terça-feira, 24 de novembro de 2020

CITANDO CASEIRO MARQUES

Há excelentes jornais e artigos de referência por Portugal inteiro e neste caso citamos o Notícias de Vila Real e um artigo de opinião de Caseiro Marques, datado de 11 de Novembro de 2020.

Recordando e citando um editorial de Francisco Ferrão

É sempre interessante recordar algumas publicações, neste caso um editorial de Inovação e Tecnologia e da autoria do seu diretor Francisco Ferrão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

CITANDO O OBSEVADOR - BRANDÃO FERREIRA

https://observador.pt/opiniao/a-pouca-vergonha-no-iasfa/amp/?fbclid=IwAR0Bgyq5Bb05hVJxr01YypphfOva7BIUDuBThqy7zKcc-1pMxo0hOS51K48

CRONICA VIVENCIAS PRESS NEWS - OUT 2020

A DIASPORA ANGOLANA EM PORTUGAL O título deste sucinto artigo a muitos causará incómodo e talvez a outros não, mas fará sentido, definir a comunidade angolana em Portugal, como diáspora. Atravessamos um período no qual a compreensão e a tolerância devem ser pilares da vida, no entanto assumamos que existe uma única diáspora com diferentes sensibilidades e aos poucos anos de paz em Angola ainda há acrescentar a “somar” gerações que durante um longo período permaneceram em conflito; mas a vivência em especial após 2017, apesar dos enormes condicionalismos sociais e económicos impelem-nos a ser resilientes na mudança de paradigma. No prisma em que analisamos as circunstâncias podemos afirmar que os cidadãos angolanos em Portugal na sua polaridade de sensibilidades, na sua maioria, vive em condições estáveis e em segurança equilibrada com algum bem-estar que a generalidade do povo em Angola não possui. Assumamos que as mudanças iniciadas em 2017 e muito por concretizar em 2020, agravadas com a pandemia instalada, potenciam, criar consequências difíceis de ultrapassar. Infelizmente, custa a acreditar que volvidos estes meses, existam cidadãos na diáspora que analisam os acontecimentos à luz do período da guerra civil. Entendemos que os membros na diáspora podem e devem contribuir para a promoção do diálogo dos apaniguados e líderes partidários, tal como João Lourenço procura transmitir; bem como os cidadãos na diáspora têm a obrigação para incentivar a cooperação e solidariedade no seio da comunidade. Sabemos de antemão que independentemente da nossa militância partidária, não é tempo de reacender pesadelos sociais, mas lamentamos que alguns “incautos” responsáveis da diplomacia angolana em Portugal, há muito têm vindo a prestar um mau serviço à comunidade de uma forma genérica. Acreditamos que o Presidente João Lourenço tem a sensatez e a lucidez em prosseguir o caminho tranquilo fazendo jus à fé depositada em 2017. Lamentavelmente, que num período de grande pandemia, ao longo destes meses tenhamos constatado que os nossos concidadãos que foram habituados a recorrer aos representantes de Angola em Portugal, não tenham tido o conforto desejável, desde Março. Referimo-nos em especial aos doentes e os outros que sobrevivem precariamente. Mas, sempre que é necessário reagrupar “tropas” para embelezamento das festividades aqueles mesmos responsáveis sabem mobilizar e colocar meios ao serviço das pessoas. Temos militância partidária, mas antes de defendermos a bandeira partidária há que olhar para o lado humano de cada concidadão. Adivinham-se tempos ainda mais difíceis para com os angolanos em Portugal, deixamos aqui o apelo para que todos saibamos ecoar as vozes e gestos de unidade e de solidariedade, abençoados pela água do Bengo. https://vivenciaspressnews.com/a-diaspora-angolana-em-lisboa/

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

CITAÇÃO DOCUMENTAÇÃO PARA ENTENDER O DIÁLOGO NORTE - SUL

(Colaboração de Francisco Barros)"Sugiro que leia pacientemente o artigo seguinte porque contém muita informação necessária para tomada de posição no contexto actual da causa da fome e outros males no mundo". ACTAS DAS REUNIÕES DA LUTA POR UMA NOVA ORDEM MUNDIAL: A Nova Ordem Económica Internacional (NOEI) A Nova Ordem Económica Internacional (NOEI) consiste num conjunto articolado de reivindicações do Sul Global, orientadas para corrigir e atenuar as consequências de uma estruturação económica desigual, favorável às potências industriais e prejudicial aos países subdesenvolvidos. Por sua vez, o chamado dialógo Norte-Sul tem por fim a procura de um programa de acção combinado entre o Sul Global e as potências capitalistas industrializadas, para que estas aceitem a aplicação das medidas contidas na NOEI. Em torno da NOEI e do dialógo Norte-Sul giram, pois, as possibilidades de introdução de um mínimo de reformas na estrutura económica mundial injusta. Contudo, as lentas e trabalhosas negociações não deram até hoje resultados significativos. O debate sobre a NOEI começou há mais de 20 anos, e neste lapso de tempo o fosso entre países ricos e países pobres não cessou de aumentar. A proposta da NOEI foi o resultado da tomada de consciência crescente, nos países do Sul Global, do facto de o crescimento em si mesmo não garantir alcançar os objectivos fundamentais da política económica - pleno emprego, estabilidade dos preços das exportações dos países subdesenvolvidos, participação no processo de Industrialização, distribuição equitativa dos recursos e melhoramento da qualidade de vida - e de que os mecanismos do mercado "livre" não sejam eficazes para realizar uma distribuição internacional harmoniosa dos recursos. O crescimento médio da expansão das empresas transnacionais, no âmbito de uma economia de mercado, era a fórmula apresentada pelos dirigentes ocidentais para, sob sua hegemonia, integrar o Sul Global na economia mundial, fórmula essa que apenas podia agravar as disparidades entre o Norte e o Sul. O sobre a NOEI deteve-se, muitas vezes, em aspectos secundários, sem encarar as verdadeiras raízes da ordem actual. Assim, frequentemente a atenção centrou-se na desigualdade dos mecanismos comerciais e financeiros, certamente injustos, mas que em última instância dependem da estrutura económica actual. Por outro palavras, o nó do problema nas relações entre o Sul Global e os países industrializados é saber quem controla os recursos, a tecnologia, os factores e os processos de produção e comercialuzação. Este conjunto vai desde países que abraçaram o Socialismo até monarquias de tipo feudal. O que se conseguiu até agora foi um meio-termo, a identificação de alguns problemas comuns em relação à presença e à expansão das potências industriais. Face à impossibilidade de levar avante nas assembleias internacionais (principalmente nas Nações Unidas e agências especializadas, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial) um dialógo proveitoso sobre as suas necessidades prementes, os países do Sul estabeleceram as suas próprias Conferências e Organizações para discutir os seus problemas e necessidades. Eis aqui a cronologia das etapas e dos momentos de maior relevo na procura da Noei: Bandung, 1955: Nesta cidade da Indonésia reuniram-se, pela primeira vez, os representantes de uma parte do Sul Global que tinham tomado consciência da sua identidade e dos seus problemas, com a presença de 29 países da África e da Ásia. A Conferência foi dominada pelos temas políticos da descolonização e da guerra fria, mas já se distinguia a preocupação económica para afirmar "uma acção colectiva para a estabilização dos e da procura de matérias-primas ". Além disso, propôs-se a criação de uma Comissão da ONU para o desenvolvimento económico. Foi o antecedente imediato da criação do Movimento dos Não-Alinhados. Belgrado, 1961: Na primeira Conferência dos Países Não-Alinhados, 25 países do Sul Global colocaram reivindicações económicas concretas. À medida que se juntaram outros países, o poder de negociação aumentou e o novo bloco começou a reclamar reformas económicas, sublinhando que a reestruturação da ordem internacional deveria ser "total". Grupo dos 77: Nasceu em 1972, quando 77 países do Sul Global conseguiram uma importante Vitória na Assembleia Geral das Nações Unidas, ao aprovarem, apesar da oposição dos principais países industrializados, a convocação de uma Conferência sobre o comércio e o desenvolvimento (UNCTAD, na sigla inglesa). Como a UNCTAD se converteu em órgão permanente da Assembleia Geral das Nações Unidas, também o Grupo dos 77 o fez e conservou essa denominação apesar de ter aumentado o número dos seus membros (que era 125 em 1983). Entre 1963 e 1983, os 77 realizaram seis grandes reuniões para elaborar as propostas que o Sul Global apresentaria nas sucesdivas conferências da UNCTAD. Tais conferências serviram de ligação no debate sobre a NOEI, mas as suas múltiplas resoluções poucas vezes passaram à prática. UNCTAD I, Genebra, 1964 Procurando melhorar a sua posição comercial, os países do Sul estabeleceram o lema "comércio, não ajuda" para contrabalançar a posição dos países industrialuzados. Estes sustentavam que a solução para preencher a lacuna existente entre as receitas para as exportações e as suas necessidades por via das importações, deveria consistir num aumento dos empréstimos públicos e privados por parte do Norte. UNCTAD II, Nova Deli, 1968 O Sul Global assinalou que os países industrializados nunca cumpriram as suas promessas de ajuda. Chegou-se a um acordo sobre o estabelecimento de um sistema geral de preferências para as exportações do Sul Global, mas não houve concenso acerca de quem dariaesse tratamento preferencial às exportações, quando e em que medida. Os países industrializados rejeitaram a proposta de um acordo geral sobre as matérias-primas, insistindo em negociar produto por produto. Negaram-se também a contribuir financeiramente para a criação de reservas de matérias-primas, que evitariam grandes flutuações dos preços. UNCTAD III, Santiago do Chile, 1972 Nesta Conferência, o Sul Global apresentou um programa amplo, que reclamava: a) Substituir uma ordem económica e comercial obsoleta e essencialmente injusta por outra mais equitativa; b) Reformar a divisão internacional de trabalho entre produtores de matérias-primas (do Sul) e produtores de bens industrializados (do Norte), um esquema que apenas favorece os países industrializados e impede o processo do Sul Global; c) Promover reformas internas nos países do Sul Global, onde os grupos dirigentes prosperam graças à convivência com as causas do subdesenvolvimento; d) Fiscalizar as actividades das transnacionais no Sul. Os países industrializados fugiram à discussão de assuntos financeiros com o Sul Global. Ignoraram o pedido de destinar uma proporção maior dos Direitos Especiais de Saque (DES) ao financiamento do desenvolvimento e somente 4% dessas reservas internationais, então recentemente criadas, foram destinadas aos países subdesenvolvidos. Opuseram-se energicamente a qualquer programa sobre as matérias-primas, negaram-se a conceder preferências às exportações de manufacturas do Sul Global e, pelo contrário, reclamaram mercados livres e fim das restrições ao movimento de capitais como medidas para fomentar a expansão do comércio internacional. 1973, ano crítico Em 1973, registou-se uma inovação no âmbito das relações mundiais de poder. As associações de produtores de matérias-primas, criadas anos antes, começaram a alcançar maior autonomia económica e política nos centros da economia mundial na sua luta para defender os preços dos seus produtos. Importantes filiais de transnacionais foram nacionalizadas no Sul Global, como as minas de cobre de Anaconda e Kennecott, no Chile, e o petróleo na Líbia. Ao mesmo tempo, os países subdesenvolvidos consolidaram uma ampla maioria de votos na Assembleia Geral da ONU. Três factores se combinaram, nesse ano, para romper a resistência dos países industrializados em discutir acerca da ordem económica internacional: 1) A alta do preço do petróleo, que aumentou 400% depois de ter estado durante duas décadas subvalorizado; 2) A crise do dólar, que abalou a hegemonia da divisa norte-americana; 3) O reconhecimento, por parte dos países industrializados, da existência de uma crise alimentar devida à escassez mundial de fertilizantes, aos primeiros sintomas de fracasso da chamada "Revolução Verde" e a fome maciça no Sahel africano. Em conjunto, essas questões deram um clima de urgência aos temas colocados pelo Sul Global e as suas reivindicações começaram a ser consideradas nas assembleias internacionais. A estratégia do Norte mudou então e foi dirigida para dividir o Sul Global, isolando a OPEP - que era vista pelo resto dos países como um modelo de associação de produtores - e opondo os países mais pobres aos relativamente mais ricos. O Programa de Acção dos 77 Em 1974, por ocasião da Vl Sessão Extraordinária da Assembleia Geral da ONU, o Grupo dos 77 conseguiu a aprovação da declaração e do programa de acção sobre o estabelecimento de uma Nova Ordem Económica Internacional. Os Estados membros da ONU comprometeram-se, então, solenemente, a trabalhar com urgência para o estabelecimento de uma NOEI "baseada na equidade, na igualdade soberana, na interdependência, no interesse comum e na cooperação de todos os Estados, quaisquer que sejam os seus sistemas económicos e sociais, que permitam corrigir as desigualdades entre os países desenvolvidos e os países em vias de desenvolvimento e garantir às gerações actuais e futuras um descontentamento económico e social crescente, em paz e justiça". Este foi um momento de grande importância, pois as reivindicações contidas no programa de acção resumiam as exigências e as discrepâncias mais relevantes nas relações Norte-Sul. Os pontos centrais contidos no programa são os seguintes: 1) Controlo dos recursos naturais; 2) Preços justos e remunerativos para as matérias-primas; 3) Industrialização e acesso aos mercados dos países desenvolvidos; 4) Financiamento do desenvolvimento; 5) Reforma do sistema monetário internacional; 6) Regulação das actividades das transnacionais; 7) Fortalecimento da capacidade científica e tecnológica dos países em desenvolvimento; 8) Promoção da cooperação entre os países em desenvolvimento; 9) Fortalecimento do papel dos países em desenvolvimento no processo de decisões a nível internacional. Saliente-se que as resoluções foram aprovadas com importantes reservas das nações industrializadas. Poucos meses depois, a Assembleia Geral da ONU promulgou a Carta dos Direitos e Deveres Económicos dos Estados, promovida pelo México. A Carta reafirma os princípios do programa e obriga-se a estabelecer "normas obrigatórias que regem de forma sistemática e universal as relações económicas" e a promover uma NOEI. Nela está enunciado o direito soberano e inalienável de qualquer Estado a escolher o seu sistema económico sem ingerência, coação ou ameaça externa. No exercício da soberania sobre "toda a sua riqueza, recursos naturais e actividades económicas", qualquer Estado tem o direito de regulamentar e exercer a sua autoridade sobre as actividades estrangeiras e supervisionar as actividades das transnacionais que operam na sua jurisdição. Afirma-se que "nenhum Estado deverá ser obrigado a outorgar um tratamento especial à colocação de capitais estrangeiros" e reconhece-se o direito dos Estados de nacionalizar, expropriar e transferir a propriedade de bens estrangeiros. A Carta suscitou uma forte oposição dos países industrializados e, embora se aprovassem resoluções concretas sobre assuntos importantes - redução de barreiras à importação de manufacturas procedentes do Sul Global, estabilização dos preços das matérias-primas, maior controlo dos receptores sobre o processo de transferência de tecnologia e alívio da dívida externa - não se chegou a acordo algum para pôr em prática essas resoluções. Dacar e Lima, 1975 Em Fevereiro Fevereiro de 1975, os países Não-Alinhados realizaram uma reunião Extraordinária em Dacar, Senegal, onde foi reafirmada a importância da NOEI. Depois de analisarem as causas estruturais da desigualdade económica mundial, propuseram: a) A formação de um fundo de solidariedade para apoiar as associações de produtores de matérias-primas, no estilo da OPEP; b) A moratória da dívida externa; c) Passos práticos para fortalecer a cooperação económica entre eles, baseando a acção comum no princípio de contar com os seus próprios recursos e forças. Os principais pontos da Declaração de Dacar foram englonados na resolução final da ll Conferência Geral da ONUD ( Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), realizada em Lima, em Março de 1975, onde foi fixado como meta obter 25% de participação do Sul Global nas exportações mundiais de produtos manufacturados no ano 2000. Os políticos norte-americanos ainda discutiam sobre a inevitabilidade ou não de um "dialógo" com os produtores de petróleo, quando nesse mesmo ano, a Comunidade Económica Europeia tomou a iniciativa de firmar em Lomé, Togo, um amplo acordo sobre matérias-primas com as ex-colónias europeias da África, das Caraíbas e Pacífico (ACP). Este convénio, até agora a primeira e única mudança profunda no comércio internacional, inclui: a) O sistema STABEX, que procura estabilizar os predas matérias-primas, garantindo empréstimos aos exportadores quando a sua receita baixa 7,5% (ou 2,5% para os 20 países mais pobres); b) Reduções unilaterais nas barreiras alfandegátias da CEE para as exportações de manufacturas procedentes de paíse s do ACP; c) Maiores possibilidades de cooperação o desenvolvimento. Mudançs de Tática Sem nenhuma modificação substancial na sua recusa em introduzir reformas fundamentais na actual ordem económica, os Estados Unidos iniciaram na Vll Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU, em 1976, uma nova tática. Em vez de recusarem somplesmente as propostas do Sul Global, começaram a apresentar contrapropostas com o objetivo de salvaguardar as aparências e, sobretudo, de assegurar o fluxo de matérias-primas. Ao estimular as divisões dentro do Grupo dos 77, Henry Kissinger conseguiu, como era seu objetivo, "negociação sem confronto". Abandonando a sua ameaça de declarar uma moratória unilateral da dívida externa e formar mais associações de produtores e exportadores, seguindo o exemplo da OPEP, o Sul Global, por seu lado, parecia renunciar à sua política de negociar a partir de posições de força. Contra o argumento dos 77 de que a internacionalização crescente de capitais não fora acompanhada de uma maior capacidade dos Estados para controlar, focando então livres as transnacionais para aumentar os seus lucros à custa do desenvolvimento do Sul Global, Kissinger apresentou uma "nova" ideia: não seria necessário que as transnacionais se abrissem a investigações nem se sujeitassem a novos estatutos; segundo a resolução proposta pelos Estados Unidos, só lhes seria exigido que cumprissem as leis vigentes nos países onde actuam. O Dialógo Norte-Sul Argumentando que o dialógo no seio das Nações Unidas estava bloqueado, os países industrializados propuseram a realização de uma Conferência sobre Cooperação Económica Internacional, em Paris. O que esperavam desta Assembleia, mais conhecida como o dialógo Norte-Sul, era que a redução para 19 do número de representantes do Sul Global facilitasse um "acordo". Na primeira parte da Conferência, que se iniciou em Outubro de 1975, os países da OPEP rejeitaram as pressões norte-americanas para restringir o debate do tema energético, insistindo, por outro lado, em que se discutissem "todas" as matérias-primas. No segundo encontro, em Maio de 1977, os países industrializados aceitaram discutir, além de energia, os assuntos relacionados com as matérias-primas, o desenvolvimento económico e assuntos financeiros. No entanto, o Sul Global não depositou muita confiança nesse foro. A maioria dos países não estava representada e temia-se, portanto, que os seus interesses básicos fossem ignorados. No dialógo participaram (do lado do Sul Global) sete países da OPEP e duas ou três nações mais poderosas de cada Continente. O tema do petróleo foi separado da Comissão que discutia com o resto das matérias-primas e, à espera de que chegasse a algum resultado, esteve ausente das deluberações da UNCTAD IV. UNCTAD IV, Nairóbi, 1976 Realizada entre a primeira e a segunda assembeias "do dialógo Norte-Sul", a Conferência caracterizou-se pelo enfraquecimento da unidade do Sul Global e, ao mesmo tempo, pelo aparecimento de posições divergentes no bloco dos países capitalistas industrializados. Os 77 insistiram no tema das matérias-primas, propondo o estabelecimento de um Fundo Comum de seis biliões de dólares para a criação de reservas que regulassem os preços de 17 produtos minerais e agrículas chaves (ideia que apareceu, pela primeira vez, na Conferência dos Ministros das Relações Exteriores em Lima, em 1975, e foi retirada pela quinta reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados realizada em Colombo, Sri Lanka, em 1976). Os Estados Unidos contestaram a proposta, sugerindo a criação de um Banco Internacional de Recursos, que estimularia o investimento das transnacionais na exploração das matérias-primas do Sul Global. A proposta foi derrotada, mas serviu para distrair a atenção do Fundo Comum. Este último, foi finalmente estabelecido, face à insistência dos Países do Sul Global, mas dos seis biliões de dólares necessários só se conseguiu 156 milhões na conferência. O Grupo dos 77 sugeriu, além disso, a realização de uma consciência especial entre devedores e credores para negociar uma moratória (ou cancelamento) da dívida externa daqueles países, à beira da bancarrota, até 1980. Os países industrializados negaram-se a aceitá-la, no que foram apoiados por alguns dos países mais poderosos do Sul Global, que temiam uma redução dos seus próprios créditos se a ideia se impusesse. A Comissão Willy Brandt Em 1978, ante o previsível fracasso do diálogo Norte-Sul, Robert McNamara, presidente do Banco Mundial, tentou outra fórmula para discutir a NOEI fora do âmbito das Nações Unidas. Aceitando a sua sugestão, foi criada a Comissão Independente sobre Temas do Desenvolvimento Internacional (também chamada Comissão Willy Brandt, em função do nome do seu presidente, o ex-chanceler alemão ocidental e presidente da Internacional Socialista), para estudar os pontos sobre os quais se havia chegado a acordo no diálogo de París. Da parte do Grupo dos 77 a reação ao documento foi cautelosa e bastante crítica, embora se reconhecesse nele algum mérito, e particularmente em Willy Brandt, uma atitude bem intencionada no equacionamento dos problemas pendentes entre o Norte e o Sul. Por que não progride a NOEI? A falta de acordo entre os países do Sul Global e os países capitalistas industrializados, quanto às questões-chaves da NOEI, resulta, na sua essência, dos interesses diferentes que tem cada bloco. Enquanto o Sul Global reclama um modificação profunda no sistema que produziu a actual ordem económica, os países industrializados querem preservá-la, pois esse sistema benefícia-os. E, se as circunstâncias os forçam a fazer concessões, reclamam em troca vantagens a longo prazo: garantias de acesso às fontes de matérias-primas ou segurança para as "suas" transnacionais, que possam protegê-las de eventuais nacionalizações ou confiscos futuros. Revisões di Sul Global Como resultado das múltiplas diferenças económicas e políticas entre os países do Sul Global, também há divisões internas no Grupo dos 77. Este tem subgrupos com diferentes pontos de vista, como, por exemplo, os produtores e os importadores de petróleo, os mais e os menos industrializados, os que seguem um modelo capitalista de desenvolvimento e os que procuram alternativas autónomas. A unidade, então, não se baseia numa ideologia económica e política, mas no nacionalismo e na oposição à actual ordem mundial. Existem, além disso, regimes dominados por elites mais leais aos interesses dos grandes centros da economia mundial que aos dos seus povos. Essa heterogeneidade debilita a posição negociadora do Grupo dos 77, abrindo brechas às manobras divisionistas dos países capitalistas industrializados. Divisão no Bloco Socialista Nas relações económicas com o Sul Global, os países socialistas têm um papel secundário e não são capazes, por exemplo, de oferecer um mercado alternativo para o grosso das exportações dos países periféricos. Além disso, as notórias divisões internas (das quais a mais evidente é o conflito entre a China e a União Soviética) enfraqueceram a sua capacidade negociadora e a do Sul Global no debate por uma Nova Ordem Económica Internacional. Reunião em Arusha, 1979 Com estes antecedentes sombrios realizou-se, em Fevereiro de 1979, uma nova reunião do Grupo dos 77, em Arusha, Tanzania, para a preparação da V Conferência da UNCTAD. Este organismo havia já demonstrado a sua incapacidade de conseguir decisões práticas; ss declarações da Assembleia Geral das Nações Unidas permaneceram letra morta, já que, para implementá-las, era necessário a aprovação dos países industrializados, que têm, além disso, poder de veto no Conselho de Segurança. As instâncias alternativas, criadas para desbloquear o debate, prolongavam-se indefinidamente; as conversações de Março de 1977 sobre o Fundo Comum fracassaram; as "minicineiras" cada vez mais frequentes, dos mandatários dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa Ocidental não revelavam nenhum empenho em atender aos interesses do Sul Global. Em Arusha, grande parte do debate centrou-se então na estratégia a seguir. Perante o falso dilema de "dialógo ou confrontação" o presidente Nyerere propôs uma estratégia de fortalecimento da posição negociadora do Sul Global. E, mais uma vez, se formulou um programa de reivindicações. Código e Conduta O Grupo dos 77 insistiu na sua proposta de estabelecer um código de conduta internacional que regulasse a transferência de tecnologia e o comportamento das transnacionais à escala nacional, regional e mundial. O código incluiria: a) livre acesso à tecnologia, sem restrições ao seu uso, considerando-a útil para o desenvolvimento e um património comum da humanidade, independente de quem a tenha desenvolvido; b) modificar a estrutura monopolista de fixação de preços; c) limitar o controlo estrangeiro sobre os recursos naturais de um país; d) responsabilizar as transnacionais cujos investimentos ou transferências de tecnologia não apropriados ocasionem prejuízos económicos ou culturais. A UNCTAD e o ECOSOC (Conselho Económico e Social da ONU), por outro lado, também estudam o assunto. Todos esses projetos têm conceitos comuns: respeito à soberania nacional, observância das leis de cada país, subordinação das transnacionais sos objetivos económicos da nação em que actuam, não interferência em assuntos internos nem em relações intergovernamentais, renegociabilidade dos contratos, possibilidade de nacionalização e formas de determinar as respectivas compensações, regulamentação da repatriação de capitais, limites à informação que a transnacional pode manter em segredo, etc. Com isto punha-se em causa a propriedade provada da tecnologia - um ponto inaceitável para o sistema capitalista - e esperava-se aliviar a balança de pagamentos dos Países do Sul Global (no qual pesam consideravelmente as remessas destinadas a pagar royalties pela tecnologia utilizada). No entanto, por si só, isto não tornaria o Sul Global independente da tecnologia das transnacionais nem de outras repercussões negativas da sua atuação. Matérias-primas O Grupo dos 77 procura regulamentar o comércio das matérias-primas e produtos básicos de maneira a evitar ad flutuações excessivas dos preços e possibilitar uma melhoria do poder de compra real do Sul Global. Os países industrializados aprovaram finalmente, o conceito de Fundo Comum, no âmbito de um Programa Integrado de Matérias-Primas. Os 77 sustentam que a principal função do Fundo Comum deve ser o estabelecimento de stocks reguladores, e que este deve contar com capitais próprios para cumprir a tarefa. Em contrapartida, os Estados Unidos e a maioria dos países capitalistas industrializados defendem a posição de que o Fundo deve mobilizar créditos provenientes dr acordos particulares que sejam estabelecidos para cada matéria-prima, o que, naturalmente, debilitaria as suas funções centralizadoras. Outros pontos de desacordo giram em torno de quem controlará o Fundo e para quem e para quê serão destinados os créditos. No entanto, como assinalam os 77, o principal obstáculo para a sua implantação não é técnico, mas sim político: em contradição com o prometido, muitos países industrializados negaram-se a todo e qualquer acordo prático. Manufacturas O Grupo dos 77 propõe mediadas que incrementem e diversifiquem as exportações do Sul Global de artigos manufacturados. E os mesmos países industrializados que sistematicamente defenderam "o livre jogo de mercado", quando décadas atrás inundaram os países da periferia com as suas mercadorias, estabelecem agora barreiras aduaneiras e de outros tipos, para impedir que os produtos do Sul Global possam competir nos seus países, com os de fabrico local. Este protecionismo é maior, precisamente, nos sectores onde é maior a capacidade de exportação do Sul Global: têxteis, artigos eletrónicos, calçado. O problema é complexo. Muitos dos sectores exportadores mais dinâmicos dos países do Sul Global estão controlados pelas transnacionais e estas têm interesse na liberalização. Mas, por outro lado, cada vez que uma fábrica transnacional emigra para o Sul Global em busca de maiores lucros, os trabalhadores dos países industrializados perderam oportunidades de emprego. E a situação agrava-se quando os produtos locais sofrem a concorrência de importações mais baratas. Os trabalhadores constituem assim, um forte grupo de pressão a favor do protecionismo. A lógica do capitalismo leva, então, a que um aumento das exportações manufacturadas do Sul Global prejudique os interesses dos países industrializados. E contra isto pouco valem as reivindicações de reforma. Abre-se, então, caminho à ideia de que os países do Sul Global devem incrementar o comércio entre eles, dando preferência a instituições da periferia quando elas podem competir com a dos países industrializados. Mas, mesmo conseguindo isto e, inclusive, supondo uma redução, pelo menos gradual, das barreiras aduaneiras, uma boa parte dos esforços industrializadores em andamento no Sul Global continuarão a não ajudar os mais desfavorecidos: a maior parte dos novos rendimentos provenientes das exportações irá para as classes já privilegiada. UNCTAD V, 1979 Em Meio e Junho de 1979, a UNCTAD reuniu-se em Manila, Filipinas, pela quinta vez. A posição do chamado grupo B (países capitalistas industrializados) foi mais intransigente do que se esperava e a reunião terminou numa "grande recepção". Não houve acordo em relação ao Código de Conduta para as transnacionais, cuja discussão foi mais uma vez adiada, nem tão-pouco sobre a introdução de modificações no comércio mundial. O Grupo B insistiu em tratar o tema energia, tendo os 77 respondido que não era aquele o local adequado. Sobre o Sistema Generalizado de Preferências, destinado a aumentar as exportações de manufaturas do Sul Global, os industrializados negaram-se a estabelecer um limite legal. O tema passou, então, ao secretariado da UNCTAD para "estudos posteriores". O Programa Integrado de Produtos - que incluí o Fundo Comum e negociações em separado para cada uma das matérias-primas - foi aprovado, com reservas, por parte dos países capitalistas industrializados, e sem inclusão do sistema de compensação, proposto pelos 77, para casos de queda do preço de alguns produtos. No que diz respeito ao protecionismo, só se resolveu aprovar um apelo - sem efeitos práticos - para que as tarifas se reduzam. O único "aspecto positivo", foi a aprovação de uma resolução sobre a compensação económica entre países em desenvolvimento, que torna mais precisos os contornos sobre os quais se pode basear a chamada "autonomia coletiva" do Sul Global, e exorta os países desenvolvidos a "continuar a intensificar as suas contribuições" para a completa execução dos programas da ONU. A Conferência de Cancún, 1981 Após a Conferência de País, encerrada em 1972, não houve nenhuma tentativa de tratar ad relações Norte-Sul à escala global e ao mais alto nível até à Conferência de Cancún, México (24 e 25 de Outubro de 1981). No intervalo, tinham fracassado todas as discussões setoriais entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, quer se tratasse de ciência e tecnologia, de agricultura, de energia, etc. Entretanto a situação mundial deteriorava-as como consequência do ciclo recessivo sofrido pela economia capitalista Central. Como agravante, entrava em cena Ronald Reagan, na qualidade de Presidente dos Estados Unidos, que ao mesmo tempo que defendia uma linha dura face às organizações da ONU, onde as potências ocidentais estavam em minoria em relação ao Sul Global, anunciava cortes em matérias de cooperação e de fundos para a ONU. A Conferência sobre a Cooperação e Desenvolvimento de Cancún foi uma louvável intenção de tirar do esquecimento o diálogo Norte-Sul, reunindo presidentes e chefes de governo que representavam as diferentes áreas do Sul Global, um grupo de potências ocidentais e o Japão. Nessa reunião de cúpula procurou-se uma síntese das negociações que, sem êxito, se tinham desenrolado nos diferentes organismos das Nações Unidas. A posição do Grupo dos 77 consistia em sustentar que o caminho apropriado para sair do impasse seria, em primeiro lugar, a realização de negociações globais para definir as metas e as jurisdições de que seriam encarregados, com um mandato definitivo, cada um dos organismos e programas da ONU. Para isso, as nações do Sul Global solicitavam que o âmbito da discussão fosse a Assembleia Geral das Nações Unidas, por ser a única sede de representação geral. Por sua vez, os Estados Unidos e algumas potências do Norte não estavam dispostos a ceder neste ponto, defendendo que os âmbitos da discussão deveriam ser o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM). Não se tratava de uma discussão acadêmica e formal, porque enquanto a Assembleia Geral se rege pelo princípio de um voto por cada Estado, no FMI e no Banco Mundial os votos são proporcionais aos fundos fornecidos pelos países e ambas as instituições estão, por isso, controlados de facto pelos Estados Unidos. Ceder neste ponto significaria que as negociações sectoriais posteriores se imporiam os pontos de vista de Washington. Por exemplo, a filosofia do Banco Mundial - acentuada sob a presidência de Reagan - privilegia um tipo de desenvolvimento com base nas empresas privadas e favorece as transnacionais, tal como a concessão de créditos através do FMI significa a aceitação, por parte dos países receptores, de condições no âmbito de uma óptica capitalista ortodoxa. Os debates giraram em torno desse ponto capital. Deve-se mencionar que uma parte dos países desenvolvidos aceitava o ponto de vista do Sul Global e que uma negativa categórica de Reagan tê-lo-ia isolado da maioria. Chegou-se, assim, a uma fórmula ambígua, incluindo uma aparente concessão do presidente norte-americano. Reagan aceitou que as discussões prosseguissem na Assembleia Geral, mas a esta não se outorgou qualquer mandato, salvo a procura de uma fórmula aceitável para todos. No encerramento da Conferência de Cancún, muitos hesitaram em considerá-la um fracasso ou um êxito parcial, porque nas conversações informais Reagan tinha deixado entrever uma flexibilidade que deveria facilitar um rápido acordo na ONU. Não aconteceu assim, e, apesar dos bons ofícios do anfitrião mexicano, José López Portillo, e de outros estadistas, Cancún resultaria de facto numa nova frustração para o Sul Global devido à intransigência de um grupo de potências capitalustas encabeçadas pelos Estados Unidos. Com efeito, depois de numerosas discussões, 1982 chegou ao fim e na Assembleia Geral da ONU não se avançava um só passo. A UNCTAD VI, Belgrado, 1983 De 6 de Junho a 3 de Julho de 1983, realizou-se em Belgrado, Jugoslávia, a sexta reunião da UNCTAD. Estiveram presentes mais de três mil delegados 166 países membros e de 82 organismos internacionais. A reunião foi aberta pelo presidente da Jugoslávia, Mika Spiljak, que advertiu sobre a possibilidade de uma "catástrofe global" se o mundo continuar a gastar menos em ajuda e mais em armamentos (cerca de 600 bilhões de dólares, o equivalente à dívida do Sul Global em 1982)...

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

CITANDO SEM MAIS JORNAL

https://semmais.pt/2020/09/21/a-sociedade-suspensa-em-2o-ato/ A SOCIEDADE SUSPENSA EM 2º ATO No início desta pandemia e nestas mesmas colunas expressamos o nosso pensamento e num momento de pânico geral, naquela altura afirmamos: “Vivemos tempos nada fáceis, apesar do país estar numa situação aparentemente mais controlada, comparada com outros países europeus; o futuro a Deus pertence. Todos temos tempo para refletir, ler e reaproximar de quem mais gostamos e voltar às nossas raízes enquanto seres”. E mais ainda: “a economia é o motor da nossa sociedade e a atividade social cresceu exponencialmente de forma genérica no Mundo, as pessoas de no seu grau de individualismo não tinham tempo para se aperceberem no quanto estavam a contribuir para uma “bola grande” que poucos usufruem e as assimetrias foram-se acentuando no planeta Terra. Há décadas que se foram constituindo assimetrias em todas as áreas da sociedade da política à religião, passando pelo desporto, à cultura, à solidariedade social entre outras áreas. Esta pandemia também vai assim exortar que os modelos associativos / instituições façam uma profunda reflexão e questionarem se fazem sentido, subsistir, na busca incessante de procurarem captação de receitas, as quais são muitas vezes absorvidas em custos internos, sem terem reflexo exterior. Não temos dúvidas em afirmar que as instituições privadas de proximidade ao serviço das pessoas e com baixos custos de funcionamento interno foram as que conseguiram dar uma melhor resposta às fatalidades do COVID19.” E por fim afirmamos: “sociedade está suspensa porque tem de se organizar libertando custos de funcionamento internos para que aquelas verbas sejam canalizadas na redução das assimetrias sociais”. Entendemos fazer estas citações de à seis meses como um balanço (sintético) sobre o que foi ou não foi feito. Sentimos que as lideranças do Estado continuam a comunicar mal e cobardemente não dão exemplos simples, por exemplo no uso da mascara ou só a usam quando estão a comunicar com o povo? Uns podem realizar festas e dançar e conviver com um fragmento de componente dos meios culturais com salada russa de política, ao invés outros quando estão a conversar em espaço público com amigos são impedidos de o fazer. O discurso político continua a iludir que a Europa vai resolver os problemas de Portugal com os milhões, deve ser explicado que onormal é fazermos o ciclo da vida de um Estado: ocorre uma crise económica seguida de uma crise financeira e social e por fim a crise politica. Cobardemente o atual PM quis alterar o ciclo normal para se perpetuar no topo da pirâmide, desta vez deu-se mal porque as reações foram adversas. Mas, pensávamos que iria ser obrigado a governar. Tememos que não vá acontecer porque o que constatamos da direita à esquerda continuam a fazer fretes. Portugal, precisa de uma alternativa no rumo e que assuma uma liderança para que em 2021 voltemos a acreditar no crescimento económico cinco anos após a pandemia. Infelizmente, a pandemia e o pessimismo demora a ser vencido inclusive em instituições / associações que se dizem tão fraterna e solidárias que não têm sabido dar prática à sua missão, tendo-se fechado no grau do individualismo dos seus membros.

CITANDO PLATAFORMA E-GOV

http://plataforma-egov.com/cronicas/a-cobardia-politica/ A COBARDIA POLITICA A pandemia de cobardia na política instalou-se com as declarações de António Costa numa entrevista ao jornal Expresso. Houve uma tentativa em silenciar os atos por servilismo ao poder político. Há uns anos no programa “Quadratura do Círculo” da SIC foram feitas insinuações de uma determinada cabala sobre a Freeport na qual estaríamos envolvidos. Escrevemos em sinal de protesto uma carta enviada ao jornalista Carlos Andrade e aos protagonistas: Pacheco Pereira, Lobo Xavier e António Costa. No início do programa seguinte foi feita uma referência à carta e sem que a mesma tivesse sido lida no seu todo, no entanto foi clarificada que nunca tínhamos estado envolvidos em nenhuma cabala, também foi acordado que nenhum dos protagonistas faria contraditório à carta. Tal foi cumprido por Pacheco Pereira e Lobo Xavier, o que não aconteceu com António Costa rematando com o seguinte comentário: “uma visão dos fatos, eu tenho a minha”. Mais tarde, tivemos oportunidade em cruzarmos e confrontando-o, indagamos se pretendia saber a verdade dos fatos, meteu um intermediário e cobardemente afastou-se do local. São estas atitudes cobardes de alguns líderes políticos que ao invés de estadistas do passado tendem a desvalorizar a classe política. Foi o António Costa que afirmou no caso do desabafo de João Soares, que quando se é membro do governo exerce-se em pleno 24 horas por dia e não há desabafos pessoais. Este António Costa de vez em quando é político e governante, noutros momentos é um feirante de bairro e neste caso de Benfica. Como é admissível que o Primeiro-ministro e o Presidente de uma Câmara Municipal estejam envolvidos numa disputa eleitoral de um clube desportivo. Neste caso recente e em concreto estão a apoiar um candidato que nos últimos anos tem estado envolvido em situações nebulosas e indiciado em eventuais atos ilícitos. Só podemos concluir que foram coagidos e acabaram por fazer parte da Comissão de Honra porque caso não fizessem as “toupeiras” revelariam algo de comprometedor se vier a acontecer a derrota do candidato que apoiam ou em alternativa, no caso do António Costa e como mantem o cargo de Primeiro-ministro está a fazer um aviso que quem se meter com a instituição SLB leva pancada, consequentemente convém que o sistema judiciário e judicial do país interrompa as investigações. A governação do país faz-se com estadistas que assumem decisões e projetem o futuro e não se acobardam das suas responsabilidades que ocorrem. Um politico é um ser humano comete falhas e erros na sua vida sabendo assumir e não se acobardando atrás de cenários e deixando que outros assumam as orientações. Sá Carneiro foi um exemplo de estadista, não se encalhou na vida pessoal em detrimento da política.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CITANDO VIVENCIAIS 20SETEMRO

https://vivenciaspressnews.com/uma-nova-defesa-em-torno-de-joao-lourenco/ UMA NOVA DEFESA EM TORNO JOÃO LOURENÇO Não são muitos os que se podem orgulhar da carreira constituída na base de competências e de experiência, progredindo a pulso e não só fruto de ocasos da política e de pertença a estratégias de grupo e influências dentro de qualquer grupo partidário. Consideramos que João Lourenço está neste pequeno grupo, competências próprias. O mundo de hoje é diferente ao que existia em 1975, e mesmo ao que ocorria em 1992 e nas décadas seguintes. Angola não foge a essa regra e consequentemente a “arte de governar” é deveras mais exigente para produzir os resultados desejados. Infelizmente, as entidades em muitos patamares do país e do partido não mudaram porque têm hábitos inadequados e vícios instalados que são bloqueios à mudança. João Lourenço, é estadista e acreditamos que sabe onde Angola pode e deve estar daqui a 10 anos, convictamente não estará na liderança do país nem do partido, em 2030, mas quer consolidar as bases do crescimento. Começam a surgir quadros competentes e responsáveis que sabem do pragmatismo da política contemporânea, a qual não se compadece com o pensamento único: Estado tudo resolve! Todos os têm que ser felizes e dar algo por uma Angola estável, desenvolvida e que seja deveras aprazível viver em 365 dias por ano. As mentalidades mudam-se, podendo começar em pequenos exemplos do quotidiano, mantendo o respeito e reconhecimento pelos mais velhos, mas estes não são donos da razão e têm que saber articular com as novas gerações que em alguns casos possuem conhecimento e capacidades para serem colocados à prova. A cultura do “chefe” e do autoritarismo policial tem que ser profundamente revisto. Porque a autoridade vem pelo exemplo e respeito na capacidade de liderança e de civilidade, a imposição de dogmas decisórios sem uma prévia explicação em muitos casos produz resultados estagnantes em qualquer sociedade moderna e consequentemente afasta quadros, dando origem a um maior fluxo para o exterior de cidadãos que poderiam contribuir em prol do país. Para que tal desiderato de mudança ocorra será necessário acreditar no caminho traçado no combate à corrupção, mas não só. Aceitemos que há em Angola um deficit de iliteracia transversal à sociedade e às lideranças politicas também na alternativa. Hoje, a campanha politica não se pode cingir aos pensamentos do conflito armado, urge debater as políticas sociais e as políticas pragmáticas para as soluções. Não temos dúvidas que o MPLA tem que ser exemplar neste novo enquadramento, se tal não ocorrer receamos o seu fragmento em diversas forças políticas, e Angola poderá passar por um longo período de ingovernabilidade e em paz sem desenvolvimento e crescimento económico. Acreditamos, que João Lourenço tem consciência dos riscos, tem pensamento estratégico para vencer obstáculos, infelizmente alguns intermediários ainda não perceberam o mesmo. Nós angolanos livres de amarras e de teias corruptivas somos chamados a intervir nesta dialética construtiva através de atos e ações que não reacendam novos conflitos do passado.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

CITANDO JORNAL AGORA

segunda-feira, 27 de julho de 2020

CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES ANGOLANAS

As sociedades em que vivemos do mundo global e da comunicação têm permitido quebrar barreiras e tornar as condições de vida dos cidadãos numa maior exigência para com os governantes em qualquer parte do Mundo. Angola como Nação livre e projetando tornar-se uma potência africana nas próximas décadas, também terá que olhar para a qualidade de vida dos cidadãos que vivem no interior e de igual modo, neste caso particular os que sobrevivem no exterior do País. Os cidadãos que vivem na diáspora com um distanciamento físico do quotidiano da vida, mas na sua maioria apesar de alguma estabilidade social, usufruem de uma maior liberdade e altruísmo para estarem atentos aos sinais dos seus irmãos mais próximos. Os signatários desta missiva entendem que é sua responsabilidade apelar às autoridades angolanas, em particular a sua Excelência o Senhor Presidente da República, João Lourenço, para que possam aprofundar e resolver prioridades na hierarquia social e na condição de sobrevivência de muitos cidadãos angolanos que vivem em Portugal e que para cá vieram em diferentes vicissitudes. O tempo que vivemos não se compadece com obscurantismos e falta de empenhamento de muitos decisores que representam o Estado Angolano no exterior. Há que, estabelecer política e ações práticas que atendam à resolução dos problemas sociais. As relações institucionais e protocolos estabelecidos entre os dois Estados (Angola e Portugal) não podem servir um núcleo residual de cidadãos que gravitam em torno da bajulação e do compadrio de amizades. Urge afastar do “controlo” as práticas atentatórias da transparência no que respeita a utilização de recursos financeiros mal canalizados. Exemplificando: 100 euros transferidos de Angola para apoiar um doente ou estudante, com a “burocracia” reinante, não pode significar que aquele cidadão só receba 12 euros. Temos que nos esforçar para que os nossos cidadãos que se deslocam a Portugal e permanecem em busca do apoio de saúde sejam olhados de um outro modo e que lhes seja prestado uma qualidade de vida superior à que tinham, porque a sua situação já é confrangedora. Temos que ver nos outros a nossa felicidade e não o desprezo a que muitos concidadãos estão confinados. Só uma alteração de política de atuação para com os nossos concidadãos que sofrem, permitirá que, a prazo acreditemos nas autoridades governativas e naqueles que representam o Estado Angolano no exterior, todos em conjunto possamos contribuir para melhor estabelecer parcerias / protocolos com instituições portuguesas. Enquanto tal desiderato não for invertido a comunidade angolana não vive a felicidade que a vida proporciona derrotando o COVID 19; como afirmamos é necessário dar dignidade humana e tratar o ser humano por igual em qualquer parte do Mundo, este também é um dos ensinamentos da pandemia global. Os signatários assumem frontalmente a sua disponibilidade em cooperarem para encontrar caminhos diferentes, porque são cidadãos com a vida equilibrada, mas não deixam de olhar para o ser semelhante. Lisboa, 26 Julho de 2020 Bento Monteiro Carlos Osvaldo de Sousa Luzia Moniz Zeferino Boal

PLATAFORMA E-GOV 20JUL22

http://plataforma-egov.com/cronicas/ricciardi-santo-ou-diabo/ Ricciardi, santo ou diabo? Nunca nos escodemos atrás de um subterfúgio para agir e “ditar” pensamentos! Defendemos a clarividência na ação e pugnamos pela divergência como caminho convergente, em detrimento do “yes man”. José Maria Ricciardi não fez encomendas e não precisa de defesa gratuita. Mas, também peca pela frontalidade na adversidade e num país de opacidade e que muitos se escondem em papéis secundários para beneficiar em proveitos próprios, mesmo quando por amizade, por fraternidade ou por lealdade toleram que alguém seja apedrejado gratuitamente. No passado assumimos com frontalidade caminhos leoninos diferentes aos que José Maria Ricciardi, seguiu. Hoje, respeitamos o seu silêncio daquelas épocas por proteger incompetentes e irresponsáveis que até então acreditou e de igual modo respeito as opções que fez. Há sempre um dia que estudamos e analisamos melhor certos dossiers e descobrimos outras luzes. José Maria, é frontal e determinado! É um homem de negócios equilibrado, admite a combatividade e a frontalidade sua e de outros, não pactua com golpes palacianos. Mas, só num país como este e numa sociedade esquerdizante na teoria e com gastos capitalistas de caviar de baixo nível, é admissível procurar-se desviar o foco de uma acusação judicial e apedrejar quem contribui e muito na investigação. Foram aquelas atitudes e a adaptação da comunicação que permitiu e genericamente a magna tolerância para que em 2004 não fosse investigado o caso Freeport de uma forma séria e responsável e só 10 anos depois é que se vislumbra o que poderia e deveria ter sido feito. Na época também se desviou as atenções para uma suposta “cabala” que não existiu e apontar crimes a outros. Não temos dúvidas em afirmar que se em 2004, a subserviência de algumas personagens judiciais entre outros, não tivesse prevalecido, não teríamos tido casos e governação que em muito lesaram Portugal nos anos subsequentes. José Maria Ricciardi é santo? Não é! Mas não é convictamente uma personagem do diabo que alguns pretendem fazer crer. Neste período pós covid19 também se deveria estudar e analisar quem foram os “mecenas” que durante longo período injetaram capital para sustentar a força da propaganda do Bloco de Esquerda, o qual tem na sua deputada Mortágua um ícone da aprendizagem familiar em assaltos. Centremos as atenções no que interessa que é o juízo final da acusação processual. Nunca precisamos de fazer fretes e prestar vassalagem fosse a quem fosse, mas ao longo da vida habituamos a criar laços de respeito por atos e atitudes de outras pessoas. José Maria Ricciardi entrou no “roll” das pessoas que respeitamos pela coragem, pela salutar divergência convergente e pela frontalidade.

sábado, 25 de julho de 2020

UMA RESPOSTA A RICARDO A PEREIRA

Citando uma resposta inteligente a Ricardo Pereira Senhor Ricardo Pereira, Li ontem, com toda a atenção, o artigo que escreveu na última edição da "Visão". Versa o excelso artigo produzido sobre o tema que agora está na moda: - Quais os Portugueses que mais se evidenciaram ao longo da nossa história. Ensaia V. Exa. ao longo do mesmo artigo um conjunto de afirmações sobre Oliveira Salazar. Quem lhe pagou e encomendou o artigo?: - Começa por afirmar a sua admiração pela sua inclusão na famosa "Lista", compara-o a Adolfo Hitler e termina, afirmando, que se Salazar ganhasse o concurso seria a primeira vez que teria ganho umas eleições democraticamente. Perante o estilo leviano do artigo e a piadinha fácil, não me surpreende a comparação com A. Hitler. Surpreende-me, isso sim, que se tenha esquecido do óbvio. O tal Adolfo foi eleito democraticamente na Alemanha. E democraticamente eleito conquistou quase toda a Europa e democraticamente eleito ordenou o holocausto. Numa guerra onde morreram milhões e milhões de Europeus. Conclusão óbvia: - As eleições, mesmo as "democráticas" valem o que valem. Nesta 2ª Guerra Mundial não morreram Portugueses em combate. Sabe o Exmo. Senhor a quem deve tal feito: - Pois é! Ao tal que não foi democraticamente eleito. · Sabe o Exmo. Senhor os esforços diplomáticos que foram feitos para evitar a entrada de Portugal na Guerra? · Sabe quem gizou diariamente a estratégia? Sabe os riscos que corremos? As pressões que sofremos? · Estimará quantos portugueses teriam morrido se tivéssemos entrado briosamente no conflito? Muitos de nós hoje não estaríamos cá, pois os nossos pais ou avós teriam certamente tombado em combate! · Sabe o estado em que Salazar herdou o país após a espantosa 1ª República, que estávamos mais endividados que hoje? · Sabe a que estado de miséria chegou o povo que em 1928 abominava os partidos políticos, os quais considerava como os criminosos responsáveis pelo estado de ruína a que o país se encontrava, e que hoje estamos igualmente em idêntico estado de ruína por causa dos partidos que tanto gosta e defende! · Sabe quem delineou, pela primeira vez, a viragem para a actual U.E.? Pois é: - O tal que não foi democraticamente eleito. Vá verificar, caro amigo. Leia. Sabe quem nunca fez obra? O que mandou construir a Ponte sobre o Tejo, a barragem de Castelo de Bode, o Aeroporto da Portela, e muito mais com dinheiro que nunca pediu emprestado como agora a estação de tv onde manda bacuradas o pede para lhe pagar. Sabe quem nunca abandonou 1 milhão de Portugueses nas ex-colónias à sua sorte/morte? Pois é, pois é. Fácil foi fazer como se fez a seguir ao 25 de Abril. Fugir é sempre fácil. Além de ser próprio dos fracos e dos cobardes que também o é, se assim não fosse não se colocava do lado deles. Sabe quem morreu na miséria, tendo servido a causa pública sem receber uma atenção, uma recompensa, um prémio, uma benesse, uma jóia, um diamante, que não se reformou após dez anos a roubar, sim, este nem sequer roubou, trabalhou uma vida inteira, os que agora defende roubam durante dez e reformam-se depois, não com uma mas duas ou três! Sabe quem foi íntegro no exercício do poder? Pois é, pois é. Se V. Exa. tem dúvida que Salazar ganharia todas as eleições durante o período que esteve no poder, está muitíssimo mal informado. Leia. Estude sobre a época. Que era alérgico a elas. Sem dúvida. E com razão, a meu ver. Estude a 1ª República. Os governos que se sucederam. O desgoverno que se atingiu. Vem daí a alergia. E quanto à censura: - Pois. E a informação que temos hoje? Eu prefiro a censura do passado, evitaria ter de ler, por exemplo, o que tão infantilmente escreveu. Numa palavra: Não escreva sobre o que não sabe. E ainda tem uma surpresa. Num país infestado pela corrupção, pela mediocridade e pela ambição desmedida pelo poder na busca da corrupção, eu, contrariado, votaria Salazar. E não seria o único, e ganhava, Garanto-lhe. Leia e informe-se, a ignorância neste país é desmedida. Não fuja, pois, à regra. Cumprimentos azeiteiro ** ISTO SÃO FACTOS E NÃO CONVERSA FIADA! Noutros tempos, houve Portugueses competentes e respeitadores dos interesses do bem público que garantindo a Lei e a Ordem, trabalharam afincadamente e em apenas 40 anos, deixaram OBRA, PAGA COM DINHEIRO PORTUGUÊS mas, em muitos casos, foram "pérolas a porcos". Segue-se uma "pequena" Lista de Obras de Grande Interesse Nacional que ficaram desse período memorável. Na Região de Lisboa: 1) Bairro Social do Arco do Cego 2) Bairro Social da Madre de Deus 3) Bairro Social da Encarnação 4) Bairro Social de Caselas 5) Bairros para Polícias 6) Bairro de Alvalade 7) Aeroporto Internacional da Portela 8) Instituto Superior Técnico 9) Cidade Universitária de Lisboa 10) Biblioteca Nacional 11) Instituto Nacional de Estatística 12) Laboratório Nacional de Engenharia Civil 13) Metropolitano de Lisboa 14) Ponte Salazar 15) Captação e encanamento das águas do Alviela (comemorada com a construção da Fonte Luminosa na Alameda Afonso Henriques) 16) Plantação do Parque florestal de Monsanto 17) Estádio Nacional do Jamor 18) Estádio 28 de Maio 19) Auto estrada da Costa do Estoril 20) Hospital Escolar de Santa Maria 21) Instituto Ricardo Jorge 22) Instituto de Oncologia 23) Hospital Egas Moniz 24) Assistência Nacional aos Tuberculosos o que permitiu a obrigatoriedade do rastreio anual às populações estudantil, do Comércio e da Função Pública 25) Eletrificação da linha do Estoril 26) Exposição do Mundo Português que permitiu a criação da Praça do Império, hoje Sala de visitas de Lisboa. 27) Monumento aos Descobrimentos 28) Regularização da Estrada Marginal Lisboa-Cascais. 29) Criação da Emissora Nacional de Radiodifusão 30) Criação da Radiotelevisão Portuguesa incluindo a instalação das respectivas antenas retransmissoras necessárias para cobrir todo o território continental 31) Criação da Companhia Aérea de bandeira (TAP) 32) Nova Casa da Moeda (no Arco do Cego) Espalhadas pelo País e Ilhas Adjacentes: 33) Várias Escolas do Magistério Primário. 34) Escolas primárias do Plano dos Centenários em quase todas as Freguesias do País. 35) Liceus Normais em todas as capitais de Distrito. 36) Escolas Comerciais e Industriais espalhadas de Norte a Sul do País 37) Cidade Universitária de Coimbra (Faculdade de Medicina, Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências, Biblioteca Geral e o reordenamento urbano envolvente) 38) Hospital de S. João no Porto 39) Laboratório de Física e Engenharia Nuclear (na Bobadela – Sacavém) para onde se adquiriu e instalou um reactor atómico de investigação, tornando Portugal no 35º país do Mundo (à época) a dispor de tão moderno equipamento científico. 40) Ponte da Arrábida 41) Ponte Marechal Carmona 42) Construção dos grandes aproveitamentos hidroeléctricos com dezenas de grandes Barragens (por exemplo Rabagão, Cávado, Douro, Mondego, Zêzere e Tejo). 43) Construção de várias barragens para regadio e recreio, nomeadamente nas Beiras (como, por exemplo, na Vila de Soure)e por todo o Alentejo. 44) Melhoria geral de toda a rede Rodoviária Nacional. 45) Melhoria geral da Rede Ferroviária e modernização geral das viaturas do Caminho de Ferro. 46) Melhoria, ampliação e renovação, em todo o território, da Rede Telefónica Nacional, Estações de Correios e Telecomunicações em geral. 47) Bases aéreas (Ota, Montijo, Monte Real, Beja, etc.) 48) Base naval da Marinha (Alfeite) 49) Navio hospital “Gil Eanes” de apoio à Frota Bacalhoeira 50) Criação das Casas do Povo 51) Criação das Casas dos Pescadores 52) Construção e beneficiação de muitos e diversos Hospitais, (damos como ex. o Hospital Rovisco Pais (Leprosaria) na Tocha (com dezenas de edificações espalhadas por uma área total de 110 ha) aproveitando integralmente uma doação do grande benemérito e o Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid (próximo de Coimbra) com 15 edifícios espalhados por uma área de 10 ha, só para citar dois). 53) Plano de colonização interna que permitiu grandes desenvolvimentos agrários em vários pontos quase desabitados do País como, por exemplo, Pegões. 54) Construção de dezenas de Palácios da Justiça e remodelação de muitos Tribunais 55) Construção e remodelação de diversos Edifícios Prisionais e Prisões-escola 56) Construção da Central Termoelétrica do Carregado 57) Criação dos “Livros únicos” para o Ensino Primário e Secundário, o que proporcionou grandes economias às Famílias portuguesas da época 58) Criação das Pousadas de Portugal espalhadas por todo o Território 59) Criação da FNAT 60) Instituição do ABONO DE FAMÍLIA 61) Instituição da ADSE 62) Acolhimento fraterno e seguro a inúmeros refugiados de guerra dos quais se destaca o Sr. Caloust Gulbenkian que, em agradecimento desse bom acolhimento, doou a Fundação com o seu nome, que tanto tem ajudado e cultivado sucessivas gerações de Portugueses nos mais diversos ramos do Saber e da Arte. Quando me dizem que tudo isto foi feito à custa da exploração ultramarina, eu respondo: E o que lá ficou edificado e a seguir destruíram ou não souberam conservar? Não ficaram inúmeros autóctones com cursos escolares primários, cursos médios e cursos universitários ministrados e pagos pelo Erário Público Português? Não ficaram todas as Províncias Ultramarinas e nomeadamente Angola e Moçambique dotados de dezenas de CIDADES COMPLETAS onde se incluíam toda a espécie de edifícios habitacionais, Mercados, Redes de abastecimento de águas, Redes de efluentes, Escolas primárias, Liceus, Universidades, Hospitais, Quarteis e toda a espécie de instalações militares e até unidades completas de Radiodifusão? Não ficaram disseminadas pelos territórios inúmeras Pontes e Viadutos, Barragens grandiosas (como Cambambe e Cabora Bassa, só para citar duas), inúmeras Estradas, diversas Linhas de Caminhos de Ferro, Portos de mar e modernos (à época) Aeroportos e Aeródromos, etc. ? Para quem recebeu um País na Bancarrota, que atravessou as épocas difíceis da Guerra Civil de Espanha e da 2ª Guerra Mundial e teve ainda de enfrentar a Guerra do Ultramar, em três frentes, tendo deixado o País A CRESCER A 6% AO ANO, durante a sua última década de governação e muito mais de 600 toneladas de ouro nas reservas do Estado, é Obra! ** Comparem com os dias de hoje, depois de quase 50 anos de LIBERDADE! Já no tempo de Jesus foi perguntado ao povo quem deviam salvar: o ladrão Barrabás ou Jesus Cristo e o povo escolheu o ladrão…………….. * Dois mil e vinte anos depois a história repete -se... como podiam hoje salvar Salazar e reconhecerem a sua obra? O povo aplaude e vota em ladrões, agora chamados CORRUPTOS. Cada um tem o que merece(o povo)mas que é triste, lá isso é!

sexta-feira, 24 de julho de 2020

quinta-feira, 23 de julho de 2020

CITANDO RAMALHO ORTIGÃO

"Atolados há mais de um século no mais funesto dos ilogismos políticos, esquecemos-nos de que a unidade nacional, a harmonia,a paz, a felicidade e a força de um povo não têm por base senão o rigoroso e exacto cumprimento colectivo dos deveres do cidadão perante a inviolabilidade sagrada da família, que é a célula da sociedade; perante o culto da religião, que é a alma ancestral da comunidade e perante o culto da bandeira, que é o símbolo da harmonia e da integridade da pátria. Quebramos estouvadamente o fio da nossa História, principiando por substituir o interesse da Pátria pelo interesse do partido, depois o interesse do grupo, e por fim o interesse do grupo pelo interesse individual de cada um"

domingo, 19 de julho de 2020

LOCAIS DE RISCOS - COVID19

Citando o jornal Sol

SEM MAIS JORNAL 20JUL18

CONSEQUÊNCIAS DO COVID 19 NO ASSOCIATIVISMO Abordar a temática do associativismo mas no prisma da solidariedade e do voluntariado é algo que parece à luz do nosso quotidiano uma tarefa fácil porque serão conceitos que todos sabemos e praticamos, no entanto é nossa intenção analisar tais considerações com intuito de provocar reflexão não padronizada nas premissas pré-concebidas. Encontramos solidariedade em grupos que atuam para o bem e mesmo nos grupos marginais da sociedade, através de códigos de conduta e outras ligações. O ser humano valoriza enormemente a solidariedade em momentos de calamidade, porque por vezes, coloca-se a par do valor da sobrevivência da vida, onde se gera mais partilha. Encontramos regiões do mundo onde a solidariedade e a partilha são valores nobres, porque o desenvolvimento económico é quase nulo. São reflexões provocatórias desta natureza que para suscitar e saber até quanto estamos disponíveis para com o outro. Nem sempre assim acontece! É muito comum na sociedade em que estamos dizer-se que promovemos atos de solidariedade e vangloriarmos de tais feitos, para que os outros reconheçam as nossas ações. Esquecemo-nos que a melhor solidariedade é aquela que oferece a mão direita e a esquerda não sabe o que foi feito. Deveríamos, em algumas situações, estarmos atentos que quem recebe apoios também nem sempre está disponível para expor-se por motivos vários e consequentemente a dignidade humana deve ser respeitada. Se há décadas atrás a sociedade permitia que alguns cidadãos dispensassem tempo mais do que suficiente para as questões da solidariedade e com grande altruísmo, hoje torna-se mais exigente e rigoroso, porque as balizas legais são enormes e em muitos casos envolvem técnicos para aferir toda e qualquer anomalia. Ou seja, o grau de voluntariado envolvendo pessoas foi-se alterando. E não confundir voluntariedade com gratuidade, porque todo e qualquer projeto ou missão institucional tem custos de suporte, a manutenção de uma equipa de voluntários exige captação de receitas para o funcionamento daquela equipa. Não há voluntariado gratuito! Tudo deve ter um enquadramento institucional. Poderíamos afirmar que em Portugal há privilégios concedidos aos voluntários de várias instituições, consideramos uma falácia, porque as leis existentes protegem e permitem aos trabalhadores do Estado ou aposentados usufruir algumas vantagens por possuírem o estatuto de voluntário, mas se estes forem trabalhadores por conta de outrem privado, as “benesses” da Lei tem difícil aplicabilidade porque não existe a devida compensação às empresas privadas. Chegados aqui, todos devemos retirar ilações do pós-convid, por inúmeras razões. Começando por não ter inveja do sucesso de outros e procurar uma sociedade em que o valor do bem-estar de todos seja mais e melhor. O confinamento, ensinou-nos que esquecemos com facilidade a solidariedade e o voluntariado, valorizando a sobrevivência individual e dos que nos são mais próximos sejam familiares ou amigos, descurando a partilha seja no sentido da responsabilidade ou não. Os tempos seguintes também nos devem incutir um espirito de fazer obra, em detrimento da burocracia que se consome em recursos humanos e financeiros, que vão desde as reuniões aos planeamentos desajustados às carências reais. Centremos a implementar atividades que tenham respostas para algumas questões como: O que é? Para quê? Quem? Onde? Quando? Uma equipa solidária e voluntária e feliz é uma convictamente uma equipa que transmite aos outros que recebem os contributos com uma enorme energia para saírem do confinamento em que vivem e muito provavelmente encontram naqueles seres generosos uma luz para saírem do poço negro em que se encontram. Saibamos cada um de nós olhar para o lado e ver o que outro precisa ao invés de dar aquilo que entendemos que ele necessita, quando em muitos casos só precisa de um abraço.

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 20JUL12

https://vivenciaspressnews.com/joao-lourenco-e-o-combate-a-corrupcao/ JOÃO LOURENÇO E O COMBATE À CORRUPÇÃO! Há um princípio que na vida tem permitido analisar acontecimentos: a seguir a uma grande liderança por norma vem um líder fraco, nas instituições, nos clubes e até nos Estados. Mas, há sempre exceções! Angola, precisa dessa exceção, porque corre o risco de deitar fora mais uma oportunidade para criar uma linha de desenvolvimento estratégico. Apesar de estarmos na diáspora acompanhamos com atenção redobrada os acontecimentos que vão surgindo na grande Pátria de Cabinda ao Cunene. Pode ser um erro de perceção ou de falta de leitura atenta, mas a nossa Angola, carece de um conceito estratégico nacional e que permita envolver mesmo em momento de crise pandémica os governantes e os governados. Temos fé que a liderança do país, será pujante e forte, por bons anos, mas tenhamos a compreensão de que está a ser feita uma revolução sem armas e sem derramamento de sangue, esse já correu por toda a parte e durante muito tempo. Angola, precisa de um sentido estratégico desde a área económica, à social, passando por todos os pilares em que se constrói uma Nação. Mas, também precisa e muito de mudanças de mentalidade. O angolano que tenha alguma estabilidade social, deve fazer um esforço para descobrir o que pode dar mais em prol de todos e não esperar que as autoridades, o ajude. O cidadão tem que estar pronto exigir os seus direitos, sem descurar muito em especial os deveres. Não foram só os que no passado tiveram poder e que viveram ou sobreviveram com atos de corrupção, toda uma mentalidade foi-se enraizando no valor da “gasosa” para a sobrevivência quotidiana. Acreditamos que os novos quadros que regressam a Angola, após formação de alto nível na sua grande maioria, não pretende herdar uma Angola consolidada nos mesmos vícios do passado. Temos países em África que estão a dar a volta a essas questões porque perceberam, o logro em que estavam a cair pós período colonial. Angola, tem capacidade de recursos para não ficar atrás da grande maioria dos Estados Africanos, mas que tal aconteça urge apoiar todas as ações no combate à corrupção em simultâneo a força política que governa tem de definir uma estratégia de desenvolvimento económico para o País. Será sempre um erro, como se prova a atual dependência sanitária e industrial, ficar a depender de uma única Nação como a China. Esqueçamos muitos valores ideológicos que uniu governos e partidos, porque esses caminhos trouxeram pobreza e miséria, sem falar nas questões do medo e nas assimetrias sociais que são enormes. Presidente João Lourenço não tem toda uma vida para fazer história porque o próprio já afirmou que não se vai eternizar no poder, assim há que apoiar e depositar confiança para que possa fazer a necessária purga, nos representantes do Estado e para os bloqueios que vão surgindo no seio do seu partido, fazendo o necessário saneamento sempre que tiver que ocorrer, porque acima de todo o individualismo está o bem mais precioso que é a Pátria e a força que o MPLA pode e deve catapultar para o bem-estar do povo. Não temos dúvidas, que o caminho é penoso e tem que ser trilhado por todos. Os nossos herdeiros merecem receber um país muito melhor, que as gerações de governantes pós independência não fizeram ou não quiseram fazer ou também não os deixaram fazer em Angola. Angola merce mais e muito mais! No entanto, é preciso olhar para a diáspora espalhada pelo Mundo em especial a que se encontra em território de Portugal, porque desta diáspora podem resultar inúmeros apoios.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

DE AUTORIA DESCONHECIDA MAS SUBSCREVO

Os cobardes do regime Mário Coelho não foi apenas mais um toureiro que partiu deste mundo. Foi um dos melhores entre os maiores que alguma vez pisaram as arenas. Figura grande do toureio a pé, não se limitou a encantar os aficionados portugueses, mas encheu também praças por esse mundo fora, impondo-se, com arte e mestria, junto dos amantes da tauromaquia e prestigiando a Nação que o viu nascer. Para além de toureiro, Mário Coelho era igualmente um Senhor, na verdadeira acepção da palavra. Íntegro, educado e impoluto, soube também levar bem alto o nome de Vila Franca de Xira, cidade de onde era natural, granjeando o respeito e a admiração de todos os seus conterrâneos. O Estado quis reconhecer-lhe o mérito por tão bem ter representado Portugal aquém e além fronteiras, pelo que o homenageou, em 2005, com o grau de Comendador da Medalha de Mérito, distinção atribuída pelo então Presidente da República Jorge Sampaio. O mesmo Estado que agora, na hora da sua morte, o ignorou por completo. O silêncio da ministra da cultura não é de admirar, à luz das suas convicções. Carrega consigo uma agenda ideológica, que mais não visa do que dar apenas voz às minorias histéricas, desprezando ostensivamente uma maioria votada ao ostracismo. O seu ódio visceral pela tauromaquia é por demais conhecido, faceta que não a habilita para as funções que exerce, porque dela se exigiria imparcialidade em relação às actividades culturais que tutela. De Costa, já nada nos surpreende. Cínico, calculista, contorcionista, falso, não dá um passo que não tenha como objectivo agradar a quem o possa perpetuar no cargo de que se apoderou. Se amanhã se convencer de que marcar presença numa Corrida de Touros lhe trará mais vantagens do que desvantagens para a prossecução desse objectivo, não hesitará em desfilar perante as câmaras televisivas, de sorriso rasgado, junto a toureiros, como já o fez no passado. Mas de Marcelo, o seu mutismo é inaceitável! Não hesita em se pavonear no enterro de um actor que, independentemente do mérito em que se entregou à sua profissão, em momento algum projectou o nome de Portugal para o exterior, mas acobarda-se em emitir uma simples nota de pesar quando desaparece um dos grandes vultos da cultura portuguesa, com créditos firmados em todas as praças em que actuou, em particular nas mais importantes onde, para lá do nosso território, se lidam touros. Marcelo esquece-se de que foi escolhido pelos portugueses para os representar, a todos, sem excepção, e parece também desconhecer que o nosso sistema político não é parlamentarista, em que o Chefe do Estado desempenha somente um papel decorativo, mas sim semi-presidencialista, no qual se espera que o presidente intervenha como moderador, sobretudo na relação com os restantes poderes estatais. No fundo, do presidente exige-se que se comporte como um árbitro, tratando todos por igual e sem manifestar qualquer preferência por qualquer uma das partes em jogo, mesmo que as tenha. No entanto, Marcelo tornou-se igual a Costa, ou, melhor dizendo, sempre o foi, tendo apenas conseguido enganar muita boa gente que nele acreditou, estando, de momento, exclusivamente apostado em garantir apoios junto do eleitorado que lhe fugiu aquando da primeira candidatura, pressupondo como um dado adquirido a manutenção do voto dos que lhe foram fiéis no passado. Daí ter-se encostado a Costa, convertendo-se no seu principal suporte, ao invés de defender e proteger os portugueses dos abusos da governação. Ao desprezar a tauromaquia, quase nos mesmos termos em que o faz a ministra que tutela o sector, Marcelo deixou de ser, em definitivo, o presidente de todos quantos aqui nasceram, passando somente a representar uns quantos, por sinal aqueles que menosprezam os nossos valores culturais. Ao recear ofender uma minoria ruidosa, que vive num mundo lunático em que os animais são encarados como uma extensão da raça humana, Marcelo perdeu, por completo, o respeito da maioria dos portugueses, afirmando-se agora como um simples joguete nas mãos do socialismo burguês. Marcelo pode ter conquistado votos junto dessa esquerda, mas perdeu, irremediavelmente, o apoio da direita, desvanecendo-se, desse modo, o seu egoísta e patético sonho de superar o melhor resultado eleitoral em presidenciais. Provavelmente será reeleito; muitos votarão nele não por simpatia, mas sim visto como um mal menor. Mas, mais tarde, cairá no esquecimento e as gerações vindouras dele não se recordarão, enquanto que a tauromaquia, apesar dos marcelos, dos costas e das graças que por aqui proliferam como cogumelos, se manterá viva e com as praças cheias de aficionados. O regime está atolado de cobardes. No entanto, jamais nos vergaremos perante eles.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

PLATAFORMA E-GOV.COM

http://plataforma-egov.com/cronicas/o-desconfinamento-da-confianca/?fbclid=IwAR2xgzJyJvk-yKpJqFx3eIx2g7gIev0KUlcfecCFGEqoDj-06uYVyzgA5Z0 O DESCONFINAMENTO DA CONFIANÇA O cidadão latino e em especial o português tem a tendência para em padrão normal desconfiar do governante, do patrão, do árbitro de futebol, do sindicalista e tudo o mais. Mas, ao invés e é padrão normal confiar nos juízes, nos policias, nos médicos, nos enfermeiros e poucos mais. Esta é uma característica muito comum, salvo algumas exceções que o mundo mediático nos proporciona conhecer, porque todos são humanos e têm tentações de todo o tipo, aos quais nem sempre há a cultura da resistência. Este período do Covid19, também nos permitiu que a desconfiança que existe para com os governantes pode tornar-se em plena confiança e derivado da cultura do medo e do terror na sobrevivência. Todo o homem ou mulher tem medo ou receios. E foi isto que aconteceu no início da pandemia e nos primeiros dias da guerra biológica que invadiu Portugal mas também o mundo no seu todo. Os nossos governantes mostraram-se deveras impreparados para uma guerra biológica, não por culpa própria de falta de competência mas em consequência do desinvestimento que tem sido feito em meios e capacidades para um acontecimento desta demissão. Sabemos que este flagelo não é exclusivo de Portugal. Mas, o país teve pelo menos dois meses para se preparar e comunicar melhor às pessoas alertando ao que aí poderia vir e repensar toda uma cultura de hábitos. O governo aí falhou porque falta-lhe as capacidades da arte de governar, esta não se aprende nas cadeiras das juventudes partidárias, ganha-se com tarimba na vida e no estudo de estratégia a pensar no futuro independentemente dos resultados eleitorais a curto prazo. Poderíamos sem dúvida estar mais controlados e existir mais confiança entre as pessoas, porque atempadamente o país estaria mentalizado para a falta de verbas, ou seja a falta de investimento nos últimos anos para mostrar uma boa imagem, isto sim foi e é milagre português continuar a enganar o povo a dizer que Portugal está bem, quando se aprova legislação para apoiar a economia e por falta de euros portugueses deixa-se a crise agravar. Assim, vamos assistindo com a crise do medo a passar e a confiança nos governantes a ser perdida, voltamos ao padrão normal com atenuar dos receios, ou seja vamos desconfinando e não confiar em quem governa. Há boas razões para isso, porque os exemplos vindo de cima não são em nada positivos nos aspetos mediáticos, para não falar que ainda não conseguimos entender qual a razão para umas vezes estarem de máscara e noutras alturas retirarem-na será pela questão do cheiro quando estão perto do povo ou entre eles estão protegidos contra o vírus. A saúde pública merece mais confinamento em muitos dos nossos agentes políticos, porque a História está carregada de líderes que enobreceram a arte de governar, com estratégia, com competência e menos populismo saloio em fazer festas por tudo e por nada.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

A. STONE

Não ficamos indiferentes a atos solidários praticados nas últimas semanas, não podendo retribuir muito é nosso dever divulgar estas boas noticias.

domingo, 21 de junho de 2020

SEM MAIS JORNAL 20JUN20

A IGUALDADE NO CONFINAMENTO Um semestre foi cumprido em 2020 e quase todo o período dedicado, no Mundo em geral, ao combate à pandemia e uma boa parte dos meses em confinamento total ou parcial. Como seres humanos estamos cansados da falta de liberdade e do desassossego geral. Prioritariamente as pessoas, em especial em Portugal viraram-se para dentro, para cada ser individual e junto dos seus familiares, não se preocupando num primeiro instante com as questões materiais e económicas. Ressaltou naquela fase as necessidades básicas de qualquer ser humano. Com o decorrer da “pandemia” da informação proveniente das redes sociais, da comunicação social e muito mais que o nosso mundo permite hoje em dia, as necessidades básicas dos portugueses foram sendo alteradas. Os nossos agentes políticos também passaram por essa fase de medo e abdicaram das suas análises divergentes, mas aos poucos foram e bem “desconfinando”, nas análises da situação. O primeiro magistrado não “desconfinou” na sua forma de atuar porque sabe que é uma muleta e um abono de sobrevivência para o Governo e também dali tem um seguro de vida para o futuro. Infelizmente, por muito que aquelas personagens digam que é preciso mudar e agir, não são exemplos a seguir porque os números de circo prosseguem. Não deixaram de dar mergulhos na praia, umas vezes usando máscara e anunciam medidas e noutros mascarados são cúmplices no anúncio de uma candidatura presidencial. Para culminar no teatro montado em Belém como se estivessem a anunciar a chegado do Divino, para comentar a realização “final 8” da Liga dos Campeões em Lisboa. Somos amantes do futebol, mas utilizar um espetáculo daqueles para vangloriar uma decisão desta natureza que foi assumida por uma estrutura como a UEFA que evita as pressões politicas, no nosso ponto de vista é um fator apelativo à falta de responsabilidades para com muitos cidadãos menos rigorosos nos cuidados da saúde pública. Na região de Setúbal em que impera a má governação das forças autárquicas de esquerda é desolador o silêncio dos responsáveis políticos da força da alternativa, o PSD. É um pesadelo! Não nos surpreende, porque há anos o partido tem estado confinado aos interesses e às amizades sem fazer politica onde tem que ser feita. O vírus há muito anos que atacou os até agora responsáveis distritais do partido e só uma abertura de diálogo, agregando novas formas de ação politica é possível acreditar em 2021, com uma vacina que retire o PSD no distrito de Setúbal do sectarismo que vive. Não temos dúvidas que o conservadorismo reinante a prosseguir, trará os maus resultados de sempre, no entanto há uma esperança jovem que se assume com responsabilidade e assente numa política de gestão olhando para os cidadãos que ainda acreditam no PSD como força autárquica, que é a nível nacional e possibilitará Voltar a Acreditar.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

PENSAMENTOS LIVRES - VIVÊNCIAS 20JUN08

https://vivenciaspressnews.com/racismo-e-muito-mais/ RACISMO E MUITO MAIS! Enquanto cidadão do Mundo mas confinado ao espaço geográfico dos países falantes em língua portuguesa, nunca nos escodemos atrás de subterfúgios para afirmar os pensamentos livres. O equilíbrio entre viver num Mundo global, numa esfera do conhecimento e partilha, onde deve imperar o respeito no humanismo e no tratamento de igualdade no que deve ser tratado como tal e saber diferenciar naquilo que diverge, são algumas decisões de uma sociedade nova que se precisa. Tendo a fé quanto baste, acreditamos que a pandemia do COVID-19 implica alteração substancial nos comportamentos de cada um. O racismo é repugnante e já era nos tempos Bíblicos, em que Deus libertou os Judeus da escravidão. Hoje, ainda há racismo na Terra, mas existe porque em muitos locais os valores sociais são tão assimétricos que depois híper valorizar-se certos episódios repugnantes e incompreensíveis. Não se combate o racismo com a força da violência. Tem de se aplicar justiça contra aqueles que praticam atos de racismo, em especial se aquelas infrações visam vangloriar atos do ego. Há racismo e é preciso combater, não só nos EUA, mas na Europa e em África e no mundo cristão e no território do Islão. Confunde-se hierarquia social e a assunção do poder para liderar e governar com controlo pela superioridade prevalecente face a outros pelos sinais discriminatórios da cor da pele. Mas, não se pode partir desta para toda e qualquer diferenciação. Não nos devemos considerar superiores a outros só pela origem do nascimento ou da qualidade de vida e crescimento, mas é de combater quando são feitas avaliações não pela competência e capacidades em função de minorias em certas regiões ou pele cor da pele. As forças de segurança e os responsáveis governativos, devem ser sancionados quanto têm atos ou tiques de descriminação social, mas de igual modo os agentes políticos e sociais de qualquer natureza também não estão isentos de responsabilidades. A justiça deve atuar e sem mácula. A disciplina social exige-se para todos. A violência não pode ser um meio de defender causas. A competência não deve ser atribuída por compadrio. O mérito e o reconhecimento são direitos de todos. Também há deveres a cumprir por todos. Estes serão alicerces do humanismo em qualquer parte do Mundo. Mas, não podemos aceitar que algumas reclamações ou protestos sejam tidos em conta, só porque não se consegue exercer a influência sobre outros. Temos que saber agir na diferenciação e na partilha da divergência, procurando os consensos na convergência. Como afirmou Morgan Freeman: “ O dia em que pararmos de nos preocupar com a Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com a Consciência Humana, o racismo desaparece.” Há raízes e alicerces sociais, com vetores culturais em diferentes partes do Mundo, no entanto o respeito pelo humanismo deve ser transversal, tal obviamente aplica-se na Europa de maioria branca, como em África de predominância negra, sem excluir o oriente e o ocidente. Uma sociedade funciona organizadamente de forma piramidal, mas quem está em baixo é igual a quem está em cima, porque muitas das nossa funções e cargos são transitórios e efémeros. Um dia feitiço vira-se contra o feiticeiro, o que não abona em nada pelo apuramento da verdade e da justiça. Saibamos trabalhar e cumprir a nossa missão de vida e pugnemos pelo humanismo sem descriminação racial, o que não significa a igualdade de classes, mas os direitos e deveres fundamentais sobre todos iguais.

domingo, 24 de maio de 2020

MIGUEL KIASSEKOKA

ATÉ SEMPRE MIGUEL KIASSEKOKA Dr. Miguel Kiassekoka Camarada e amigo Miguel Consócio e muito mais Conselheiro Iniciar uma carta com diversos “títulos”, é indicativo dos caminhos que cruzamos ou que estivemos ombro a ombro, nas causas que nos aproximou. Aprendi muito contigo, como acredito que no inverso houve algo de positivo. A amizade construída permitiu dialogar, debater e divergir, mas sempre nos permitiu buscar convergências no interesse maior das causas. Tiveste um percurso na clandestinidade e na atividade operacional, tendo mais tarde desempenhado funções e cargos quer no âmbito politico – partidário ou na esfera do serviço ao país, no sentido mais lato e sem esquecer os cargos internacionais que dignificaram acima de tudo a imagem de Angola no espaço internacional, para além do reconhecimento das tuas competências. Todo o teu passado é demonstrativo das tuas enormes qualidades que foram reconhecidas até que o infortúnio de saúde obrigou-te a vir para Portugal, onde reina muita mediocridade e inveja. Não estavas preparado e mentalizado para enfrentar certas barreiras. Mas, foste livre e sem amarras reiniciaste um novo percurso, no qual criaste novas empatias no espirito humanista, lidando com muita hipocrisia de alguns que agora te valorizam depois de teres partido. Partiste há uma semana para um lugar ao qual ainda não chegamos através das novas tecnologias que sempre defendeste como meio de comunicação, mas que não te impediram de também incentivar a vivência presencial de trabalho e de convívio. Como dizia, partiste e não pude despedir-me de ti devido aos cuidados do confinamento geral, mas isso pouca importa porque ficas na minha memória como testemunho de vida. Foste largando raízes ao longo da vida, mas acrescentaste muitos ramos de árvores na enorme floresta que foi o teu caminho, hoje, alguns dias depois de sentir que não vais trocar mensagens nem atender o telefone, sinto que há obra para acabar, estou convito que desejas que prossigam a construção de caminhos que traçaste no respeito do humanismo, mas com desprezo pela mediocridade e vigarice. Miguel, meu querido amigo, sei que não vais conseguir ler, mas acredito que as forças energéticas te irão transmitir algo, porque soubeste viver a vida e hoje enquanto alguns choram por ti, tu foste a rir porque gozaste a vida como querias. Com fé, persistência e resiliência será possível erguer colunas e construir a obra, de que gostarias, e um dia chegar perto de ti e dizer-te de novo: estamos juntos ! Miguel, até sempre!

sábado, 23 de maio de 2020

SEM MAIS JORNAL 20MAI16

VOLTAR ACREDITAR A nova era pós COVID 19, será retomada moderadamente por parte dos decisores políticos, no entanto as pessoas e em especial nas áreas económicas e sociais sentem uma motivação de aceleração o quanto antes para recuperarem tempo neutralizado. Obviamente, a política alternativa, ou seja, o PSD, não pode continuar confinado em parte alguma do país. Se o ano 2020 é tranquilo na avaliação externa que são os atos eleitorais, a prova de fogo dos decisores políticos em 2021, existirá com um obstáculo enorme ao atual PSD Nacional e em especial no distrito de Setúbal. Devem procurar um resultado honroso e dignificante da História do partido. Os cidadãos de Setúbal procuram ver os sinais que o PSD dará à sociedade, os quais com a pandemia colocou em absoluto silêncio, a maioria das estruturas. Os eleitores resistentes no PSD e os novos a conquistar tem que Voltar Acreditar nas estruturas partidárias do PSD, na generalidade, e esperam por novos rostos com jovialidade e alegria no debate, com horizontes de projeção e afastarem-se dos confinamentos das relações de amizade e profissionais que em muito têm contribuído para o afunilamento e decrescimento do PSD no distrito, não sendo, assim uma verdadeira alternativa autárquica. Um partido de dimensão nacional não pode disputar a 2ª liga autárquica em Setúbal, muito em especial pela falta de capacidade e competência dos últimos treinadores / orientadores a diferentes níveis de decisão, para não falar do banco de suplentes ou seja alguns figurantes secundários. Voltar Acreditar é necessário unir e expurgar as pequenas lutas internas, as quais devem consubstanciar as divergências em convergências agregadoras; enquanto tal não acontecer o PSD do distrito de Setúbal, não se pode orgulhar da grandeza que almeja. Debelada parcialmente o efeito da pandemia, a centralidade da política deve ocupar o espaço social que se deseja. Os eleitores / cidadãos afetos ao PSD merecem melhor, com intuito de poderem participar na resolução dos problemas futuros do País, sejam no âmbito cultural, na descriminação social e étnica, passando pelas questões profissionais. Chegou a hora de virar a página de dar a oportunidade a uma nova geração que amadureceu com novos instrumentos de intervenção e não faz descriminação de personalidades, nem patrocina conflitos de atitudes. A pandemia também serviu para se descobrir que o partido comunista que tem um peso eleitoral no âmbito autárquico é uma virose que urge combater, porque para a sobrevivência dos seus lideres não olham a meios para enganar o povo e fingirem que têm uma grande força sindical, a qual mais não serve do que ocultar formas de subsidiação da atividade politica, mesmo que coloquem em risco a saúde pública; tivemos a prova dos atos fúnebres do 1º de Maio. Possamos nós cidadãos do distrito de Setúbal contribuir para o enterro da dita Festa do Avante, quando estamos impedidos de conviver nas verdadeiras festas populares, enquanto aquela não é mais do que um evento de angariação de capital para enganar o povo. Os eleitores e militantes do PSD não podem ter receio de Voltar Acreditar na nova era pós COVID19.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

PLATAFORMA E-GOV.COM

http://plataforma-egov.com/cronicas/cidadania-livre-a-desnudez-humana-com-o-covid-19/ A DESNUDEZ HUMANA COM O COVID 19 As últimas semanas, longas e de enorme confinamento com semelhanças no mundo global, consequência o Centro do Universo passou a ser o espaço da comunicação em casa de cada um, via televisão, via telemóvel ou seja o que for, também permitiu colocar a nu a desumanidade urbana e cosmopolita, à qual muitas vezes se fecharam os olhos e ergueram-se atos de caridade e não solidariedade. Chegaram-nos imagens produzidas em direto pelos órgãos de comunicação social captando rostos em filas para recolher bens alimentares, em sinal de índices de enorme pobreza. Fomos alertados para a realidade do alojamento clandestino em “pensões” em condições inqualificáveis, apesar de há décadas atrás aquelas eram locais de referência para visitas a Lisboa. A tudo isto, é ultrajante a hipocrisia de certos políticos e em especial do atual Primeiro-ministro quando afirma que não vai haver austeridade e no passado quando foi presidente da Câmara nunca olhou o “vírus” da habitabilidade sem dignidade humana em certos locais da cidade de Lisboa. Eliminaram-se muitos dos chamados “bairros de lata” nos subúrbios de Lisboa, mas criaram-se guetos e miséria no centro da cidade. Tudo tem acontecido porque atempadamente não se atua preventivamente e a arte de governar passou a ser a reação aos problemas porque esta dá projeção e votos. Continuamos a defender que a arte de governar é prevenir e planear, deixando para as emergências a capacidade de reação. Hoje, um governante coloca-se ao nível do técnico e por vezes fica incomodado quando este sob ao patamar do decisor politico. Estamos fartos das longas conferências de imprensa da saúde que pouco ou nada esclarecessem e é confrangedor continuar a verificar o papel ridículo e ultrajante de uma Ministra da Saúde, a qual está ladeada por técnicos (como é a própria); no entanto, quando é obrigada a atuar a solo em entrevistas é um completo fiasco, porque falta-lhe a capacidade e competência para governar. Sejamos por outro lado, otimistas para que o pós-COVID19, de algumas incertezas, ainda, como dizíamos no futuro se olhe para as “residências” de migrantes no centro de Lisboa, as quais são locais com alojamento clandestino e sem controlo e vão-se espalhando pela Área Metropolitana de Lisboa. Há que encontrar soluções que podem passar pela deslocalização das pessoas para outras áreas de Portugal, fornecendo outros instrumentos de sobrevivência e estabelecendo equilíbrios ordenados de humanidade e urbanidade. Se assim, não for, se nada for feito, estamos a contribuir para o crescimento de focos de problemas sociais e quem sabe a crescerem exponencialmente; quando ocorrer um “azar” depressa aparece um decisor politico com imagem de preferência sem máscara, para dizer que estão atentos ao problema e vai ser resolvido (até cair no esquecimento). Quando falamos de migração também é preciso saber envolver os representantes dos Estados de origem desses cidadãos, porque aqueles não podem ter a cultura do distanciamento.