domingo, 17 de novembro de 2019

SEM MAIS JORNAL 19NOV16

A RELEVÂNCIA DO PPD/PSD Quando um partido entra numa fase de menor sucesso é tradicional que as receitas e as motivações de vários militantes sejam enormes para o retirar da estagnação, por isso compreendemos perfeitamente a possibilidade de surgirem vários candidatos e que seja exigível a adequada clarificação, mas no final da disputa eleitoral há que saber extrair ensinamentos bem fortes para os tempos futuros. Começando pelo respeito e disciplina partidária e institucional. No PPD/PSD há muito que está enraizado a cultura dos comentadores a todos os níveis e com ênfase para aqueles que perdendo disputas internas rapidamente vão dar entrevistas e tecer considerações sobre matérias que deveriam ficar “no segredo dos deuses”. Falta disciplina partidária, isto advém de uma geração que paulatinamente foi assumindo responsabilidades politicas e com pouca experiência de vida. Portanto, o líder que vier a ser eleito terá que forçosamente saber criar motivação e disciplina entre hostes e colunas do partido. Por outro lado, o próximo líder deve acima de tudo perceber que presidir não é o mesmo que liderar, queremos com isto afirmar que o esforço deste último é muito maior do que o papel do primeiro. Um líder tem que saber ouvir, ponderar e decidir; não pode agir por impulsos e por aquilo que ouve em primeira instância do seu mais direto colaborador, por muita confiança que tenha. Até porque há condições exógenas a que importa dar resposta. O PPP/PSD tem que ser claramente uma alternativa ao PS na governação do país e por muito que saibamos que o país precisa de reformas estruturais não adianta dar a mão aos socialistas no Governo porque eles estão hipotecados à esquerda para se manterem no poder, daí advém que o discurso na oposição tem que ser claro nas alternativas que propõe e dizer em voz baixa no que concordamos, porque as pessoas vão em muitas circunstâncias percecionar o que há de comum nas ideias com o atual PM, e este sai a ganhar claramente pelo impulso da força do poder. O futuro líder tem que assumir o papel agregador das comunidades com origem em países de expressão em língua portuguesa. No seio do partido há milhares de militantes e simpatizantes com estas ligações e não tendo a motivação para intervir têm receio de se exporem. Devemos ser uma força aglutinadora e não redutora, em especial no distrito de Setúbal. O próximo líder eleito tem que olhar para este distrito não como um apêndice de Lisboa, mas como capitalizar de sinergias e eleitorado porque acreditamos que também aqui é possível vencer a esquerda por patamares, e convictamente daremos um contributo diferente para o país. Para que tal aconteça, é necessário impulsionar o afastamento de certos agentes de política que olham em primeiro para o seu umbigo, distribuindo compra de votos pela influência de empregos ao invés de apostarem na liberdade e competência pela cidadania e responsabilidade. O próximo líder do partido deve apostar muito mais nas novas formas de comunicação e atender às necessidades das pessoas que hoje estão pouco preocupadas na demagogia e na retórica das palavras sobre se o PPD/PSD está ao centro ou não. O partido sempre conviveu nos seus melhores períodos com as várias correntes de opinião: do liberalismo ao conservadorismo, passando muito provavelmente hoje pela democracia-cristã (estes tem que encontrar um novo espaço de intervenção). Acima de tudo, Portugal precisa de um PPD/PSD e um líder com mente aberta e aglutinadora para fazer uma oposição de alternativa à governação e que contribua para menorizar pequenos feudos de vaidade que proliferam e não contribuem para o crescimento de eleitorado. Não basta criar mecanismo de controlo interno é preciso executar ações de transparência e abrir em inúmeros momentos o PPD/PSD à participação dos simpatizantes e outros aficionados com a devida regulação.

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