quinta-feira, 21 de agosto de 2014

SOMOS DE LÁ

Poema de José Jacinto "Django" Estamos sem estarmos, somos sem sermos, mas somos mesmo assim. Quem diria que o nosso capim cresceria por cima de todos os mapas. Lá, quando lá vivíamos, não sabíamos que sairíamos de casa num dia que ainda hoje não anoitece na nossa existência. Cá, não somos de cá, e Lá, ficamos do lado de lá da festa nova geracional, que desconhece o irmão do século antigo. Estamos lá em mente e saudade, e cá enfrentamos a realidade. Somos de Lá, ainda sem sermos já, burocraticamente, pois, vistos e retornados lá, continuamos de fora como cá, como antigamente. Não somos, para os de Lá de hoje, de Lá, agora. E para os de cá…. também não dá… para explicar outra vez a História. Não és de cá, pois não… Pá? Não pá, não sou de Cá! Ah… porque vieste de Lá? Pois é Pá, …esquece Pá! Daqui somos sem sermos, embora no BI de Cá constem os termos da ancestralidade que daqui saiu para Lá, onde se nasceu, e não mais se viu e menos se esqueceu. Só que somos de Lá. Alguém não percebeu?

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