quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

DISCURSO NO 39º CONGRESSO NACIONAL DO PSD

Srs. Congressistas e companheiros! Em período natalício, para os crentes, que simboliza o nascimento de uma nova vida, estamos reunidos no “conclave” do PSD, para sairmos daqui fortalecidos e levarmos uma mensagem aglutinadora ao povo português de que há mais vida para além da vida de oposição. Companheiros! Está na hora! Como simbolizou Fernando Pessoa. Esta é a hora de cumprir um Portugal diferente. É a hora de retirar o polvo socialista das amarras da Nação, porque esta vai definhando em cada orçamento de Estado. Companheiro Rui Rio! É a hora de ouvir as bases, como diz que o elegeram, venho, de Alcochete, uma “ilha” no mapa do distrito de Setúbal, com gente que pensa e é livre de alguns “gurus” ou ventos que, de quando, em vez sopram. Sobre política nacional já muitos contributos, foram dados e com propostas para o programa eleitoral, outros o têm feito através das reuniões do CEN, nem sempre participativas e muito pouco divulgadas, mas esse é um problema de comunicação interno, há muitos anos. Assunto que ficará para análise futura. No entanto há duas questões relevantes que os munícipes de Alcochete e das zonas ribeirinhas mais próximas possuem, como tal é de uma grande preocupação para os militantes da seção, para que possamos levar a mensagem para as eleições. O PSD olhando para o futuro, ou seja, para as próximas gerações tem que forçar uma decisão clara e sem ambiguidades do passado, que quando estivemos no Governo também contribuímos, mas como dizíamos Portugal precisa de um novo aeroporto, seja ele construído onde for. É urgente em termos dimensão nacional e de atividade económica em geral para o País, mas como contributo efetivo para atenuar a especulação dos custos imobiliários na região. Esta especulação imobiliária está a contribuir para que jovens da região em particular não tenham casa, não haja investimento empresarial e como tal aumenta a deslocação das pessoas para fora das suas áreas de residência. Juntando a má articulação da rede de transportes numa Área Metropolitana, que afeta indiretamente o ambiente que todos queremos preservar na teoria, porque na prática estamos longe de Marte. Aqui, um pequeno parêntesis, devemos contribuir para alteração das assimetrias fiscais, por exemplo empresas com indústrias numa região e pagam o grosso dos seus impostos noutro local. É neste local e como contributo eleitoral para o PSD, companheiro presidente, temos que assumir com a sua liderança, uma defesa do humanismo e combate aos crimes de tráfego humano na apanha de bivalves no Rio Tejo. Acreditamos que uma deslocação sua ao local contribui para acender os holofotes. Poderíamos trazer outros contributos de política nacional, mas esses problemas estão identificados de forma uniforme pelo País, que vão desde a educação, à saúde, passando pela defesa e segurança, sem esquecer a agricultura entre muitos outros. Individualmente, não posso deixar uma nota a todos companheiros, não nos deixemos adormecer pelo fingimento de algumas ações mediáticas da justiça. Há décadas que não me encolho no combate à corrupção e sem receios. Não podemos deixar de trazer ao Congresso algumas reflexões em questões internas que passam por criar condições de proximidade com os problemas sociais das populações e gerar maior empatia da atividade politica. Assumimos que orgânica do Partido tem que ser revista. Temos um CEN a debater temas no modelo transversal ao País. E se no passado contribuímos para encerramento de Governos Civis e temos impulsionado reformas administrativas, que os socialistas estagnaram, claramente não faz sentido a continuidade da existência de estruturas distritais. Acima do nível das seções devemos criar estruturas politicas identificadas com a similitude das Áreas Metropolitanas ou NUT’s ou CCDR’s. Manter as estruturas distritais está longe da realidade do interesse do País. Também consideramos dar relevância às alteração dos períodos dos mandatos dos órgãos do partido, começando na base, mais próximo do clico autárquico e se possível um período único para as eleições em todas as estruturas do partido. Implementemos ao nível das autarquias a escolha dos candidatos através eleições primárias que envolvam e militantes e simpatizantes do partido. Por vezes, passamos mais tempo em disputas eleitorais do que a concentrar esforços para a formação política de base, para intervenção nas comunidades e tudo o que a ação política exige de todos nós, sem exceção. Pessoalmente, estou farto dos telefonemas e das mensagens de caciquismo eleitoral. Estou num partido politico para debater e contribuir para a conquista de poder mudando a sociedade e não andar por aqui entretido como um grupo de amigos, unicamente. Sou militante de uma seção pequena e numa região cheia de contradições. Alcochete está inserida na Região de Setúbal, tradicionalmente ao longo dos anos na Sede Nacional olham com desprezo porque não temos poder autárquico e assim continuará a acontecer se não houver uma vontade coletiva de alterar o quadro. Enquanto, o Partido não fizer um esforço na conquista de uma primeira autarquia a imagem prevalecerá. No passado alguém disse que a margem sul era um deserto, nós acreditamos que não é uma miragem, termos poder autárquico, haja determinação e um plano estratégico de mudança. Esta condicionante tem reflexo na eleição de deputados, sendo o 4º círculo em número deputados, por norma ficamos bem abaixo da média nacional. Mas, as pessoas que vivem na margem sul são iguais às da margem norte do Rio Tejo e em temos de condição de vida e média de rendimentos, por exemplo, Alcochete está bem acima da média nacional e na Área Metropolitana de Lisboa. Senhor Presidente e companheiros Termino com o desejo que este período difícil que atravessamos em situação pandémica ou endémica ou que seja, que a todos nos traga novos horizontes nos valores do humanismo. A todos desejo Feliz e Santo Natal e um muito melhor ano de 2022. Zeferino Boal

DISCURSO AOS MILITANTES NA ASSEMBLEIA DO PSD DE ALCOCHETE EM OUTUBRO DE 2021

ASSEMBLEIA DE MILITANTES – SEÇÃO DO PSD ALCOCHETE Companheiro, Ricardo Alberto presidente da Mesa Companheiro, Pedro Louro, presidente da Comissão Política Companheira, Andreia Sousa, presidente da JSD Alcochete Caras e caros companheiros Estamos numa sessão da Assembleia de Militantes, que é a base e são os alicerces do Partido. Seria tão fácil tecer umas considerações afirmando e apontando o dedo individualmente e sair daqui com orgulho e honra em ser frontal e acusador de todos os males. E depois, amanhã acordo e digo em que contribui para a mudança. Sim, estamos a aqui para analisar os resultados eleitorais, aprender com o passado, no presente e corrigir para o futuro. Sim, tivemos um mau resultado eleitoral. Sim, não conseguimos os objetivos propostos. Sim, tivemos dinamismo e dedicação. Não, fomos eficazes e eficientes enquanto partido. De forma, sumária a culpa: não é do Pedro, não é do Manuel, não é da Isabel, não é do João. A culpa é de todos nós! Somos nós que fazemos o partido em Alcochete, não são os outros que constroem o nosso partido, os eleitores veem-nos como os rostos do PSD de Alcochete. Portanto, meus caros companheiros dirimir opiniões, aqui e neste momento afirmando que bem avisei, não altera o passado. Sim, porque devemos ter consciência regredimos a um passado de pelo menos oito anos e todos contribuímos, para o sucedido. Todos temos instrumentos estatutários e regulamentares até como militante de base para alterar o quadro de atividade. Desde obrigar a Comissão Politica é ser mais ativa, desde a assembleia de militantes mais assiduamente, desde fazer chegar aos autarcas propostas, são exemplos do muito que se pode em qualquer circunstância contribuir para mudar. Cada um individualmente, e por isso somos militantes temos responsabilidades. Transitoriamente, uns têm responsabilidades acrescidas quando desempenham cargos, sejam internos no partido ou externamente. Nestes, não estamos em representação individual, carregamos uma bandeira nos ombros. Quando não estamos presentes em atos sociais, em atos públicos, e outros mais, não é o Zeferino, não é a Gertrudes nem é o Xico das iscas que faltou é o partido que representamos que faltou. A entrega à causa pública tem sacrifícios e um deles é deixarmos em algumas circunstâncias de ter vida própria. Porque regredimos? Quais as razões que conduziram a estes resultados? Em traços gerais: - As dificuldades começaram a montante e não de agora! - Perdemos energias em trocas e tricas em vez concentrarmos esforços para fazer politica! - Nós somos uma estrutura partidária e não um movimento politico, neste caso, a primazia para a amizade em detrimento das causas prevalece! - Num partido politico e seja a que nível hierárquico for, devemos conviver melhor com a divergência para convergir nas ideias e quem lidera ser o aglutinador dos contributos, mesmo que tenha atenuar as suas opiniões em alguns momentos! - Somos uma estrutura que comunica mal entre si, apesar das melhorias significativas em tempos recentes, mas devemos focar no que é politica e deixar o acessório para outros momentos. - Mas há anos que a nossa comunicação estrutural com os eleitores é muito deficiente, são eles os nossos clientes, são eles que nos avaliam no todo e não no individual! Não esquecemos que estamos inseridos numa sociedade / comunidade em que o desporto favorito dos portugueses que se acentua e causa mais “mossa”, por ser uma comunidade pequena pela frente fala-se bem e por trás morde-se pela calada como se costuma dizer. Feitas estas considerações sumárias, companheiras e companheiros, talvez pensem que não temos hipóteses de sucesso no futuro. Pelo contrário, seremos a estrutura partidária que mais capacidade tem para termos outros resultados eleitorais, veja-se o diferencial dos nossos resultados autárquicos para os legislativos, por isso há trabalho e produtivo a fazer. Temos pessoas, ao invés do nosso parceiro da última coligação que não tem base de sustentabilidade, porque tem um rosto e nada mais de sólido. Mas isso é um problema deles. Quando foi feita a coligação há quatros anos, opção enganadora, deveríamos ter rompido e comunicado à população de forma clara. Assumindo com clareza a alternativa de poder. Não foi feito, teremos que fazer para o futuro. Não é o momento para entrarmos discussões irritantes se deveríamos fazer já eleições ou não. Todos os argumentos são válidos. Politicamente, e acima de tudo para o exterior era um sinal de mudança de ciclo, porque é para fora que nós devemos olhar. Os pequenos poderes internos, aqui, no distrito e no âmbito nacional em nada acrescentam ao partido quando vamos a eleições. Como gestor, é compreensível que as eleições não se façam agora para permitir fechar um ciclo e não deixar histórias e historietas de legado seja a quem for. O PSD de Alcochete tem um passado, com períodos mais individualizados e outros nem por isso, mas é uma seção do partido que tem quadros, tem oportunidades de crescer, tem competências internas no Partido e saibamos reunir recursos humanos e outros para ter a autonomia de crescimento, sem beliscar as responsabilidades nacionais e distritais. Estas últimas não estiveram bem ao não assumirem as suas responsabilidades solidárias, deveriam ter estado presente em algum momento da campanha eleitoral, apesar de todas as responsabilidades individuais inerentes de alguns militantes da seção. Vamos ao futuro! Devemos ter grupos ou gabinetes o que quiserem denominar coordenados por um militante e constituído no mínimo por três pessoas, sendo sempre um terço desses membros uma cidadã ou um cidadão não militante do PSD. Esses grupos de áreas temáticas deverão ter autonomia em produzir informação relevante, posteriormente serem os rostos do PSD Alcochete na comunicação externa, passando sempre pela formação interna, análise política e na adequada comunicação com o eleitorado. Nós devemos amiudamente, promover atividades externas. É nesta lógica que se pode inserir utilizar outros instrumentos mais subtis de atrair eleitorado. Somos uma seção que não se pode dar ao luxo de desperdiçar recursos, ou pessoas como queiram considerar, porque todos podemos e devemos dar algo. Nunca recusei um pedido de ajuda ao PSD de Alcochete, sempre que tal me foi solicitado! Tenho consciência que o desafio que pode perspetivar a todos será deveras interessante e não tenho a reservas mentais ou politicas e assumir o desígnio de unir, consolidar e crescer. Como tal, companheiro Ricardo Alberto e Pedro Louro, proponho com base no que foi dito atrás e outros considerandos a seguir, que seja aprovado nesta Assembleia uma recomendação para que as eleições sejam no dia 8 de Janeiro. Companheiro Pedro Louro, pessoalmente, tive, oportunidade em te transmitir as minhas opiniões e solidariedade por tudo que aconteceu na campanha eleitoral. Quanto à atividade da comissão politica já antes de forma global teci as considerações devidas. Assim, e se for vontade global dos militantes existir uma única lista nas próximas eleições gostaria que assumisses a Presidência da Mesa da Assembleia por uma questão de justiça, se é que em política isso existe! Companheiro Ricardo Alberto, não esqueço do que nos une desde 1998, quando vim viver para Alcochete. Mas, como nasci em África, e por outro lá ainda há uma cultura de respeito pelos mais velhos, que com sua sabedoria, podem sempre fazer as suas recomendações. Gostaria, criar uma externalidade estatutária: A provedoria do militante e do cidadão, coordenada por si. Sem esquecer que temos muito aprender com os companheiros Nunes do Valle e Américo Carvalho. Companheiro Luiz Baptista, o que tinha a dizer sobre ti, já o fiz. Tens uma particularidade que muitos possuem, tens tempo livre para estudar e ler e xatear tudo e todos! Como tal, gostaria que coordenasses um grupo de estudos sobre matérias que não venham a ser inseridas em grupos de trabalho. Companheiro Paulo Gomes da Silva, tirando o lado desportivo une-nos muito mais coisas que aquelas que nos separam. Gostaria que coordenasses um grupo de ação e solidariedade social, obviamente sobre questões para intervirmos politicamente. Companheira Andreia Sousa. Nas questões da juventude nem me atrevo a pronunciar, compete-vos a vós fazerem o caminho, crescerem sem se desgastarem porque os nossos eleitores são muito conservadores ainda não aceitam de forma fácil que os jovens tenham visibilidade teremos sempre que encontrar o equilíbrio politico. A vós Pedro, Luiz, Paulo e Andreia pelas responsabilidades passadas e presentes solicito que cada um indique um membro para a Comissão Política, preferencialmente ninguém que tenha outras tarefas. Temos que crescer em todos os sentidos até na forma descentralizada. Companheiro José Martins, quase diariamente estamos, fisicamente perto e muito raramente falamos. Gostaria que assumisses a coordenação de um grupo dedicado às questões da proteção civil e segurança. Companheira Luísa Chaves, fiquei saber que podemos fazer reuniões de varanda para varanda. Mas, não tal não irá acontecer, porque gostaria que assumisse uma área que domino pouco. Criar a área das Mulheres Sociais Democratas de Alcochete. Companheiro Manuel Silva, a idade e o conhecimento da vida nunca pode ser desprezado, como tal gostaria que coordenasses um grupo dos autarcas em Alcochete, sem deixar ninguém de fora, ou seja integrando quem já o foi autarca ou mesmo candidato, porque temos muito a ganhar valorizando a experiência. Companheira Cristina Catita, gostaria que coordenasses a grupo da comunicação e imagem. Companheiro Filipe Carrera, estamos juntos em outros patamares, és um dos bons exemplos que a seção não pode desperdiçar. Assim, gostaria, contar contigo na atividade de ações de formação. Companheiras e companheiros, talvez pensem que são ideias mirabolantes e não exequíveis, acreditem tudo pode ser fácil se todos quisermos e darmos um pouco de nós sem gastarmos energias em demasia que podem ser prejudiciais para as relações humanas. Espero conseguir contar com todos como por exemplo companheiro Vitor Coelho na área dos transportes e mobilidade, Catarina Almeida e Catarina Salgado nas questões de interpretação legislativa. Ainda o Francisco Gomes da Silva, para o grupo dos temas relacionados com a área desportiva. Sem deixar de pedir ao companheiro João Condelipes para as questões associativas no seu todo. Sei que há mais militantes e muitos mais simpatizantes para integramos e crescer. Tudo se consegue fazer hoje em dia com menos desperdício de tempo e energias supérfluas, com uma coordenação adequada e um bom planeamento é exequível. No grupo planeamento espero conseguir contar com a companheira Lourdes Galhoz. Companheiras e companheiros, tenho consciência que temos mais-valias para integrar, não quero excluir ninguém porque o protagonismo é de todos e com todos, em esforço e dedicação. Estou convicto, de que temos mais áreas para abranger e como partido assumirmos propostas para de forma consciente e responsável defendermos junto dos cidadãos, para que no momento estes enquanto eleitores acreditem em nós. Não ficaria bem com a minha consciência se não partilhasse isto convosco. Antes desta reunião não falei a ninguém sobre o conteúdo desta minha mensagem e das propostas e convites que iria apresentar. De uma coisa podem estar certos, quero ajudar a construir e todos são importantes, não contem comigo para mexericos. Se for a vontade global temos tempo para falar, hoje em dia nem precisamos sair de casa. Se assim aceitarem e tivermos juntos também estou disponível para ir ao Congresso como Delegado de Alcochete e elaborar o discurso a quatro mãos: Pedro, Paulo, Luiz e eu próprio. Companheiros, uma promessa faço. Se for este o caminho, não contem comigo para opinar daqui para a frente sobre qual o melhor candidato a presidente do Partido, procurarei ser equidistante na totalidade até ao Congresso. Porque, nunca gostei do modelo de seguidores de voto que muito criticamos a outras forças políticas. Perdoem-me o tempo desta mensagem mas era aqui que queria transmitir isto, e hoje poderá ser para contribuir na abertura de um novo ciclo do PSD de Alcochete ou fecha-se para sempre a minha participação enquanto militante na estrutura de base. Gostaria, terminar com algo que se diz na minha terra: Estamos juntos! Viva o PSD!