domingo, 24 de maio de 2020

MIGUEL KIASSEKOKA

ATÉ SEMPRE MIGUEL KIASSEKOKA Dr. Miguel Kiassekoka Camarada e amigo Miguel Consócio e muito mais Conselheiro Iniciar uma carta com diversos “títulos”, é indicativo dos caminhos que cruzamos ou que estivemos ombro a ombro, nas causas que nos aproximou. Aprendi muito contigo, como acredito que no inverso houve algo de positivo. A amizade construída permitiu dialogar, debater e divergir, mas sempre nos permitiu buscar convergências no interesse maior das causas. Tiveste um percurso na clandestinidade e na atividade operacional, tendo mais tarde desempenhado funções e cargos quer no âmbito politico – partidário ou na esfera do serviço ao país, no sentido mais lato e sem esquecer os cargos internacionais que dignificaram acima de tudo a imagem de Angola no espaço internacional, para além do reconhecimento das tuas competências. Todo o teu passado é demonstrativo das tuas enormes qualidades que foram reconhecidas até que o infortúnio de saúde obrigou-te a vir para Portugal, onde reina muita mediocridade e inveja. Não estavas preparado e mentalizado para enfrentar certas barreiras. Mas, foste livre e sem amarras reiniciaste um novo percurso, no qual criaste novas empatias no espirito humanista, lidando com muita hipocrisia de alguns que agora te valorizam depois de teres partido. Partiste há uma semana para um lugar ao qual ainda não chegamos através das novas tecnologias que sempre defendeste como meio de comunicação, mas que não te impediram de também incentivar a vivência presencial de trabalho e de convívio. Como dizia, partiste e não pude despedir-me de ti devido aos cuidados do confinamento geral, mas isso pouca importa porque ficas na minha memória como testemunho de vida. Foste largando raízes ao longo da vida, mas acrescentaste muitos ramos de árvores na enorme floresta que foi o teu caminho, hoje, alguns dias depois de sentir que não vais trocar mensagens nem atender o telefone, sinto que há obra para acabar, estou convito que desejas que prossigam a construção de caminhos que traçaste no respeito do humanismo, mas com desprezo pela mediocridade e vigarice. Miguel, meu querido amigo, sei que não vais conseguir ler, mas acredito que as forças energéticas te irão transmitir algo, porque soubeste viver a vida e hoje enquanto alguns choram por ti, tu foste a rir porque gozaste a vida como querias. Com fé, persistência e resiliência será possível erguer colunas e construir a obra, de que gostarias, e um dia chegar perto de ti e dizer-te de novo: estamos juntos ! Miguel, até sempre!

sábado, 23 de maio de 2020

SEM MAIS JORNAL 20MAI16

VOLTAR ACREDITAR A nova era pós COVID 19, será retomada moderadamente por parte dos decisores políticos, no entanto as pessoas e em especial nas áreas económicas e sociais sentem uma motivação de aceleração o quanto antes para recuperarem tempo neutralizado. Obviamente, a política alternativa, ou seja, o PSD, não pode continuar confinado em parte alguma do país. Se o ano 2020 é tranquilo na avaliação externa que são os atos eleitorais, a prova de fogo dos decisores políticos em 2021, existirá com um obstáculo enorme ao atual PSD Nacional e em especial no distrito de Setúbal. Devem procurar um resultado honroso e dignificante da História do partido. Os cidadãos de Setúbal procuram ver os sinais que o PSD dará à sociedade, os quais com a pandemia colocou em absoluto silêncio, a maioria das estruturas. Os eleitores resistentes no PSD e os novos a conquistar tem que Voltar Acreditar nas estruturas partidárias do PSD, na generalidade, e esperam por novos rostos com jovialidade e alegria no debate, com horizontes de projeção e afastarem-se dos confinamentos das relações de amizade e profissionais que em muito têm contribuído para o afunilamento e decrescimento do PSD no distrito, não sendo, assim uma verdadeira alternativa autárquica. Um partido de dimensão nacional não pode disputar a 2ª liga autárquica em Setúbal, muito em especial pela falta de capacidade e competência dos últimos treinadores / orientadores a diferentes níveis de decisão, para não falar do banco de suplentes ou seja alguns figurantes secundários. Voltar Acreditar é necessário unir e expurgar as pequenas lutas internas, as quais devem consubstanciar as divergências em convergências agregadoras; enquanto tal não acontecer o PSD do distrito de Setúbal, não se pode orgulhar da grandeza que almeja. Debelada parcialmente o efeito da pandemia, a centralidade da política deve ocupar o espaço social que se deseja. Os eleitores / cidadãos afetos ao PSD merecem melhor, com intuito de poderem participar na resolução dos problemas futuros do País, sejam no âmbito cultural, na descriminação social e étnica, passando pelas questões profissionais. Chegou a hora de virar a página de dar a oportunidade a uma nova geração que amadureceu com novos instrumentos de intervenção e não faz descriminação de personalidades, nem patrocina conflitos de atitudes. A pandemia também serviu para se descobrir que o partido comunista que tem um peso eleitoral no âmbito autárquico é uma virose que urge combater, porque para a sobrevivência dos seus lideres não olham a meios para enganar o povo e fingirem que têm uma grande força sindical, a qual mais não serve do que ocultar formas de subsidiação da atividade politica, mesmo que coloquem em risco a saúde pública; tivemos a prova dos atos fúnebres do 1º de Maio. Possamos nós cidadãos do distrito de Setúbal contribuir para o enterro da dita Festa do Avante, quando estamos impedidos de conviver nas verdadeiras festas populares, enquanto aquela não é mais do que um evento de angariação de capital para enganar o povo. Os eleitores e militantes do PSD não podem ter receio de Voltar Acreditar na nova era pós COVID19.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

PLATAFORMA E-GOV.COM

http://plataforma-egov.com/cronicas/cidadania-livre-a-desnudez-humana-com-o-covid-19/ A DESNUDEZ HUMANA COM O COVID 19 As últimas semanas, longas e de enorme confinamento com semelhanças no mundo global, consequência o Centro do Universo passou a ser o espaço da comunicação em casa de cada um, via televisão, via telemóvel ou seja o que for, também permitiu colocar a nu a desumanidade urbana e cosmopolita, à qual muitas vezes se fecharam os olhos e ergueram-se atos de caridade e não solidariedade. Chegaram-nos imagens produzidas em direto pelos órgãos de comunicação social captando rostos em filas para recolher bens alimentares, em sinal de índices de enorme pobreza. Fomos alertados para a realidade do alojamento clandestino em “pensões” em condições inqualificáveis, apesar de há décadas atrás aquelas eram locais de referência para visitas a Lisboa. A tudo isto, é ultrajante a hipocrisia de certos políticos e em especial do atual Primeiro-ministro quando afirma que não vai haver austeridade e no passado quando foi presidente da Câmara nunca olhou o “vírus” da habitabilidade sem dignidade humana em certos locais da cidade de Lisboa. Eliminaram-se muitos dos chamados “bairros de lata” nos subúrbios de Lisboa, mas criaram-se guetos e miséria no centro da cidade. Tudo tem acontecido porque atempadamente não se atua preventivamente e a arte de governar passou a ser a reação aos problemas porque esta dá projeção e votos. Continuamos a defender que a arte de governar é prevenir e planear, deixando para as emergências a capacidade de reação. Hoje, um governante coloca-se ao nível do técnico e por vezes fica incomodado quando este sob ao patamar do decisor politico. Estamos fartos das longas conferências de imprensa da saúde que pouco ou nada esclarecessem e é confrangedor continuar a verificar o papel ridículo e ultrajante de uma Ministra da Saúde, a qual está ladeada por técnicos (como é a própria); no entanto, quando é obrigada a atuar a solo em entrevistas é um completo fiasco, porque falta-lhe a capacidade e competência para governar. Sejamos por outro lado, otimistas para que o pós-COVID19, de algumas incertezas, ainda, como dizíamos no futuro se olhe para as “residências” de migrantes no centro de Lisboa, as quais são locais com alojamento clandestino e sem controlo e vão-se espalhando pela Área Metropolitana de Lisboa. Há que encontrar soluções que podem passar pela deslocalização das pessoas para outras áreas de Portugal, fornecendo outros instrumentos de sobrevivência e estabelecendo equilíbrios ordenados de humanidade e urbanidade. Se assim, não for, se nada for feito, estamos a contribuir para o crescimento de focos de problemas sociais e quem sabe a crescerem exponencialmente; quando ocorrer um “azar” depressa aparece um decisor politico com imagem de preferência sem máscara, para dizer que estão atentos ao problema e vai ser resolvido (até cair no esquecimento). Quando falamos de migração também é preciso saber envolver os representantes dos Estados de origem desses cidadãos, porque aqueles não podem ter a cultura do distanciamento.