segunda-feira, 18 de maio de 2020

PLATAFORMA E-GOV.COM

http://plataforma-egov.com/cronicas/cidadania-livre-a-desnudez-humana-com-o-covid-19/ A DESNUDEZ HUMANA COM O COVID 19 As últimas semanas, longas e de enorme confinamento com semelhanças no mundo global, consequência o Centro do Universo passou a ser o espaço da comunicação em casa de cada um, via televisão, via telemóvel ou seja o que for, também permitiu colocar a nu a desumanidade urbana e cosmopolita, à qual muitas vezes se fecharam os olhos e ergueram-se atos de caridade e não solidariedade. Chegaram-nos imagens produzidas em direto pelos órgãos de comunicação social captando rostos em filas para recolher bens alimentares, em sinal de índices de enorme pobreza. Fomos alertados para a realidade do alojamento clandestino em “pensões” em condições inqualificáveis, apesar de há décadas atrás aquelas eram locais de referência para visitas a Lisboa. A tudo isto, é ultrajante a hipocrisia de certos políticos e em especial do atual Primeiro-ministro quando afirma que não vai haver austeridade e no passado quando foi presidente da Câmara nunca olhou o “vírus” da habitabilidade sem dignidade humana em certos locais da cidade de Lisboa. Eliminaram-se muitos dos chamados “bairros de lata” nos subúrbios de Lisboa, mas criaram-se guetos e miséria no centro da cidade. Tudo tem acontecido porque atempadamente não se atua preventivamente e a arte de governar passou a ser a reação aos problemas porque esta dá projeção e votos. Continuamos a defender que a arte de governar é prevenir e planear, deixando para as emergências a capacidade de reação. Hoje, um governante coloca-se ao nível do técnico e por vezes fica incomodado quando este sob ao patamar do decisor politico. Estamos fartos das longas conferências de imprensa da saúde que pouco ou nada esclarecessem e é confrangedor continuar a verificar o papel ridículo e ultrajante de uma Ministra da Saúde, a qual está ladeada por técnicos (como é a própria); no entanto, quando é obrigada a atuar a solo em entrevistas é um completo fiasco, porque falta-lhe a capacidade e competência para governar. Sejamos por outro lado, otimistas para que o pós-COVID19, de algumas incertezas, ainda, como dizíamos no futuro se olhe para as “residências” de migrantes no centro de Lisboa, as quais são locais com alojamento clandestino e sem controlo e vão-se espalhando pela Área Metropolitana de Lisboa. Há que encontrar soluções que podem passar pela deslocalização das pessoas para outras áreas de Portugal, fornecendo outros instrumentos de sobrevivência e estabelecendo equilíbrios ordenados de humanidade e urbanidade. Se assim, não for, se nada for feito, estamos a contribuir para o crescimento de focos de problemas sociais e quem sabe a crescerem exponencialmente; quando ocorrer um “azar” depressa aparece um decisor politico com imagem de preferência sem máscara, para dizer que estão atentos ao problema e vai ser resolvido (até cair no esquecimento). Quando falamos de migração também é preciso saber envolver os representantes dos Estados de origem desses cidadãos, porque aqueles não podem ter a cultura do distanciamento.

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