quarta-feira, 3 de julho de 2013

COMPREEENDER A ATITUDE DE PAULO PORTAS

Se me perguntarem, se Paulo Portas é fiável respondo que não! Apesar de afirmar que o partido é fiável e previsível.


Se me perguntarem, se Paulo Portas é coerente digo que não!

Se me perguntarem, se Paulo Portas é manipulador e usa as pessoas, respondo que sim.

Se me perguntam, se Paulo Portas é confiável digo que não!

Se me perguntam, se Paulo Portas é estratega, respondo que sim e intelectualmente desonesto.

Tantas perguntas e dúvidas que poderiam ser feitas, para ajudar a conhecer quem é esta personalidade que Fiquei a conhecê-lo durante um período em que lidei de perto com Paulo Portas.

Foi o mesmo Paulo Portas que em 2002 me pediu para organizar o partido no distrito de Setúbal, algo que nunca tinha sido feito em 30 anos de democracia e depois do trabalho feito, como discordei de certa tutoria que queria manter, criou as condições para me afastar da liderança distrital.

Foi Paulo Portas que me convidou para um cargo na Administração Pública por considerar que tenho o perfil adequado: incorruptível, pulso forte e disciplinar e responsável, no entanto passado um ano quis afastar-me das funções, porque não pactuei com certos procedimentos menos corretos.

Antes de ir para o governo em 2002, Paulo Portas, combatia a corrupção como bandeira eleitoral em pé de igualdade com os direitos dos combatentes, durante o tempo do governo e após esse período ambas as bandeiras eleitorais caíram, mas não se inibiu de pedir-me que deixasse cair o caso Freeport em troca dos submarinos.

Se me perguntarem o que fiz, respondo que sai do partido porque não senti confiança na liderança, nem coerência nos ideais políticos.

Se me perguntarem porque ele sobrevive na política, respondo que está confinado a dois a três distritos e tem o lobby na comunicação social para o promover.

Se me perguntam porque mantém um restrito número de apoiantes e subordinados, porque descobre fraquezas nestes e coloca-los na sua dependência financeira.

Se me perguntam qual o sonho de Paulo Portas, respondo é chegar a Primeiro-ministro!

Qual a razão desta saída do governo? Utilizou um artifício para criar as condições no intuito que daqui a um ano e estando fora da ação governativa melhor poderá atingir tal sonho ou em último recurso fazer uma aliança com o líder (in)Seguro.

É bom recordar que no governo Santana Lopes e em vésperas de eleições legislativas conferenciava com Sócrates e face à maioria socialista afastou-se da liderança, mas continuou a manipular tudo e todos no seio do partido.

Se me perguntam porque não renunciou no passado ao lugar de Deputado, respondo que não pode perder a imunidade parlamentar.

É a hora dos portugueses não se deixarem embalar pelo canto da sereia.

A verdade e a transparência mantém-se e Portugal tem que se livrar do estatuto do protetorado e afastar políticos que são como os macacos só se coçam para dentro.

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