segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 7

5. RELATO PÚBLICO Seguidamente e na maior transparência transcreve-se na integra “post” colocados nas redes sociais, com intuito de prestar esclarecimentos claros e transparentes e também na tentativa de aglutinar contributos em torno da Casa de Angola. 1. Uma qualquer associação só tem capacidade de prosseguir a sua História com alma humana, nos eventos e no apoio consolidado de âmbito material através de desenvolvimento de dinâmicas e também angariação de associados e das parcerias que vão sendo desenvolvidas. Se há quem procure denegrir o que se tem feito na Casa de Angola e não pretende continuar como associado tem dois caminhos ou vem ao local adequado pedir informações ou comunica que não pretende continuar como associado. Não estraguem nem queiram destruir um trabalho de unidade que foi encetado há quatro anos até porque esta associação não é um Departamento do Estado Angolano nem do Estado Português é por direito dos associados e em especial daqueles que honraram a sua História apesar de alguns a terem descoberto recentemente. 2. Nos dias de hoje as associações / instituições precisam cada vez mais de lideranças fortes e competentes com honestidade e lealdade; tenho tido a sorte por também ter sido acompanhado por pessoas de igual qualidade em alguns projetos de sucesso. 3. Os Fundadores da Casa de Angola: Fernando Veiga, Emilio de Abreu, António Burity da Silva Alberto Lemos Junior, Raimundo Traça, Alexandrino Coelho e Fernando Laires, devem sentir orgulho com a História da associação, se no passado de 1996 até Junho de 2014, ocorria uma atividade pública por trimestre entre Junho de 2014 e Junho 2016 ocorreram dois eventos por mês, no entanto de Julho de 2016 até à presente data a dignificação da Casa de Angola fez-se pelo envolvimento direto ou indireto numa média de um evento por semana. Assim se faz, obra em prol da imagem da comunidade angolana. 4. Nos últimos anos o trabalho árduo desenvolvido na Casa de Angola foi executado com paixão e dedicação à causa pública e amor a Angola. Como em tudo na vida muitos prometem e poucos cumprem nos compromissos. Para além, do esforço desenvolvido por equipa reduzida, ao invés do ocorrido em anos anteriores, convém saudar a admissão de uma média de 2,5 sócios por mês. 5. No mês da mulher e num período que se procura promover a paz e harmonia e estando todos a trabalhar para criar as bases para uma Casa de Angola de futuro, com uma marca bem presente em Lisboa, mas que se possa atravessar mais fronteiras. Algumas mulheres desempenharam um papel importante na História da Casa de Angola, no entanto, no tempo presente há uma que soube trazer beleza, glamour e arte com luz às magníficas instalações e acolhedoras. Márcia Dias, não conhecia a Casa de Angola, adorou sempre o que quis fazer em prol dos artistas, soube ensinar o caminho e decorar as escadarias do sucesso para a Casa de Angola. É uma mulher, é artista-plástica, moderna que parte da base para transmitir a imagem magnifica de um espaço que é de todos e para todos. A Casa de Angola deve muito ao seu altruísmo e disponibilidade e acreditamos convictamente que o seu espaço continuará a ser na nossa associação com o devido reconhecimento e empreendimento, agregando outros (as) porque todos seremos úteis no futuro. Márcia Dias tem sido a alma da Casa de Angola e outros, os seus alicerces 6. Há associados antigos, de antes de 2014, apesar da sua liberdade de pensamento e ação, nunca deixaram de estar preocupados e prestar o seu contributo para com a liderança em funções da Casa de Angola. Sempre tiveram uma acutilância pela dignificação da nossa associação. Salientamos em especial os associados: Eugénia Araújo Santos e Eugénio Almeida. 7. Quando em 2014 foi necessário inverter o ciclo na Casa de Angola, houve pessoas que acreditaram na estratégia traçada e na honestidade dos esforços, uma das pessoas que se empenhou foi a Lara Loureiro, tendo contribuído para o embelezamento das instalações. Infelizmente a vida pessoal e profissional não permitiu que continuasse a caminhada desta maratona. Mas, é bom recordar o excelente contributo em Maio de 2015 quando ocorreu a exposição do artista-plástico Guilherme Mampuya, integrada numa semana “Lusófona” em coordenação com a Câmara Municipal de Lisboa e a UCCLA. 8. Em 2014, as instalações da Casa de Angola estavam degradadas: havia infiltrações pelo telhado, devido às telhas partidas, teto de uma sala a cair, vários entupimentos, paredes interiores com enorme humidade, a não existência de uma placa identificadora da Casa de Angola. Tudo foi possível alterar substancialmente e adequarmos as instalações preparadas para o que viria acontecer, tal, também foi devido ao protocolo de cooperação com a Associação Kilombo, liderada pelo seu presidente Américo Fonseca, que ainda hoje se mantém e é um dos alicerces do projeto. 9. Nos últimos anos foi política da Casa de Angola abrir a disponibilidade a parcerias institucionais, nem sempre o equilíbrio e a reciprocidade tem funcionado em pleno, mas sabemos que é próprio do caminho que deve ser trilhado, iremos referenciar os vários protocolos formais e informais estabelecidos, como por exemplo: Associação Cabo Verde em Lisboa, que permitiu desenvolver atividades junto de ambas as comunidades, há que renovar dinâmicas num futuro muito próximo. 10. A coerência de princípios orientadores e abertura de horizontes permitiu estreitar relações de cooperação com associações antes impensável por não existir disponibilidade para os riscos das atividades, estamos a referenciar a Casa de Angola em Coimbra, advindo daí a participação de outros angolanos e a Angola Events no Luxemburgo que permitiu a internacionalização das atividades da Casa de Angola. 11. Nos últimos anos foram estreitadas relações institucionais com a UCCLA, liderada por Vitor Ramalho, prestigiado associado da Casa de Angola. Foi possível fazer uma apresentação de uma coleção de livros editados pela UCCLA em homenagem à Casa de Estudantes do Império. E com todo o gosto a Casa de Angola representou o nosso país num evento alusivo à gastronomia dos países com representação diplomática e que estão integrados no âmbito de intervenção da UCCLA e da Casa da América Latina. 12. Sob os auspícios do então Chefe da Representação Comercial da Embaixada de Angola, hoje Secretário de Estado do Comércio Externo, Dr. Amadeu Nunes; a Casa de Angola procurou impulsionar encontros com empresários e potenciais investidores em Angola, proporcionando-lhes informação e esclarecimentos. Estas iniciativas tiveram o envolvimento de mais duas associações: AANR e a AECODE. Ficaram por concretizar outras dinâmicas que no futuro poderão ser implementadas. 13. A base do trabalho dos últimos anos teve um começo, em 2014, no dia que a Casa de Angola abriu as portas para a exposição de Anna Rocheta; no entanto até 2016, seguiram-se os seguintes artistas-plásticos: Bob Zaza, Zingawa (Cuba), Casamajor (Argentina), uma exposição coletiva de amigos de artes, Carlos Nascimento (organização da Associação. Kilombo), Mó, Ana Santos e Marco Ayres. 14. No período de 2014 a 2016, a Galeria da associação abriu as portas para atividades na área da literatura, tendo sido feitas apresentações e lançamentos de livros dos seguintes escritores: Maria João Martins, Luísa Fernanda, Dulce Tavares Braga, Eduardo Águaboa e Luis Fernandes, José Carlos Moutinho, Luis Ançã, Ana Casanova Pinto, edições da UCCLA, Ana Paula Lavado, Helena Madeira, Carlos Bondoso, Ondina Bordalo e José Jaime. 15. A Casa de Angola é uma associação que se rege pelo direito português e tem uma missão de serviço público, consequentemente em qualquer período de gestão há que prestar esclarecimentos públicos das atividades ocorridos. Assim, no primeiro ciclo desta liderança importa ainda referir que ocorreram os seguintes eventos: apresentação de bijuteria e artesanato, o curso de formação de Língua Portuguesa, as várias conferências ocorridas, a participação em diferentes Congressos nomeadamente da Lusofonia, num deles sob nossa proposta foi entregue a Ruy Mingas o prémio de Personalidade Lusófona, realizaram-se também Tertúlias de Poesia e ainda a foram efetivados diferentes worshops temáticos, sem descurar as parcerias que foram encetadas com outras comunidades. 16. Em 2016, ocorreu uma alteração substancial na gestão e liderança das atividades na Casa de Angola, integrando na equipa dirigente como Diretora Cultural a artista – plástica Márcia Dias. Simbolicamente, o inicio deste âmbito cultural ocorreu com a exposição da própria artista-plástica, embelezando toda a Galeria Jinga e deste modo, tornar o espaço acolhedor a todos os artistas e para as restantes atividades culturais. Em boa hora, esta compatriota e associada contribuiu para o renascer da Casa de Angola. 17. O segundo ciclo do atual modelo de gestão da Casa de Angola permitiu incrementar o crescimento de atividades e acentuar o grau de exigência na qualidade dos eventos ocorridos, assim pela Galeria Jinga passaram os seguintes artistas-plásticos (exposições individuais): Armanda Alves, Filomena Morin, Teresa da Silva, Bantomen, Sidney Cerqueira, Xesko, Xico Fran, Blackson Silva, Filipa Martins, Miriam Biencard, Luiz Morganho, Carlos Nascimento, Carlos Ferreira, Ricardo Salanga e Larissa Kalinichenko. 18. A Casa de Angola teve também oportunidade de realizar algumas exposições de fotografia para dar a conhecer a arte pela lente dos fotógrafos: Eduarda Andrino, Ana Mascarenhas, Zito Delgado e Luiz Lopes da Silva. A arte de fotografar é parar o momento em um simples clique, congelar cores e paisagens que a mente um dia esquece. A Galeria Jinga da Casa de Angola teve o privilégio de ver esses momentos, cores e paisagens maravilhosas. 19. A dinâmica desenvolvida na Casa de Angola, também foi acentuada, com brilhantismo na área literária, isso permitiu que ocorressem inúmeras apresentações / lançamentos de livros no período entre 2016 e 2019 dos seguintes escritores / autores: Ana Miranda, Salvina Ribeiro, Rodrigo Barros, Anabela Frazão, Teresa Silva, Luisa Ramos, Jerónimo Pamplona, Alda Cabrita, Adérito Barbosa, António Pinto, Rosário da Silva, Jorge Humberto, Ana Casanova, Severino Moreira, João Carranca, Ana Quelhas, Rufino Espírito Santo, Rui Morgado, Carla Gossuin, Jaime de Sousa Araújo, Jonas Nazareth, Ana Mascarenhas, António Baptista, Ana Paula Guerreiro, Armindo Laureano, Aníbal Carlos, Lopito Feijó, Edgardo Xavier, Luís Padinha, Kissama, Sebastião Ló, Rubio Prada, Revista MIL e Maria Graça Melo. 20. A Casa de Angola pela sua própria natureza e objetivos nos tempos recentes desenvolveu um conjunto de atividades muito versáteis que permitiram o crescimento da associação, referimos especialmente: conferências de natureza diversa em especial a que teve como orador principal o Embaixador Itinerante de Angola, Debate sobre a Migração Angolana contando com a presença do Alto-comissário Pedro Calado e dos jornalistas Luzia Moniz e Armindo Laureano, conferências sobre História de Angola como orador Oliveira Pinto, reuniões empresariais e formação sindical. 21. Nos últimos anos desta gestão tivemos um parceiro que muito dignificou a maioria dos eventos ocorridos na Casa de Angola, contribuindo para que os convívios sociais fossem momentos de alegria e permitindo que os nossos convidados saboreassem vinhos muito apelativos. Estamos obviamente referir à Adega Mor, sempre muito bem representada pela “capitã de equipa” Patricia Moleiro e pela Marta Ramalho. 22. Dos muitos acontecimentos que ocorreram na Casa de Angola nos últimos anos não podemos omitir, as inúmeras atividades de índole diversa, como por exemplo: tertúlias de poesia da responsabilidade: de Graça de Melo e do Mário Máximo; as apresentações de moda e vestuário da autoria: de Joan Auguri, Sónia Soares, de Esperança Mateus, de Mon’s Amade, de Maria José Borralho e de Maria do Rosário; as apresentações de artesãs: Graciete Ferro e Natércia de Almeida; a apresentação de projetos empresariais como do SIF por parte de António de Sá e Sónia; os workshop’s: de dança da responsabilidade de Jorge Cipriano e de degustação chocolates da “Chocolatier” de Maria do Céu; as tertúlias temáticas nomeadamente da autoria de José Alberto Carvalho; a apresentação de alguns trabalhos musicais com especial referência para Dino George; apresentação de novos projetos como por exemplo a Revista Mulher Africana. 23. Os dirigentes da Casa de Angola, para além das atividades internas, procuraram que a Casa de Angola estivesse representada em inúmeros eventos que muito contribuíram para a imagem da nossa associação como por exemplo Galas Solidárias, Concursos de Mister Black, Prémios das Mulheres Empreendedoras, Homenagem ao Embaixador Ruy Mingas, como Personalidade Lusófona em 2017, marcaram presença em inúmeras exposições e bienais de cultura, comemorações de efemérides como o Dia da Independência de Angola, o Dia Internacional da Mulher, e muitos outros poderiam ser aqui referenciados. E habituaram nos últimos anos os associados e amigos da Casa de Angola a festejarem o Natal e o Aniversário da Casa de Angola. 24. Nesta resenha histórica das atividades que foram ocorrendo na Casa de Angola, é justo agradecer a muitos fotógrafos que por diversas formas e pela arte das suas lentes contribuíram para projetar imagens da vivência entre paredes, referimos em especial aos seguintes amigos: Mário Borralho, Abel Dias, Jorge Verdasca, José António, Zito Delgado, Onesimo Costa e Rui Loio. 25. Há muitos anos que um dos alicerces para a divulgação do bom nome de Casa de Angola, assentou numa área que funciona autonomamente da associativa, estamos a referir ao “Espaço Gastronómico”, da gestão do associado Eduardo Paulo Soares. Estamos convictos, que tem contribuído para a visibilidade da Casa de Angola. 26. Temos consciência que no resumo de atividades ocorridas na Casa de Angola desde de 2016 (sem termos omitido o período anterior) podem ficar algumas situações esquecidas e nomeadamente as inúmeras editoras que se envolveram na apresentação de livros nas nossas instalações, apesar disso realçamos a primazia da Perfil Criativo e da Editora Omega, com quem já temos um protocolo de cooperação. 27. Nos dias de hoje qualquer instituição que tenha uma equipa dedicada e pessoas que a apoiem, e por muito trabalho a que se dediquem para a dignificar, neste caso a Casa de Angola, deve recorrer às redes sociais e a outros meios de comunicação para que a mensagem chegue o mais longe possível. No entanto, também conta com os meios de comunicação social que acolhem o serviço de informação em pleno. Por isso, um agradecimento aos jornalistas e órgãos de comunicação social que nos têm acarinhado com especial relevância: à Sandra Salgueiro, ao Vitor Hugo Monteiro, ao Armindo Laureano, à RTP África, à Kuriakos TV, ao programa Bem-vindos, à Rádio Voz da Alemanha, à Rádio do Luxemburgo, à Agência ANGOP, à Agência Lusa e à Televisão Pública de Angola entre muitos outros. E complementados pelos seguintes artigos de opinião: “CASA DE ANGOLA - 1 A História da Casa de Angola com sede em Lisboa foi símbolo dos jovens angolanos que vieram estudar para Portugal e assumiram o legado do histórico da geração que vivenciou o ambiente da Casa dos Estudantes do Império. Naquela época sentiram a necessidade em possuírem um espaço agregador para transmitir e expressarem o seu sentimento por Angola. Durante o mês de Junho comemora-se o aniversário da fundação da Casa de Angola, sendo assim iremos nos próximos espaços que agui dissertamos dar alguns contributos sobre o valor enorme que hoje em dia a marca “Casa de Angola” atingiu a partir da fundação da associação no dia 25 de Junho de 1971 e sendo ficam aqui referenciados os associados fundadores: Alberto Andrade e Silva, Alberto Ferreira Lemos, Alberto Lemos Júnior, Alberto Mano Mesquita, Alexandrino Amândio Coelho, Alfredo Pereira Melão, Álvaro Barreto Lara, Álvaro da Silva Tavares, Álvaro Soares Morais, Antero Ramos Taborda, António Augusto de Almeida, António Burity da Silva, António Peixoto Correia, Armando Leston Martins, Baltasar Rebelo de Sousa, Belmiro Sampaio Nunes, Eleutério Rodrigues Sanches, Emilio Simões de Abreu, Fernando Cruz Ferreira, Fernando da Silva Laires, Fernando Gouveia da Veiga, Gervásio Vilela Ferreira Viana, Horácio Sá Viana Rebelo, João Mimoso Moreira, Jofre van Dúnem, Jorge Carlos Valente, Jorge Pinto Furtado, José Bettencourt Rodrigues, José Norberto Januário, José Pita-Grós Dias, José Trigo Mensurado, Júlio Correia Mendes, Luis de Oliveira Fontoura, Manuel José Júnior, Maria Helena Mensurado, Maria Helena Viana, Paulo Saldanha Palhares, Raimundo Palhares Traça, Renato de Sousa Pinto, Rui Burity da Silva, Rui de Araújo Ribeiro, Rui Romano, Silvino Silvério Marques, Tomás Carvalho Ribas, Venâncio Augusto Deslandes e Vasco Lopes Alves. Com o advento da Revolução de Abril de 1974, a Casa de Angola viu cessar, de forma abrupta, a sua actividade associativa, por influência de forças políticas de extrema-esquerda portuguesa sendo posteriormente as suas instalações ocupadas por emigrantes cabo-verdianos, nossos irmãos na diáspora, houve a necessidade de a reestruturar, anos mais tarde. Assim, e trinta anos após a sua fundação, outro grupo de insignes angolanos ousou, com o alto patrocínio de Suas Excelências os Presidentes da República de Angola e de Portugal, prospectivamente, Eng.º José Eduardo dos Santos e Dr. Mário Soares, a que se associaram os esforços do então Embaixador da República de Angola em Portugal, Dr. Ruy Mingas e também do então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, procedeu-se à reinauguração desta Associação, em 24 de Junho de 2001, com a presença do então Embaixador de Angola em Portugal, Dr. Osvaldo de Jesus Serra van-Dúnem, que presidiu ao acto. Pelo contributo que deram nesta nova fase da vida da Casa de Angola, foram dignificados à categoria de sócios refundadores os seguintes associados: António Burity da Silva, Aristides Mendes, Aurora Verdades, Carlos Belli-Bello, Eleutério Rodrigues Sanches, Fernando Pombeiro, Fernando da Silva Laires, Gentil Ferreira Viana, Gervásio Vilela Ferreira Viana, João Sucena, José João da Costa Oliveira, José Maria Loio, José Troufa Real, Júlio Correia Mendes, Maria Eduarda Ferronha, Mário Luís Serra Coelho, Mário van-Dúnem, Óscar Jaime Fernandes, Rui Romano e Vítor Sampaio Ramalho. CASA DE ANGOLA - 2 Nas quase cinco décadas de existência da Casa de Angola, descontando o período subsequente à Revolução de Abril, que foram anos de conflitos; como afirmávamos durante estes anos a Casa de Angola teve períodos com objetivos e atividades diversas. Tentaremos nesta crónica de uma forma resumida e sucinta e prestando alguns contributos clarificadores que ajudem a conhecer a História da Casa de Angola, mais especificamente no período pós-independência de Angola. O ressurgimento da associação no final da década de oitenta, deu-se recorrendo a instalações provisórias de um apartamento nos Anjos. Com o apoio do Governo de Angola, da Sonangol e da Câmara Municipal de Lisboa foi possível realojar famílias que entretanto viviam nas nossas instalações de origem e atuais e foram executadas as obras que hoje todos podem desfrutar. A atividade associativa foi-se acentuando, com o apoio financeiro proveniente de Angola, e logicamente a Casa de Angola apesar de autónoma mantinha uma dependência funcional e amiga junto da Embaixada de Angola. Cordão umbilical que se deve pugnar por manter! Foram anos que a mentalidade e as atitudes compaginavam-se com esbanjar de recursos porque vivia-se a euforia dos Estados elásticos e a moeda dava para tudo. Seguiu-se um período de “gestão” de rompimento com o cordão diplomático bem como com alguns fundadores da Casa de Angola e todo o apoio associativo sem músculo de consistência foi-se degradando; preferimos não tecer outras considerações de índole perniciosa. Acima de tudo gerou-se um período deveras conturbado no modelo de afirmação associativa e bem mais na busca de interesses de natureza pessoal, destruindo sem reconstruir e muito menos salvaguardar. Os conflitos internos acentuaram-se e poucas ou quase nenhumas pontes de abertura ao mundo exterior foram feitas. Houve um período em que a Casa de Angola desenvolvia apoio jurídico e de saúde, para além de possuir uma agradável biblioteca, no entanto a visibilidade exterior era quase nula, funciona-se muito em circuito fechado. Eram os tempos antes da globalização, e próprios da mentalidade e hábitos enraizados. Não estamos em condições de criticar certos acontecimentos lícitos, porque os tempos eram outros, os atos ilícitos esses são criticáveis e de falta de competência na evolução dos tempos, até ao período recente, com uma projeção de futuro. A Casa de Angola durante muitos anos quase se pode afirmar representou a comunidade angolana, nos canais oficiais sem no entanto chegar de forma consolidada aos que vivem nos arredores da cidade de Lisboa, no entanto, chegou a existir o projeto da Delegação na Freguesia de Apelação, a qual se esfumou na conflitualidade politica. Entendemos que neste período comemorativo do aniversário da Casa de Angola, é de todo conveniente relatar dados históricos, porque esse é o caminho da aprendizagem num companheirismo que se pretende e mais tarde se tomarem decisões com sabedoria reconhecida.

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