo):

Reorganização da Defesa Nacional e das Forças Armadas

Reorganizar o MDN e as Forças Armadas, adequando a sua estrutura, dimensão e dignificação da “Condição Militar”, à disponibilização de recursos orçamentais em valores correspondentes à média para a defesa dos países das Alianças de Defesa (NATO e EU) de que Portugal faz parte.

Entre outras medidas, e sem que isso implique a descaracterização dos Ramos das Forças Armadas, a constituição de um Estado-Maior de Defesa e a existência de Comandos/Áreas conjuntas para Operações, Informações, Ensino, Logistica e Saúde, a par de um ajustamento aos encargos operacionais efectiva e realisticamente disponibilizáveis, permitiriam uma melhor articulação do dispositivo no cumprimento das missões e uma evidente economia de meios e recursos.

Institucionalizar um Conselho Superior da Condição Militar, órgão com carácter de independência e com competências relativas à consagração da “condição militar” e à correspondente concertação, onde teriam assento, a par das diversas instituições políticas e militares com competências no âmbito da Defesa Nacional, as Associações Profissionais de Militares (APM).

Revisão das carreiras e do sistema retributivo

Optar por um modelo de formação que sirva uma nova organização e uma nova filosofia no desenvolvimento das carreiras e das qualificações militares, incluindo designadamente especializações em Informações, Recursos Humanos, Logistica e Ensino, para além das actualmente existentes, sem esquecer o desenvolvimento de competências que assegure aos oficiais a sua empregabilidade na sociedade civil, se e quando necessário.

Proceder à revisão do sistema retributivo dos militares, em consequência da redução de custos resultante da reorganização proposta, aproximando-o do das carreiras profissionais que sempre constituíram as suas referências tradicionais (nomeadamente, para os Oficiais, os magistrados, professores universitários, diplomatas), e assegurando uma discriminação positiva relativamente aos demais profissionais das Forças de Segurança, correspondente ao “Estatuto da Condição Militar”, decorrendo esta dos deveres e direitos a ele associados.

A melhoria das remunerações dos militares deve ser precedida de um estudo de “benchmarking”, de modo a que os resultados a que se chegar fundamentem as correspondentes decisões, com objectividade e sem margem para dúvidas relativamente á justiça e equidade social relativamente ao todo nacional.

Fazer anteceder as medidas estruturais resultantes da revisão de carreiras, da discussão com as APM e da adopção de medidas de natureza conjuntural que solucionem os problemas existentes e que entretanto assumiram carácter de gravidade e urgência.

Consagração dos Direitos Humanos nas Forças Armadas

Adopção efectiva das medidas, que mereceram o acordo do Estado Português, estabelecidas na Recomendação 1742, sobre Direitos Humanos nas Forças Armadas, adoptada pela Assembleia Parlamentar do Conselho Europeu em 11 de Abril de 2006.

Tal implicaria, entre outras questões:

O respeito efectivo pelas competências das APM, consagradas na Lei Orgânica nº 3/2001, de 29 de Agosto, o que não vem acontecendo, assegurando designadamente o processo de diálogo e a procura de consenso e adesão dos militares às reformas e processos de transformação das Forças Armadas, bem como a sua motivação e satisfação profissional;

A revisão da legislação do Associativismo Profissional dos Militares, consagrando o “Direito de Negociação” e o “Direito de Representação Judicial e Colectiva” e adequando-a, nomeadamente no que ao Estatuto dos respectivos dirigentes diz respeito, aos princípios constitucionais (relevando, especialmente, neste Estatuto, a eliminação das incompatibilidades, o fim das restrições aos direitos dos militares fora da efectividade de serviço e a necessidade de acautelar a liberdade de expressão);

O reconhecimento do direito a um Provedor dos Militares ou, no mínimo, a uma especialização no Serviço de Provedoria de Justiça e a possibilidade de acesso sem restrições, que agora constam em diploma legal, indo neste caso, ao encontro do disposto na Constituição;

O reconhecimento de direitos Políticos activos para os militares;

A adopção da declaração universal dos direitos do homem por Portugal, sem restrições.

Adopção da legislação de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho (SHST)

Aplicação da legislação internacional e nacional de SHST aos militares, a partir da publicação de um diploma para o efeito, que assegure as adaptações necessárias para a actividade militar.

Revisão do Regulamento de Disciplina Militar (RDM)

Fazer preceder a revisão do RDM da publicação da “Lei de Bases Gerais da Disciplina Militar”, como a Constituição obriga, e tendo em vista torná-lo, como deve ser, um instrumento essencial à acção de Comando e não um eventual factor de quebras na coesão e na disciplina, como pode acontecer com a versão que foi publicada.

Proceder à revisão do RDM, com particular ênfase na necessidade de o fazer respeitar os princípios constitucionais e dando especial atenção, entre outros, aos seguintes aspectos que ferem a ética militar e os princípios da legalidade:

Eliminação dos conceitos vagos e indeterminados, com especial relevo para a forma como se encontram enunciados os deveres militares;

Eliminação da possibilidade de cumulação punitiva do RDM e CJM sobre a mesma falta;

Extinção da pena de Prisão Disciplinar (neste caso, permitindo que o Estado Português levante a única reserva que mantém em relação à adopção integral da Declaração Universal dos Direitos do Homem);

Extinção dos efeitos acessórios das penas disciplinares relativos à redução das remunerações;

Consagração da possibilidade de intervenção hierárquica na atenuação ou agravamento de penas;

Adopção obrigatória de Assessorias Juridicas e Gabinetes Juridicos para apoio do exercício da competência disciplinar e Comando de Forças em Operações.

Melhoria da Saúde e Assistência na Doença aos Militares (ADM) satisfazendo o Estatuto da Condição Militar

Recolocar os direitos à Saúde e à ADM dos militares e respectivos familiares no quadro definido pela Lei nº 11/89, de 1 de Junho, “Bases gerais do estatuto da condição militar”.

No que respeita aos Hospitais Militares, importa restabelecer a capacidade, há muito perdida, de apoiar com qualidade, sem restrições e demoras, todos os universos que a ele recorrem: militares no activo, na reserva e na reforma, e respectivos familiares.

No que se refere à ADM, de que é entidade gestora o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA), zelar para que o seu funcionamento e o nível dos serviços que presta melhorem, fazendo-a corresponder ao estatuto de “especial direito”, logo melhor do que qualquer outro subsistema, o que agora não acontece, estabelecido na lei.

Melhoria da Acção Social Complementar (ASC) dos militares, satisfazendo o Estatuto da Condição Militar

Garantir a ASC, assegurando uma discriminação positiva relativamente a qualquer outro subsistema nacional. As modificações operadas na ADM acabaram por se reflectir, de forma negativa, na capacidade do IASFA cumprir o que era a sua missão primária.

Torna-se indispensável restabelecer essa capacidade, fornecendo ao IASFA os indispensáveis recursos e garantindo a respectiva continuidade.

Revitalização do Fundo de Pensões dos Militares (FPM)

Torna-se imperativo que a sobrevivência do FPM seja assegurada, a partir da necessária concretização, na prática, do processo de capitalização legalmente estabelecido e que, por outro lado, o articulado em que ele assenta o torne mais atractivo para as novas gerações, prosseguindo com o fim para o qual foi criado (montante recebido na reforma igual a pelo menos 80% de uma referência que terá sempre que ser a do abonado a um militar no activo em idênticas circunstâncias sob o ponto de vista da carreira).

Com efeito:

- A fórmula de cálculo das pensões de reforma, operada a partir das alterações introduzidas com o Decreto-Lei nº 166/2005, veio reduzir os montantes a que cada militar terá direito quando mudar para aquela situação.

- Em paralelo, como se sabe, o Governo não vem actualizando as pensões de reforma.

- O FPM deverá encontrar respostas, com especial urgência, para o restabelecimento dos níveis da pensão para os militares mais jovens.

Uma recente alteração à lei veio determinar a presença de dois militares, nomeados pelo CEMGFA, na Comissão do Fundo de Pensões.

O mesmo já tinha acontecido com a Comissão de Acompanhamento da Lei de Programação de Infra-Estruturas Militares (LPIM), diploma que se destina, também, parcialmente, a assegurar a capitalização do FPM.

Tal não invalida a necessidade de que as Comissões passem a integrar elementos designados pelas Associações Profissionais de Militares (APM), que têm capacidade representativa dos respectivos universos legalmente reconhecida, conforme resulta das disposições do artigo 2º da Lei Orgânica nº 3/2001, de 29 de Agosto.

E se a integração na Comissão de Acompanhamento do FPM é, até, reforçada pelas disposições do artigo 53º do Decreto-Lei nº 12/2006, alterado pelo Decreto-Lei nº 180/2007, a presença na Outra Comissão (a da LPIM) é uma óbvia consequência do destino, ainda que parcial, das verbas das alienações do património militar, por tal implicar a verificação da forma como essas alienações se processam, bem como da justeza dos montantes envolvidos e da correspondente distribuição.

Para que a integração de elementos das APM nessas duas Comissões tenha lugar, torna-se necessário uma iniciativa legislativa que vá nesse sentido.

Desenvolvimento de projectos de “outplacment” e actividade “Empresarial Militar“ para os militares, envolvendo as APM, enquadrada pelo Estatuto Militar e sob a Direcção Política e Estratégica do Estado Português, com particular relevo para a Cooperação Militar, a par da sensibilização de empresários e responsáveis por outras Instituições Públicas para o efectivo reconhecimento das competências detidas pelos militares.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

LEMBRAM-SE?


Escrito em 1996, este livro é um retrato da personalidade de Mário Soares, antes e depois do 25 de Abril.
Soares é descrito como alguém que «tinha uma poderosa rede de influências sobre o aparelho de Estado através da colocação de amigos fiéis em postos-chaves, escolhidos não tanto pela competência mas porque podem permitir a Soares controlar aquilo que ele, efectivamente, nunca descentralizará – o poder»



Corrupção no PS – Escândalos da democracia: O livro que vendeu 30 mil e desapareceu
Não foi só o livro. O autor emigrou após as revelações que atingiram Mário Soares.

O livro "Contos proibidos: Memória de um PS desconhecido", de Rui Mateus, revela casos de tráfego de influências dentro do PS.

01 de Setembro de 2009 in “ionline.pt” por Enrique Pinto-Coelho

Fixe bem esta data: 27 de Janeiro de 1996. Era um sábado e o público português assistiu a um fenómeno sem precedentes: um livro, escrito por um autor nacional, vendeu 30 000 exemplares no lançamento. Depois foi retirado do mercado e nunca mais reapareceu.

"Contos proibidos. Memórias de um PS desconhecido" foi a obra "mais atrevida", segundo Nelson de Matos, a pessoa que o publicou na Dom Quixote. Numa entrevista ao "Expresso", em 2004, o editor negou ter sofrido pressões ou ameaças, mas denunciou a existência de "comentários negativos" que lhe causaram "bastantes dificuldades pessoais". "A todos expliquei que o livro existia", disse na altura. "Tinha revelações importantes e procurava ser sério ao ponto de as provar. Desse ponto de vista, achei que merecia ser discutido na sociedade."

Nelson de Matos é também, provavelmente, uma das poucas pessoas que conhece o paradeiro do autor - a hipótese mais repetida é a Suécia, mas ninguém está em condições de confirmar nada. O escritor, tal como acontecera antes com o bestseller instantâneo, desapareceu sem deixar rasto.

Dez anos mais tarde, o jornalista Joaquim Vieira publicou cinco textos sobre o assunto na "Grande Reportagem". Em conversa com o i, recorda que "quando o livro saiu, o Rui Mateus foi entrevistado pelo Miguel Sousa Tavares na SIC, e a primeira pergunta que este lhe fez foi: 'Então, como é que se sente na pele de um traidor?' Toda a entrevista decorreu sob essa ideia."

Mas o que continha o livro afinal? Qual o motivo para as desaparições? Retomando a síntese de Vieira, que o analisou a fundo, Rui Mateus diz que Mário Soares, "após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha. (...) Que, não podendo presidir ao grupo por questões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro".

O investigador Bernardo Pires de Lima também leu o livro e conserva um exemplar. "Parece-me evidente que desapareceu de circulação rapidamente por ser um documento incómodo para muita gente, sobretudo altas figuras do PS, metidas numa teia de tráfico de influências complicada que o livro não se recusa a revelar com documentos", observa.

A obra consta de dez capítulos e 47 anexos. Ao todo, 455 páginas que arrancam na infância do autor, percorrem o primeiro quarto de século do PS (desde as origens na clandestinidade da Acção Socialista) e acabam em 1995, perto do final do segundo mandato de Soares. Na introdução, Mateus escreve: "É um livro de memórias em redor do Partido Socialista, duma perspectiva das suas relações internacionais, que eu dirigira durante mais de uma década."

Os últimos três capítulos abordam o caso Emaudio - um escândalo rebentado pelo próprio Mateus e que motivou a escrita de "Contos proibidos" para "repor a verdade". Para Joaquim Vieira e Bernardo Pires de Lima, a credibilidade do livro é de oito sobre dez. "O livro adianta imensos detalhes que reforçam a sua credibilidade e nenhum deles foi alguma vez desmentido", argumenta o jornalista e actual presidente do Observatório da Imprensa.

Vieira lamenta o "impacto político nulo e nenhuns efeitos" das revelações de Mateus. "Em vez de investigar práticas porventura ilícitas de um chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela 'traição' a Soares." Apesar de, na estreia, terem tido todas as coberturas, livro e autor caíram rapidamente no esquecimento. Hoje, a obra pulula na internet em versão PDF.



Rui Mateus - Contos Proibidos

Para descarregar a obra (50 megabytes, aprox), basta clicar aqui.

Ler "Contos Proibidos: Memórias de um PS desconhecido", de Rui Mateus, – fundador e ex-responsável pelas relações internacionais do PS, até 1986 – faz-nos perceber como é diferente a justiça em Portugal e noutros países da Europa.

Escrito em 1996, este livro é um retrato da personalidade de Mário Soares, antes e depois do 25 de Abril. Com laivos de ajuste de contas entre o autor e demais protagonistas socialistas, são abordados, entre outros assuntos, as dinâmicas de apoio internacional ao Partido Socialista e, em particular, a Soares, vindos de países como os EUA, Suécia, Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Líbia, Noruega, Áustria ou Espanha.

Soares é descrito como alguém que «tinha uma poderosa rede de influências sobre o aparelho de Estado através da colocação de amigos fiéis em postos-chaves, escolhidos não tanto pela competência mas porque podem permitir a Soares controlar aquilo que ele, efectivamente, nunca descentralizará – o poder» (pp.151-152); «para ele, o Partido Socialista não era um instrumento de transformação do País baseado num ideal generoso, mas sim uma máquina de promoção pessoal» (p.229); e como detendo «duas faces: a do Mário Soares afável, solidário e generoso e a outra, a do arrogante, egocêntrico e autoritário» (p.237).

A teia montada em torno de Soares, com um cunhado como tesoureiro do partido, e as lutas internas fratricidas entre novos/velhos militantes (Zenha, Sampaio, Guterres, Cravinho, Arons de Carvalho, etc.), que constantemente ameaçavam a primazia e o protagonismo a Soares, são descritos com minúcia em /Contos Proibidos/.

Grande parte dos líderes da rede socialista internacional – uma poderosa rede de “entreajuda” europeia que, em boa verdade, só começou a render ao PS depois dos EUA, sobretudo com Carlucci, terem dado o passo decisivo de auxílio a Portugal – foi mais tarde levada à barra dos tribunais e muitos deles condenados, como Bettino Craxi de Itália, envolvidos em escândalos, como Willy Brandt, da Alemanha, ou assassinados como o sueco Olaf Palme.

Seria interessante todos lermos este livro. Relê-lo já será difícil, a não ser que alguém possua esta raridade.

O livro foi rapidamente retirado de mercado após a curta celeuma que causou (há quem diga que “alguém” comprou toda a edição) e de Rui Mateus pouco ou nada se sabe.

"Há 30 anos que desfilam as mesmas caras, se ouvem as mesmas vozes, se lêem as mesmas frases com monótona aridez. O País é domado por um grupo sem prestígio mas com poder".

Baptista-Bastos, "Diário de Notícias", 29-04-2009