domingo, 29 de agosto de 2021

Citando Justino Pinto de Andrade

Justino Pinto de Andrade felicita José Eduardo dos Santos Presidente JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, tu sabes que não pertenço ao vasto número dos que te adulavam. Sabes, também, que pertenci ao restrito número dos que te criticavam. Sabes ainda que uma coisa é a crítica política e outra a vil traição. Hoje és traído precisamente pelos que ontem te bajulavam. Sinto nojo dessa gente que te procura transformar, injustamente, no ser mais objeto que o nosso país produziu. Não mereces essa designação, pois eles são incomensuravelmente piores. E será assim, quando a História nos julgar a todos. Neste dia em que completas 79 anos, recordo -me dos tempos em que nós, ainda jovens, nos dispusemos a consentir os maiores sacrifícios para libertarmos a nossa terra do domínio colonial. Essa fase das nossas vidas não pode ser apagada por eventuais erros do nosso percurso. Meu Companheiro de Luta, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, aqui tens os meus Sinceros Parabéns!

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Citando Padre José Evaristo Abias

Reflexão: Estou Preocupado! Tenho estado a lutar tenazmente a não me pronunciar para, em nome do meu chamado ministerial, não confundir os incautos e neófitos. Mas a consciência cidadã, o futuro eternamente adiado dos meus netos (ontem dizia ‘dos meus filhos’, anteontem dizia ‘o meu’ e receio amanhã ter que dizer ‘dos meus bisnetos’), a coerência da fé que professo e divulgo baseado no evangelho integral da graça me obrigam abrir a boca antes que a providência a feche de vez. A missão do sacerdote é servir a Deus. Contudo só se serve a Deus servindo aos homens criados à imagem e semelhança divina. Então a missão do sacerdote é inequivocamente anunciar uma fé libertadora que vise levar todos humanos a abandonar o pecado, a valorizar o céu e a vida eterna, mas também a viverem com dignidade e equidade na terra, embora peregrinos aqui. A missão do sacerdote é também profética, confrontando e denunciando o pecado em todas as suas formas e manifestações (individual, social, estrutural ou ambiental). Em suma, a missão do sacerdote é discipular o cristão para que este personifique o reino de Deus aqui em toda a sua plenitude íntegra e coerentemente. O evangelho do reino promove a paz espiritual e social. Não há paz sem justiça! Entretanto, denunciar o pecado do rei pode ser suicídio a exemplo do profeta Jeremias, João Baptista, Martin Luther King, só para citar alguns mártires da fé. Deus é soberano e pode nos livrar da boca do leão; livrar na boca do leão; ou simplesmente nos promover à glória, o que é infinitamente melhor. ‘Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?’ A missão do rei e do estado é servir o país (não servir-se dele nem ser servido por ele) visando o bem-estar político, social e espiritual do cidadão independentemente da sua crença, raça ou cor partidária; visionando um desenvolvimento que dê um legado de justiça e equidade às novas gerações. Estou preocupado com a promiscuidade entre o rei e o sacerdote. Temos cada vez mais sacerdotes que se deixam instrumentalizar ou se contaminam com ‘a comida e com o vinho do rei’ deixando a sua missão amordaçada. Já dizia alguém que para os políticos você é instrumento ou inimigo. Não quero ser inimigo (a escolha não é minha) mas não me presto a ser instrumento (a escolha é minha)! Estou preocupado com os caminhos da nossa diplomacia que se rende aos interesses materiais dos poderosos e por não apoiarem o angolano impedido de ou perseguido por praticar da sua fé em alguns países confessionais (islâmicos) e fingir cegueira diante do expansionismo de ideologias extremistas e perniciosas, ‘ignorando’ a sua agenda em nome de uma laicidade parcial, profana subordinada a interesses inconfessos. É como criar um filhote de leão e não pensar que no dia da fome ele será leal à sua natureza e você será a refeição; ou ter uma víbora por animal de estimação sem ter em conta a letalidade de sua picada. Quem não aprende com a história… Estou preocupado com a degradação sociopolítica e económica do país, num clima em que os preços sobem de elevador e o cidadão, já mutilado, é obrigado a acompanha-los pela escada. Diz o velho adágio que “é nas águas turvas que se pega o bom bagre”. Será que existe algum pescador a turvar as águas? A guerra pós independência foi o turvar das águas pelos partidos políticos e pela comunidade internacional. As guerras eleitorais e pós eleitorais são o turvar das águas pelos beligerantes que não olham para meios para alcançarem seus objectivos. ‘O povo é a razão (?) e a vítima destas lutas! Também é turvar as águas o afastamento ‘legal’ do cenário político de todos os potenciais candidatos sérios, o que compromete a democracia no país. O ‘afastamento do cenário legal’ dos que defendem a independência dos poderes compromete o equilíbrio destes. Também é turvar as águas a instrumentalização e manipulação dos órgãos de informação que a serviço dos políticos diabolizam e descredibilizam todos os adversários que o regime não consegue amordaçar. Isto compromete a sua isenção e consequentemente a liberdade a todos os níveis. O cenário eleitoral que se criou em que o deputado ‘cabeça de lista’ é o Presidente da República subordina o legislativo ao executivo e confunde a missão dos dois. Ter magistrados que têm a história de uma militância partidária fanática (doutrinados a ser cegamente leais a um partido) compromete a isenção e a imparcialidade da justiça. Ao permitir que o Presidente da República possa ser concomitantemente presidente de um partido político partidariza o estado, divide os cidadãos e compromete a lealdade de todos os cidadãos na construção uma nação una. Dificulta entender se ele fala nas vestes de presidente da nação ou nas de presidente de seu partido. Um dos princípios da economia é que o dinheiro não se perde. Sempre que ele some do teu bolso entra no bolso de outro. Há quem esteja ou tenha enchido os bolsos à custa da miséria do povo. É um ‘assalto’ feito legalmente permitir uma desvalorização imoral do salário do trabalhador, enquanto alguns ostentam insanamente e para ludibriar o povo se apresenta um ‘boi de piranha’, digo, um Lussati. A sobreposição ou substituição da competência pela militância, a ocupação de posições por causa dos privilégios e do prestígio que elas oferecem e não pelo serviço exigido, desvirtua e descaracteriza o esprito de sacrifício tanto na política quanto na religião. Afinal quem não serve não serve! Numa situação normal, num país normal apelaria à prerrogativa constitucional de o povo se manifestar pacificamente para comunicar aos governantes a sua insatisfação e para pressioná-los a cumprir com as promessas de campanha. Entretanto, ao longo dos anos, aprendi que se assim se fizer, a inescrupulosidade do sistema não hesitará em infiltrar agitadores que provoquem violência para justificar uma repressão ainda mais atroz. Não acredito na santidade da oposição mas acredito que a alternância seria um mal melhor e reduziria sobremaneira a acomodação e os vícios criados pelo excesso de tempo na governação, além de melhorar em muito o actual estado calamitoso. O voto justo e consciente lembraria aos político que o povo que os mandata também pode-lhes retirar o mandato pela mesma via se não lhes serve. Há quem advogue a criação de um partido cristão mas esta não é a vocação do Evangelho. Acho que foi por isso que Deus chamou Moisés para liderança política e Arão para o sacerdócio. A história bíblica mostra que Deus sempre agiu assim. Saul-rei e Elias-profeta, David-rei e Natã-profeta etc. Não que ser rei signifique ser profano ou ser sacerdote signifique necessariamente ser santo. A historia também tem demostrado que quase todos os sacerdotes que trocaram o templo pelo palácio acabaram fazendo igual ou pior do que os impios, salvo raras e louváveis excepções. Pronto, desabafei mesmo que não me saia barato! Sei que muitas vezes a semente da fé só floresceu regada com o sangue dos mártires. Também sei que nem mesmo um fio de cabelo cai de nossa cabeça sem a permissão de Deus. Que Deus nos ajude e dê discernimento; que Deus tenha misericórdia desta nação; que Deus nos dê governantes íntegros e justos; que Deus nos dê sacerdotes servos e tementes; que Deus restaure e avive a sua Igreja!

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

CITANDO GRAÇA CAMPOS

Sou militante do MPLA e preocupado com novos tempos em que é preciso mudar muita coisa em especial na cultura das mentalidades. MPLA e os novos tempos Inebriado pela grande adesão que encontrou em Luanda e noutros grandes centros urbanos no seu regresso do maquis, nos anos 70 o MPLA criou um slogan propagandístico que tinha tanto de quimérico quanto de falso. Segundo esse slogan, o “MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA”. Proclamada a independência, em 1975, o MPLA atribuiu-se o papel de vanguarda da sociedade. Reclamando para si o direito de ser tutor de todos os angolanos, o MPLA chamou o dever de interferir em todas as esferas da vida nacional. Através do Departamento de Quadros do seu Comité Central, o MPLA passou a determinar a categoria de angolanos que deveriam estudar nos países ocidentais e quais os que deveriam ir a Cuba e outros países comunistas; O MPLA passou a designar os anos. Para o exercício de funções de responsabilidade no aparelho do Estado estabeleceu como requisito incontornável não o mérito mas a militância. No auge da euforia revolucionária, o MPLA até se permitiu a caprichos de colocar filtros: a meio da década 80, decidiu que não era do MPLA quem quisesse, mas quem merecesse. O subjectivismo inerente a essas opções levou a que o MPLA fosse entupido de militantes medíocres, oportunistas e sem carácter. Cidadão valiosos foram preteridos. Porque não tinham a chancela do MPLA, milhares de cidadãos viram frustrados os seus sonhos académicos, profissionais e outros. Em 2013, quando aludiu, pela primeira vez, à acumulação primitiva do capital, o então líder do MPLA assegurou que acesso à riqueza não discriminaria ninguém. “A nossa lei não descrimina ninguém. Qualquer cidadão nacional pode ter acesso à propriedade privada e desenvolver actividades económicas como empresário, sócio ou accionista e criar riqueza pessoal e património”. Mas o que sucedeu é que, mais uma vez, o MPLA chamou a si os critérios da distribuição da riqueza nacional; passou a numerar e a nomear os assentos da mesa onde era servido o repasto. Passados 40 anos, o MPLA não consegue libertar-se da armadilha que ele próprio criou e caiu. Continua dominado pela fantasia de que é “o único e legítimo representante do Povo angolano” e de que a sociedade tem de continuar moldada de acordo com as suas birras e caprichos. É essa razão que explica a colérica reacção do MPLA ao surgimento da Ampla Frente Patriótica para Alternância. Além de colérica, na reacção do MPLA abundam, também, a petulância e – o que já vem sendo um inquietante hábito – a deselegância. Desde 1992 que o MPLA vem sendo confrontado com o facto de que nem todos os angolanos se identificam com ele. A existência, desde aquele ano, de uma Assembleia Nacional multipartidária, é a prova acabada de que milhões de angolanos têm outras escolhas políticas e partidárias. Mas o MPLA toma essa realidade como ficção. Por isso, continua com o seu chip programado nos modos de “único e legitimo representante do povo angolano” e do “MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA”. De acordo o jornalista José Gama, do Club-K, 7 dos 11 juízes que compõem o Tribunal Constitucional têm vínculos com o MPLA O surgimento da Ampla Frente Patriótica despertou-o, mais uma vez, para a realidade de que sempre foi ilusória a ideia de que o MPLA é o único representante dos angolanos. A cólera que tomou conta do MPLA impeliu-o a uma sucessão de erros, mas também a uma tardia confissão. A declaração de que Adalberto da Costa Júnior tem a sua liderança na UNITA presa “por um fio” é confissão de que o MPLA fez do Tribunal Constitucional mais uma dos seus vários apêndices. De outra forma, como compreender o categórico prognóstico, num processo que era suposto estar sob segredo de justiça? Não era suposto o MPLA ter conhecimento dos meandros de um processo que tramita no Tribunal Constitucional. A “orientação” está dada. Adivinham-se consequências se o TC não agir em conformidade com a vontade do Kremlin. Por outro lado, a afirmação de que a Frente Patriótica Unida é “um projecto que não tem credibilidade, não pode ser levado a sério e, portanto, não tem condições de se apresentar como alternativa democrática ao projecto de Nação do MPLA” antecipa-se ao futuro pronunciamento do Tribunal Constitucional sobre o assunto. Num notável texto que publicou a semana passada no seu Club-K, o jornalista José Gama revelou que 7 dos 11 juízes que compõem o Tribunal Constitucional têm vínculos com o MPLA. Segundo o director do Club-K, um portal com “toupeiras” em quase todos os centros de decisão do país, a bancada de juízes do MPLA no Tribunal Constitucional seria constituída por Guilhermina Prata, Simão de Sousa Victor, Carlos Alberto Burity da Silva, Maria de Fátima de Lima D’Oliveira da Silva, Júlia de Fátima Leite Ferreira, Carlos Magalhães e Victória Manuel da Silva Izata. Além disso, Juvenis Paulo, director do Gabinete de Partidos Políticos do Tribunal Constitucional, é, também, um assumido militante do MPLA. Com a asfixiante maioria de juízes próximos ao MPLA, o Tribunal Constitucional dificilmente se eximirá de seguir a “orientação” muito explícita do Secretariado do Bureau Político do partido governante. Quarenta e seis anos ininterruptos no exercício do poder tornaram o MPLA num partido autista e envelhecido e estruturalmente avesso a ideias outras. No dia 21 de Abril deste ano, Fernando Pacheco publicou no Novo Jornal um interessante artigo a que deu o título Uma reconciliação que tarda. Nele, o respeitado agrónomo diz que o “MPLA revela-se um partido envelhecido, sem ideias para enfrentar os actuais desafios da sociedade angolana. Continua a seguir a mesma cartilha de há 30-40 anos em quase todos os domínios, repetindo de modo rotineiro eventos e actividades ano após ano, mês após més, com festejos e reflexões que nunca trazem nada de novo. Não se vê uma inovação organizativa ou metodológica, nem em termos de projectos”. É essa organização envelhecida que vê numa trivial afirmação de que “Angola precisa de adoptar um Programa de Emergência Nacional para tirar o País da crise em que se encontra” um claro incitamento “aos angolanos à rebelião e à desobediência às instituições legítimas”, e confunde a constatação de que a “incapacidade do governo de resolver os problemas sociais tornou-se estrutural e congénita, tendo transformado a falta de água potável, as doenças endémicas, o desemprego, a educação sem qualidade, a falta de saneamento básico, a incompetência do governo e a corrupção em verdadeiros inimigos do povo angolano” com um convite aos jovens “para as más causas, como a realização de manifestações violentas e a vandalização e destruição de bens públicos.” O comunicado do Secretariado do Bureau Político do MPLA esteve a um triz de tomar a declaração da Ampla Frente Patriótica para a Alternância como uma declaração de golpe de Estado e de reputar Adalberto Costa Júnior, Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes como um perigoso trio de conspiradores a soldo de forças estrangeiras. Mas a diabolização da Ampla Frente Patriótica e ódio que vai sendo destilado contra os seus três líderes nos órgãos de comunicação social públicos e nas redes sociais sugerem que há, no envelhecido MPLA, gente muito tentada a declarar o Estado de Sítio para conter todos quantos dizem que o actual modelo de governação do país está esgotado. Na abertura do presente ano judicial, no último dia 30 de Março, o Presidente da República, João Lourenço, disse isto: “(…) Que a Justiça angolana cumpra com o seu papel, o Chefe de Estado não vai interferir na acção da Justiça em violação da Constituição, como pretendem que o faça (…) No dia 7 de Agosto corrente, o Secretariado do Bureau Político do MPLA, cujas reuniões são presididas pelo mesmo João Lourenço, enviou esse “recado” ao Tribunal Constitucional: “(…) o projecto (Ampla Frente Patriótica para a Alternância) não tem credibilidade, não pode ser levado a sério e, portanto, não tem condições de se apresentar como alternativa democrática ao projecto de Nação do MPLA” Perante isso, em quem os angolanos devem apostar as fichas? No João Lourenço do dia 30 de Março ou no do dia 7 de Agosto?

domingo, 1 de agosto de 2021

ARTIGO RECUSADO PELO SEMMAIS JORNAL

Há anos que colaboro com o Jornal do Distrito de Setúbal, faço-o por gosto e amizade, acreditando que o jornal possa ter uma linha editorial própria nunca fui limitado e condicionado na minha escrita; infelizmente, parece que a liberdade está acabar em certos meios de comunicação social. Publico neste espaço o texto que foi recusado fazer parte da edição habitual do jornal. Há palavras que incomodam, paciência! CARTÃO VERMELHO AO REGIME! O regime político tem violentamente agredido o povo português, a sociedade no global, porque ainda se rege por regras e culturas herdadas do pior do Estado Novo e dos processos estalinistas do PREC. Fazem-se Leis e outros normativos de governação, como mudamos de roupa, sem respeito por nada e nem avaliação adequada aos impactos. Aplicam-se normativos que não são mais do que atos de censura às contestações e condicionando a liberdade dos cidadãos. Têm que se alterar muitas condutas no seio dos partidos políticos, saneando o caciquismo vigente. Uma pergunta para acompanhar nos próximos meses: o que leva cerca de trinta (10%) candidatos às Câmaras Municipais, voltarem ao sufrágio, depois de já terem desempenhado no passado o cargo e posteriormente terem assumido outras funções? Será que a sua preocupação é o elevado espirito de serviço público com recurso à “bazuca” que aí vem nos próximos anos? Acreditamos que muito mais haverá para denunciar e investigar. O povo continua contente com as narrativas que surgem episodicamente na comunicação social; com ministros a omitirem verdades ou mentirem sob áreas da sua jurisdição, vai-se sabendo das cunhas para apadrinharem cargos e destapam-se negociatas do hidrogénio e tantos mais. Como sempre estes casos, no presente saem incólumes! Mais tarde, abrem-se processos com muito tempo de atraso, porque o sistema judicial não tem meios de trabalhos, e quando se apura matéria de direito para punir crimes já todos têm idade muito madura e estão doentes ou tudo prescreve e assim, quem paga? O povo porque está calado! Negociatas entre os partidos que apoiam o Governo com efeito nas eleições autárquicas, permitindo ao partido maioritário apresentar candidatos fracos em certas capitais do distrito (nomeadamente na margem sul) para não criar dificuldades aos comunistas. Tudo acontece nas margens e no pesadelo de travessia de Rio, que não sabe onde vai terminar a barragem final, mas que continua a receber “inputs” provincianos de nortadas que só contaminam os seus servidores, que não sendo livres são condicionados no seu livre arbítrio de pensamento e em agir. Apresentam-se investimentos públicos neste país sem uma avaliação do custo / beneficio para as próximas gerações, porque o que interessa é gastar o dinheiro disponível o mais depressa possível, em especial o que vem da Europa, porque o outro à custa do endividamento, será tudo para resolver daqui uma geração de governantes. Assim, vivemos nestas duas últimas décadas de governação socialista! Com a globalização a influenciar Portugal, também muitos tendem a caminhar multi-negócios, disseminando o controlo legal das etapas, seja no desporto ou em qualquer outra atividade económica do país. Se os portugueses não tiverem uma consciência de cidadania e dever cívico, em breve, quando acordarem é tarde de mais. É hora de agir e expulsar do regime muitos vendilhões do templo que atuam na sociedade portuguesa, já não basta o diálogo construtivo é preciso limpar o esterco da política e chega o momento em criar uma revolta coletiva para mudar o regime que falta ao respeito no humanismo e na salvaguarda das próximas gerações. Colhemos o exemplo histórico da “Padeira de Aljubarrota”, não será preciso desperdiçar óleo queimado, mas será preciso limpar quem desgoverna e quem não tem condições em assumir uma alternativa séria e credível. Seria fácil neste período desejar a todos umas boas férias e um bom descanso, mas a perigosidade social, financeira e política que vivemos não nos permite expressar esses desejos sem deixar estes alertas à consciência coletiva, olhemos para o futuro, para que as próximas gerações não venham a sofrer todos estes dissabores ou eventuais conflitos armados que possam acontecer quando se criam condições de radicalismos. Não há mais paciência para estas condutas políticas, todos temos instrumentos à nossa disposição para usar e exercer os nossos direitos e deveres de cidadania, não deleguemos na vizinhança. Expulsemos da governação os agentes políticos que não conhecem a arte de governar, mas tão-somente o carreirismo e o compadrio, o que se aplica de igual modo, à falta de alternativa na oposição democrática. Deixaremos para momento oportuno as análises autárquicas de 2021, as quais ocorrendo em breve não justificam tudo quanto de mau se venha a passar em período pandémico.