quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

DESABAFO SPORTINGUISTA - CITANDO VASCO RESENDE

É provável que nos tempos de antanho o Sporting tenha sido batido com algumas das chamadas "cabazadas". Simplesmente, comecei a ver a nossa equipa de futebol nos tempos de uma célebre linha avançada constituida por elementos de grande classe como Mourão, Soeiro, Peyroteo, Pireza e João Cruz. Cá atrás estava já o melhor guarda-redes de todos os tempos: João Azevedo bem como outros jogadores inesquecíveis. Acompanhei, depois, os "violinos" criando uma grande amizade com os cinco e, mais tarde, com o João Martins, o Vadinho, o Mário Wilson, o Geo e por aí fora, não esquecendo grandes amigos como os falecidos Juca e Osvaldo Silva, o Fernando Mendes, o Zé Carlos, o Yazalde, o Hilário, etc. etc. A minha satisfação plena foi atingida quando, na vice-presidência e na direcção do nosso Jornal (antes como secretário da Redacção) contribui para a nossa vitória no Campeonato de 1973/74 e na Taça de Portugal da mesma época. Quando escrevo contribui, sei porquê, pois os Campeonatos não se ganham com inocentes, tótós e imberbes na matéria como dirigentes. Eu e o Zé Arsénio conhecíamos bem o "metier" e nunca fomos enganados, isto, claro, com o apoio expresso e decisivo do presidente João Rocha que sabia delegar nos entendidos (e sabia ouvir) as decisões capazes de tornear os obstáculos que nos apareciam. E eram muitos, podem crer. Vem tudo isto, estas recordações, a propósito da miserável prestação de uns rapazolas equipados com a camisola que eu defendi noutras modalidades, sempre com o empenho de que hoje não são capazes os mercenários de qualquer clube. No meu tempo, todos nós, atletas do GRANDE CLUBE CHAMADO SPORTING, não pensávamos em deixar o verde-branco a fim de nos deslocalizarmos para outras paragens. Ninguém, mas mesmo ninguém teria a lata, na véspera de um jogo com o Benfica, de afirmar que o sonho era sair de Alvalade à espera de convites do estrangeiro. Nem seriam capazes, também antes de um jogo na Luz, de chutar propositadamente a bola para levarem o cartão amarelo que lhe faltava, com o intuito, julgo eu, de facilitar a vida ao nosso adversário que, por acaso, até ganhou a partida de empurrão, com um golo que (recordam) o então presidente do Sporting, perante o nosso pasmo, considerou legal! A propósito, já lá vai mais de um ano e...continuam a servir o Sporting, pois nem o Pinhalnovense se mostrou interessado em qualquer dessas vedetas que, ontem, nos humilharam, actuando com uma displicência obscena. Foram estes miseráveis que levaram o meu neto e colegas de escola, depois do jogo a lançarem-se num pranto que me abalou profundamente. Na idade deles, ia todos os domingos, logo de manhã, para o estádio do Lumiar - antes para o campo da Cuf, onde jogavam juniores, principiantes, reservas e aspirantes - e almoçava umas sandes que a minha mãe e as progenitoras dos meus amigos da mesma idade levávamos para aquele local, tendo como bebida a água de uma fonte que por ali existia. Antes do encontro principal, perguntávamos uns aos outros, apostando de brincadeira, qual seria o desfecho. Ou seja, por quantos íamos ganhar. Hoje, perguntamos uns aos outros por quantos vamos perder. Meus amigos, assim, o Sporting minguará pois esta equipa desgraçada não cativa nenhum miúdo. Pelo contrário, afasta-os do nosso seio. Acham que o Grimi, o Rui Patrício, o Pedro Silva, o Postiga, o Pingole (não consegue parar uma bola, mesmo com passes certeiros dos companheiros) e outros têm categoria para representar o Clube de Francísco Stromp, José Travassos, Vasques, Azevedo, Barrosa, Peyroteo, Cardoso e Albano, para não citarmos centenas de outros mens influentes mas com categoria inigualável? Como é possível deixar fugir o Ruben Micael que até um cego via nele um jogador de grande futuro por metade da verba gasta com um elemento´sem classe, reserva do reserva do Atlético de Madrid (13º classificado do Campeonato de Espanha)? Expliquem-me, se puderem. Como é possível o Sporting ter recrutado não há muito tempo gente como o Purovic, Celsinho, Farenud e quejandos, mandando embora ou não recebendo de novo um Varela, um Hugo Viana, dois Betos, um André Santos e por aí fora. Conhecem a história da "corrida em osso" que levou o João Pinto, da falta de controlo exercida sobre o Jardel ou da recusa em aceitar de retorno o Simão Sabrosa? Tentem esmiuçar estas e outras decisões inacreditáveis do autor (ou autores) de tão grandes "beneficios" e vão rir com o nome do responsável...
Como me custa ver chorar os miúdos que eu influenciei levando-os a ter o maior orgulho em pertencer ao Clube que me realizou, o clube a que devo tudo o que sou. Que raiva eu tenho a tantos medíocres incompetentes que encontram uma única solução para devolver ao Sporting o seu imenso prestigio: LEVANTAR A CABEÇA!!! Apetece-me dizer: alto e pára o baile. Todos para a RUA, donde nunca deviam ter saído. O SPORTING NÃO É UM ASILO DE MISERÁVEIS QUE VÃO CONTINUAR IMPUNES ATÉ QUE HAJA UM 25 DE ABRIL "LEONINO", MAS DESTA VEZ À VASSOURADA.

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