segunda-feira, 21 de setembro de 2020

CITANDO SEM MAIS JORNAL

https://semmais.pt/2020/09/21/a-sociedade-suspensa-em-2o-ato/ A SOCIEDADE SUSPENSA EM 2º ATO No início desta pandemia e nestas mesmas colunas expressamos o nosso pensamento e num momento de pânico geral, naquela altura afirmamos: “Vivemos tempos nada fáceis, apesar do país estar numa situação aparentemente mais controlada, comparada com outros países europeus; o futuro a Deus pertence. Todos temos tempo para refletir, ler e reaproximar de quem mais gostamos e voltar às nossas raízes enquanto seres”. E mais ainda: “a economia é o motor da nossa sociedade e a atividade social cresceu exponencialmente de forma genérica no Mundo, as pessoas de no seu grau de individualismo não tinham tempo para se aperceberem no quanto estavam a contribuir para uma “bola grande” que poucos usufruem e as assimetrias foram-se acentuando no planeta Terra. Há décadas que se foram constituindo assimetrias em todas as áreas da sociedade da política à religião, passando pelo desporto, à cultura, à solidariedade social entre outras áreas. Esta pandemia também vai assim exortar que os modelos associativos / instituições façam uma profunda reflexão e questionarem se fazem sentido, subsistir, na busca incessante de procurarem captação de receitas, as quais são muitas vezes absorvidas em custos internos, sem terem reflexo exterior. Não temos dúvidas em afirmar que as instituições privadas de proximidade ao serviço das pessoas e com baixos custos de funcionamento interno foram as que conseguiram dar uma melhor resposta às fatalidades do COVID19.” E por fim afirmamos: “sociedade está suspensa porque tem de se organizar libertando custos de funcionamento internos para que aquelas verbas sejam canalizadas na redução das assimetrias sociais”. Entendemos fazer estas citações de à seis meses como um balanço (sintético) sobre o que foi ou não foi feito. Sentimos que as lideranças do Estado continuam a comunicar mal e cobardemente não dão exemplos simples, por exemplo no uso da mascara ou só a usam quando estão a comunicar com o povo? Uns podem realizar festas e dançar e conviver com um fragmento de componente dos meios culturais com salada russa de política, ao invés outros quando estão a conversar em espaço público com amigos são impedidos de o fazer. O discurso político continua a iludir que a Europa vai resolver os problemas de Portugal com os milhões, deve ser explicado que onormal é fazermos o ciclo da vida de um Estado: ocorre uma crise económica seguida de uma crise financeira e social e por fim a crise politica. Cobardemente o atual PM quis alterar o ciclo normal para se perpetuar no topo da pirâmide, desta vez deu-se mal porque as reações foram adversas. Mas, pensávamos que iria ser obrigado a governar. Tememos que não vá acontecer porque o que constatamos da direita à esquerda continuam a fazer fretes. Portugal, precisa de uma alternativa no rumo e que assuma uma liderança para que em 2021 voltemos a acreditar no crescimento económico cinco anos após a pandemia. Infelizmente, a pandemia e o pessimismo demora a ser vencido inclusive em instituições / associações que se dizem tão fraterna e solidárias que não têm sabido dar prática à sua missão, tendo-se fechado no grau do individualismo dos seus membros.

CITANDO PLATAFORMA E-GOV

http://plataforma-egov.com/cronicas/a-cobardia-politica/ A COBARDIA POLITICA A pandemia de cobardia na política instalou-se com as declarações de António Costa numa entrevista ao jornal Expresso. Houve uma tentativa em silenciar os atos por servilismo ao poder político. Há uns anos no programa “Quadratura do Círculo” da SIC foram feitas insinuações de uma determinada cabala sobre a Freeport na qual estaríamos envolvidos. Escrevemos em sinal de protesto uma carta enviada ao jornalista Carlos Andrade e aos protagonistas: Pacheco Pereira, Lobo Xavier e António Costa. No início do programa seguinte foi feita uma referência à carta e sem que a mesma tivesse sido lida no seu todo, no entanto foi clarificada que nunca tínhamos estado envolvidos em nenhuma cabala, também foi acordado que nenhum dos protagonistas faria contraditório à carta. Tal foi cumprido por Pacheco Pereira e Lobo Xavier, o que não aconteceu com António Costa rematando com o seguinte comentário: “uma visão dos fatos, eu tenho a minha”. Mais tarde, tivemos oportunidade em cruzarmos e confrontando-o, indagamos se pretendia saber a verdade dos fatos, meteu um intermediário e cobardemente afastou-se do local. São estas atitudes cobardes de alguns líderes políticos que ao invés de estadistas do passado tendem a desvalorizar a classe política. Foi o António Costa que afirmou no caso do desabafo de João Soares, que quando se é membro do governo exerce-se em pleno 24 horas por dia e não há desabafos pessoais. Este António Costa de vez em quando é político e governante, noutros momentos é um feirante de bairro e neste caso de Benfica. Como é admissível que o Primeiro-ministro e o Presidente de uma Câmara Municipal estejam envolvidos numa disputa eleitoral de um clube desportivo. Neste caso recente e em concreto estão a apoiar um candidato que nos últimos anos tem estado envolvido em situações nebulosas e indiciado em eventuais atos ilícitos. Só podemos concluir que foram coagidos e acabaram por fazer parte da Comissão de Honra porque caso não fizessem as “toupeiras” revelariam algo de comprometedor se vier a acontecer a derrota do candidato que apoiam ou em alternativa, no caso do António Costa e como mantem o cargo de Primeiro-ministro está a fazer um aviso que quem se meter com a instituição SLB leva pancada, consequentemente convém que o sistema judiciário e judicial do país interrompa as investigações. A governação do país faz-se com estadistas que assumem decisões e projetem o futuro e não se acobardam das suas responsabilidades que ocorrem. Um politico é um ser humano comete falhas e erros na sua vida sabendo assumir e não se acobardando atrás de cenários e deixando que outros assumam as orientações. Sá Carneiro foi um exemplo de estadista, não se encalhou na vida pessoal em detrimento da política.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CITANDO VIVENCIAIS 20SETEMRO

https://vivenciaspressnews.com/uma-nova-defesa-em-torno-de-joao-lourenco/ UMA NOVA DEFESA EM TORNO JOÃO LOURENÇO Não são muitos os que se podem orgulhar da carreira constituída na base de competências e de experiência, progredindo a pulso e não só fruto de ocasos da política e de pertença a estratégias de grupo e influências dentro de qualquer grupo partidário. Consideramos que João Lourenço está neste pequeno grupo, competências próprias. O mundo de hoje é diferente ao que existia em 1975, e mesmo ao que ocorria em 1992 e nas décadas seguintes. Angola não foge a essa regra e consequentemente a “arte de governar” é deveras mais exigente para produzir os resultados desejados. Infelizmente, as entidades em muitos patamares do país e do partido não mudaram porque têm hábitos inadequados e vícios instalados que são bloqueios à mudança. João Lourenço, é estadista e acreditamos que sabe onde Angola pode e deve estar daqui a 10 anos, convictamente não estará na liderança do país nem do partido, em 2030, mas quer consolidar as bases do crescimento. Começam a surgir quadros competentes e responsáveis que sabem do pragmatismo da política contemporânea, a qual não se compadece com o pensamento único: Estado tudo resolve! Todos os têm que ser felizes e dar algo por uma Angola estável, desenvolvida e que seja deveras aprazível viver em 365 dias por ano. As mentalidades mudam-se, podendo começar em pequenos exemplos do quotidiano, mantendo o respeito e reconhecimento pelos mais velhos, mas estes não são donos da razão e têm que saber articular com as novas gerações que em alguns casos possuem conhecimento e capacidades para serem colocados à prova. A cultura do “chefe” e do autoritarismo policial tem que ser profundamente revisto. Porque a autoridade vem pelo exemplo e respeito na capacidade de liderança e de civilidade, a imposição de dogmas decisórios sem uma prévia explicação em muitos casos produz resultados estagnantes em qualquer sociedade moderna e consequentemente afasta quadros, dando origem a um maior fluxo para o exterior de cidadãos que poderiam contribuir em prol do país. Para que tal desiderato de mudança ocorra será necessário acreditar no caminho traçado no combate à corrupção, mas não só. Aceitemos que há em Angola um deficit de iliteracia transversal à sociedade e às lideranças politicas também na alternativa. Hoje, a campanha politica não se pode cingir aos pensamentos do conflito armado, urge debater as políticas sociais e as políticas pragmáticas para as soluções. Não temos dúvidas que o MPLA tem que ser exemplar neste novo enquadramento, se tal não ocorrer receamos o seu fragmento em diversas forças políticas, e Angola poderá passar por um longo período de ingovernabilidade e em paz sem desenvolvimento e crescimento económico. Acreditamos, que João Lourenço tem consciência dos riscos, tem pensamento estratégico para vencer obstáculos, infelizmente alguns intermediários ainda não perceberam o mesmo. Nós angolanos livres de amarras e de teias corruptivas somos chamados a intervir nesta dialética construtiva através de atos e ações que não reacendam novos conflitos do passado.