sábado, 27 de julho de 2019

FRAQUEZA DAS LIDERANÇAS

É doutrinário que uma liderança fraca e que não transmite poder, em especial num partido político, não consegue aglutinar e consequentemente a sua arma de defesa é censura dos críticos, o afastamento dos mais capazes e mais competentes e rodear-se dos subservientes. Há anos que acontece na humanidade aquela doutrina e PSD não é exceção nos diversos níveis de hierarquia em fazer politica, desde o patamar nacional até ao de freguesia, incluindo e muito as distritais e seções de concelhia. Hoje a situação é de enorme gravidade e aterradora devidos às decisões que se têm de ser tomadas a curto prazo, com implicações no futuro do país. Afastar pessoas capazes das listas porque são críticos, não faz sentido. Em coerência os próprios deveriam não aceitar integrar listas de representatividade, mas compreendemos as razões porque o devem fazer, atendendo aos cenários desastrosos que avizinham. Gostaríamos, estar enganados! Se nos enganarmos assumiremos os nossos erros. Mas, um líder dizer numa entrevista que não tolera um grau de crítica, é intolerável. Se no passado recente o paradigma tivesse sido utilizado hoje não seria líder do PSD, estaria out! Rui Rio, auf wiedersehen Terminamos com um poema de um amigo Severino Moreira PERDIDO A flecha com raiva sobe, E é a força que depois se me esvai e sucumbe, Nesta letargia da vontade agrilhoada, Onde só a teimosia me desafia e incumbe. Se falha a explicação da metafísica O que será então que em mim ecoa e zumbe? O que há em mim que de mim mesmo não abdica, Mas que não há destino que pare e chumbe?

PENSAMENTO LIVRE - VIVENCIAS 19JUL26

https://vivenciaspressnews.com/mito-do-choque-geracional/ MITO DO CHOQUE GERACIONAL Não somos historiadores, mas estudamos e lemos, além disso observamos e analisamos, provavelmente são características raras nos comuns dos mortais, devido à escassez de tempo quer pela falta de planeamento, quer por comodismo e também se podem incluir as questões de muitos que todos os dias têm que lutar pela sobrevivência, consequentemente afirmamos que não há choque geracional. Duvidamos da igualdade de classes porque o homem e qualquer sociedade ou instituição governa-se e gere-se de forma piramidal, apesar de existirem modelos autocráticos e outros mais democratas. Uma liderança afirma-se com o tempo e na confiança que se transmite aos outros, pelas decisões assumidas, mas também pela comunicação produzida. Duvidamos muito quando apareceram uns arautos da desgraça incompetente e nalguns casos da irresponsabilidade afirmarem que hoje há um choque geracional e no caso concreto em Angola. É um mito! A diferença de mentalidades existe hoje como existiu no passado entre as várias gerações, com a grande diferença na atualidade a comunicação fluir muito rapidamente e as decisões governativas por vezes são ultrapassadas pelas circunstâncias do momento. Hoje, existe uma juventude em idade adulta com uma formação em média mais elevada que no passado recente e com um grau de conhecimento e daí advindo maior exigência nas medidas tomadas. No entanto, e infelizmente, o nível de vida da população está num patamar demasiado baixo, para que as instituições consigam acorrer a tudo e a todos. Infelizmente, Angola perdeu oportunidades de crescimento face a todos os acontecimentos históricos durante duas gerações para atingir sejamos realistas será preciso o dobro do esforço do que era no passado, para tal é preciso todos acreditarmos que melhores dias virão para os nossos netos. Será de todo impossível acreditar que em dois anos de governação se corrija tudo, o problema é que as expetativas eram (são) maiores que as certezas até por existirem fatores dependentes das relações internacionais cada vez mais acentuados. Tenhamos fé e acreditemos na mudança gradual e consolidada. Sem intuito de criar um conflito de qualquer espécie talvez seja o momento de o Governo criar instrumentos de incentivo para alguns bons quadros regressarem ao País com condições de subsistência para darem o melhor que sabem no amor a Angola. Um Estado é soberano, quando a justiça, a saúde e a educação funcionam em pleno, resultando daí mais tarde a capacidade de outra natureza, como a defesa e segurança, entre outros pilares. Angola, pode e deve tornar-se uma potência regional, por reunir capacidade de intervenção militar exterior, mas tem que olhar a sua retaguarda económica no interior do país. Eu acredito em Angola!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

SEM MAIS JORNAL 19JUL20

SEPARAÇÃO DA POLITICA DA JUSTIÇA É comum ouvir os políticos, em funções, afirmarem com frequência que o que é da política à política diz respeito e à justiça o que é da justiça. Estes chavões são usados quando os assuntos tocam diretamente ou indiretamente aos mesmos. Esta abordagem resulta depois de mais uma vez ouvir uma entrevista demagógica do atual Primeiro-ministro, que usa a demagogia em pleno e mente descaradamente quando convém. Teve a veleidade em afirmar que nunca vislumbrou sinais de corrupção no seu ex-camarada e ex-Secretário geral do Partido Socialista e foi mais longe se soubesse sinais de atos de corrupção no seu partido ou em qualquer outro denunciaria às autoridades. É preciso descaramento! Recordemos e pesquisem as declarações em 2005 até 2009 do próprio, cada vez que se analisava o caso Freeport. Ora sem saber o que estava em causa e porque só haveria indícios para investigar, foi daqueles que afirmou tratar-se de uma cabala. Infelizmente, uma cabala para a propaganda do regime, mas que nunca foi investigada convenientemente. Não nos recordamos que nessa altura e nos anos subsequentes tenha defendido a razão da denúncia às autoridades e tenha dado um passo para contribuir na investigação em público, pelo contrário sempre procurou desacreditar a investigação e incluindo menosprezando os investigadores da Policia Judiciária. Chegou ao Governo de assalto nos últimos quatro anos e quase nunca se pronunciou sobre questões de legislação no combate à corrupção. Em final de legislatura afirma que é uma prioridade no próximo ano, o combate à corrupção. No entanto cria legislação para penalizar os denunciantes e desproteger testemunhas, tal como no passado recente. António Costa, mente descaradamente para enganar tolos e os menos atentos. Quando os índices internacionais e as instituições avaliam o “grau” de corrupção que funciona em Portugal, a mesma personagem faz considerações menos abonatórias em relação aos relatores dos estudos e responsáveis das instituições, puxando por valores de autonomia nacional. Não é o único político deste calibre! Os cidadãos livres devem exigir a publicitação dos maiores devedores da banca em especial da Caixa Geral de Depósitos, porque terão sido cometidos crimes de gestão danosa que afeta o interesse público, são milhões de euros que foram desviados do investimento público para colmatar situações financeiras. O sigilo bancário e comercial não pode ser mais relevante que a denúncia criminosa destes atos. Se assim, continuarmos com a falta de transparência, a hipocrisia reinante na classe politica e transversal aos partidos permite que estas promiscuidades e as demagogias protejam os mesmos. Consequentemente, não nos podemos indignar com o financiamento ilícito das campanhas eleitorais nem devemos levar a mal, que um Presidente de Câmara desvie bens de solidariedade ou o simples funcionário de repartição pactue com apagões de processos. Os cidadãos não podem e não devem tolerar mais certos chavões da classe politica e neste caso do atual Primeiro-ministro porque estamos a perpetuar o desenvolvimento económico e cultural de Portugal, sabendo de antemão que as crises surgem mais depressa do que se pensa.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19JUL18

https://vivenciaspressnews.com/quotas-e-um-atestado-de-minoridade/ QUOTAS É UM ATESTADO DE MINORIDADE Nunca nos refugiamos no politicamente correto e sempre pautamos a nossa conduta pela igualdade de direitos e respeito pelo humanismo em qualquer parte da Terra, respeitando as culturas e raízes de cada povo. Acontece que devido e bem à comunicação que hoje as redes sociais produzem os decisores políticos e não só, são contaminados pelos fatos e atos que ocorrem a cada momento e ao invés de na maioria das situações pensarem e ponderarem antes de decidir, começam a reagir anunciando decisões sem ponderarem convenientemente. Somos redondamente contra a aplicação de quotas na composição de listas dos partidos políticos em Portugal, como também não tem que acontecer em sentido inverso nos outros países integrantes da CPLP. Tolerando a aplicação de quotas no caso do género pela facilidade em que há possibilidade na identificação da distinção entre homem e mulher, replicando para a cor de pele a diferenciação nem sempre é fácil. Impondo-se uma medida deste tipo é uma solução fácil que a prazo não resolve os problemas de igualdade e isso podemos constatar nas assimetrias salariais entre homem e mulher. Enquanto líder associativo nunca fizemos distinção do género e na cor da pele na composição das equipas, porque as vantagens de composição de equipas de trabalhos mistas é imensa. A imposição de quotas é uma medida popular, prejudicando em muito o trabalho de base na educação, na inclusão social e na meritocracia. Uma sociedade como império romano foi tomando medidas sem consolidação dos valores através da educação, é uma sociedade decadente. Acreditamos e lutamos pela igualdade de direitos assente no humanismo, sendo assim incentivamos a todos os cidadãos que vivem em Portugal, labutam neste retângulo da Europa, devem impor-se pelo mérito, pelas suas competências e assumir as responsabilidades sem qualquer preconceito, só deste modo estaremos todos a contribuir para uma sociedade com menos assimétrica. As medidas que sejam tomadas por questões de moda são levianas e rapidamente deixar de produzir os efeitos. Mas, estes princípios de igualdade devem ocorrer em Portugal como há a obrigação em ocorrer em África quando as minorias são outras. No desporto e na maioria das modalidades coletivas ou individuais as diferenciações ocorrem apenas nas questões de género. Elogiamos os partidos e associações que sem imposição de quotas possuem rostos visíveis mostrando a qualidade do mérito e competência dos cidadãos e repugnamos solenemente as movimentações de natureza baixa para com todos aqueles que utilizam subterfúgios argumentativos sem assumir a sua natureza xenófoba. Fomos educados nos valores expressos neste texto, e disso procuramos dar testemunho de vida, sabendo de antemão que a vida é de uma enorme resiliência e persistência. E apreciamos que os nossos progenitores que se riram quando chorávamos ao nascer, queremos que quando morrermos com um sorriso da vida linda que tivemos, que sejam os nossos descendentes a chorarem pela nossa partida.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19JUL11

https://vivenciaspressnews.com/casa-de-angola-4/ CASA DE ANGOLA – 4 A Casa de Angola enquanto instituição histórica, em 2019 está inserida no seio de uma sociedade bem diferente do que há uma década atrás. Os seus associados como na maioria dos clubes e associações possuem um menor espirito associativo. A liderança tem que ser criativa e agregadora, porque o equilíbrio entre o cumprir normas do direito português também tem que atender a princípios e valores da comunidade angolana. Por outro lado, vivemos num mundo onde muitas pessoas comunicam mais facilmente em especial na propagação de inverdades ou de cenários irrealistas no cumprimento das responsabilidades associativas. A Casa de Angola é uma instituição histórica de referência e representativa dos angolanos, mas também foi, é e continuará a ser um espaço onde nascidos em Angola e seus descendentes matam saudades a diversos títulos. Hoje, mais do que nunca o respeito pela diversidade e o humanismo deve ser mantido nas atividades da Casa de Angola. Não podem existir diferenciações nem rótulos, seja a quem for para melhor acolhermos na Casa de Angola. A Casa de Angola pode e deve ser uma referência de partilha com outras associações da comunidade angolana, não com o anseio em liderar seja o for, mas respeitando a autonomia de todas as restantes associações e tão só prestar o apoio da “marca” no que for útil. Entendemos que a marca “Casa de Angola”, pode ser um referencial de prestação de serviço em algumas áreas, e assim libertar-se de sufoco de gestão rotineiras das associações que se encostam às facilidades dos subsídios, por isso a gestão tem que ser altamente criativa para conservar o legado histórico e fazer crescer para as próximas gerações. Se no passado recente a juventude pouco ou nada procurou a Casa de Angola, atualmente sente-se uma mudança na aglutinação dos jovens porque serão eles a dar a continuidade pretendida. A Casa de Angola não é a comunidade angolana, mas é vista como tal por muitas entidades e por muitas pessoas, no entanto a Casa de Angola pode e deve contribuir onde os angolanos se vejam plenamente reconhecidos, sejam associados ou não. A disponibilidade para servir na Casa de Angola deve ser total, mas os limites e tolerância para a maledicência tem limites, urge corrigir mentalidades e hábitos divisionistas do passado e termos a consciência que toda e qualquer instituição é constituída por homens e mulheres e todos são úteis, que devem dar um pouco de si. Mas, todos sabemos que no passado instituições e associações mui dignas extinguiram-se devido à falta de entendimento das pessoas. Podemos ainda voltar ao tema Casa de Angola nas crónicas que aqui escrevemos, mas entendemos que nestas quatro semanas foi a melhor forma de agradecermos aos fundadores da nossa “Casa” e prestar um agradecimento a muitos que no passado fizeram o melhor pela associação e deixar uma exortação de futuro, para que pelo menos daqui a dois anos possamos orgulhar ter valido apena, assumir compromissos e formalismos para salvar património material e imaterial que a todos pertence, aos amigos e naturais de Angola. Saibamos cumprir o nosso desígnio!