sexta-feira, 13 de junho de 2025

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 31

Nasci e tenho-me afirmado na vida com momentos felizes e outros nem por isso. Sempre pensei de forma livre e tomei decisões nos momentos que senti que as mesmas tinham que ser tomadas. Aderi à Maçonaria Regular por vontade própria e a partir de um convite feito de forma expontânea e sem nenhum interesse, não como alguns para receberem reconhecimentos, vantagens materiais ou progressões em carreiras. Tal como na vida tenho as minhas convições e com a idade a caminhar para meta que ambiciono na vida, um século de vida, não seria agora que iria quebrar a minha coluna; quando a negligência, a incompetência, a desonestidade e outros valores que a Maçonaria noutros tempos combatia para alterar a sociedade e hoje trouxe todos os males da sociedade para dentro da instituição. Sempre fui desde adolescente instituicionalista e respeitei os valores e os pilares de cada instituição. Ficando livre de certos compromissos estarei à vontade para contar episódios, histórias e o que entender sempre no respeito da Lei, algo que infelizmente que deixou de ser cumprido por alguns e ficam a coberto das cumplicidades reinantes. Nascemos e morremos e não levamos nenhum material, no entanto há aqueles que pensam atingir o caminho da vida eterna através da maçonaria procurando uma vida faustosa à custa dos tansos que pagam e não falam. Considero que serei Maçon até morrer porque acredito nos valores seculares, do mesmo modo serei sportinguista desde o nascimento e consolidado também em idade adulta. No primeiro talvez nem todos o reconheçam, no seu segundo caso reconheço-me! Por este espaço haverá muita escrita!

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Análise direta dos resultados eleitorais

- AD ganhou mas estagna, tens razões para se preocupar, porque no passado a queda do PS fazia ter um excelente resultado da AD; - Chega lidera oposição e não pode continuar a ser ostracizado pelos lideres partidários a começar pelo do PSD; - Decretar a extinção do CDS-PP, fazendo uma assimilação para que o PSD possa fazer entendimentos com o Chega e a IL; - Existem condições para reformas mínimas no país em especial na Constituição da República; - Oportunidade de trabalhar para contribuir no desaparecimento do PS; - PSD precisa reformar estruturas e quadros, nomeadamente Setúbal porque o resultado é apenas devido ao efeito de liderança nacional, no mais está entregue a coveiros do partido; - Há concelhos com excelente resultado eleitoral para a AD, como Alcochete, no entanto a estrutura concelhia do PSD não tem a capacidade de mobilização por incompetência e irresponsabilidade, portanto, não criem miragens oásis.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 30

Enquanto cidadão sou adepto do associativismo e da participação em grupo por parte das pessoas, sejam no âmbito institucional do voluntariado ou do profissionalismo. Nestas últimas por vezes sujeitamos a certos condicionalismos atendendo às compensações materiais e também em certos reconhecimentos do mérito, mas também nestas quando as contrariedades eram demasiadas, soube mudar o rumo dos acontecimentos e abdicar da falta de liberdade. Por maioria de razão, o fiz e faço nas associações em que a adesão foi voluntária, cumprindo os pressupostos estatutários e regulamentares. No entanto, a vida ensinou que a mentalidade de alguns medíocres é não pactuar com pensamentos divergentes, e quando têm pequenos poderes são mais arrogantes que todos aqueles que criticam. Isto, não invalida, que é preciso cultivar tolerância, perseverança e resiliência perante a injustiça direta ou indireta; é necessário ouvir, auscultar e acima de tudo tomar decisões. Não há decisões perfeitas no momento em que são tomadas, o tempo encarregar-se-á de as avaliar. Também aprendi a estar no seio das instituições mais discretas ou abertas e adaptar-me à cultura. O que não tolero é a inoperância e negligência perante fatos e atos em que é dada a razão a quem se sente prejudicado. Portanto, há um momento, em que o silêncio deixa de ser compreensível, podendo ser interpretado como conivência com interesses escondidos ou por cobardia. A cobardia nunca foi a minha natureza, pelo contrário apesar de Cristão nunca ofereci a outra face e fui aos combates, ganhando ou perdendo, mas com verdade e desmontando o que seja necessário. Volto a referir gosto da partilha, do convívio social e do cumprimento de todos os pressupostos enunciados, mas quando se ultrapassa um limite temporal urge divulgar tudo que se sabe e sem receios em fechar um ciclo. A vida faz-se de ciclos e de interdependências, quando se fecha uma porta outra se abre.

sábado, 3 de maio de 2025

HISTÓRIA 96

Durante o ano 1997, fui juntando alguns sportinguistas em Luanda, para culminar em 1998 com a fundação do Núcleo Sportinguista de Luanda. Aqui fica uma foto do momento.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Citando Nuno Miguel Henriques: Luto Nacional – Parecer e Esclarecimento de Protocolo

O Decreto nº 6-A/2025 que estabelece o Luto Nacional que produz efeitos nos dias 24, 25 e 26 de Abril de 2025, pelo falecimento do Chefe de Estado do Vaticano e líder da Igreja Católica (Papa Francisco), é enquadrado na Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português publicada em 2006, deve ser respeitada com os preceitos habituais de Luto Nacional. O Luto Nacional foi declarado pelo falecimento de personalidade de excepcional relevância, conforme previsto no ponto 3 do artigo 42º da Lei nº 40 de 2006, recordando que Lisboa, Capital de Portugal é uma das raras sete cidades do Mundo, que têm uma Patriarcado da Igreja Católica, havendo tradições históricas e culturais intrínsecas no povo português e a religião, através do papa de então, Alexandre III, que reconheceu a independência de Portugal em 1179. Com o Luto Nacional recomenda-se o cancelamento ou adiamento de festividades, momentos musicais e de folia e ritos festivos, mesmo em Pré ou Campanha Eleitoral, tal como aconteceu em Portugal com o falecimento de Amália Rodrigues, reconhecida artista, em 6 de Outubro de 1999 com eleições legislativas em 10 do mesmo mês e ano ou a morte da Irmã Lúcia, pastorinha de Fátima, em 13 de Fevereiro de 2005, com eleições também legislativas agendadas para dia 20 do mesmo mês e ano, sempre de três dias, como outros exemplos, que fizeram uso e costume como forma de preceito normativo e inerente cancelamento ou adiamento de festividades, divertimentos e acontecimentos lúdicos e de ócio, sem nunca terem existido controvérsias, já que o respeito institucional até 2025 tem sido unânime por parte de políticos e agentes sociais em termos de Protocolo no que concerne ao Luto Nacional. Não se deve confundir com a ideia criada e difundida sobre o nosso Estado ser Laico ou não, para se respeitar ou não o Luto Nacional, pois também existiu Luto Nacional, por exemplo pela Morte da Rainha de Inglaterra e Portugal não é uma Monarquia, mas sim uma República. Havendo decreto publicado sobre o Luto, deve o mesmo cumprir-se Protocolarmente, lembrando que o Estado irmão de Espanha, também decretou três dias de Luto Nacional, pelo falecimento da mesma personalidade Católica e Chefe de um Estado Europeu, neste caso do Vaticano. Ora, sendo o dia 25 de Abril, uma efeméride adiável na sua comemoração, pois nem sequer no presente ano civil se comemora uma data redonda, como aconteceu no ano transacto, é entendido que as instituições públicas e privadas, cumpram o Luto Nacional com a colocação da Bandeira a Meia-Haste, mas simultaneamente na abstinência de manifestações que colidam com a tradição e o pesar, não devendo abrir-se precedente para memória futura, que pode causar incómodos e colisões graves de Protocolo. Como especialista, autor e professor de Protocolo, assino o presente parecer e dou público testemunho, por me ter sido solicitado o meu entendimento, para ajudar nas decisões eventuais, em particular de autarquias e outras entidades. Aos, 24 de abril de 2025 Nuno Miguel Henriques

quinta-feira, 24 de abril de 2025

CITANDO: Papa Francisco: Bem-Aventuranças para os bispos

1. Bem-aventurado o bispo que faz da pobreza e da partilha o seu estilo de vida, porque com o seu testemunho está a edificar o reino dos céus. 2. Bem-aventurado o bispo que não teme regar o rosto com lágrimas, para que nelas se reflitam as dores do povo, os labores [fadiga] dos sacerdotes, [e] quem encontra no abraço daquele que sofre a consolação de Deus. 3. Bem-aventurado o bispo que considera o seu ministério um serviço e não um poder, fazendo da mansidão a sua força, dando a todos o direito de cidadania no seu próprio coração, para habitar a terra prometida aos mansos. 4. Bem-aventurado o bispo que não se fecha nos palácios do governo, que não se torna um burocrata mais atento às estatísticas do que aos rostos, aos procedimentos do que às histórias [das pessoas], que procura lutar ao lado das pessoas pelo sonho da justiça de Deus porque o Senhor, encontrado no silêncio da oração quotidiana, será o seu alimento. 5. Bem-aventurado o bispo que tem coração pela miséria do mundo, que não teme sujar as mãos com o lodo da alma humana para aí encontrar o ouro de Deus, que não se escandaliza com o pecado e a fragilidade do outro porque tem consciência da própria miséria, porque o olhar do Crucificado Ressuscitado será para ele o selo do perdão infinito. 6. Bem-aventurado o bispo que afasta a duplicidade de coração, que evita toda a dinâmica ambígua, que sonha o bem até no meio do mal, porque poderá desfrutar da face de Deus, encontrando-a em cada poça da cidade das pessoas. 7. Bem-aventurado o bispo que trabalha pela paz, que acompanha os caminhos da reconciliação, que semeia no seio do presbitério a semente da comunhão, que acompanha uma sociedade dividida no caminho da reconciliação, que leva pela mão todos os homens e mulheres de boa vontade para construir a fraternidade: Deus irá reconhecê-lo como seu filho. 8. Bem-aventurado o bispo que pelo Evangelho não teme ir contra a maré, endurecendo o seu rosto como o de Cristo a caminho de Jerusalém, sem se deixar deter por mal-entendidos e por obstáculos porque sabe que o Reino de Deus avança em contradição com o mundo.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

CARTA ABERTA AOS MILITANTES DO PSD – ALCOCHETE

Companheiros A política faz parte da vida dos cidadãos e todos somos agentes e dinamizadores, não há como negar. Algo diferente é a política entrincheirada nos partidos, como instituições de acesso ao poder para mudar a sociedade ou comunidade. Nunca fui adepto daqueles que deturpam as regras seculares utilizam movimentos cívicos ditos independentes para aceder ao poder, o que não impede que haja participação cívica em movimentos de causas e de cidadania livre, como exerço, equilibrando com as responsabilidades de militância partidária. Aproxima-se o fecho de ciclo autárquico, no início do mesmo avisei dos perigos que se avizinhavam para a estrutura do PSD no Concelho de Alcochete. Reinava a discórdia, a falta de unidade, juntando a incompetência política à falta de disponibilidade para a causa pública ao do serviço aos outros, estavam reunidos os ingredientes para a sobrevivência dos chamados “agiotas da política”, os “chicos espertos” que nada constroem em prol do coletivo. Abril de 2025! Seis meses atrás, acreditei que seria possível alterar alguma coisa, pelo contrário agravou-se e acima de tudo por quem lidera, que não vive o mundo real, parou no tempo, muito longínquo, comunica mal e muito mal aconselhada, sequencialmente os erros são de palmatória em política. O PSD tem órgãos próprios para discutir e aprovar decisões políticas. As práticas de chamados plenários, fingindo que se ouve os militantes é uma prática de outras organizações da extrema-esquerda que anda a contaminar até nas hostes dos dirigentes distritais. Assumo publicamente que o PSD – Alcochete tem que apresentar uma candidatura própria e de unidade em Outubro de 2025, preparando o ciclo seguinte. As vaidades pessoais têm que ficar em segundo plano e o PSD – Alcochete também não pode ser muleta ou barriga de aluguer de outrem. Esta posição pública ocorre por dois motivos: 1. Não participo em plenários que não sejam os convocados de forma estatutária 2. Estarei disponível para integrar uma qualquer lista do partido de forma simbólica (último lugar), por entender que há mandatos incompatíveis com protagonismo político-partidário. Se os responsáveis do PSD – Alcochete que assumiram em Outubro responsabilidades de mudança, no entanto, agora procuram empurrar para os militantes as decisões; como dizia, os atuais responsáveis, terão que escolher um rumo caso contrário ficarão associados a um declínio maior do que ocorreu há quatro anos. Saudações Zeferino Boal

sexta-feira, 21 de março de 2025

CITANDO Jorge Silva Paulo

Não Aprenderam Nada: Gouveia e Melo, outro Menino-de-Oiro. Em seis meses, os media em uníssono fizeram do vice-almirante Gouveia e Melo (GM) um menino-de-oiro. Em primeiro lugar, GM não vacinou os portugueses, nem sequer é responsável pela elevada taxa de vacinação dos portugueses. GM foi coordenador – isto é, nem sequer foi chefe – da task force, que reuniu técnicos de vários ministérios. GM não aprovou as vacinas, não decidiu a compra das vacinas, não comprou as vacinas, não elaborou o plano de vacinação e não aplicou as vacinas. GM teve um cargo administrativo e coordenou um grupo de pessoas que executou o plano de vacinas. GM teve um encargo logístico, de distribuição das vacinas onde elas foram aplicadas. O planeamento coube ao Kaizen Institute. Segundo, apesar de ser coordenador da task force, foram atribuídos recursos a GM, incluindo militares, na sua dependência hierárquica e de que não se sabe ao certo o que fizeram (para lá de seguirem o que sobre ele se dizia nas redes sociais e nos media tradicionais).... Terceiro, apesar de ser só um coordenador administrativo, GM teve uma presença constante nos media, tantas vezes mais destacada do que os responsáveis políticos. Aliás, é de realçar que os media estavam sempre à espera de GM onde este ia. Não custa perceber como, dadas as ligações de GM aos media, desde que foi porta-voz da Armada. Não surpreende, pois, que a foto final divulgada seja só de militares, todos vinculados a uma reserva, isto é, à “lei da rolha”. Desta forma, só se sabe o que GM quer que se saiba. Quarto, a promoção mediática de GM assentou especialmente em entrevistas. Poucos notaram o óbvio: se GM não gosta de falar dele, não fale e não se exiba – se dá entrevistas, pode dizer que não gosta, mas não é sincero. Também disse que não se considera um “salvador da pátria”, mas a sua afirmação de que “Este país eram anos para endireitar” mostra que não foi sincero. Estas dissonâncias foram ignoradas pelos media nas entrevistas e perfis.... Quinto, em 2015, GM inventou uma violação de segredo de Estado, e acusou dela um cidadão, sem qualquer fundamento como revelou a conclusão de “inexistência de crime” no inquérito do Ministério Público. Tinha certezas na acusação, mas chamado a tribunal a justificar-se, invocou que eram só suspeitas. E assim ficou patente a honradez, a seriedade e a coragem de GM. Sexto, o dito cidadão foi ainda acusado, por duas vezes por GM, de difamação da Armada e dos seus oficiais. GM em tribunal e num inquérito declarou que “o CEMA se viu obrigado, por questões institucionais e éticas” a processar quem prejudicasse a imagem da Armada (os inquéritos foram arquivados); e GM, seu chefe de gabinete, secundou-o como principal testemunha. Ficou assim patente a ausência de limites morais de GM, para agradar a quem o pode beneficiar; e ainda a sua intolerância face a vozes dissonantes, algo que orienta os militares mais modernos, enquanto ele estiver no activo. Sétimo, em 2016, um vice-almirante titular de órgão superior da Armada foi exonerado, por uma alegada “conspiração de almirantes”, afirmada por um jornalista cujas ligações a GM eram faladas; o jornalista afirmou em tribunal que as suas fontes eram ao mais alto nível da Armada. O referido vice-almirante, depois de recorrer aos tribunais, viu anulada a sua exoneração...... De facto, GM foi um dos dois únicos que beneficiaram da exoneração daquele vice-almirante. De novo, ficaram patentes a honradez e os métodos ínvios de GM. Oitavo, ainda em 2016, o gabinete do comandante da Armada, chefiado por GM, emitiu uma nota à imprensa na qual insinuava que havia um vice-almirante corrupto. O oficial visado processou GM e o comandante da Armada por calúnia e difamação; foram acusados pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Tão seguros estavam da sua inocência, que os acusados evitaram o julgamento a todo o custo, e fizeram um acordo em que se retrataram. GM e os seus apoiantes, em especial os jornalistas, invocam que GM não foi condenado; o que não dizem é que não foi ilibado, e esta dúvida fica para sempre, pois só um tribunal pode ilibar da acusação. De novo, GM faz ou sugere acusações falsas, a que tenta escapar em tribunal... Vêm à ideia as denúncias mediáticas que fez de alegadas irregularidades na vacinação, mas cujo arquivamento não tem impacto mediático nem afetam GM.. Nono, no bizarro episódio relativo à exoneração do almirante Mendes Calado como comandante da Armada, foi ensurdecedor o silêncio de GM. Face ao tratamento indigno e inaceitável que o Governo deu ao almirante Calado, o que se espera de qualquer militar com elevados padrões morais é uma expressão pública de solidariedade; e do indigitado para lhe suceder, é de esperar que rejeite o cargo por indignidade no processo. Mas com câmaras e microfones sempre abertos para GM, e até promoção nos espaços mediáticos cor-de-rosa (diz que não gosta de falar de si próprio…), GM optou pelo silêncio neste ponto. E o que alguns escolhem comentar é a fuga de informação, como se algo neste processo devesse ser escondido dos portugueses. Já se sabe que GM sabia o que se estava a passar. Ficou claro que a sua ambição de poder, se sobrepõe às virtudes e aos deveres militares de lealdade e de respeito. ......... Talvez alguém tenha concebido este esquema para que se revelasse a fibra dos envolvidos: o almirante Calado mostrou nobreza e sangue-frio, e assim mostrou estar acima da desconsideração de que foi alvo. GM mostrou o que tantos sabemos há décadas, mas que uma campanha mediática tenta branquear: para GM, os seus fins justificam os meios. ....... Importa ainda notar que além do disparatado e inaceitável processo de exoneração do almirante Calado e do silêncio de GM, está longe de ser óbvio que GM é a melhor escolha para comandar a Armada. Todos os vice-almirantes no ativo têm vantagem sobre GM nos pontos fundamentais: a nenhum se podem apontar falhas morais, ou nas virtudes militares; têm uma experiência profissional militar-naval diversificada e muito mais rica, essencial para altos funcionários do Estado; conhecem e dominam a legislação relevante; privilegiam a conduta de rigor e discrição, em vez do exibicionismo ou do uso dos media para fins pessoais; não foram acusados em processos criminais, e ainda menos está em dúvida se seriam ilibados em tais processos. Com GM a comandar a Armada, os órgãos de soberania eleitos mostram que a competência profissional-militar é secundária face à promoção mediática. É uma forma eficaz de destruir as FA, e é chocante ver tantos militares encantados com ela." Parte do Artigo de opinião de Jorge Silva Paulo, Capitão de Mar e Guerra reformado e Doutor em Políticas Públicas. 27.05.2024.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

DISCURSO JOÃO LOURENÇO

DISCURSO DO CAMARADA PRESIDENTE DO MPLA CAMARADA JOÃO LOURENÇO POR OCASIÃO DO ENCONTRO NACIONAL COM OS PRIMEIROS SECRETÁRIOS DOS CAP. -Camarada Vice - Presidente do Partido -Camarada Secretário Geral do Partido -Camaradas da Direção do Partido -Camaradas Primeiros e Segundos Secretários dos Comités Provinciais do Partido -Camaradas Primeiros Secretários dos Comités de Acção do Partido -Caros Camaradas - Angolanos e angolanas Agradeço ao Secretariado do Bureau Político pelo convite endereçado para presidir a este Encontro Nacional com os Primeiros Secretários dos Comités de Acção do Partido com o lema “Todos para as Bases, Todos para as Comunidades”, que acontece na sequência da realização das Assembleias de Balanço e Renovação de Mandatos dos Comités de Acção, realizadas de Maio a Agosto do corrente ano por todo o país. Antes de mais, endereço os meus parabéns a todos os Primeiros Secretários dos Comités de Acção do Partido, pela eleição à liderança desta muito importante estrutura do nosso Partido. Através de vós, estendo as felicitações aos militantes de todo país pela forma disciplinada e comprometida como se engajaram neste processo, graças ao qual se apresentam hoje nesta sala as direcções renovadas destas estruturas de base. São os Comités de Acção do Partido, os Primeiros Secretários e os vossos militantes lá nas comunidades onde estão inseridos que, através da interacção no dia a dia com os cidadãos, dão a conhecer o projecto de construção de Nação do MPLA, o seu passado de lutas e de vitórias, o presente de trabalho árduo para resolver os problemas económicos e sociais que afectam os nossos cidadãos, para garantir um futuro risonho de paz, prosperidade, liberdade e desenvolvimento. São os camaradas que mobilizam os cidadãos para as fileiras do nosso Partido. Nesta etapa crucial da vida do nosso Partido e do país, decidi vir pessoalmente reunir com as bases, ouvi-las sobre os caminhos a seguir para fortalecer cada vez mais o nosso Partido, reforçar a nossa unidade em torno dos ideais do MPLA. Ao longo da sua existência como força política que mobilizou e congregou os angolanos à volta da causa da Independência e dos ideais da liberdade, bem-estar dos angolanos e progresso social, o MPLA soube sempre fazer as leituras correctas das diferentes etapas da luta e do tempo, fortalecendo a organização e o funcionamento das estruturas do Partido, de modo a torná-las cada vez mais modernas, dinâmicas e actuantes, visando a melhor inserção do Partido na sociedade e, assim, estar sempre em melhores condições de liderar as principais transformações políticas, económicas e sociais no país. Foi esta a razão da necessidade de permanente renovação para reforçar cada vez mais as bases do nosso Partido que realizámos as Assembleias de Balanço e Renovação de Mandatos dos Comités de Acção. Este ano vamos realizar ainda o Congresso Ordinário da JMPLA e o Congresso Extraordinário do MPLA que, como é óbvio, não terá renovação de mandatos, eventos de relevante importância para o nosso Partido na actual conjuntura nacional e internacional que se vive. Contudo, é nas bases do Partido onde devemos permanentemente prestar a nossa atenção por serem elas que no dia a dia asseguram o funcionamento do Partido, trabalhando com as comunidades onde estão localizadas, enquanto os órgãos superiores - o Comité Central e o Congresso do Partido -, se reúnem com uma periodicidade muito larga. Quando um edifício tem o telhado danificado, ou uma parede rachada, em pouco tempo se reabilita, mas se as suas fundações, seus alicerces não forem sólidos, com certeza que o edifício se desmorona. O MPLA é um grande edifício, o maior edifício político-partidário que Angola conhece desde os anos cinquenta. Por isso cuidemos das suas fundações, dos seus alicerces que são os milhares de Comités de Acção do Partido, porque são eles as bases da sua sustentação contra as tempestades criadas pelos nossos adversários, que não fazendo oposição, encorajam e fomentam a desordem, organizam e lideram a subversão, como ficou evidente agora na aprovação da lei contra a vandalização dos bens públicos, tendo ficado provado o que já era evidente, que estão por detrás destas práticas antissociais e criminosas. Queremos ver os nossos Comités de Acção mais inseridos na sociedade, nas comunidades, não a consumir o tempo em reuniões e leitura de documentos apenas, mas a interagir com as pessoas, com as angolanas e angolanos independentemente da sua filiação partidária, para com eles abordar os problemas reais da vida que os afligem, ligados à habitação, água, energia, escola para os filhos, saúde e outros. Mesmo ali onde o Executivo, os Governos provinciais e municipais ainda não os resolveram, não fujam ao diálogo, sejam sinceros, abertos e transparentes, porque às vezes uma simples palavra pode confortar o cidadão necessitado. Apesar das dificuldades ainda existentes, dos problemas ainda por resolver, é preciso dizer ao cidadão o quanto o Executivo suportado pelo MPLA tem feito em prol do progresso, do desenvolvimento económico e social do nosso país. Os investimentos em escolas e outros estabelecimentos de ensino, os hospitais de diferentes níveis de atendimento, os projectos de água e energia, de habitação, a rede viária que está a ser feita ou reabilitada, os portos e aeroportos a serem construídos ou reabilitados, as refinarias de petróleo a serem construídas para aumentar a oferta de produtos refinados como o diesel e a gasolina, os grandes projectos de combate à seca no sul de Angola que começam já a inverter a situação vivida até há dois anos, a melhoria do ambiente de negócios que fez aumentar a produção interna de bens e de serviços essenciais, os apoios e importância que se está a dar à agropecuária e pescas, sobretudo à agricultura familiar, que não só aumentou a oferta de bens alimentares produzidos no país, como vem melhorando a condição de vida das famílias no campo, estando todos esses investimentos e empreendimentos públicos e privados a gerar mais emprego, sobretudo para os jovens. Caros Camaradas Os nossos camaradas Primeiros Secretários dos CAPs merecem todo o nosso respeito e consideração pelo trabalho que realizam, sem a preocupação do mediatismo que as câmaras fotográficas e a televisão proporcionariam caso acompanhassem o seu trabalho, mesmo assim continuam a realizar seu trabalho de forma incansável. Pena é que nas ocasiões em que precisamos de preencher vagas nas direcções do Partido nos mais diversos escalões até ao Comité Central, muitos destes camaradas são preteridos a favor de outros que, com jogos de influência, amparados por alguns que já são membros da Direcção, acabam por conseguir de forma desmerecida as vagas por preencher. Esta situação deve ser sempre denunciada e corrigida, pela necessidade de haver maior lisura, honestidade e justiça nos processos de renovação de mandatos em todos os escalões da hierarquia do Partido. Caros Camaradas Todas as conquistas alcançadas em todos os domínios da vida nacional, na política, na defesa, no desporto, na cultura, na educação, na ciência e investigação, na economia, na justiça, na vida parlamentar, na governação, tiveram sempre a mão, a participação e o forte engajamento dos jovens e da mulher. O MPLA continua verdadeiramente apostado em promover os jovens e a mulher, tanto no seio do Partido como nas instituições do Estado. Poucos países valorizam tanto o papel que o jovem e a mulher desempenham na sociedade, ocupando os mais altos cargos da hierarquia do Partido e do Estado como nós o fazemos. O leque de funções ocupadas é grande, vai desde administradoras municipais, governadoras cujo número acaba de crescer, presidentes dos Conselhos de Administração de grandes empresas, reitoras de instituições do Ensino Superior, Ministras, Venerandas Juízas Conselheiras de Tribunais, Presidente da Assembleia Nacional, Vice-Presidente do Partido e Vice-Presidente da República. A luta pela emancipação da mulher e pela igualdade do gênero em Angola é um facto e não apenas uma mera intenção que se esgota em discursos vazios que não reflectem a realidade. As mulheres angolanas vêm ganhando de forma visível o seu espaço de influência e participação na nossa sociedade. Caros Camaradas Muitos dos nossos jovens angolanos deram provas de estar preparados para ocupar também importantes funções no aparelho do Partido e do Estado. Recuemos ao longínquo ano de 1979, quando naquele momento difícil que os angolanos viviam pela perda do Camarada Presidente António Agostinho Neto e enfrentando invasões militares de forças externas, o MPLA confiou à direcção dos destinos do país ao camarada José Eduardo dos Santos, um jovem na altura com apenas 37 anos de idade. Vamos, por isso, continuar a apostar nos nossos jovens, prepará-los e dar-lhes todas as oportunidades de ascenderem até onde suas capacidades permitirem, inclusive para a assumpção do mais alto posto de Presidente da República. Caros Camaradas Angola vai comemorar no próximo ano os cinquenta anos da sua existência desde que aos 11 de Novembro de 1975, sob o troar dos canhões da batalha de Kifangondo, o então Presidente do MPLA, o Dr. António Agostinho Neto, declarou ao mundo a Independência Nacional de Angola. Será um ano de festa, de comemorações, mas também de reflexão sobre os caminhos trilhados nestes cinquenta anos: onde Angola estaria hoje? Quê nível de desenvolvimento económico e social teria hoje, se não tivéssemos sido vítimas da Guerra Fria? Com certeza que estaríamos bem longe, bem melhor! O MPLA vai continuar a trabalhar para Angola e para os angolanos, para o desenvolvimento e progresso social. Com as reformas em curso, o combate contra a corrupção, a criação de um melhor ambiente de negócios, a diversificação da economia, o sucesso do programa com o Fundo Monetário Internacional, a maior abertura ao mundo, vemos um futuro risonho para o nosso país, Angola. Mas para isso, precisamos de manter a unidade e coesão interna do nosso Partido, combater qualquer tentativa de nos dividir, porque só unidos somos fortes e em condições de cumprirmos o nosso papel histórico. Todos somos poucos para a grande empreitada que ainda temos pela frente, a de fazer de Angola um grande país, com uma economia forte e resiliente. A Luta Continua A Vitória é Certa

terça-feira, 20 de agosto de 2024

CITANDO JOÃO PINTO - PROF. UNIVERSITÁRIO

ANGOLA AVANÇA EM CADA ÉPOCA E SEUS CONTEXTOS Tenho acompanhado muitos discursos que pensam sempre sobre o passado que condenaram e criticam sem memória nem ponderação um presente de coragem na moralização da sociedade para uma Angola melhor para todos. Claro que só sente-se falta do que não se reconheceu no devido momento e não soube torar lições de um passado que já foi presente. Por isso, diz-se que a mudança exige do interessado flexibilidade e assumir o risco. Cada época faz os seus homens uns conservadores outros revolucionário. O conservador aceita a realidade, mas vai reformando. O revolucionário muda tudo numa utopia imprevisível que pode ser bom se correr beme mau se correr mal, por isso, a revolução destrói até seus filhos, já a reforma protege até seus enteados por ser moderada entre a tradição e modernidade... Negar que Angola tem mudado e garantir uma sociedade responsável e ética ou ideal, não é racional quer embtermos materiais quer espiritual, vemos nos debate de mais exigência, qualidade e responsabilidade. Isto é bom, leva ao desenvolvimento... A fome aqui ou ali, existe e existirá sempre, temos de saber quem é quem e o que faz, só com um censo efectivo e uma planificação permanente que projecte a incerteza e a imprevisibilidade do crescimento demográfico versus políticas públicas que ajudem a diminuir a falta de escolas, assistência social e protecção efectiva dos vulneráveis, só possível com rigor em tudo e responsabilidade dos actores públicos e da sociedade civil... Também só alguém sem formação lógica pode fazer tamanha afirmação desparata de que "está tudo pior"e quem creceu a deitar abaixo tudo que se faz! Está tudo mais exigente e responsável, esse sim é o desafio... Mas criar políticas como o Kwenda, edificar hospitais de nível três em todas regiões e diminuir as juntas para o exterior, aos concursos públicos para mais de 46 mil técnicos de saúde, mais professores, mais responsabilização para actos de improbidade comprovados em tribunais é retrocesso? A subidas de Angola nos Rankings sobre corrupção ou transparência foi invenção?... Claro que de 2017- 2022, a economia não foi generosa por crise causada pela redução do preço do petróleo e pandemia que felizmente bem gerida internamente e salvou vidas por opção do Executivo, ressentindo ainda mais numa economia de contenção... Reconhecemos que ainda temos muito a melhorar e transformar para o bem dos angolanos. Mas não é sério fazer acusações sobre regressão social e insultar quem procura fazer o seu melhor por mandato democrático e faz dentro das instituições!... A crítica democrática faz bem ao pluralismo, mas o respeito à dignidade até dos adversários mostra civismo. Quem se classifica de "incompetência " devia provar sua competência como profissional, criador, líder ou pelos seus feitos enquanto especialista comprovado e reconhecido por um júri imparcial numa academia numa licenciatura, mestrado ou doutorado ou pós graduação, nunca como adjectivos para desmotivar ou insultar à distância ou como jogador de bancada... Sempre tivemos patriotas prontos para destruir ou impedir quem constrói ou para destruir sementes, roubar gado ou destruir produção! Superamos, mas agora devemos ser patriotas em cuidar das escolas, hospitais, estradas, t9rres de transportar energia, linha férreas e cabos de alta tensão ou postos de iluminação e responsabilização de quem danifica o património de todos angolanos sem diferença partidária, religiosa ou regional. Devemos promover nos Heróis da paz e bem-estar e não obstruidores, bota-abaixo ou escarnecedores da desgraça do compatriota. Ajude se puder, mas não afunde quem mais precisa. Motive a fazer melhor e bem, não desmotive quem dedica-se a procurar fazer melhor, não atrapalhe com malícia... Devemos reconhecer que reformar é um processo lento, arriscado e condicionado por factores externos e internos que ocorre contentando ou descontentando grupos de interesses, o seu resultado à longo prazo pode ser melhor, mas a curto prazo gera sacrifícios, como foi o alcanse da paz... Não acredito que Luanda, Cabinda, Saurimo, Bié e Cunene com hospitais altamente especializados e que só vemos no primeiro mundo pode estar pior que em 2017... Não acredito que o canal de Cafu e a Barragem do Nduve no Cunene que visam combater a seca podem ser piores que em 2017... Não acredito que criar mais 3 novas Províncias e mais municípios para garantirem mais aproximação dos serviços do Estado junto das populações prejudique o cidadãos e impeça o Estado combater a pobreza e a exclusão social... Não acredito que a construção e transportação de energia eléctrica para o Centro Sul e Leste pode ser pior que em 2017... Não acredito que mesmo com a redução da receita fiscal, escassez resultante da redução da produção petrolífera e o serviço de dívida a Administração Pública virada para satisfação das necessidades dos cidadãos e prevenção de abusos esteja pior como se alguém podesse sentir-se suprior aos outros e impune à responsabilização... Não é verdade dizer que há menos liberdade e segurança quando há cada vez mais julgamentos com libertação de pessoas se não estiverem respeitados as garantias constitucionais por parte dos juízes de garantias... Hoje, há actos da justiça que anulam decisões ou actos que violam a lei ou a Constituição e o Executivo respeita, acata... O debate crítico nunca deve ser feito para atacar a honra, auto-estima ou o mandato democrático, deve ser franco, aberto, frontal mas limitado à ética da cidadania assente na igualdade e dignidade dos contentores, sendo responsabilizado actos atentatórios à dignidade das pessoas ou ultraje das instituições, muito menos usar-se a liberdade de expressão para atiçar o ódio, descrédito e desrespeito quem foi eleito num mandato reconhecido pelo povo e pelas instituições vocacionadas... Só é livre quem responde pelos seus actos... Infelizmente, ao longo da História, os líderes estratégicos e exigentes nunca foram entendidos no seu tempo por ensinarem a moralizar, a construir e mudança de hábitos, pois, quem está habituado ao erro, detesta o certo, ora todos nós devemos acreditar em cada dia em tudo que fizermos buscar uma Angola Melhor para todos, como até 2017 se fez. Corrigir habitos gera mal-estar dos oportunistas, egocêntricos e ansiosos. Para quem quer melhorar algo deve exigir sacrifício, zelo, empenho para colher futuramente para uma Angola avançada para o bem de todos... Haverá sempre os velhos do Restelo, das Ingombotas ou das Diáspora esperando o pior, mas temos de motivar a juventude e velhos a passarem o testemunho sobre o percurso passado, presente e futuro que deve servir de marco para todos numa consciência de Moral Pública para o bem do Avanço de Angola e tirarmos lições do vosso processo de reconstrução, reconciliação e desenvolvimento!... Em cada época os líderes vivem os problemas do seu tempo e buscam soluções do seu contexto, mas o tempo avança...