PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 78 (OS DELÍRIOS DE UM GENERAL: GATO E A SUAS NEGAÇÕES PATOLÓGICAS)

Sr. General Paulo Lucamba Gato, involuntariamente esbarrei em um texto supostamente escrito por si e divulgado nas redes sociais, cujo título é "Não À Tentativa da Falsificação da História". Incompreensivemente, porém sem qualquer surpresa para um conhecedor da histeria colectiva que grassa sobre a liderança da UNITA, o referido texto falsifica brutalmente a História, pois o Sr. General sabe que se hoje deambula livremente por este vasto país, vive confortavelmente numa moradia de alto padrão, opera lucrativamente um investimento agrícola nos arredores da capital e - até escreve livremente as suas memórias e devaneios fá-lo por magnimidade do MPLA que por via do seu Presidente, Presidente da República e Comandante-Em Chefe à altura dos factos privilegiou a amnistia e a reintegração social dos terroristas em vez da sua eliminação sistemática. Se não fosse pela benevolência, pelo elevado sentido patriótico e do humanismo que norteava a investida militar do MPLA, o Sr. General e os seus seriam decapitados e assassinados em plena guerra, algures nas chanas do Leste onde abandonaram o Vosso líder à própria sorte e correram para os braços do MPLA, pois José Eduardo dos Santos oferecia uma saída à fracassada e penosa jornada savimbista que a todos impôs a guerra e a morte como o único recurso. Se não fosse pela elevação moral e distinto sentido de justiça, o Sr. General seria eliminado pelas costas, sem resistência, tal como fez com os inocentes que sucumbiram às superstições de Jonas Savimbi que o General Gato, Numa e Chiwale alimentaram, por isso, exterminaram o General Dembo, Vice-Presidente da UNITA à epoca, os Chingunji, Assobio da Bala e inúmeros anónimos que tentavam chamar Savimbi à razão e o alertavam sobre a inviabilidade da guerra. Foi graças aos princípios cívicos e patrióticos da cúpula do MPLA que este não se exibe como tendo ganhado a Guerra. O Senhor General ainda se recorda das suas palavras no dia da rendição? Óbvio que não! Agora, a sarna já não está entranhada na sua pele, já degusta o melhor da vida urbana e social, por isso, esqueceu-se de quem o resgatou da indigência em 2002, raquítico, pesando pouco mais de 30 quilos e a tresandar à catinga e à fome, mais parecia um espectro do que um homem! Dê uma "googlada" e a sua figura escondida atrás de uma cabeleira decrépita e uma farda imunda aparecerá na tela em vários ângulos. Desafiamo-lo a negar directamente à imprensa que nunca manteve encontros conspirativos com os russos acusados de terrorismo! Negue que - nas reuniões secretas - acertou detalhes para a operacionalização de um plano contra o Presidente João Lourenço! Venha a público e desminta as informações de que foi mandatado por alguém a representar a UNITA junto dos operacionais do Grupo Wagner sem prejuízo do encontro que essa entidade já tinha mantido com os russos! Desafiamo-lo a desmentir que - durante três dias - não discutiu apaixonadamente com os seus cúmplices estratégias e formas de colapsar o Governo e de assumir o poder por via da força! Para seu azar, General Gato, há uma coisa boa que a célula terrorista russa fazia: gravar milimetricamente todos encontros e reuniões conspirativas, por isso, o tempo da verdade nua e crua está a chegar, não tarda, e o General precisará de mais do que um texto meia-boca para moldar a história que - à semelhança dos acontecimentos de 2002 - não o favorece nem ao seu partido. O que conta e tem validade legal em julgado são os factos e nunca as mentiras. Começou a contagem regressiva para si e todos que ainda insistem em fazer teatro com a política e com o Estado! POR: MÁRIO SOARES

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