segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
O deputado que quis boicotar o 10 de Junho
A
primeira manifestação do 10 de Junho depois do golpe de Abril foi alvo de uma tentativa
de boicote violento por parte da extrema-esquerda. A PSP foi obrigada a abrir
fogo para defender os cidadãos que pretendiam celebrar o Dia de Portugal e
homenagear Camões. Um contra-manifestante morreu e outro ficou paraplégico: o
agora deputado Falcato Simões, eleito pelo Bloco de Esquerda.
Um dos novos deputados mais falados pela comunicação social tem sido Jorge Falcato Simões, eleito pelo círculo de Lisboa nas listas do Bloco de Esquerda. O arquitecto de 61 anos, paraplégico desde 1978, apresentou a sua candidatura “independente” como uma forma de dar voz às pessoas com deficiência.
Um dos novos deputados mais falados pela comunicação social tem sido Jorge Falcato Simões, eleito pelo círculo de Lisboa nas listas do Bloco de Esquerda. O arquitecto de 61 anos, paraplégico desde 1978, apresentou a sua candidatura “independente” como uma forma de dar voz às pessoas com deficiência.
O facto de se deslocar em cadeira de rodas vai obrigar a construir
rampas no hemiciclo e fazer várias obras em S. Bento para permitir a criação das necessárias
acessibilidades à circulação do novo membro do Parlamento, conforme foi contado nos jornais
e nos canais de TV. Até aqui tudo bem.
O que as
televisões não contaram,
foi como é que Falcato Simões ficou paraplégico.
Liberdade só
para alguns
Em meados de
1978, apesar da derrota militar imposta às forças totalitárias – comunistas e
extrema-esquerda – quase três anos antes, a 25 de Novembro de 1975,e das
sucessivas derrotas políticas infligidas às mesmas forças em todas as eleições
(legislativas, presidenciais e autárquicas), a rua, em Portugal, continuava a
ser considerada monopólio das esquerdas.
Apesar das vicissitudes do período revolucionário, o 10 de Junho nunca deixara de ser reconhecido, pelo povo e pelas autoridades constituídas, como o Dia de Portugal e de Camões (a que se acrescentou, precisamente a partir de 1978, das Comunidades Portuguesas). Quando, pela primeira vez desde o golpe de 25/4/1974, alguém se lembrou de comemorar o 10 de Junho com uma manifestação de rua em Lisboa… caíram o Carmo e a Trindade.
Mas a convocatória da manifestação cumpriu todos os requisitos legais. E, naquele feriado patriótico, acabou mesmo por realizar-se no lugar marcado: o Largo de Camões, em homenagem ao Poeta.
Apesar das vicissitudes do período revolucionário, o 10 de Junho nunca deixara de ser reconhecido, pelo povo e pelas autoridades constituídas, como o Dia de Portugal e de Camões (a que se acrescentou, precisamente a partir de 1978, das Comunidades Portuguesas). Quando, pela primeira vez desde o golpe de 25/4/1974, alguém se lembrou de comemorar o 10 de Junho com uma manifestação de rua em Lisboa… caíram o Carmo e a Trindade.
Mas a convocatória da manifestação cumpriu todos os requisitos legais. E, naquele feriado patriótico, acabou mesmo por realizar-se no lugar marcado: o Largo de Camões, em homenagem ao Poeta.
Esquerdistas,
totalitários e violentos
O problema é
que, para os totalitários – em particular, os comunistas marxistas-leninistas,
então organizados no PCP (R), Partido Comunista (Reconstruído), apoiado pela
respectiva “frente de massas”, a UDP, que está na génese do actual Bloco de
Esquerda –, à boa maneira estalinista, a liberdade, a democracia e o direito
de manifestação só se aplicam a eles próprios e às suas causas…
Perante uma
manifestação que se atrevia a descer à rua com o objectivo de celebrar Portugal
e homenagear Camões, erguendo bandeiras nacionais e ousando declarar-se
patriótica, os esquerdistas não tiveram a mais pequena dúvida. Havia que
boicotar os “fascistas” e “nazis” (sic). E vai de convocarem uma
contra-manifestação destinada a impedir, pela violência, o exercício da
liberdade dos manifestantes pró-10 de Junho.
Quem
mandou disparar
Para evitar
confrontos, as autoridades – convém lembrar, hoje mais do que nunca, que estava
em funções o II Governo Constitucional, sendo primeiro-ministro Mário Soares e
ministro da Administração Interna Jaime Gama, ambos socialistas e ambos
fundadores do PS – mandaram a PSP avançar.
E assim foi. Quando os agressores esquerdistas atacaram, a polícia foi obrigada a responder, para se proteger e para proteger os cidadãos que se manifestavam de forma ordeira, a coberto da lei.
Houve tiros. Um dos contra-manifestantes, um estudante de medicina de 18 anos, morreu. Outro participante na contra-manifestação violenta foi ferido com gravidade, acabando por ficar paraplégico. Era professor e, segundo um comunicado dos seus correligionários, “membro da UDP”. Chamava-se Jorge Falcato Simões.
E assim foi. Quando os agressores esquerdistas atacaram, a polícia foi obrigada a responder, para se proteger e para proteger os cidadãos que se manifestavam de forma ordeira, a coberto da lei.
Houve tiros. Um dos contra-manifestantes, um estudante de medicina de 18 anos, morreu. Outro participante na contra-manifestação violenta foi ferido com gravidade, acabando por ficar paraplégico. Era professor e, segundo um comunicado dos seus correligionários, “membro da UDP”. Chamava-se Jorge Falcato Simões.
37 anos
depois
Passados
37 anos, Falcato Simões foi, com toda a legalidade, eleito deputado. A UDP
deixou de existir como partido, mantendo-se como associação política dentro do
Bloco de Esquerda. Nunca pediu desculpa pelo seu passado estalinista nem
renunciou à via revolucionária para conquistar o poder.É com esta força política que o actual líder do PS, António Costa, assinou um acordo para formar Governo. Que teve, naturalmente, o voto favorável do deputado Falcato Simões. O mesmo que foi boicotar uma manifestação de homenagem ao 10 de Junho, levou um tiro da polícia e ficou paraplégico
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