quinta-feira, 27 de junho de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19JUN26

https://vivenciaspressnews.com/casa-de-angola-2/ CASA DE ANGOLA - 2 Nas quase cinco décadas de existência da Casa de Angola, descontando o período subsequente à Revolução de Abril, que foram anos de conflitos; como afirmávamos durante estes anos a Casa de Angola teve períodos com objetivos e atividades diversas. Tentaremos nesta crónica de uma forma resumida e sucinta e prestando alguns contributos clarificadores que ajudem a conhecer a História da Casa de Angola, mais especificamente no período pós-independência de Angola. O ressurgimento da associação no final da década de oitenta, deu-se recorrendo a instalações provisórias de um apartamento nos Anjos. Com o apoio do Governo de Angola, da Sonangol e da Câmara Municipal de Lisboa foi possível realojar famílias que entretanto viviam nas nossas instalações de origem e atuais e foram executadas as obras que hoje todos podem desfrutar. A atividade associativa foi-se acentuando, com o apoio financeiro proveniente de Angola, e logicamente a Casa de Angola apesar de autónoma mantinha uma dependência funcional e amiga junto da Embaixada de Angola. Cordão umbilical que se deve pugnar por manter! Foram anos que a mentalidade e as atitudes compaginavam-se com esbanjar de recursos porque vivia-se a euforia dos Estados elásticos e a moeda dava para tudo. Seguiu-se um período de “gestão” de rompimento com o cordão diplomático bem como com alguns fundadores da Casa de Angola e todo o apoio associativo sem músculo de consistência foi-se degradando; preferimos não tecer outras considerações de índole perniciosa. Acima de tudo gerou-se um período deveras conturbado no modelo de afirmação associativa e bem mais na busca de interesses de natureza pessoal, destruindo sem reconstruir e muito menos salvaguardar. Os conflitos internos acentuaram-se e poucas ou quase nenhumas pontes de abertura ao mundo exterior foram feitas. Houve um período em que a Casa de Angola desenvolvia apoio jurídico e de saúde, para além de possuir uma agradável biblioteca, no entanto a visibilidade exterior era quase nula, funciona-se muito em circuito fechado. Eram os tempos antes da globalização, e próprios da mentalidade e hábitos enraizados. Não estamos em condições de criticar certos acontecimentos lícitos, porque os tempos eram outros, os atos ilícitos esses são criticáveis e de falta de competência na evolução dos tempos, até ao período recente, com uma projeção de futuro. A Casa de Angola durante muitos anos quase se pode afirmar representou a comunidade angolana, nos canais oficiais sem no entanto chegar de forma consolidada aos que vivem nos arredores da cidade de Lisboa, no entanto, chegou a existir o projeto da Delegação na Freguesia de Apelação, a qual se esfumou na conflitualidade politica. Entendemos que neste período comemorativo do aniversário da Casa de Angola, é de todo conveniente relatar dados históricos, porque esse é o caminho da aprendizagem num companheirismo que se pretende e mais tarde se tomarem decisões com sabedoria reconhecida.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

UMA QUESTÃO DE ATITUDE

No dia em que se fala tanto em corrupção em Portugal, só lamento que tudo aconteça tão tarde. Desde 2004, combato a corrupção nas Pátrias que amo. Não gosto de bajulações e pugno pela amizade e fraternidade. Acredito no espírito do associativismo em contraponto ao egoísmo. Sei manter o silêncio pela discrição do coletivo, mas há limites para a ingratidão e para as desconsiderações pessoais, Levantando a voz os danos serão incomodativos para algumas personalidades e outros anónimos. Estou na luta!

quinta-feira, 20 de junho de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19JUN19

https://vivenciaspressnews.com/casa-de-angola-1/ CASA DE ANGOLA - 1 A História da Casa de Angola com sede em Lisboa foi simbolo dos jovens angolanos que vieram estudar para Portugal e assumiram o legado da histórico da geração que vivenciou o ambiente da Casa dos Estudantes do Império. Naquela época sentiram a necessidade em possuirem um espaço agregador para tranmitir e expressarem o seu sentimento por Angola. Durante o mês de Junho comemora-se o aniversário da fundação da Casa de Angola, sendo assim iremos nos próximos espaços que agui dissertamos dar alguns contributos sobre o valor enorme que hoje em dia a marca “Casa de Angola” atingiu a partir da fundação da associação no dia 25 de Junho de 1971 e sendo ficam aqui referenciados os associados fundadores: Alberto Andrade e Silva, Alberto Ferreira Lemos, Alberto Lemos Júnior, Alberto Mano Mesquita, Alexandrino Amândio Coelho, Alfredo Pereira Melão, Álvaro Barreto Lara, Álvaro da Silva Tavares, Álvaro Soares Morais, Antero Ramos Taborda, António Augusto de Almeida, António Burity da Silva, António Peixoto Correia, Armando Leston Martins, Baltasar Rebelo de Sousa, Belmiro Sampaio Nunes, Eleutério Rodrigues Sanches, Emilio Simões de Abreu, Fernando Cruz Ferreira, Fernando da Silva Laires, Fernando Gouveia da Veiga, Gervásio Vilela Ferreira Viana, Horácio Sá Viana Rebelo, João Mimoso Moreira, Jofre van Dúnem, Jorge Carlos Valente, Jorge Pinto Furtado, José Bettencourt Rodrigues, José Norberto Januário, José Pita-Grós Dias, José Trigo Mensurado, Júlio Correia Mendes, Luis de Oliveira Fontoura, Manuel José Júnior, Maria Helena Mensurado, Maria Helena Viana, Paulo Saldanha Palhares, Raimundo Palhares Traça, Renato de Sousa Pinto, Rui Burity da Silva, Rui de Araújo Ribeiro, Rui Romano, Silvino Silvério Marques, Tomás Carvalho Ribas, Venâncio Augusto Deslandes e Vasco Lopes Alves. Com o advento da Revolução de Abril de 1974, a Casa de Angola viu cessar, de forma abrupta, a sua actividade associativa, por influência de forças políticas de extrema-esquerda portuguesa sendo posteriormente as suas instalações ocupadas por emigrantes cabo-verdianos, nossos irmãos na diáspora, houve a necessidade de a reestruturar, anos mais tarde. Assim, e trinta anos após a sua fundação, outro grupo de insignes angolanos ousou, com o alto patrocínio de Suas Excelências os Presidentes da República de Angola e de Portugal, respectivamente, Eng.º José Eduardo dos Santos e Dr. Mário Soares, a que se associaram os esforços do então Embaixador da República de Angola em Portugal, Dr. Ruy Mingas e também do então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, procedeu-se à reinauguração desta Associação, em 24 de Junho de 2001, com a presença do então Embaixador de Angola em Portugal, Dr. Osvaldo de Jesus Serra van-Dúnem, que presidiu ao acto. Pelo contributo que deram nesta nova fase da vida da Casa de Angola, foram dignificados à categoria de sócios refundadores os seguintes associados: António Burity da Silva, Aristides Mendes, Aurora Verdades, Carlos Belli-Bello, Eleutério Rodrigues Sanches, Fernando Pombeiro, Fernando da Silva Laires, Gentil Ferreira Viana, Gervásio Vilela Ferreira Viana, João Sucena, José João da Costa Oliveira, José Maria Loio, José Troufa Real, Júlio Correia Mendes, Maria Eduarda Ferronha, Mário Luís Serra Coelho, Mário van-Dúnem, Óscar Jaime Fernandes, Rui Romano e Vítor Sampaio Ramalho.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

PENSAMENTO LIVRE - VIVÊNCIAS 19JUN12

https://vivenciaspressnews.com/a-livre-circulacao-de-pessoas/ A LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS No dia 10 de Junho em Cabo Verde o Presidente daquele país no seu discurso como anfitrião das comemorações do Dia de Portugal apelou aos governantes portugueses para prestarem uma maior atenção à necessidade de abolição dos vistos entre Cabo Verde e Portugal e com a respetiva reciprocidade. Se a memória não nos atraiçoa é a primeira vez que uma figura cimeira de Estado de um dos países integrante da C. P.L. P. faz este apelo publicamente e de forma oficial. Acreditamos que tal manifestação de interesse não ocorre de forma leviana, estamos confiante, que se prepara uma medida abrangente daquela natureza. Há anos que somos claramente defensores da circulação livre de pessoas no espaço geográfico dos países em língua portuguesa. Dirão muitos, que há compromissos nomeadamente de Portugal devido aos tratados europeus, tudo é verdade, mas também é verdade que a vontade politica e diplomática sabe contornar inúmeras situações no mundo global que vivemos. Temos dificuldade em compreender que os capitais circulem quase sem fronteiras e os bens e serviços de igual modo, ao invés o ser humano tenha enormes obstáculos para ser reconhecido como ser humano igual em qualquer parte do Mundo e em especial no âmbito da C.P.L.P. Basta olhar para desigualdade de tratamento que é dado socialmente aos cidadãos conforme a sua origem e género. Assumimos com frontalidade o combate à discriminação, nem catalogamos as brasileiras como prostitutas, nem consideramos que os brasileiros só podem trabalhar na restauração, e muito menos que os angolanos são uns malandros que só têm dinheiro e por exemplo as africanas só podem ser empregadas domésticas, e ainda por exemplo os cabo-verdianos que só servem para trabalhar em obras. Porque durante muitos anos os portugueses também emigravam para outros países e eram catalogados para irem trabalhar em atividades como obras ou limpezas. Aquele rótulos em Portugal e outros semelhantes que existem nos outros países de língua portuguesa têm que combatidos e banidos socialmente. Acima de tudo o respeito pelo humanismo, pela dignidade social através do mérito e das competências. São estes alguns dos pressupostos com que nos congratulamos com o discurso inteligente do Presidente da República de Cabo Verde nas comemorações do dia 10 de Junho. A História tem que ser respeitada no que de mais positivo há nas relações entre os seres humanos, e sabermos aprender de igual modo com os conflitos divergentes da História. Muito em breve Angola assumirá a liderança da C.P.L.P. e os sinais promissores de mudança preveem que o Estatuto protocolado entre Governo poderá ser ajustado e alargar à intervenção da sociedade civil de forma genérica.