sábado, 1 de maio de 2021

SEM MAIS JORNAL 21ABR30

VERGONNHA NACIONAL ! – EU ACUSO ! Há anos que se vive um clima de suspeição generalizado dos políticos, suspeição do empresário porque gera riqueza, o patrão desconfia do operário, o adepto desconfia do dirigente, os treinadores desconfiam dos árbitros. É uma vergonha tanta desconfiança. No entanto quando aparece um cidadão que aponta indícios e / ou acusa algo que ressalta à vista, aí começa o purgatório para quem age e em muitas das vezes há dois tipos de julgamentos: se este cidadão aponta a alguém que não ostenta poder, é-lhe dada razão; se por outro lado, o tal cidadão faz tiro certeiro a um decisor com poder, quem insinua ou acusa quase que tem de fazer a prova de tudo, porque prevalece o decisor em especial o político. Acuso sim, a hipocrisia da sociedade, porque esta diz mal dos políticos, mas depois venera-os na esperança de algum rebuçado. Acuso sim, vários intervenientes judiciais que não permitiram uma investigação cabal e completa ao cidadão José Sócrates, nomeadamente no processo Freeport. Acuso sim, a então diretora da PJ de Setúbal (na época) dos mecanismos de proteção e faça-se uma avaliação ao reconhecimento familiar que obteve, bem como porque, razão foi eleita autarca pelo Partido Socialista. Acuso sim, as ameaças, de que fui vitima, de diferentes formas por parte de pessoas na órbita socialista. Acuso sim, dirigentes do CDS-PP que quiseram-me calar em troca de benesses, porque na ocasião também havia suspeitas que pairavam no ar. Acuso sim, dirigentes distritais e concelhios do PSD que procuraram boicotar a minha livre militância. Acuso sim, um candidato à presidência do Sporting que foi pressionado para afastar-me de todo o envolvimento eleitoral. Acuso sim, o envolvimento de responsáveis de um banco entretanto alvo de polémica, e que tudo fizeram para atingir um familiar direto pensando que me estavam prejudicar. Acuso sim, perseguições e escutas em locais públicas por agentes do SIS ao serviço do Governo socialista da época. Acuso sim, a comunicação social que não teve coragem de emitir declarações verdadeiras por mim proferidas. Acuso sim, José Sócrates e muitos que viveram na sua órbita que não deveriam ter sido eleitos em 2005 e que conduziram o Portugal à bancarrota. Acuso sim, de que falta mais e melhor cultura democrática e transparência para escrutinar os políticos quando disputam poder e mesmo quando o possuem. Acuso sim, campanhas que são estruturadas para destruir mensageiros honestos e agentes judiciários profissionais e exemplares. Acuso sim, o poder político que quer estar separado do judicial e judiciário, mas depois não fornece meios técnicos para cumprirem a sua missão. Que o encerramento deste ciclo da “Operação Marquês” seja o novo caminho para virar uma página na História de Portugal. O dinheiro que é desviado pelos mecanismos da corrupção, para financiamentos menos lícitos de campanhas eleitorais ou em prol do individualismo são verbas retiradas no combate às carências sociais. Sim, este é um grito de revolta porque muito poderia ter sido evitado se em 2004, muita gente não tivesse fugido e deixado alguns isolados pelo caminho. Acuso sim, os portugueses por continuarem acomodados a acreditar sem agirem!

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