quarta-feira, 24 de junho de 2009

A PREPOTÊNCIA DE UMA CÂMARA EM VÉSPERAS DE ELEIÇÕES

Aproximam-se as Eleições Autárquicas e para quem não tem nada para apresentar ao fim de quatro anos no poder agarram-se a todas as bóias de salvação.
Veja-se a noticia:

"Câmara lança livro sem autorização

A Câmara Municipal de Alcochete anunciou para amanhã, (dia 23 de Junho) às 18h00, na Biblioteca Municipal, o lançamento do segundo volume da 'Monografia do Concelho de Alcochete', de Mário Balseiro Dias. Segundo o autor, "trata-se de um anúncio sem consulta, de lançamento de um volume ainda não revisto e cuja publicação não está autorizada". Paulo Machado, vereador da cultura, diz que o autor foi sempre informado de todo o processo e que podia ter feito mais uma revisão, para além das duas que já tinha feito, "se entregasse as alterações com tempo".

Na sexta-feira passada o autor da obra recebeu um email do Museu Municipal, com conhecimento do vereador da cultura, Paulo Machado, com o alinhamento para o lançamento da obra. No primeiro ponto que se referia à intervenção do autor, tinha um asterisco que remetia para uma nota no final da mensagem electrónica: "Para a intervenção de V. Exa., com uma duração de 5/10 minutos, terá de redigir um texto de teor técnico, o qual carece de conhecimento prévio do executivo". Isto revela "arrogância e prepotência por parte da Câmara", afirma o autor.

Segundo Mário Dias, a marcação da data para o lançamento do livro sem o consultar "é uma falta de respeito". E por isso, o autor comunicou à Câmara a sua "ausência no pseudo-lançamento em causa".

"É muito desprestigiante para mim o livro sair sem o ter revisto", revela o professor. "Isto podia ser evitado marcando o lançamento com calma e para outro dia, porque é uma obra importante de 375 páginas", acrescenta.

"A Câmara está a ser arrogante ao não adiar o lançamento. Vão gastar uma fortuna nos 500 exemplares e apresentá-lo sem o autor", afirma Mário Dias.

O JA contactou o vereador da cultura, Paulo Machado, que afirmou terem sido realizadas duas revisões com o autor, antes do livro ser impresso. "Perguntei-lhe se as correcções eram de conteúdo e ele não dizia", conta o vereador da conversa que teve com Mário Dias. "Não se conseguia falar com ele pela sua forma de agir desproporcional", acrescenta.

"O livro está feito e pago e o Sr. Mário fez a revisão dos textos", diz Paulo Machado. E acrescenta: "A data de lançamento da obra está marcada há mais três meses".

"Ainda não decidimos se vai haver a apresentação amanhã do livro porque recebemos hoje a comunicação do autor que não ía estar presente no lançamento", revela.

1 comentário:

  1. Acho um episódio divertido deste pequeno burgo...mas outros há, que por não terem o mediatismo de um lançamento de um livro, passam despercebidos. O mais grave é q as consequências destes episódios/folhetins, q a todos passam "ao lado", poderão ser desastrosas.
    Ana C.

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