PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 95 (CITANDO ANTÓNIO MARIA)
s Diatribes de André Ventura e a sua Desvalorização dos Efeitos da Colonização Portuguesa
A verborreia política de André Ventura relativas ao seu país, pouco nos interressa. Porém, quando esta verborreia e as suas diatribes atingem Angola e a sua mais alta magistratura, o Presidente João Lourenço, devemos refutá-lo categoricamente.
Aqui está a nossa reacção ao Deputado português André Ventura, de personalidade, reconhecidamente, tóxica, xenófobo declarado, e narcisista visível. Ele é defensor da existência de raças humanas superiores, assemelhando-se aos famigerados fascistas.
1- Em primeiro lugar, André Ventura, deve ser ensinado, que nunca existiu "colonialismo bom", desde logo, porque, entre os seus objectivos, estão a expansão, ocupação e exploração de novos territórios, a humilhação das populações e o alargamento do seu poder económico, a todo custo.
Aquilo que erradamente chamaram de descobrimentos portugueses feito por Diogo Cão, Paulo Dias de Novais e Bartolomeu Dias, no século XV, nada mais era do que o iniciou da exploração de terras e homens. O explorador nunca se compadece com o explorado;
2- André Ventura, saiba que durante o colonialismo português em Angola, as riquezas naturais(matérias-primas) deste território eram transladadas para a então metrópole; existia o trabalho escravo; notória descriminação racial; predominava limites dos direitos civicos dos nativos; a maior parte da população nativa não tinha acesso a determinados niveis de escolaridade e nem a níveis médios e altos na hierarquia da Administração Pública portuguesa. Estes e outros actos de exploração,opressão e humilhação retardarm o desenvolvimento do país e dos angolanos;
3- André Ventura, precisa de ser esclarecido que quando o Presidente de Angola, João Lourenço, se refere aos malefícios do colonialismo português, não está a imputar responsabilidades ao actual Estado português;
4- É muito estranho ver um jovem português como André Ventura, se assumir como defensor do colonialismo. Que ilações se pode extrair desta sua atitude e narrativa? A resposta é óbvia: vontade neocolonial;
5- André Ventura, candidato presidencial, deseja certamente ser o centro das atenções e procura consegui-lo praticando discurso negativo e violento contra tudo e todos, ainda que se abeire a crimes de calúnia ou injúrias contra Individualidades portugueses ou angolanas;
6- André Ventura, não queiras, (porque não serás bem sucedido) tentar destruir as boas relações políticas, diplomáticas, históricas, económicas, comerciais, culturais e inclusive familhares entre Angola e Portugal.
7- Por fim, André Ventura, não sendo seu conselheiro, permita que lhe sugira a leitura da História Colonial Portuguesa.
Luanda, aos 14 de Novembro de 2025
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