sábado, 22 de julho de 2023

Citando Mateus Miúdo

MPLA RESPONDE UNITA COM ARTILHARIA PESADA À proposta de iniciativa para a constituição de um processo de acusação e destituição do Presidente da República apresentada pela UNITA via Grupo Parlamentar, concretamente pelo líder da bancada, Liberty Chiaka, - por sinal uma pessoa sensata quanto à postura-, o MPLA respondeu por via do seu Bureau Político, com um “simples comunicado à imprensa”, que provocou considerável estragos nas hostes do adversário. Abrimos aspas para revelar as nossas dúvidas se terá, Liberty Chiaka, pela sua postura equilibrada, agido por vontade própria, assumindo a poli position de uma aventureira empreitada como esta. Enfim... Conhecendo o modus operandi dos seus superiores hieerárquico e por conseguinte da sua organização, não temos dúvidas que, coitado do moço foi usado e, não tendo outra saída, teve que assumir a dor de parto de uma gravidez pelo qual não terá gasto uma gota de espermatozóide. Mas, sendo ele UNITA, tudo também é possível. Ao reagir por via do Bureau Político, o MPLA sinalizou, mais uma vez, a sua performance política e histórica, enquanto “Partido fundador da Nação e defensor intrépido da Constituição da República e dos princípios e valores em que assentam os pilares da democracia e da participação popular”, e que tem acompanhado “a estratégia definida pelo principal partido da oposição – a UNITA – relativamente à tomada do poder fora do quadro institucional e formal, em total desrespeito pelo Povo Angolano e pela sua vontade soberana, manifestada a 24 de Agosto de 2022, ao depositar no MPLA e no seu líder, o Camarada Presidente JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO, a confiança para a condução dos destinos da nação no mandato 2022 – 2027”, como lê-se no comunicado. Contrariamente à UNITA, que preferiu que fosse o seu Grupo Parlamentar a despoletar o assunto e,como sempre, nestas circunstâncias, o cabecilha mor zagaia p’ra a terra do mundele, o MPLA agiu e respondeu com artilharia pesada, e os estragos estão aí. Se calhar, a sociedade angolana concede um desconto ao infantilismo político da UNITA, olhando para o facto de a sua bancada parlamenntar estar prenhe de imberbes e inexperientes deputados formatados para o ofício no percurso do cemitério da Santa Ana ao Largo da Independência. E como vocês já são adultos, nada mais dizemos. Ah, dizer mais, sim. Que a UNITA cometeu um grave erro de cálculo, equiparado àqueles que, na linguagem militar, diz-se “usar a bomba atómica fora da guerra”, acto que representa a expressão máxima de um acto de cobardia e senilidade cognitiva que passa pela cabeça de qualquer gestor de guerras. Foi justamente assim que a UNITA fez. Espalhou charme a cavalgar sobre as onda. Talvez para nublar a questão da ordem do dia, que tem que ver com os 22 milhões do subsídio de instalação para os quais correram e votaram com vistoso apetite nas benesses, a única coisa que sabem aprovar na Assembleia Nacional. Mas, política é assim mesmo: Quem fala espera ouvir. Quem ataca deve estar preparado para a defesa. Quem se emociona assume as consequências e, em suma, quem não aprende com os erros do passado, compromete-se a estar eternamente na oposição, sobretudo quando o seu adversário é o velho mais sempre revigorado MPLA, que é o povo e sendo esse, aquele. Mateus Miúdo -Sociólogo-

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