terça-feira, 20 de agosto de 2024

CITANDO JOÃO PINTO - PROF. UNIVERSITÁRIO

ANGOLA AVANÇA EM CADA ÉPOCA E SEUS CONTEXTOS Tenho acompanhado muitos discursos que pensam sempre sobre o passado que condenaram e criticam sem memória nem ponderação um presente de coragem na moralização da sociedade para uma Angola melhor para todos. Claro que só sente-se falta do que não se reconheceu no devido momento e não soube torar lições de um passado que já foi presente. Por isso, diz-se que a mudança exige do interessado flexibilidade e assumir o risco. Cada época faz os seus homens uns conservadores outros revolucionário. O conservador aceita a realidade, mas vai reformando. O revolucionário muda tudo numa utopia imprevisível que pode ser bom se correr beme mau se correr mal, por isso, a revolução destrói até seus filhos, já a reforma protege até seus enteados por ser moderada entre a tradição e modernidade... Negar que Angola tem mudado e garantir uma sociedade responsável e ética ou ideal, não é racional quer embtermos materiais quer espiritual, vemos nos debate de mais exigência, qualidade e responsabilidade. Isto é bom, leva ao desenvolvimento... A fome aqui ou ali, existe e existirá sempre, temos de saber quem é quem e o que faz, só com um censo efectivo e uma planificação permanente que projecte a incerteza e a imprevisibilidade do crescimento demográfico versus políticas públicas que ajudem a diminuir a falta de escolas, assistência social e protecção efectiva dos vulneráveis, só possível com rigor em tudo e responsabilidade dos actores públicos e da sociedade civil... Também só alguém sem formação lógica pode fazer tamanha afirmação desparata de que "está tudo pior"e quem creceu a deitar abaixo tudo que se faz! Está tudo mais exigente e responsável, esse sim é o desafio... Mas criar políticas como o Kwenda, edificar hospitais de nível três em todas regiões e diminuir as juntas para o exterior, aos concursos públicos para mais de 46 mil técnicos de saúde, mais professores, mais responsabilização para actos de improbidade comprovados em tribunais é retrocesso? A subidas de Angola nos Rankings sobre corrupção ou transparência foi invenção?... Claro que de 2017- 2022, a economia não foi generosa por crise causada pela redução do preço do petróleo e pandemia que felizmente bem gerida internamente e salvou vidas por opção do Executivo, ressentindo ainda mais numa economia de contenção... Reconhecemos que ainda temos muito a melhorar e transformar para o bem dos angolanos. Mas não é sério fazer acusações sobre regressão social e insultar quem procura fazer o seu melhor por mandato democrático e faz dentro das instituições!... A crítica democrática faz bem ao pluralismo, mas o respeito à dignidade até dos adversários mostra civismo. Quem se classifica de "incompetência " devia provar sua competência como profissional, criador, líder ou pelos seus feitos enquanto especialista comprovado e reconhecido por um júri imparcial numa academia numa licenciatura, mestrado ou doutorado ou pós graduação, nunca como adjectivos para desmotivar ou insultar à distância ou como jogador de bancada... Sempre tivemos patriotas prontos para destruir ou impedir quem constrói ou para destruir sementes, roubar gado ou destruir produção! Superamos, mas agora devemos ser patriotas em cuidar das escolas, hospitais, estradas, t9rres de transportar energia, linha férreas e cabos de alta tensão ou postos de iluminação e responsabilização de quem danifica o património de todos angolanos sem diferença partidária, religiosa ou regional. Devemos promover nos Heróis da paz e bem-estar e não obstruidores, bota-abaixo ou escarnecedores da desgraça do compatriota. Ajude se puder, mas não afunde quem mais precisa. Motive a fazer melhor e bem, não desmotive quem dedica-se a procurar fazer melhor, não atrapalhe com malícia... Devemos reconhecer que reformar é um processo lento, arriscado e condicionado por factores externos e internos que ocorre contentando ou descontentando grupos de interesses, o seu resultado à longo prazo pode ser melhor, mas a curto prazo gera sacrifícios, como foi o alcanse da paz... Não acredito que Luanda, Cabinda, Saurimo, Bié e Cunene com hospitais altamente especializados e que só vemos no primeiro mundo pode estar pior que em 2017... Não acredito que o canal de Cafu e a Barragem do Nduve no Cunene que visam combater a seca podem ser piores que em 2017... Não acredito que criar mais 3 novas Províncias e mais municípios para garantirem mais aproximação dos serviços do Estado junto das populações prejudique o cidadãos e impeça o Estado combater a pobreza e a exclusão social... Não acredito que a construção e transportação de energia eléctrica para o Centro Sul e Leste pode ser pior que em 2017... Não acredito que mesmo com a redução da receita fiscal, escassez resultante da redução da produção petrolífera e o serviço de dívida a Administração Pública virada para satisfação das necessidades dos cidadãos e prevenção de abusos esteja pior como se alguém podesse sentir-se suprior aos outros e impune à responsabilização... Não é verdade dizer que há menos liberdade e segurança quando há cada vez mais julgamentos com libertação de pessoas se não estiverem respeitados as garantias constitucionais por parte dos juízes de garantias... Hoje, há actos da justiça que anulam decisões ou actos que violam a lei ou a Constituição e o Executivo respeita, acata... O debate crítico nunca deve ser feito para atacar a honra, auto-estima ou o mandato democrático, deve ser franco, aberto, frontal mas limitado à ética da cidadania assente na igualdade e dignidade dos contentores, sendo responsabilizado actos atentatórios à dignidade das pessoas ou ultraje das instituições, muito menos usar-se a liberdade de expressão para atiçar o ódio, descrédito e desrespeito quem foi eleito num mandato reconhecido pelo povo e pelas instituições vocacionadas... Só é livre quem responde pelos seus actos... Infelizmente, ao longo da História, os líderes estratégicos e exigentes nunca foram entendidos no seu tempo por ensinarem a moralizar, a construir e mudança de hábitos, pois, quem está habituado ao erro, detesta o certo, ora todos nós devemos acreditar em cada dia em tudo que fizermos buscar uma Angola Melhor para todos, como até 2017 se fez. Corrigir habitos gera mal-estar dos oportunistas, egocêntricos e ansiosos. Para quem quer melhorar algo deve exigir sacrifício, zelo, empenho para colher futuramente para uma Angola avançada para o bem de todos... Haverá sempre os velhos do Restelo, das Ingombotas ou das Diáspora esperando o pior, mas temos de motivar a juventude e velhos a passarem o testemunho sobre o percurso passado, presente e futuro que deve servir de marco para todos numa consciência de Moral Pública para o bem do Avanço de Angola e tirarmos lições do vosso processo de reconstrução, reconciliação e desenvolvimento!... Em cada época os líderes vivem os problemas do seu tempo e buscam soluções do seu contexto, mas o tempo avança...

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