sexta-feira, 30 de agosto de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19AGO29

https://vivenciaspressnews.com/ambiente-e-soberania-nacional/ AMBIENTE E SOBERANIA NACIONAL Os artigos que aqui escrevemos são em muitos momentos meras mensagens para exortar à reflexão e debates de ideias. Está em voga hoje criticar o Presidente do Brasil eleito democraticamente. No entanto a questão da Amazónia suscita várias questões no mundo atual e global. Será verdadeiramente legitimo que países europeus e liderados pela França queiram ordenar o território da Amazónia, o qual está devidamente identificado e reconhecido ser pertença ao Estado Soberano do Brasil? Será legítimo que a Europa e outros países desenvolvidos, durante mais de um século com a industrialização e o desenvolvimento económico tenham provocado as alterações climáticas do planeta que é de todos, e durante muitos anos enviaram lixo tóxico para países menos desenvolvidos, a troco de verbas que serviam para corromper governantes e agora invertam políticas ambientais sem ouvir os parceiros? Hoje, a circulação da informação e do conhecimento é rápida, e as Nações no seu todo procuram melhor qualidade de vida para os seus cidadãos, ora isto pressupõe uma situação que muitos não estão preparados a qualidade de vida na Europa tende a estagnar melhorando aquela noutras partes do Mundo. Quantos quilómetros quadrados na Europa foram destruídos para o desenvolvimento económico e industrialização da mesma, portanto neste caso os Países da América do Sul teriam a mesma legitimidade em aplicar políticas e erradas tal como outras Nações o fizeram. Está em causa a soberania dos Estados, do mesmo modo que é do direito internacional o reconhecimento da esfera de competência em questões do mar e do ar. Hipocritamente, existe uma campanha desestabilização quando um Estado tem na sua governação e eleito democraticamente personalidade do centro e da direita. Quando o governante é esquizofrénico e esquerdista, ou corrupto de esquerda tudo é tolerado e temos exemplos no Mundo. Acima de tudo, importa encontrar um equilíbrio atual entre as questões ambientais e desenvolvimento económico em determinadas regiões do planeta, muito provavelmente com a perda de proteção de interesses, com ênfase neste caso na agricultura. À França interessa que a Amazónia não se torne em terreno fértil para a agricultura porque se tal acontecer, os franceses que beneficiam da Politica Agrícola Comum tendem a definhar. Urge que os Países de expressão em Língua Portuguesa concertem uma posição oficial comum porque noventa por cento dos Estados estão sujeitos a passarem por vexames desta natureza, por parte de um país como a França, que nunca foi uma grande potência comparativamente com outros que possuem outra capacidade de projeção de força, mas foram sempre arrogantes na hipocrisia diplomática dos interesses do bem geral.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

PENSAMENTOS LIVRES - VIVÊNCIAS 19AGO22

https://vivenciaspressnews.com/cultura-de-hoje-2/ CULTURA DE HOJE - 2 Por imponderáveis das últimas semanas não nos possível manter o compromisso para com os leitores e acima de tudo junto dos responsáveis deste espaço de leitura agradável, por este fato lamentamos a nossa ausência. E porque não gostamos de temas sem continuidade, voltamos a abordar as temáticas da cultura no seu geral, com uma visão de gestão. Sentimos e percecionamos que os tempos de hoje, não se compadecem com uma visão da arte, nomeadamente, como uma forma de investimento, na compra para mais tarde valorizar a transação. O mundo alterou com o desaparecimento de capitais concentrados e por outro lado a massificação provoca uma média de valores das obras mais baixa comparativamente a anos anteriores. Por outro lado, com poderes políticos mais democráticos também não é de todo possível escolher um grupo de agentes culturais e fazer deles a bandeira de um país ou de um regime. Com toda a transparência há uma prática de concursos ou outro modelo de candidaturas para atribuição de apoios sejam eles de que natureza for. Talvez se interroguem qual razão desta abordagem. Entendemos que a área da cultura nas diferentes formas de expressão e dignificação projeta a paz e a harmonia e pode e deve ser comparada ao desporto, nos seus denominadores comuns. Os artistas de nível excelente podem e devem contribuir para a imagem, de um país ou de uma região ou de uma instituição, tal como os artistas do desporto. No entanto, do mesmo modo ao que acontece no desporto em que há clubes que ajudam à formação e à projeção de desportistas da base até ao topo de acordo com as diferentes vicissitudes das carreiras, o mesmo deve ocorrer no mundo das atividades culturais. Com uma particularidade, tanto quanto é do nosso conhecimento, no espaço de expressão em língua portuguesa, não há uma adequada política de desenvolvimento cultural, de acordo com o grau de exigência, competência e rigor dos dias de hoje, devido à escassez de capital para investir. De forma semelhante ao desporto existem associações e instituições que se dedicam à projeção de artistas e não à projeção de dirigentes e ainda existe a tendência da sobrevivência pela atribuição de subsídios generalizados, os quais mais do que no passado deviam ser concedidos por competência e por projeto. Ao invés do que ocorre no desporto competitivo, na arte há quem se aproveite dos artistas, dos escritores para se projetar singularmente, secundarizando em momentos relevantes a importância do artista e/ou do escritor. Urge, incentivar políticas culturais assentes na meritocracia sem coartar e condenar ao ostracismo artistas em início de carreira, mas há que estabelecer critérios objetivos e escalonados de apoio com incentivos. Neste mundo global e nomeadamente no espaço de expressão em língua portuguesa há inúmeros artistas e escritores que merecem receber incentivos, porque é pela existência de quantidade que se torna possível estabelecer grau de elevada qualidade aos reconhecidos como excelentes. Não estamos com isto, afirmar que deverá existir critério de “censura” na arte ou na literatura ou noutras áreas culturais, pelo contrário entendemos que quando o Sol nasce é para todos, depende do que cada um se consegue usufruir mais ou menos da energia do Sol. Quem gere e determina valores de política cultural deve ter uma postura íntegra e sólida para que todos à sua volta se sintam respeitados, enquanto agentes culturais.

domingo, 4 de agosto de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19AGO03

https://vivenciaspressnews.com/mito-do-choque-geracional-2/ CULTURA DE HOJE - 1 Desculpem o abuso, mas estas crónicas e neste espaço são puros locais de pensamento livre e partilhado sujeitas à crítica e ao contraditório. Porque somos daqueles que, ficamos mais incomodados com o silêncio porque nesse caso muitas situações podem ser interpretadas de outro modo. Lendo a brochura “Manifesto” da Academia Angolana de Letras em que no seu início podemos encontrar um parágrafo com as seguintes palavras belas e cheias de força na sabedoria que transmitem: “a literatura em Angola é um fato de ocorrência antiga. Ela deve ser sempre especificada em função da sua dualidade. Por um lado, fazendo referência à criação popular oral, na qual encontramos as múltiplas criações literárias de tradição oral; por outro, referindo à literatura escrita que surgiu em Angola através da colonização portuguesa e dos intelectuais angolenses”. Se meditarmos nestas palavras e transportarmos para muitas áreas especialmente de natureza cultural, vamos saber que se aplica em quase tudo. Hoje, no tempo moderno em que o Mundo gira a velocidade rápida, em que muitos agentes da cultura trabalham de forma isolada, mas que nem sempre controlam o sucesso do momento, como algo passageiro, que o seu nível de popularidade não é sinónimo de satisfação dos potenciais clientes, apesar do populismo. Mas, aquele parágrafo faz-nos reposicionar no presente com olhos no passado para seguir para o futuro. Se há um hoje, cultural, é porque no passado outros abriram caminho. Alguns artistas, escritores, estilistas entre muitas outras situações confundem o tempo presente de popularidade com consagração da sua carreira. Esta é sempre mais importante que os momentos fugazes da vida, afirmamos esta nossa preocupação, porque temos tido oportunidade em interagir com inúmeros agentes culturais e com estatutos diferenciados na sua atividade. Os que estão à procura de um lugar ao “Sol” tendem cada vez mais a ver o mundo da forma como ele não é e pouco interagem na sociedade cultural, esperam sempre que outros venham ter com eles e não o contrário. Depois há um grupo que tem vontade e dedicação pela atividade cultural, mas não tendo qualidade tem algumas portas fechadas, mas a realidade há que saber encontrar espaços para a manifestação dos seus ímpetos culturais e ainda os verdadeiramente consagrados que fazem o seu caminho sem preocupação com terceiros mas na maioria estão disponíveis para dar a mão todas as pessoas que se pretendam lançar nas atividades culturais. O nosso olhar e o pensamento muitas vezes vai para o aspeto psicológico das personalidades diferentes que cada um representa, porque e se analisarmos a montante vamos sempre encontrar uma razão ou uma causa para determinadas atitudes que perdoamos mais facilmente a um agente cultural de qualquer natureza que o fazemos a uma pessoa com atividade muito comum. Acresce a tudo isto, que a comunicação hoje de forma fácil e as dinâmicas sociais, podem ser prejudiciais para a cultura, porque a massificação “industrialização” da cultura tem vantagens de modo a permitir melhor escalonamento dos agentes culturais, mas tem o inverso que é diminuir o espaço para que os melhores usufruam de momentos únicos a não ser que seja devidamente suportados por terceiros. Voltaremos a este tema para reflexão.